domingo, 30 de setembro de 2018

Bebê morre durante parto e mãe diz que médicos forçaram nascimento; maternidade nega erro

Maternidade de Caieiras diz que bebê mudou de posição e foi preciso fazer cesárea e que rompimento do útero provocou morte; polícia investiga caso.


Um bebê morreu durante o parto na Maternidade Estadual de Caieiras, na Grande São Paulo na manhã do último dia 6. A mãe da criança, Verônica Silva Alves, disse ao G1 que a equipe médica ‘forçou’ o nascimento do bebê por parto normal, que foi pressionada por várias horas até sentir que o bebê estava sem vida. Só então foi feita o parto por cirurgia cesárea.

"Todos tocavam em mim com agressividade, um atrás do outro. E desde o começo eu insistindo que deveria ser por cesareana", afirmou (leia o depoimento mais abaixo).

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde disse que Verônica foi imediatamente atendida e acompanhada pela equipe médica da Maternidade Estadual de Caieiras para evolução do parto normal, com avaliações médicas e exames para verificar os estados de saúde da mãe e do bebê. "Durante uma das avaliações, foi detectada mudança de posição do feto e frequência cardíaca. Em razão disso, a equipe optou por fazer uma cesárea. Durante o procedimento foi constatada ruptura longitudinal do útero, que causou óbito fetal. Para preservar a vida da mãe, foi realizada histerectomia (retirada do útero) de emergência", diz a nota.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso e quer ouvir o depoimento da mãe e depois da equipe médica.

Veja o depoimento da mãe ao G1

Meu nome é Verônica Silva Alves, tenho 35 anos.
A gestação do Josué foi tranquila, com muito repouso, seguindo toda a orientação do médico.

No dia 5 de setembro, por volta das 21 horas, falei para o meu marido: ‘o bebê vai nascer hoje’. Fomos para o hospital. Me examinaram, fizeram um ultrassom, vimos que estava tudo bem. Disseram que o nascimento seria naquela noite e que me internariam. Até então, eu não estava em trabalho de parto, então colocaram um comprimido para que a bolsa rompesse. Começou a dar contração, a bolsa rompeu. Durante a madrugada, senti contrações.

E a partir daí eu sofri demais. Começaram a me pressionar, judiar, e eu sem saber o que fazer. ‘Doutor, meu bebê não vai nascer por parto normal, ele está de lado, como mostra o raio-X’, eu dizia. E começaram a matar meu filho dentro mim, me chamando de preguiçosa, dizendo ‘você é mãe de quatro filhos, como está com preguiça? Está com preguiça de por força para o bebe nascer. Se não fizer esforço, se algum problema acontecer, a culpa vai ser sua’, diziam, especialmente o doutor, mas toda a equipe dele me tratou muito mal. Fizeram tudo que podiam para me judiar. Todos eles estavam com este comportamento. Todos tocavam em mim com agressividade, um atrás do outro. Parecia um monte de urubu em cima da carniça. E desde o começo eu insistindo que deveria ser por cesareana.

Amanheceu e eu estava com muita dor. Umas 11 horas, mais ou menos, a contração parou. Pensei: ‘morreu agora’. Quando pararam as contrações eu sabia que o coração do bebê tinha parado. Chegou uma médica japonesa que não estava na equipe. Me examinou e disse ‘Rápido, pega a maca e vamos pra mesa de cirurgia para fazer cesareana agora’. Ela que me salvou, se não o doutor me mataria. E então correram para a mesa de cirurgia urgente.

Eu estava calma o tempo todo, sempre avisando que deveria ser por parto normal. Quando a contração parou, eu também não fiz escândalo porque eu entrei em choque e parei de falar. Entrei em choque. Fiquei muda.

Na mesa de cirurgia, senti que estava morrendo também, pois eu estava perdendo a fala e me lembro das médicas tentando me animar, dizendo pra eu falar mais alto. Eu levei anestesia e não ouvi choro, nada. Tentaram enganar meu esposo. Disseram que ele nasceu respirando. Isso é mentira. Tiraram meu esposo de cena, não o deixaram acompanhar o nascimento.

No dia seguinte, me contaram que meu útero ‘teve que ser removido’, pois estaria contaminado por conta da morte do bebê. Disseram ‘seu útero rasgou que nem papel’. Não explicaram nada sobre meu útero. Disseram que tiveram que tirar e insinuaram que o bebê que contaminou.

Ainda estou me recuperando, perdi muito sangue. No outro dia, um médico que não estava na equipe me disse que passou por ali e viu a equipe puxando sangue com rodo, que era um milagre eu estar viva.

Depois da cirurgia, me levaram para outro quarto e fiquei à base de remédios e havia uma bolsa de sangue comigo. Eu dormi pouco até o sábado (8), quando deixei o hospital. Estava preocupada. Veio psicóloga, conselheira, para orientar, conversar. Me lembro que chegou um médico no dia seguinte e deu uma prancheta para que eu assinasse um papel. Eu assinei, mas estava sedada. Não deveria ter assinado. Meu esposo não estava lá, estava cuidando do enterro do bebe.

Nem vi meu bebê. Só o vi por foto, cortado de gilete.
Desde então, tomei todos os remédios e agora só o sulfato ferroso. Estou melhorando aos poucos. Tem hora que dá uma recaída. Fica tudo branco. Falo coisas e não lembro, falo a mesma coisa. Nunca passei por isso. Doei tudo que era do bebê. Tirei os pontos no postinho de saúde aqui perto.

Meu esposo foi na delegacia, registrou BO, fez registro do bebê, atestado de óbito. Agora ele me abandonou. Acho que ficou assustado com tudo também. Disse que não dava mais e decidiu ir embora, sem discussão.

Tenho quatro filhos – uma de 8 (em Francisco Morato), outro de 12 (nascido no Sorocabana), outra de 14 (em Taipas) e outro de 15 (em Pirituba) – com eles, eu não tomei aquele comprimido, nunca tinha tomado; a bolsa sempre rompia com algum instrumento que os médicos usavam. Sempre rompiam a bolsa no hospital e era rapidinho. Meus partos sempre foram ótimos, só esse parto foi difícil. Foi meu primeiro parto em Caieiras. Quando fui lá, achei o hospital grande, tinha aparência de particular, com tudo limpinho.

Não esperava por isso. Planejei o bebê. Fiz planejamento familiar, pensei em operar na sequência. Tem tudo aqui, a papelada do planejamento. Me cuidei, cuidei da alimentação. Cuidei de tudo. Vou seguir em frente. Tenho que ser forte. Meus filhos precisam de mim.

Veja a resposta da Secretaria da Saúde

"A Sra. Verônica Silva Alves teve todo o atendimento necessário na unidade. Todos os protocolos clínicos foram devidamente seguidos. A paciente deu entrada na noite do dia 05 de setembro e foi imediatamente atendida e acompanhada pela equipe médica do hospital, para evolução do parto normal, com avaliações médicas e exames para verificar os estados de saúde da mãe e do bebê. Durante uma das avaliações, foi detectada mudança de posição do feto e frequência cardíaca. Em razão disso, a equipe optou por fazer uma cesárea.

Durante o procedimento foi constatada ruptura longitudinal do útero, que causou óbito fetal. Para preservar a vida da mãe, foi realizada histerectomia (retirada do útero) de emergência. O Hospital Estadual de Caieiras é uma maternidade de referência para gestantes de risco para os cinco municípios da região de Franco da Rocha. A Unidade mantém um serviço de ouvidoria que não registrou nenhuma queixa referente ao caso. A unidade é solidária a perda dos familiares e está à disposição para quaisquer esclarecimentos."

Veja a nota da Secretaria da Segurança Pública

“A Polícia Civil investiga a morte de um bebê, logo após o nascimento em uma maternidade de Caieiras, na manhã de 6 de setembro. O boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia do município pelo pai da criança. A equipe policial aguarda o depoimento da mãe para também convocar equipe médica que prestou atendimento à gestante.”

Paciente diz que hospital fez bariátrica durante gestação e induziu aborto sem autorização


Uma paciente do Hospital Teresa de Lisieux /Hapvida alega que uma equipe médica da unidade de saúde teria cometido um erro ao submetê-la a um procedimento cirúrgico de redução de estômago enquanto ela estava grávida de pelo menos 12 semanas, e depois, ao descobrir a gestação, os médicos a teriam levado pra o centro cirúrgico e realizado um procedimento de cureta sem informá-la anteriormente. Amanda Conceição conta que se preparou por cerca de dois anos para fazer a cirurgia bariátrica, realizada no dia 22 de maio deste ano. Ela diz que não sabia que estava grávida e que, antes do procedimento, teria feito todos os exames exigidos pela equipe médica do hospital nos laboratórios e clínicas da Hapvida.  "Eu fiz todos os exames antes da bariátrica, de sangue, ultrassom transvaginal, Beta HCG [exame que a partir de amostra de sangue identifica gravidez], tomografia, raios-X, ultrassom da cervical, tudo” relata. A descoberta da gestação ocorreu quando a paciente estava entrando no quinto mês, e segundo Amanda, aconteceu cerca de um mês depois da bariátrica, quando ela teve que ser atendida na emergência da unidade de saúde por sentir fortes dores. Após a detecção da gravidez, a paciente diz que o médico que a acompanhava desde antes da cirurgia de redução de estômago transferiu os cuidados para o departamento de obstetrícia e recomendou que ela marcasse consulta com uma médica desta especialidade. “Em 22 de maio de 2018 eu operei da bariátrica, depois de alguns dias de operada comecei a sentir dor. Aí, chegando ao hospital, eu descobri que estava grávida de quatro meses de gestação, quase cinco. Fiz tanto exame e nada, no final de tudo já de madrugada fez uma ressonância magnética, e foi nesse exame que ele descobriu que eu estava grávida”, conta. Um mês depois de descobrir a gravidez, no dia 29 de julho, a socioeducadora voltou para a emergência sentindo dores. Segundo ela, lá recebeu uma medicação que induziram às contrações e foi levada ao centro cirúrgico para realização da curetagem, sem autorização. “Deram uma medicação e eu comecei a sentir contração, aí eu perguntei pra enfermeira 'eu tô fazendo o que aqui?' e ela respondeu 'a médica não falou não? Porque na hora que você for fazer a curetagem...'. Aí eu disse 'que curetagem? Meu bebê está mexendo na minha barriga, meu bebê está vivo'. Então a enfermeira chamou a médica e ela foi me explicar. 'Ah porque você fez uma bariátrica, gravidez de risco, você sabe né que o bebê pode nascer com algumas sequelas'", disse. Ainda de acordo com o relato da paciente, após o procedimento de retirada do feto ela teria questionado às enfermeiras o motivo de ele não ter sido colocado em uma incubadora, e a resposta foi de que não sobreviveria. "Meu bebê nasceu com vida, eu pedi pra segurar ele um pouquinho, aí a enfermeira me disse que ele já ia morrer, eu questionei se não iam colocar ele numa incubadora, e ela respondeu que ia ser melhor assim, que ele só ia sobreviver uns de 25 minutos. Mas tem tanto bebê que nasce com cinco meses e vive", narrou. A advogada da paciente, Adriana Machado, conta ainda que os problemas com Hospital Teresa de Lisieux continuaram. A unidade de saúde teria dificultado a emissão de certidão de nascido vivo além da de óbito, e a liberação do corpo da criança para que a família fizesse o sepultamento. "Esse fato aconteceu no dia 29 de julho e eles seguraram o corpo durante cinco dias, só liberaram o corpo no dia 2 de agosto. Ela querendo sepultar e eles não estavam querendo dar o corpo. Isso também é bem grave, porque deveria ter liberado logo. E na certidão de óbito eles colocaram que o motivo da morte foi que ele nasceu prematuro extremo", disse a defensora. Adriana Machado disse também que a paciente antes dos problemas com a unidade, tinha acesso aos resultados dos exames online, mas esse acesso foi suspenso. "Ela tinha acesso aos resultados de exame no sistema, mas agora ela não tem mais acesso, tiraram tudo", disse. Mas acrescentou que a paciente possui os resultados de exames em arquivo.
A VERSÃO DO HOSPITAL
A assessoria do Grupo Hapvida, responsável pelo Hospital Teresa de Lisieux e pelas clínicas em que Amanda Conceição realizou os exames, informou que a paciente realizou os exames de sangue Beta HCG no dia 13 de março deste ano, cerca de dois meses antes do procedimento de cirurgia bariátrica, e que o resultado para gravidez foi negativo. De acordo com o a assessoria, o protocolo permite que a equipe médica aceite resultados de até quatro meses antes da data da cirurgia. Ainda de acordo com a assessoria, a bariátrica é um procedimento invasivo, e Amanda Conceição provavelmente teria sido submetida à ingestão de medicamentos que são indicados para o tipo de cirurgia a que ela foi submetida, mas não necessariamente são indicados em caso de gravidez. Segundo informações da unidade de saúde, a paciente deu entrada no hospital no dia 29 de julho com quadro de sangramento e dor pélvica, e foi internada na circunstância de trabalho de parto prematuro. A assessoria disse também que o bebê da paciente não deveria estar vivo, uma vez que ele foi exposto a várias medicações. O Bahia Notícias foi informado ainda de que, levando em conta o estado em que a paciente deu entrada na emergência ginecológica, com os sintomas que ela apresentava, e com o relatório que constatava a gravidez, foram feitos todos os procedimentos necessários para poder melhorar o quadro dela. De acordo com a unidade de saúde, o protocolo é de dar prioridade no tratamento da mãe e depois o filho, e assim teria sido feito pela equipe médica de plantão. Quanto ao fato de que a paciente alega não ter sido informada que seria submetida a um procedimento de curetagem, a assessoria do hospital disse que não é o padrão ficar informando ao paciente o passo a passo do tratamento e que há momentos em que é necessário agir de imediato pelo quadro que o paciente apresenta. (BN)

sábado, 29 de setembro de 2018

BEBÊ MORRE POR NEGLIGÊNCIA MÉDICA EM ARARAQUARA



Morreu na manhã desta sexta-feira (28), o bebê de Angelica Chimirre e Thiago Chimirre e os pais acusam a Gota de Leite por negligência.

ENTENDA A DENÚNCIA

''Fui internada na segunda feira de manhã com 41 semana de gestação para ter o meu bebe!

 Começaram a induzir o trabalho de parto, quando foi na terça feira 10 hrs da manhã eu estava apenas com 6 dedos de dilatação, então as enfermeiras me mandaram para outra sala pra eu poder terminar de ter minha dilatação, quando era umas 11:30 eu sentei na privada e começou a sair fezes junto com um líquido da bolsa, eu chamei a enfermeira e ela me disse q era cocô do bebe, disse então pra eu esperar mais, até ditalação!

 Quando foi umas 14:30 eu estava no chuveiro e desceu uma grande quantidade de coco da minha vagina junto com líquido, eu chamei a médica, e ela disse q não era fezes do bebê, minha irmã que estava me acompanhando ficou nervosa e disse pra médica se não era caso de me mandar pra uma cesária, a médica, bem grosseira, disse pra minha irmã q ela tinha q ficar ali somente pra me acompanhar e não pra vigiar o serviço dela!

 Quando foi 4:30 da tarde, uma enfermeira entrou na sala e disse q ela ia me ajudar a terminar de dilatar pq se não o bebe iria sofrer, se não fosse pela infermeira eu ia morrer naquela sala.

 A enfermeira então começou a me ajudar a terminar de dilatar e a romper o colo do último, assim q ela conseguiu, chamaram então a médica! Elas me levaram pra outra sala, eu não tinha mais forças pra empurrar o bebê, eu estava quase 3 dias sem dormir de tanta dor, a médica viu q o bebê não iria nascer daquele jeito, ela então me levou pra outra sala, me deu anestesia nas costas (que não funcionou) colocou um ferro pra abrir a minha vagina, pq eu ainda não estava com 10 dedos de ditalacao, eu senti enfiar o ferro, eu senti toda a dor!

 Na hora q meu bebe nasceu, ele não chorou, eu fiquei preocupada e ninguém me dava notícias! Apenas disseram q ele tinha ido pra UTI e q depois q médica iria vim falar cmg!

 Após eu me recuperar do parto eu fui na UTI ver ele e saber oq tinha acontecido! A médica da uti me disse q o estado dele era bem grave, que ele havia tinha ficado sem oxigênio na hora do parto, e que chegou com o pulmão bem complicado'' Relato da mãe do bebê.

Polícia abre inquérito para investigar morte de paciente do Instituto Hospital de Base do DF

Idosa não resistiu a parada cardiorrespiratória. Família fala em ‘assassinato’; governo diz aguardar fim da investigação.

A Polícia Civil do Distrito Federal abriu um inquérito para investigar se houve crime na morte da paciente do Instituto Hospital de Base (IBH) Márcia Aparecida da Silva, de 74 anos. Em 2 de setembro deste ano, a aposentada teve uma parada cardiorrespiratória dentro da unidade de saúde e não resistiu.

A família da vítima registrou um boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia. A filha da paciente, Rosane Martins Silva Santos, disse ao G1 que a mãe foi “assassinada” e que houve negligência por parte do hospital. Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou que “está acompanhando o caso e aguardando a conclusão da investigação policial”.

“Minha mãe estava na UPA de Sobradinho II. Os médicos acharam melhor levá-la para o Base. Mesmo com a transferência, ela estava bem e falando. Na manhã seguinte, recebemos uma ligação dizendo que ela tinha morrido”, contou Rosane.

À reportagem, a polícia informou que a tipificação do crime está “em apuração”. A investigação conta com um depoimento da cardiologista Sandra Marques e Silva, que prestou atendimento à paciente e que comunicou o falecimento à família.

O relato – encaminhado à chefia do departamento de cardiologia do hospital no mesmo dia da morte de Márcia Aparecida – enumerou uma série de irregularidades ocorridas durante o socorro da vítima Trecho do relato da médica sobre o atendimento prestado à paciente Márcia Aparecida da Silva no Instituto Hospital de Base do DF.

No texto, a médica contou que a paciente foi diagnosticada com infarto agudo do miocárdio. Para reverter o quadro, segundo o depoimento, havia a possibilidade de realizar uma angioplastia – procedimento para desentupir artérias. No entanto, ao tentar contato com o Instituto de Cardiologia do DF, “todos os telefones tocavam, mas não atendiam”.

A cardiologista, então, escreveu que tentou falar com alguém responsável pela regulação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que classificou o caso da vítima como “prioridade 2”. Ou seja, a paciente não teria direito a uma vaga imediata na UTI.

Durante o atendimento, o quadro de Márcia Aparecida piorou. A médica decidiu “trombolisar a paciente” – método em que é usada uma medicação intravenosa para reverter o infarto.

Capacitação

 Uma hora depois de o tratamento ter começado, a paciente começou a sentir mais dor e, então, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Nessa etapa do socorro, a médica tentou fazer a ressuscitação da idosa. No relato, porém, ela reclamou do preparo da equipe para o procedimento e da falta de insumos da unidade.

“A equipe que estava na sala amarela não sabia como proceder nem onde estavam as medicações para RCP [reanimação cardiorrespiratória]. Fui obrigada a chamar ajuda no posto 4 e descobrimos que o carrinho de parada não tinha prancha rígida para RCP, o desfibrilador não tinha cabo para monitorização por ECG [eletrocardiograma], não tinha gel para as pás e as saídas de vácuo não estavam funcionando. Nem o carro reserva de aspiração está funcionando.”

Outro trecho do relato da médica sobre atendimento prestado à paciente que morreu no Instituto Hospital de Base do DF — Foto: Reprodução Outro trecho do relato da médica sobre atendimento prestado à paciente que morreu no Instituto Hospital de Base do DF .

De acordo com a médica, todos os empecilhos retardaram o atendimento da paciente em cerca de 15 minutos. Ao G1, o genro de Márcia Aparecida, Jeffé Peixoto dos Santos, disse que a polícia solicitou ao Instituto Hospital de Base a apresentação da qualificação dos servidores que participaram do socorro à paciente.

Novos médicos passam em exame do Cremesp, mas erram diagnóstico de diabete

Getty Images/iStockphoto

Alunos do 6.º ano e recém-formados em Medicina conseguiram, pelo segundo ano consecutivo, superar os 60% em aprovação no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), teste realizado há 14 anos que avalia os conhecimentos dos profissionais que vão atuar na área. 

Embora o índice tenha se mantido, os novos médicos ainda erraram questões básicas da profissão, como aferição da pressão arterial e atendimento inicial a vítimas de acidente de trânsito.

Os resultados do exame foram apresentados nesta quarta-feira (26) e apontaram que 61,8% dos 3.174 participantes do Estado de São Paulo acertaram mais de 60% das 120 questões da prova, porcentagem mínima que o conselho considera para a aprovação. O número ficou abaixo do alcançado no ano passado, quando 2.636 pessoas fizeram a prova e o índice de aprovados foi de 64,6% - em 2017, foi a primeira vez em dez anos que o índice ficou acima dos 60%.

"É um dado muito animador, porque mostrou que se manteve o porcentual em relação ao ano passado. Estávamos preocupados, porque não conseguíamos chegar a 50% (de aprovação). Três fatores principais estão ligados a isso: a Três fatores principais estão ligados a isso: a conscientização que vem sendo feita pelo Cremesp com instituições e alunos; as faculdades darem mais valor ao exame; e o aluno atinar que é importante, porque há serviços de residência médica e para contratação que estão exigindo que o profissional tenha prestado essa avaliação", diz Lavínio Nilton Camarim, presidente do Cremesp.

Desde 2015, programas de residência médica e concursos públicos municipais adotaram a prova como critério para seleção de profissionais, como os Hospitais Israelita Albert Einstein, Sírio-libanês e Alemão Oswaldo Cruz e a Secretaria Municipal da Saúde. A nota dos participantes não é divulgada para os programas de residência nem para os empregadores.

O presidente do Cremesp avalia que a meta é aumentar os porcentuais de aprovação. "Queremos atingir, no mínimo, 90%, o que é factível. Os recém-formados estão provando que estão aumentando a sua margem".

ERROS

O exame mostrou ainda que os médicos continuam cometendo erros em situações e problemas de saúde que aparecem com frequência. De acordo com o levantamento, 86% dos recém-formados erraram a abordagem inicial para atender vítimas de acidentes de trânsito. Os resultados mostraram ainda que 69% não acertaram as diretrizes para aferir pressão arterial e 68% não sabiam como proceder diante de um paciente com enfarte no miocárdio.

"Isso ainda nos preocupa, porque mostra o despreparo em áreas básicas. A área com menor aprovação foi a de clínica médica. A prova mostrou algumas deficiências de nossos alunos brasileiros", afirma o presidente do Cremesp. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

UOL.odiario.com/geral/2018/09/novos-medicos-passam-em-exame-do-cremesp-mas-erram-diagnostico-de-diabete/2519761/

Após médico não atender quem não vota em Bolsonaro, Cremego reafirma ser contra discriminação

Conselho aguarda denúncias sobre ginecologista que se recusou a atender quem não volta no candidato do PSL

Foto: Divulgação

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) se posicionou sobre vídeo em que uma atendente pede que pacientes do ginecologista Cláudio Coelho vão embora, caso não votem no candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). O conselho afirma que ainda não recebeu denúncias, mas que, de antemão, “rechaça qualquer tipo de discriminação a pacientes”.

O caso ocorreu no Hospital Vittá e o momento em que a atendente anuncia que o ginecologista não vai atender às pacientes contrárias ao candidato do PSL foi gravado em vídeo e tem circulado na internet. O hospital não se posicionou e o médico e seu advogado ainda não foram localizados.
Confira nota na íntegra:
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) orienta os pacientes a encaminharem a denúncia ao Conselho, informando inclusive o nome do médico e local da gravação do vídeo ao qual o Regional teve acesso apenas pela imprensa e internet, para que seja apurado se houve infração ética. O Cremego rechaça qualquer tipo de discriminação a pacientes, mas só poderá se posicionar sobre o assunto após a apuração dos fatos, pois o Código de Ética Médica, em seu capítulo I, garante a autonomia do profissional para o atendimento (Capítulo I, VII – O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente).
Jornal Opção

Médico se nega a atender mulheres que não votassem em Bolsonaro



Uma atendente do Hospital Vittá, em Goiânia (GO), vestida com a camiseta do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), aparece em um vídeo que circula na internet advertindo os pacientes que o ginecologista Cláudio Coelho de Vasconcelos se nega a atender quem não vote no candidato.

Ela diz ainda que quem não vota em Bolsonaro nem entre na sala, pois o médico está muito estressado e até já expulsou pacientes por esse motivo. A atendente ainda relata no vídeo que o médico está com boné e camiseta do candidato.

A Fórum ligou para o Hospital Vittá. Uma mulher que atendeu ao telefone identificou o assunto imediatamente, disse que se tratava do ginecologista Cláudio Coelho e nos pediu que ligássemos para o seu advogado, que não foi localizado até o fechamento desta matéria.

Condenado por retirar útero sem autorização

O ginecologista e obstetra Cláudio Coelho de Vasconcelos já foi condenado, em 2009, a doar cinco cestas básicas para uma instituição de caridade em Goiânia. O especialista foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal leve após ter retirado sem autorização o útero de uma desempregada de 47 anos de idade. O fato aconteceu no Hospital Santa Lúcia, na Capital.

A vítima tinha sido internada para uma operação de períneo, procedimento indicado para o tratamento de incontinência urinária.

Na denúncia, a paciente diz que o erro médico foi percebido por sua irmã, que trabalha como técnica em enfermagem, logo após a operação. O médico foi chamado e teria admitido que houve troca do prontuário. A operação no períneo só pode acontecer horas depois.


Brasil de Fato

Cirurgias e até químio foram feitas sem comprovar doença



Auditoria realizada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) no setor de oncologia do Hospital Regional de Cáceres Dr. Antônio Fontes aponta superfaturmento dos serviços entre 2012 e 2017 e ainda atividades que o secretário de Estado Luiz Soares avalia como criminosas. Ele estima que o prejuízo aos cofres públicos seja de aproximadamente R$ 78 milhões ao longo dos 5 anos.
 
Para chegar ao número, Soares levou em consideração a economia de R$ 1,3 milhão mensais feita pelo Estado após assumir a gestão da unidade, em outubro de 2017. 
 
Segundo o secretário, o resultado da auditoria indica duas possibilidades. Houve execução de procedimentos desnecessários em pacientes para alcançar mais produção e assim mais rendimentos ou o registro de atividades “fantasmas”, que existiram apenas no papel. 
 
O relatório, baseado em dados coletados dos prontuários, dos controles de produção e das notas emitidas, constatou que pacientes fizeram cirurgias de câncer e procedimentos oncológicos sem sequer ter nos registros os exames que comprovam a existência ou suspeita da doença. O fato fere as normas do Sistema Único de Saúde (SUS), além de apontar indícios de um esquema que tinha como único objetivo aumentar os rendimentos da Associação Congregação de Santa Catarina, Organização Social de Saúde que administrava a unidade, e da Empresa M.M.S Serviços de Saúde Ltda-EPP, terceirizada para atender os serviços oncológicos. 
 
Soares relata que quando a OSS entregou o hospital à administração do governo, um grupo de transição foi até unidade fazer um relatório preliminar e ficou aterrorizado com o que encontrou no setor oncológico. “Havia na lista paciente que tinha feito 5 cirurgias, um absurdo. O trabalho deles deu início a uma pesquisa minuciosa, que teve todos os resultados encaminhados para os órgãos de fiscalização e controle, como Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Conselho Regional de Medicina e Assembleia Legislativa, onde funciona a Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde”. 
 
Agora, o secretário diz que o Estado espera que os Ministérios Públicos assumam as questões criminais, já que tanto a Controladoria Geral do Estado como a Procuradoria Geral do Estado também estão agindo no sentido de reaver o dinheiro. 
 
O relatório 
 
O documento levanta suspeitas graves, como a de que pessoas foram para o centro cirúrgico ou passaram por quimioterapia sem necessidade. Há também a alternativa de os procedimentos registrados serem “fake” ou não realizados.
 
Foi constatada a falta de alinhamentos entre as informações administrativas e financeiras, sendo que em todos os casos, os números sempre favoreciam o recebimento da empresa administradora. 
 
Ao analisar os prontuários, os auditores identificaram que entre os anos de 2012 e 2017, 890 pessoas passaram por cirurgia oncológica sem ter comprovado por meio de laudo que a doença era câncer. Segundo o relatório, os auditores pesquisaram 2.199 prontuários de pacientes oncológicos, dos quais apenas 1.132 tinham entre os documentos o exame antomapatológico, que aponta a existência ou não da doença. Vale lembrar que a presença do laudo deveria ser uma rotina em todos os procedimentos. 
 
Na análise dos auditores, os procedimentos cirúrgicos também não ofereciam o desconto previsto em contrato. Isto era exigido porque a equipe médica usava o espaço físico, medicamentos e parte do corpo técnico do Estado. Então, estabeleceu-se uma porcentagem de abatimento. 
 
Porém, em todos os documentos, a empresa reconhecia apenas a presença de médicos na sala para cobrar o valor cheio. Como se não tivesse enfermeiras, remédios ou qualquer tipo de equipamento do Estado. 
 
A incoerência dos números foi identificada ainda na quimioterapia e ‘Day Clinics’, procedimentos de apenas um dia. A discordância entre as notas fiscais, relatório de produção e registro de pacientes é grotesca. 
 
Enquanto foram emitidas 42.121 notas fiscais, o sistema de gestão do hospital registrou 36.481 e os prontuários apenas 12.707, sendo que parte destes prontuários nem tinham um laudo que comprovasse a indicação para doença. 
 
Os auditores colocaram também no rol de ações em desacordo com o contrato as consultas extras para pacientes em quimioterapia. Conforme o acordo firmado com a SES, cada sessão já contemplava uma visita médica, sendo assim, a consulta inclusa. 
 
Ainda no que diz respeito às consultas, existem outros pontos que chamam a atenção como a cobrança de sessão de quimioterapia quando o tratamento é por comprimidos e não por via intravenosa. 
 
O contrato com a OSS estabelecia que este tratamento não poderia ser cobrado, uma vez que o paciente vai ao hospital apenas pegar o medicamento e volta para casa. Desta forma, não há necessidade nem da presença do médico ou de qualquer servidor do corpo clínico. 
 
Constatou-se ainda que não existia nenhum controle dos plantões médicos. Os auditores não encontraram as escalas diária e nem os plantões, muito menos uma comprovação da frequência do profissional entre 7h e 17h. Tudo isto acompanhado do fato da unidade sequer estar credenciada para serviços de oncologia nos primeiros anos de funcionamento.
 
Responsabilização
 
O Ministério Público do Estado em Cáceres já instaurou um inquérito civil para apurar as supostas irregularidades nos serviços de oncologia prestados ao Hospital Regional pela empresa Serviços Médicos, apontadas em relatório de auditoria. O promotor de Justiça substituto, Augusto Lopes Santos, ainda afirmou que a promotoria avalia as informações para possível propositura de ação civil pública de improbidade administrativa. 
 
O prazo do MPE, para concluir o inquérito civil, já instaurado, é longo. Um ano, prorrogável pelo mesmo prazo e quantas vezes forem necessárias, por decisão fundamentada de seu presidente, à vista da imprescindibilidade da realização ou conclusão de diligências. 
 
Já o Ministério Público Federal informou, por meio de nota, que o ofício com o relatório da auditoria realizada pela SES Saúde junto ao Hospital Regional de Cáceres foi protocolado na sede da Procuradoria da República em Mato Grosso, em Cuiabá, na segunda quinzena de agosto. Como o MPF possui uma unidade em Cáceres, o processo foi remetido para lá e no dia 21 de agosto, ganhou o status de “notícia de fato”, que é o primeiro passo da investigação. 
 
De acordo com a nota, o MPF irá apurar o que consta no relatório para, a partir de então, definir se continua ou não a investigação. O prazo para a análise da notícia de fato é de 60 dias a contar do dia 27 de agosto. 
 
Investigação arquivada 
 
O MPE em Cáceres informou que em 2014 foi instaurado inquérito civil para apurar irregularidades no uso indevido da cota de exames ambulatoriais do Sistema Único de Saúde pela Organização Congregação de Santa Catarina, também no Hospital Regional. Entretanto, o promotor Augusto Santos informou que “em virtude da ausência de elementos jurídicos autorizadores da adoção de outras medidas extrajudiciais ou a propositura de demanda metaindividual, foi promovido o arquivamento dos presentes autos e a promoção à apreciação do E. Conselho Superior do Ministério de Mato Grosso, que procedeu a homologação do arquivamento promovido em primeiro grau”.   
 
Avaliação médica   
 
Presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Maria de Fátima de Carvalho explica que a entidade já solicitou os prontuários médicos do Hospital Regional de Cáceres, nos quais foram encontradas as irregularidades, para iniciar o processo de investigação de questões ligadas à ética médica. 
 
Afirma que ela e os conselheiros já leram todo relatório da auditoria, mas os dados expressos não oferecem subsídios suficientes para um processo, no qual deve-se ter provas para qualquer que seja a decisão. 
 
Quanto às irregularidades, a presidente defende que é uma tragédia anunciada, uma vez que desde o início do processo de transferência das unidades para as OSSs, vários questionamentos foram realizados pela classe médica. Mesmo assim, elas se proliferam. 
 
Maria de Fátima esclarece que neste tipo de modalidade, os serviços médicos acabam não só terceirizados como até mesmo quarteirizados, como aconteceu no Hospital de Cáceres. Lá, a empresa responsável por gerir contratou outra empresa para assumir a oncologia. 
 
“Entendo que o governo não tenha condições de manter a gestão direta em todas as unidades de saúde, mas precisa melhorar o controle e as avaliações. E elas devem ser tanto quantitativas como qualitativas, para que problemas como este não se repitam”. 
 
O hospital 
 
O Hospital Regional de Cáceres foi inaugurado em 2001 e tornou-se referência de toda a região Sudoeste de Mato Grosso. Atualmente, atende a demanda de 24 municípios, que juntos têm mais de 400 mil habitantes. 
 
Entre as especialidades oferecidas estão ortopedia, pediatria, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e clínica cirúrgica. Conforme informações da SES, a unidade conta com cerca de 600 funcionários, entre servidores e contratados no corpo técnico.   
 
Gestão dos regionais   
 
O governo do Estado está tentando repassar a gestão do Hospital Regional de Cáceres para o Consórcio Intermunicipal de Saúde, que envolve todas as prefeituras da região, mas até agora não houve acordo. A modalidade também é avaliada para atender os hospitais de Alta Floresta, Colíder e Sorriso, atualmente administrados pelo Estado. 
 
Segundo o secretário de Saúde, Luiz Soares, cada região tem sua particularidade e é preciso que todos os municípios atendidos se unam para que a pactuação seja viável. “Existem ambientes políticos diferenciados e como estamos em ano eleitoral, as coisas estão indefinidas”. 
 
Barra do Bugres, Água Boa e Peixoto de Azevedo têm os hospitais regionais geridos por consórcios de saúde e o trabalho está dando certo, avalia o secretário. 
 
Mesmo com a experiência ruim que a administração estadual teve com as Organizações Sociais de Saúde(OSS), Soares não descarta a possibilidade de manter em algumas unidades este tipo de contrato por causa da dificuldade em se articular os consórcios. 
 
O secretário frisa que a contratação da primeira OSS foi no governo Silval Barbosa, quando o secretário de Saúera o ex-parlamentar Pedro Henry. 
 
Ele complementa que das unidades entregues às OSSs, todas foram retomadas pela administração direta, sendo que duas voltaram a ser administradas pelo Instituto Gerir Saúde. São os hospitais de Rondonópolis e Sinop. 
 
Segundo Soares, a empresa administra várias unidades, como o Pronto-Socorro de Goiás, que tem a capacidade 4 vezes maior que o de Cuiabá. “Não posso dizer que a unidade atende com excelência, mas certamente é satisfatória para o setor público”. 
 
Os contratos são temporários e nos próximos meses o governo fará chamamento público para a contratação definitiva.
 
Outro lado
 
A reportagem tentou localizar representantes da empresa MMS Serviços de Saúde, mas não conseguiu contato telefônico.
 
A Associação Congregação de Santa Catarina informou, por meio de nota, que está colaborando e apresentando seu posicionamento à Secretaria de Estado de Saúde com objetivo que sejam apurados e esclarecidos todos os pontos levantados pela auditoria realizada no Hospital Regional de Cáceres. A Associação diz ainda que não comenta casos sob investigação.

Série de procedimentos e processos tentam esclarecer mistérios sobre o caso da bebê viva declarada morta

Hospital Universitário de Santa Maria, polícias Civil e federal, Justiça e Cremers buscam respostas a respeito do atestado de óbito de Bianca Vitória Silbershlach Cézar, um ano e sete meses

Bianca nasceu prematura no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), em fevereiro de 2017

Por que a menina Bianca Vitória Silbershlach Cézar, nascida há um ano e sete meses no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), foi dada como morta e, seis horas depois do atestado de óbito, constatou-se que estava viva?

A pergunta motiva uma série de procedimentos e processos aberta em diferentes esferas (administrativa, cível estadual, criminal estadual e criminal federal) e em conselho profissional dos médicos envolvidos no parto da menina.

Bianca nasceu prematura, em uma cesariana feita porque sua mãe era gestante sob risco (estava com pressão alta mórbida, chamada de eclampsia). Conforme relato do obstetra Marcelo Lorensi Feltrin, a bebê nasceu morta e pediatras tentaram reanimá-la durante 20 minutos (o dobro do tempo usual). O atestado de óbito foi assinado às 13h15min de 6 de fevereiro de 2017. Ela foi levada a uma sala chamada descarte, onde ficam bebês mortos no setor obstétrico do hospital. Seis horas depois, uma enfermeira notou tom róseo no rosto do Bianca e movimentos que pareciam indicar respiração. Médicos foram mobilizados e constataram que a menina estava viva.

Muitas perguntas restam: que técnicas o obstetra usou para diagnosticar a morte de Bianca, já que ela estava viva? 

Ela foi submetida a eletrocardiograma e eletroencefalograma, para ver batimentos cardíacos e ondas cerebrais? Ou só foi constatado que não respirava?

Todos os médicos e enfermeiros concordaram que Bianca estava morta ou alguém discordou?

Que técnicas de reanimação foram usadas? 

Um ano e meio depois desses fatos dramáticos em Santa Maria, tudo permanece sem resposta. Nenhuma investigação avançou. Os profissionais envolvidos no parto sequer foram ouvidos, embora tenham se manifestado em relatos por escrito. Uma confusão entre o papel de cada instituição e a falta de prioridade no caso parecem ter contribuído para a demora. Até um erro de digitação atrasou envio de documentos.

Confira como está cada investigação:


Hospital Universitário de Santa Maria (Husm)

Dias após o nascimento de Bianca, em fevereiro de 2017, o hospital instaurou sindicância para apurar possível erro médico. O primeiro passo foi a escolha de integrantes da comissão técnica que vai analisar o caso, composta por médicos, enfermeiros e até profissionais de outras áreas da saúde. Foram recolhidos documentos (prontuários). Deve ser feita também perícia, ainda não realizada. Só depois os envolvidos no parto serão ouvidos. O Husm não detalhou em que fase está a apuração, mas a direção do hospital considera normal a demora, por ser um caso delicado.

Uma outra investigação será aberta pelo Comitê de Ética do Husm. O setor não foi avisado da existência de queixa de negligência pós-parto, notificação prevista nos regulamentos do hospital. Integrantes do comitê planejam se reunir nesta quinta-feira (27) para analisar os prontuários do caso e querem, na próxima semana, tomar depoimentos da equipe médica.

Polícia Civil 


A 4ª Delegacia de Polícia instaurou inquérito por lesão corporal gravíssima, em fevereiro de 2017, logo após o nascimento de Bianca. Os pais dela foram ouvidos no início da investigação. Desde então, praticamente não houve avanço. O delegado Firmino de Freitas Neto afirma que solicitou em abril de 2017 os prontuários do bebê e da mãe dela. O hospital diz que enviou em julho, mas algo pode ter se extraviado, porque a delegacia enviou novo pedido naquele mesmo mês. Conforme um documento anexado ao inquérito, faltavam o atestado de óbito, o laudo de ultrassonografia uterina (a paciente teve descolamento de placenta), consultas pré-natais (para verificar que problemas de saúde Bianca tinha antes de nascer), registros da enfermagem, formulários da enfermagem, nota de internação na UTI e transferência da UTI para um quarto. A Polícia Civil reiterou pedido pelos documentos em 22 de junho e em 14 de agosto de 2017. 

O hospital argumenta que enviou em julho e agosto de 2017 os documentos, em um CD.  A Polícia Civil fez pedido de outros documentos em julho de 2018, como a lista completa e a qualificação da equipe que atuou no parto. O hospital diz que enviou o documento em agosto de 2018, mas devido a um erro de digitação no e-mail os dados nunca chegaram aos policiais. O hospital forneceu nesta semana os dados que faltavam.

O delegado Firmino afirma que precisa de todos os documentos para analisá-los e depois tomar depoimento dos envolvidos. Ele também argumenta que, com poucos funcionários, a DP priorizou casos de homicídio e latrocínio.

Polícia Federal 


Instalou inquérito em agosto. Aguarda documentos dos procedimentos feitos pela Polícia Civil, para evitar duplicação de esforços. Ainda não colheu depoimentos.

Conselho Regional de Medicina (Cremers) 


Diz que soube do caso pela imprensa, um ano e meio após o ocorrido. Vai abrir investigação, mesmo sem ter recebido qualquer documento.

Justiça 


Ação cível, de indenização por danos morais e materiais, foi aberta no fórum de Santa Maria pelos pais de Bianca, a dona de casa Tieli Martins Silbershlach e o borracheiro Marcos Renato dos Santos Cézar. O processo está na fase de coleta de documentos, como o prontuário e a lista de envolvidos no fato. Há um pedido de perícia, que ainda não foi feita. A equipe médica ainda não foi ouvida nem os familiares da vítima. Uma outra ação, que reivindica atendimento médico e fornecimento de medicamentos para Bianca, teve antecipação de tutela (liminar), o que garante assistência de saúde completa, fornecida pelo Hospital Universitário.

Gauchazh

Caso tireoide: SSP e CRM veem indícios de erro médico

Delegado pedirá explicações ao hospital (Foto: arquivo Portal Infonet)
Erro médico. Esta é a vertente levantada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) na investigação referente ao processo cirúrgico ocorrido no Hospital São José, onde a paciente Marilene Rodrigues, 62, foi submetida a um procedimento equivocado, que culminou com a retirada da tireoide. De acordo com a assessoria de imprensa da SSP, neste momento, a polícia trabalha com a perspectiva de erro médico e está tentando identificar os responsáveis.

Paralelamente, o Conselho Regional de Medicina (CRM) também já instaurou sindicância para investigar a situação e a presidente Rosa Amélia Andrade Dantas também admite a existência de indícios de erro médico. De acordo com a família, a paciente deveria ter sido submetida a cirurgia para hérnia e retirada de pólipos no útero, mas acabou submetida a um procedimento completamente diferente e ficou sem a tireoide.

No âmbito da SSP, a paciente prestou depoimento na 3ª Delegacia Metropolitana na sexta-feira da semana passada, 21. Ao delegado Carlos Frederico Muricy, que preside o inquérito policial, a paciente confirmou o equívoco que teria ocorrido no hospital.

Até o final desta semana, o delegado pretende solicitar esclarecimentos à direção do Hospital São José, conforme a assessoria de imprensa da SSP. Além da paciente, também já prestaram depoimento o esposo e a filha de Marilene Rodrigues, que acompanharam os desdobramentos da cirurgia.

Conforme a assessoria, o delegado também já recebeu documentos entregues pelo advogado que acompanha a vítima. Os documentos ainda não foram analisados. Após a análise detalhada destes documentos, o delegado solicitará as informações ao hospital, o que poderá ocorrer até o final desta semana.
A SSP não transmitirá maiores informações sobre os procedimentos que o delegado está adotando para não atrapalhar as investigações. A meta, conforme a assessoria, é chegar aos responsáveis por este suposto erro médico.

Sindicância

Paralelamente, a situação da paciente está sendo investigada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). A presidente do CRM, Rosa Amélia Andrade Dantas, informou que a sindicância foi instaurada na segunda-feira, 24, depois que uma comissão realizou uma fiscalização para avaliar a estrutura da unidade de saúde. E, diante dos indícios de erro médico, conforme frisou a presidente do Conselho, priorizou-se a instalação da sindicância.

A atual gestão encerra o mandato na próxima sexta-feira, 28. A partir de segunda-feira, 1º, o novo presidente e os demais membros do CRM serão empossados e, conforme Rosa Amélia, darão prosseguimento à investigação, nomeando um novo sindicante ou mantendo o mesmo já nomeado pela atual gestão, assim como também fará a indicação daqueles que vão compor a Câmara de Sindicância do Conselho Regional de Medicina, que receberá o relatório do sindicante para adoção das medidas previstas, dando sequência à investigação, segundo a presidente Rosa Amélia.

Detalhes da sindicância não são revelados porque procedimentos desta natureza instaurados no Conselho Regional de Medicina tramitam em sigilo, segundo Rosa Amélia.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Após necrose e amputação, família de idosa denuncia negligência no HRG

Parentes da paciente, de 76 anos, se queixam da falta de atendimento apropriado e medicamentos, além de demora na marcação de exames


O atendimento médico no Hospital Regional do Gama (HRG) “beira a desumanidade”. É assim que a família de uma idosa classifica o tratamento recebido por ela na unidade. Uma parente contou ao Metrópoles que Maria Salete Ferreira de Medeiros, 76 anos, sofre de graves doenças vasculares nas pernas. A paciente, inclusive, teve membros amputados por causa da enfermidade, há um mês, mas, desde então, não tem recebido atendimento apropriado, segundo a familiar.

“Desde o dia 5 deste mês, quando foi internada no pronto-socorro de cirurgia e ortopedia do HRG, ela recebeu visita médica apenas três vezes. A última, no dia 12. Nesse período, ficou cinco dias sem tomar medicação, apenas soro na veia”, reclamou a funcionária pública Cirla Chagas, 34, neta de Maria Salete e principal acompanhante da avó.

Ainda segundo a mulher, a idosa sofre de hipertensão e diabetes e, por falta de remédios, teve o quadro de saúde agravado. Além disso, a paciente tem circulação somente até a virilha em uma das pernas. Na outra, o sangue não passa dos joelhos.

Por causa do mau atendimento no HRG, Maria Salete precisa passar por nova amputação, do pé esquerdo até a coxa. A cirurgia deve ocorrer até esta sexta-feira (28) somente porque a família denunciou o caso ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e à Defensoria Pública do DF – o órgão notificou a Secretaria de Saúde local. A idosa, então, foi transferida do HRG para o Instituto Hospital de Base (IHB) e passou por arteriografia, exame primordial para marcação da cirurgia.

O médico disse que o quadro de saúde dela chegou a esse ponto por causa da demora no atendimento. Nós, como familiares, sentimos revolta e indignação. Pois pagamos nossos impostos e, quando precisamos do serviço, não o temos. Agora, ela vai passar por uma cirurgia que a põe em risco de morte, mas é necessária. A necrose está avançada"

Cirla Chagas, neta de Maria Salete

Cirla contou também que a avó mal consegue se alimentar, devido a fortes dores. A causa desse sintoma seria a falta de remédios. “Ela voltou a tomar medicação ontem [terça-feira], mas não para evitar as dores. Sente, principalmente, nas pernas”, explicou. A agonia de Maria Salete afeta as duas pernas: a esquerda, inclusive, já não tem o dedão e parte do calcanhar, amputados por causa de necrose – morte de tecidos.

O drama assustou ainda mais a neta depois que ela, tomada por desespero, questionou diretores do HRG sobre o tratamento dado à avó. Depois disso, Cirla descobriu que a equipe médica não havia pedido exames de arteriografia e cateterismo das pernas, primordiais para que a idosa passe por cirurgia.

“Do jeito que minha avó está, tenho medo de que, quando chegue a data da cirurgia, ela não esteja em condições”, lamentou. Cirla relatou que a avó tem perdido peso desde a internação. Nesse período, a neta tenta encontrar o médico responsável por pedir os exames. Mas não tem logrado êxito.

Por que não a transferiram para outro lugar antes? É revoltante e desumano o que fazem com o paciente no HRG. A chefia do hospital me disse que eu teria de conversar com o médico sobre os exames, pois é ele quem marca. Mas é um fantasma, não aparece no hospital"

Cirla Chagas, neta de Maria Salete

O que diz a SES

 A diretoria do Hospital Regional do Gama informou, em nota, que Maria Salete recebeu, na unidade, atendimento adequado ao seu quadro clínico.
“O HRG não dispõe de enfermaria de cirurgia vascular, os pacientes admitidos no pronto-socorro adulto ficam sob a responsabilidade da equipe médica de cirurgia geral ou clínica médica, que solicitou a internação para avaliação do caso clínico apresentado”, disse.
A pasta afirmou também que o “serviço da [área] vascular acompanha a assistência, respondendo aos pareceres e indicando as condutas a serem aplicadas”. O paciente deve ser prescrito, diariamente, pela equipe que solicitou sua internação, segundo a SES, o que não tem ocorrido, de acordo com as queixas da família da idosa.
“A direção do hospital apura os fatos que levaram a paciente a ficar desassistida e solicitou que a senhora fosse evoluída imediatamente. Desde ontem [terça-feira], ela está estável e sendo assistida corretamente pela equipe médica. O seu exame já está regulado”, informou a secretaria.
Por fim, o órgão disse que o HRG tem cinco cirurgiões vasculares: dois estão de férias, uma está com restrição médica devido a gestação e os dois restantes ficam responsáveis pelo pareceres e atendimento ambulatorial aos pacientes com indicativo de trombose.


Em junho, o  Metrópoles denunciou a crise vivenciada pelos pacientes no HRG. Na ocasião, havia quem aguardava por mais de dois meses na fila de espera por cirurgias para correção de fraturas. Outros nem sequer tinham previsão de quando seriam operados.

Ao todo, 58 pacientes estavam amontoados em 37 leitos improvisados na ala ortopédica da unidade, separados por divisórias metálicas e tapados por tecido TNT.

Além de mal-acomodados, eles não tinham a mínima privacidade. Dependiam uns dos outros para executar tarefas básicas, como tomar banho, trocar de roupa e cuidar de sua higiene pessoal, além de necessidades fisiológicas.

Metrópoles

Criança morre na barriga da mãe

Família diz que houve negligência médica no atendimento

Talia, de oito meses, foi pra o hospital com dores, mas o médico a mandou de volta pra casa

O dia que era pra ser de alegria pra família da operadora de caixa Talia da Silva Moura, 20 anos, do bairro Meia Praia, em Navegantes, se tornou uma tragédia. Grávida de oito meses e dois dias, a moça teve o filho Victor Henrique retirado já morto de dentro da barriga em operação cesariana, ontem, no hospital Nossa Senhora dos Navegantes. A família denuncia que houve negligência médica. Talia ainda tá internada na unidade se recuperando. Era o primeiro filho dela.

 O pai da garota, o eletricista Gilberto Golfetto de Moura, o Gaúcho, 48, relata que na terça-feira a filha sentiu fortes dores e foi levada até o hospital. O médico da gestante, segundo conta o pai, teria constatado não haver dilatação, aplicando remédio contra a dor e a mandando de volta pra casa.

 A orientação teria sido a de que, se ela voltasse a sentir dores de noite, que buscasse atendimento em Itajaí.

 Gaúcho diz que a filha, que mora com ele, acordou às três da madrugada com sangramentos. Ela foi levada ao hospital de Navega, mas lá chegou com a criança já morta no ventre. Foi preciso uma cesariana pra tirar o menino. O eletricista acredita que houve descuido do médico que acompanhava a gestação.

 Ele considera que se na terça-feira o especialista tivesse solicitado uma ultrassonografia poderia confirmar que a placenta tava se deslocando. O deslocamento prematuro da placenta é um problema grave na fase final da gravidez e que coloca em risco a vida do bebê. “Se tivessem prestado mais atenção, nós estaríamos agora chorando de alegria e não de tristeza”, desabafa Gaúcho, que seria avô pela segunda vez.
O eletricista lembra que a casa tava preparada pra receber a criança. No domingo passado, teve o chá de bebê e Victor Henrique já tinha recebido diversos presentinhos.

 Gaúcho adianta que pretende responsabilizar o hospital, mas frisa que a prioridade no momento é a recuperação da filha. “Depois vamos corres atrás dessas coisas pra ver o que dá pra fazer”, comenta.

Apuração

 Ontem à tarde, a prefeitura informou que ainda desconhecia o caso. O secretário de Saúde, Alcídio Reis Pera, o Cidinho, garantiu que vai apurar os fatos junto à administração do hospital para tomar as providências. O hospital de Navegantes é tocado pelo instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), com sede em Porto Alegre (RS).

 O DIARINHO solicitou esclarecimentos à empresa por e-mail ontem, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria


40% dos médicos recém-formados reprovam no exame do Cremesp





O Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (26) o resultado da avaliação dos médicos recém-formados. Os dados mostram que, pelo segundo ano seguido, cerca de 40% foram mal.

Dos 3.174 participantes que fizeram o exame em 2018, 38,2% não conseguiram a nota mínima.

Dentre as questões, 86% erraram a abordagem a pacientes vítimas de acidente de trânsito e outros 69% não sabiam as diretrizes para medir a pressão arterial.

Mais 68% dos médicos não acertaram a conduta que deve ser realizada para pacientes infarto.

O presidente do Cremesp disse que essa avaliação é importante para que os cursos de Medicina possam se aperfeiçoar.

“É uma ferramenta importante para que a faculdade possa se avaliar naquelas áreas onde possam estar ainda com algumas dificuldades, mas, principalmente, garantir à população uma formação mais adequada de um profissional, que estará cada vez melhor para prestar assistência à saúde da população”, disse o presidente do Cremesp, Lavínio Nilton Camarim.

Médicos do SUS são demitidos por descumprirem horário de trabalho





Cinco médicos foram demitidos após uma auditoria comprovar que eles não cumpriam o horário de trabalho determinado em contrato. Os profissionais faziam parte das equipes que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade.

De acordo com o Secretário Municipal de Saúde, José Orleans, os profissionais deveriam cumprir uma carga horária de oito horas de trabalho diariamente. A auditoria, no entanto, apontou que eles trabalhavam até três horas a menos que o determinado.

Quatro dos profissionais atuavam na área de clínica médica e uma delas como psiquiatra. Os médicos tinham contratos renováveis e com um salário de R$ 8.600.

A demissão dos médicos já causa impacto no atendimento nas unidades de Saúde da cidade e cidadãos reclamam das dificuldades para conseguir atendimento.

“Eles estavam me falando que não tem médico e que o que tem está vindo só duas vezes por semana. Ninguém está conseguindo atendimento fácil por aqui, está é difícil demais”, afirmou o servente, David Leonel, que buscava atendimento no posto do Bairro Nova Suiça.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que está fazendo entrevistas para contratação de novos médicos para substituírem os que foram demitidos. Não foi confirmada, no entanto, a data para que os novos profissionais comecem a atuar na cidade.

O caso não aconteceu em Lafaiete, mas na vizinha Barbacena. Se moda pega…

Médico da rede pública é preso em flagrante por não cumprir horário de trabalho

O servidor costumava bater o ponto e atender em sua clínica particular

o médico vai responder pelo crime de peculato eletrônico -  Foto: ilustrativa

O núcleo de Francisco Beltrão (Sudoeste paranaense) do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, prendeu em flagrante na manhã desta quinta-feira (20) em Pato Branco um médico da Secretaria Estadual da Saúde que não estava cumprindo seu horário de trabalho.

Nesta quinta-feira, após registrar seu ponto, o médico ausentou-se do local de trabalho para prestar atendimento em sua clínica particular.

As investigações apontaram que essa prática é costumeira por parte do servidor e, em função disso, ele foi autuado pela prática do crime de peculato eletrônico, previsto no artigo 313-A do Código Penal.


Portal da Cidade

Itaipulândia: Mais uma vítima denuncia enfermeiro por abuso sexual



No final da tarde desta quarta-feira (26), mais uma vítima procurou a Delegacia da Polícia Civil para denunciar o enfermeiro Telemaco Oliveira dos Santos, acusado de abusar sexualmente de outras três mulheres em um hospital no município de Itaipulândia.

Telemaco foi preso na tarde de ontem (25), pela Polícia Civil de São Miguel do Iguaçu, em cumprimento à um mandado de prisão, expedido pelo Poder Judiciário, no qual ele é acusado em três inquéritos, por ter abusado de pacientes durante atendimento, uma delas menor de idade.

A quarta vítima procurou a polícia e em seu relato ela diz que foi levada à um quarto da enfermaria do hospital, onde recebeu medicação prescrita pelo médico e ficou em observação, e acabou adormecendo. Quando ela teria acordado, ainda sob efeito do remédio, o enfermeiro estava em pé ao lado dela tentando beijá-la a força e passava as mãos em seus seios.

Ainda segundo a vítima, por estar sob o efeito de remédios, ela não conseguiu reagir e nem gritar por socorro.

Diante do exposto pela jovem, A Polícia Civil de São Miguel do Iguaçu instaurou mais um inquérito contra o acusado, e segundo o Delegado Francisco Sampaio, é possível que haja mais vítimas, e pede para a população que procurem a Delegacia para denunciar.