sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Paciente denuncia, agulha foi deixada em seu corpo após ser medicada no Hospital Municipal de Palotina


Uma palotinense informou ao Correio do Ar que foi até o Hospital Municipal de Palotina, nesta semana, aonde passou por consulta médica e posteriormente recebeu medicação na veia. Segundo ela, a funcionária que foi aplicar o medicamento estaria com dificuldades para realizar o procedimento, momento em que reclamou de dor no local onde era procurada a veia.


Diante da situação, a servidora pública trocou de cateter (agulha) e fez a aplicação em outro ponto do braço.

Ao término da medicação, a paciente foi novamente atendida pela servidora a qual retirou os equipamentos, fez um curativo no local da aplicação e liberou a mulher.

Ao caminhar cerca de duas quadras e a mesma percebeu que estava com sangramento no curativo sendo auxiliada por populares.

Em casa, a dor não passava e o sangramento continuava, enfim, a mulher removeu o curativo. Para sua surpresa, a cateter (agulha) não havia sido retirado pela funcionária do hospital.

Nossa reportagem esteve neste sábado na residência da reclamante que explicou como tudo aconteceu. Ela foi orientada a procurar a ouvidoria do hospital para documentar a denúncia e pedir apuração dos fatos.

O erro cometido pela funcionária poderia ter consequências graves, haja visto que a agulha ficou conectada na veia da paciente, podendo a mesma chegar em sua residência, devido a dor e o efeito da medicação, deitar-se e dormir, assim perder o sangue através do cateter.

O Correio do Ar estará acompanhando o caso e buscará ouvir a versão da direção do hospital para esclarecer os fatos.



Hospital de Guarani é interditado pela Vigilância Sanitária

Coordenadoria das Promotorias de Saúde da Região pediu interdição cautelar após constatações de inadequações para o funcionamento


 Superintendência de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), acompanhada pela Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste, interditou nesta quinta-feira (22) o Hospital Dr. Armando Xavier Vieira, localizado no município de Guarani, distante cerca de 70 quilômetros de Juiz de Fora.
Segundo o promotor de justiça e coordenador regional, Rodrigo Ferreira de Barros, durante a vistoria, foram constatadas diversas condições inadequadas para o funcionamento da unidade. “Nos deparamos com uma situação de falta de escala médica, falta de equipamentos de urgência e ausência de diversos requisitos essenciais para o funcionamento do hospital. Portanto, foi deliberada uma interdição cautelar até que todas as questões sejam corrigidas”, disse Rodrigo Barros à reportagem.
A Tribuna teve acesso ao auto de interdição da unidade. Além destas irregularidades, conforme o documento, durante a vistoria, também foi constatado que o hospital já se encontrava com os atendimentos paralisados desde o dia 15 de outubro.
Entretanto, conforme a assessoria de comunicação da Prefeitura, o Município transferiu uma unidade de saúde para o local, que está funcionando como pronto-atendimento à população, mas não tem vínculo com o hospital.

Investigações

A diretoria do hospital está sob investigação por praticar cobranças irregulares para a realização de exames. De acordo com o promotor, a denúncia criminal referente à cobrança de procedimentos de Raios X e à apuração sobre outras irregularidades estão sendo concluídas. Na tarde desta quinta-feira (22), foram realizadas oitivas de testemunhas para que, em breve, os inquéritos sejam concluídos. A Tribuna entrou em contato com o setor administrativo da unidade, que não quis se posicionar sobre os assuntos.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Bebê morre no Hospital da Criança em Campina Grande e pai denuncia negligência

Não havia médico cardiologista nem material básico no hospital em que a menina de 8 meses foi atendida, diz o pai. Secretaria de Saúde afirma que 'todos os procedimentos foram realizados'
 
Maria Eduarda tinha 8 meses e morreu no sábado (17) após atendimento no Hospital da Criança e do Adolescente de Campina Grande — Foto: Eduardo Lourenço/Arquivo pessoal
 
Um bebê de oito meses morreu internado no Hospital da Criança e do Adolescente de Campina Grande e o pai da criança registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil contra suposta negligência da unidade de saúde. Segundo Eduardo Lourenço da Silva, de 37 anos, o atendimento indevido que a filha dele recebeu no local e a falta de médico cardiologista e de material básico no hospital causaram a morte da criança.
 
O corpo Maria Eduarda dos Santos Lourenço foi sepultado do domingo (18). O pai e a mãe da menina registraram a denúncia na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude de Campina Grande na segunda-feira (19).
 
Ao G1, Eduardo contou que Maria Eduarda nasceu com a Síndrome de Edwards e era cardiopata. Ele disse que levou a criança ao hospital por volta das 10h55 (horário local) da sexta-feira (16) por causa de uma coriza e que após uma triagem, foi informado por uma médica que não havia uma cardiologista de plantão para atendê-la. “Minha esposa ficou chorando e questionou: a gente vai pra onde?”, disse.
 
Outra médica atendeu a criança e solicitou exames que constataram uma gripe. Outro profissional assumiu o caso e precisou medicar a menina. Segundo o pai dela, um procedimento de aspiração aumentou os batimentos cardíacos da criança.
 
Em outro momento, ele relatou que foi necessário perfurar a cabeça da menina para aplicar a medicação, mas antes disso uma enfermeira queria raspar parte do cabelo dela com uma lâmina já utilizada porque não havia material básico na unidade. A mãe, Juciara dos Santos Rêgo Lourenço, de 32 anos, não permitiu e pediu que o procedimento fosse feito com um aparelho de barbear novo que estava na bolsa dela.
 
Segundo ele, o local não tinha equipamento para tratar a menina e não existia nem lençol na cama onde ela ficou deitada. O médico que atendeu a menina ligou para outros hospitais para conseguir uma transferência, mas não conseguiu, de acordo com o pai.
 
Eduardo disse que após a inserção de um cateter, por volta de 1h do sábado (17), a criança sofreu uma parada respiratória. Depois a equipe médica tentou ressuscitá-la, mas a criança faleceu às 2h05, segundo a certidão de óbito dela.
 
No documento, o relato é de que a criança morreu por causa “de insuficiência respiratória e bronquite aguda”. E que a menina “precisava de sangue e não foi feita a transfusão”. Além disso, que o casal pediu a transferência da garota para uma UTI e também não foi atendido.
 
Eduardo informou que o depoimento foi dado a uma escrivã porque a delegada não estava no momento, mas que ele e os representantes do hospital seriam chamados para serem ouvidos.
 
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande diz que “de acordo com a Direção do HCG todos os procedimentos foram realizados para tentar garantir que Maria Eduarda resistisse”.
 
“O médico que estava acompanhando a garota inclusive tentou alternativas para dar mais conforto e melhor a oxigenação para a criança, mas foi possível em função das próprias complicações da síndrome”, explicou a Diretora Técnica do HCA, Tais Andrade.
 

Veja a íntegra da nota


A Secretaria de Saúde de Campina Grande lamenta profundamente a morte da paciente Maria Eduarda dos Santos Lourenço, de 8 meses e 7 dias, que era portadora de uma doença grave denominada Síndrome de Edwards.
 
De acordo com o prontuário médico, Maria Eduarda foi admitida no Hospital da Criança e do Adolescente às 10h55 do dia 16/11/2018, com quadro de insuficiência respiratória grave, provocado provavelmente por uma síndrome gripal. A paciente foi a óbito na madrugada do dia 17/11/18 às 02:05, apesar de todo o esforço da equipe médica para salvar a vida da menina.
 
Síndrome de Edwards é uma patologia causada pela trissomia do cromossomo 18, má formação do cromossomo 18, e caracteriza-se por um quadro clínico com acometimento de múltiplos órgãos e sistemas. Há mais de 130 anomalias diferentes, que podem envolver praticamente todos os órgãos e sistemas. O prognóstico da doença na maioria dos casos resulta em óbito durante a vida embrionária e fetal, ainda na barriga da mãe. Dos nascidos vivos, a média de vida é entre 2,5 e 14,5 dias. Dos recém-nascidos afetados, 55 a 65% vão a óbito na primeira semana de vida, 90% em torno de seis meses e apenas 5 a 10% estarão vivos ao final do primeiro ano.
 
De acordo com a Direção do HCA todos os procedimentos foram realizados para tentar garantir que Maria Eduarda resistisse. "O médico que estava acompanhando a garota inclusive tentou alternativas para dar mais conforto e melhorar a oxigenação para a criança, mas não foi possível em função das próprias complicações da síndrome", explicou a Diretora Técnica do HCA, Tais Andrade.
 
A direção do hospital já analisou o prontuário, escutou o médico responsável pelo atendimento e convocou os pais da criança para que sejam esclarecidos os procedimentos realizados e a dificuldade em assegurar a vida da menina a complexidade do quadro da criança. No mais, a Secretaria se solidariza com os familiares.
 

Dispositivos médicos desregulados afetam doentes

A falta de regulação em dispositivos médicos está a provocar mortes e complicações em doentes de todo o mundo, como revela uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.
 
 
A investigação dá conta que dispositivos médicos com defeito foram autorizados a entrar no mercado e denuncia que autoridades de saúde em todo o mundo não têm protegido milhões de doentes sujeitos a próteses testadas de forma inadequada e negligente.

O estudo expõe as falhas na regulação de aparelhos médicos como pacemakers, ancas artificiais, contracetivos e implantes mamários que terão entrado no mercado sem estarem autorizados ou terem sido testados.

Só nos Estados Unidos da América estima-se que este tipo de dispositivos terão causado 82 mil mortes em dez anos para além de provocar lesões em quase dois milhões de pessoas.

Segundo a investigação, publicada pelo jornal britânico "The Guardian", as agências reguladoras, os administradores hospitalares e até os médicos sujeitam-se ao “lobby” de uma indústria bilionária, que não olha a meios para atingir objetivos.
 
A investigação de um ano juntou mais de 250 jornalistas de 36 países.
 

Falhas em internação hospitalar custam caro



Senado Notícias

Médico que atendeu Victória na UPA Embu é acusado de integrar ‘esquema’ na Saúde

Victória, 13, que morreu após medicada na UPA; médico Waldo, que atendeu a jovem, e adjunta Serrano (dir.)

O médico que atendeu a adolescente Victória Kamily Santos Vieira Souza é acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na Secretaria de Saúde de Embu das Artes que seria encabeçado pela secretária-adjunta da pasta, Maria Serrano. Em caso que gerou revolta entre moradores, Victória morreu no último dia 10, aos 13 anos, depois de passar em consulta na UPA Santo Eduardo, com bronquite comum, com o boliviano Waldo Adriel Muriel Claire, por duas vezes.
 
Victória foi levada à UPA na noite de sexta (9) e recebeu medicação na veia. No sábado, ainda com falta de ar, ela voltou à UPA, com coração acelerado. “Ela passou com o mesmo médico, que estava lá no sábado ainda, um boliviano”, conta Fábio Santos, tio da jovem. Medicada de novo, ela passou mal e precisou ser transferida ao Hospital Pirajussara. “Ela está estável, já está estabilizando”, disse o médico. Ele alegou que o HGP “tinha mais recurso de [exame de] imagens”.
 
“Porém, quando foi pôr ela na ambulância, estava entubada. Peguei na mãozinha dela: gelada! Eu chamei o médico: ‘Dr., por que ela está gelada?’ Ele falou: ‘Não, não, é efeito da medicação’”, conta Fábio. Ao dar entrada no HGP, Victória deu “dois suspiros ofegantes, já desmaiada”. Com a jovem na sala de choque, o médico da UPA saiu. “‘Ele disse: ‘Tá’ estável, já está voltando a respiração, pode ficar tranquilo’. Entrou na ambulância e simplesmente foi embora”, relata.
 
Menos de meia hora depois, o médico do HGP foi até a família. “Ele falou: ‘O estado da Victória é gravíssimo, o médico deixou ela aqui, não tem raio-X, não tem nada. […] Tive que entubá-la novamente’. Entramos em desespero, o médico da UPA falou que ela estava estável. Só que já tinha ido embora, é lógico”, relata Fábio. Vinte minutos depois, o médico do Hospital Pirajussara comunicou que Victória teve uma parada cardíaca na UPA e outra no HGP e não resistiu.
 
O tio teve outra surpresa ao olhar o CRM usado pelo médico que atendeu Victória. “Vi a foto [no órgão médico]. Não era o médico que atendeu ela sexta e sábado, na receita o registro não é dele. Isso já é crime!”, denuncia. “Eles jogaram a ‘bomba’, desovaram o corpo quase, no Pirajussara, só que o erro está aqui [UPA]. Ela não estava morrendo, só estava cansadinha, com falta de ar. Deram medicação na sexta e de novo no sábado, acelerou o coração dela”, relata Fábio.
 
O VERBO confirmou com o tio de Victória que quem atendeu a adolescente foi o médico Waldo, tanto na sexta quanto no sábado, inclusive acompanhou a transferência da menina até o HGP. Ele é um dos cerca de 15 médicos – a maioria estrangeiros – que teriam sido trazidos para Embu por Serrano e estariam envolvidos em fraude. Em troca de clinicar na rede municipal, os médicos pagariam ao menos R$ 1 mil por mês a Serrano, além de entregar cesta básica a ela.
 
Serrano ainda alteraria as folhas de ponto dos “seletos” médicos para constar que trabalhavam 200 horas semanais, quando faziam plantão de apenas 40. Os valores da diferença seriam repassados a Serrano. Não somente à adjunta. Vanessa Silva, secretária do prefeito Ney Santos (PRB), e Thamires de Souza May, secretária de José Alberto Tarifa, secretário de Saúde, integrariam o esquema e receberiam o dinheiro. A denúncia foi publicada pelo site “O Furão”.
 
OUTRO LADO

 O VERBO não conseguiu localizar Waldo. Em agosto, intimada, Maria Serrano compareceu à Delegacia de Embu “para prestar esclarecimentos após denúncia encaminhada pelo Ministério Público sobre supostas irregularidades ocorridas na Secretaria de Saúde”, informou a Secretaria Estadual de Segurança à reportagem. Já na época, procurada, Serrano não se manifestou sobre as graves acusações. Thamires também não respondeu. Vanessa também não foi encontrada.
 

Santa Casa denúncia desvio de verbas feitas pelo governo e prefeitura


Gazeta Digital

SerTão TV: Mãe denuncia negligência médica que ocasionou a morte de criança no Hospital Regional Dr. Pontes Neto



A reportagem da SerTão TV esteve na manhã desta sexta-feira, 23, averiguando a denúncia da ocorrência de um erro médico no Hospital Regional Dr. Pontes Neto, em Quixeramobim, que teria ocasionado a morte de um bebê.
 
Patrícia Jessica Pinheiro Barbosa, mãe da criança, afirmou à nossa equipe, que o médico de plantão a examinou duas vezes e mesmo constatando que a bolsa da paciente havia rompido e tinha líquido amniótico com coloração, além dos batimentos da criança chegarem até 71, o profissional demorou cerca de uma hora para iniciar o parto.
 
Na hora do processo, o mesmo ainda precisou da ajuda de um outro médico para conseguir realizar o parto da criança que já estava sem vida.
 
Os pais informaram que em nenhum momento os funcionários da unidade hospitalar lhe contaram sobre a situação do bebê após seu nascimento.
 
Samuel Pereira, pai da criança, encaminhou o corpo da mesma para realização de necrópsia em Fortaleza, onde constataram que a criança não tinha nenhum problema de saúde, porém, não foi possível precisar a causa da morte, pois a placenta, vital para esclarecer a questão, foi descartada.
 
A família relatou não receber nenhum tipo de apoio emocional e que já acionou a Justiça para abertura de processo contra a unidade.
 

Vídeo: Mãe de jovem que morreu no Hospital Regional de Ponta Porã vai até o 1º DP

Procurado, o Hospital divulgou uma nota a respeito do ocorrido
 
 
Compareceu por volta das 10h50min desta sexta-feira (23), no 1º DP de Ponta Porã, a senhora Rosa Maria Soares, mãe da jovem Cintia Carolina Soares, de 19 anos, que morreu na manhã de quarta-feira, dia 21 de novembro, após complicações no parto, ocorrido no Hospital Regional Doutor José Simone Neto.
 
Dona Rosa Maria Soares, procurou o delegado Alcides Bruno Braun para registrar a ocorrência, uma vez que a sua filha deu entrada no hospital na segunda-feira (19), um dia após completar 19 anos, e com 40 semanas de gestação. A mãe informou que a filha sentia muitas dores, mas a equipe médica, "dispensou" a jovem, mandando que ela retornasse para casa. Com isso, eles suspeitam que a morte dela tenha acontecido por negligência médica.
 
A reportagem do site Pontaporainforma ouviu o delegado de Policia Dr. Alcides Bruno Braun, que confirmou para a senhora Rosa Maria Soares, que havia tomado conhecimento dessa noticia pela reportagem do site, e que abrirá uma investigação para esclarecer todas as circunstancia do caso.
 
A reportagem do Pontaporainforma entrou em contato com a direção do Hospital Regional Dr. José Simone Neto, que informou que ninguém iria se manifestar através de entrevista e apenas divulgou uma nota a respeito do fato. Confira a nota abaixo e assista ao vídeo.
 
Nota do Hospital Regional Dr. José Simone Neto:
 
A diretoria do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto lamenta o falecimento da paciente e se solidariza com seus familiares. A paciente foi até o Hospital dias antes do nascimento do bebê, mas ainda não havia sinais de trabalho de parto. Nestes casos, as pacientes são encaminhadas para suas casas e orientadas a retornar quando o trabalho de parto tiver início. Todo o acompanhamento de médicos e profissionais de enfermagem foi prestado, o parto normal ocorreu sem intercorrências e o bebê está bem e já teve alta. No entanto, a paciente teve complicações no pós-parto, o que infelizmente resultou em óbito. A todo o momento a paciente e os familiares foram assistidos pelos profissionais. Para que não haja nenhuma dúvida com relação aos procedimentos adotados no caso desta paciente, equipe técnica do Hospital está revisando o prontuário.

Ponta Porã Informa

CRM abre sindicância para apurar morte de servidora após cirurgia plástica

Investigação irá apurar circunstância da morte de Ivone Alves de Almeida, 67, na manhã desta quarta-feira (21)
 
Reprodução/Internet
 
CRM-MT (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso) instaurou uma sindicância para apurar suposto erro médico que vitimou a servidora pública aposentada Ivone Alves de Almeida. A abertura do procedimento foi anunciada nesta quarta (21) após repercussão do caso.
 
“O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, em virtude de notícias veiculadas pela imprensa  sobre o atendimento médico-hospitalar que envolveu a paciente Ivone Alves de Almeida, informa que foi instaurada sindicância para apuração dos fatos, de acordo com as normas legais”, informa nota da entidade.
 
Ivone Alves de Almeida, 67, morreu no início da manhã de hoje após intervenção cirúrgica na manhã de terça (20) pelo programa Plástica para Todos. A Polícia Civil divulgou que a paciente passou por uma lipoabdominoplastia, cirurgia que envolve intervenção conjunta de abdominoplastia e lipoaspiração. O caso aconteceu em Cuiabá.
 
Este é o segundo caso de morte após cirurgias pelo Plástica para Todos. O primeiro ocorreu em maio deste ano e vitimou a esteticista Daniele Ferreira, 33.
 
As informações do Hospital Militar onde ocorreu a intervenção apontam que o quadro de saúde da servidora teve piora gradativa acelerada nas últimas 20 horas antes da sua morte, por volta das 5h50 desta quarta. Até o momento não foram divulgados detalhes sobre o quadro de saúde da servidora, e a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.
 
Em comunicado, o diretor do Hospital Militar, Ricardo Almeida, disse que a equipe médica responsável pela cirurgia realizou “todos os protocolos necessários” para o atendimento à servidora e lamentou a morte. O corpo foi encaminhado para exame de necropsia e o caso foi informado à DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa) pelo próprio hospital.
 

Depois de 22 anos, Bullamah vai a júri por morte de paciente

Ele já havia sido condenado em 2009 pela morte de outra mulher, mas respondia ao processo em liberdade
 
 
Vanderson Bullamah, condenado em 2009 a 18 anos de cadeia pela morte de Hellen Buratti durante uma cirurgia de lipoaspiração, vai ser julgado 22 anos depois, nesta quarta-feira (21), pelo caso da faxineira Maria Inês Guerino, que morreu após ser submetida ao mesmo procedimento.  
 
A filha da vítima, Daiana Cristina Guerino, diz que ainda espera por uma resposta. "Eu tinha 10 anos e era só uma criança quando tudo isso aconteceu. Fico muito triste com a Justiça, que até hoje não fez nada".  
 
O ex-médico, especialista em ginecologia, é réu em três ocorrências semelhantes também pela morte da bancária Vera Lúcia Caressato. Outros dois processos correm no TJ por erro médico.  
 
Em 2004, teve o registro cassado pelo Conselho Federal de Medicina por não ter autorização para fazer cirurgias plásticas.  
 
Ele chegou a ficar um dia preso após a morte de Hellen, foi solto graças a um habeas corpus, mas acabou condenado pelo crime. Há dois anos, voltou para a cadeia para cumprir a pena e, atualmente, respondia ao processo em liberdade.  
 
A esperança da família de Maria Inês, agora, é que Bullamah seja preso. "Espero que pague por todos os erros dele, porque não foi só a minha mãe que ele matou. Foram várias moças, além das que ele deixou deformada", finaliza Daiana.

A Cidade On

Mãe e filho serão indenizados por morte de familiar por erro médico

O Município foi condenado ao pagamento de R$ 15.000,00 por danos morais
 
 
Sentença proferida na 3ª Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos de Campo Grande julgou parcialmente procedente ação movida por A. E. de S. e F. R. S. dos S.(mãe e filho de paciente) em face do Município por erro médico. 
 
O Município foi condenado ao pagamento de R$ 15.000,00 por danos morais para cada um dos autores, além do pagamento de pensão equivalente a 1/3 de 1,4 salário mínimo, inclusive da gratificação natalina, contada a partir da data do óbito até a data em que o autor F. R. S. dos S. completar 25 anos. 
 
Alegam os autores que no dia 24 de dezembro de 2013, R.S.S. passou mal e foi diagnosticado com problemas cardíacos na Unidade de Pronto Atendimento Coronel Antonino (UPA), tendo realizado na ocasião, diversos exames e radiografias. Seguem narrando que passada a crise, o paciente foi liberado, embora ainda apresentasse sintomas como dormência no braço e cansaço. 
 
Relatam que na manhã de 11 de fevereiro de 2014, ele passou mal novamente e foi atendido no UPA com falta de ar, cansaço, dor na região do coração, quando foram realizados exames cardíacos e exame de sangue, e o paciente foi medicado apenas com soro. Afirmam que os familiares mostraram aos médicos exames e informaram acerca dos problemas cardíacos, o que foi desconsiderado, procedendo à alta médica e encaminhamento ao clínico geral no período noturno. 
 
Narram que no dia 12 de fevereiro de 2014, por volta das 05h30min, após uma noite com insônia, o homem acordou delirando, desmaiou e espumou pela boca, tendo seus familiares ligado para o SAMU e informando no ato da ligação que o paciente tinha problemas cardíacos, solicitando atendimento médico urgente. 
 
Descrevem que o SAMU demorou para chegar ao local, aparecendo apenas as 07h05min, mas que a ambulância encaminhada não possuía desfibrilador, sendo solicitado o SAMU ALFA, que apenas chegou ao local por volta das 07h35min, somente diagnosticando o óbito em decorrência de infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva e miocardia dilatada. 
 
Argumentam que houve dupla negligência médica no atendimento do paciente e pedem a concessão da tutela antecipada, determinando o juízo que o réu pague R$ 1.089,60 mensais para custeio das despesas alimentares dos autores e indenização por danos morais. Além disso, buscam indenização de perda de uma chance no valor de R$ 405.331,20, pensão mensal e lucros cessantes equivalente a R$ 1.089,60, desde o falecimento do familiar. 
 
Citado, o réu não apresentou contestação.
 
Analisando os autos, o juiz Zidiel Infantino Coutinho ressaltou que não ficou demonstrado nos autos a falha na prestação de serviços quanto ao atendimento do SAMU, já que o depoimento das testemunhas não tem o condão de afastar os fatos descritos no laudo pericial, que estão em consonância com as demais provas documentais apresentadas e a certidão, na qual consta que o horário do óbito foi às 5 horas da manhã, portanto, antes da solicitação do socorro.
 
"Todavia, diante do quadro fático apresentado, ou seja, falha na prestação de serviços em relação ao atendimento na UPA, não é possível afirmar que mesmo se o de cujus tivesse recebido o tratamento adequado na UPA no dia 11/02/2014, o quadro não teria evoluído para o óbito, uma vez que portador de cardiopatia grave, fato esse a ser levado em consideração, já que não há provas de que a causa mortis ocorreu em razão da falha na prestação de serviços dos prepostos do réu, que apenas concorreu para o óbito", avaliou o juiz.  
 
No entender do magistrado, o que ocorreu foi a oportunidade perdida de um tratamento de saúde que poderia interromper um processo danoso em curso e que levou o paciente à morte. Para ele, o cenário deixa evidenciado o erro no atendimento médico, prestado na Unidade de Pronto Atendimento.
 
"Tem-se, assim, que a falha médica apontada contribuiu para o óbito do genitor e convivente dos autores, mas não que foi a sua causa determinante, devendo o quantum indenizatório ser fixado também considerando essas premissas", concluiu.   
Processo nº 0822184-16.2014.8.12.0001
 

Vereador diz que há médicos mercenários


A sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Serra Talhada, na noite da última segunda-feira (19), foi marcada pelo anúncio da concessão de títulos de cidadãos serra-talhadenses aos seis médicos cubanos que integravam o Programa Mais Médicos na cidade.
 
Para os parlamentares, a homenagem é um sincero agradecimento aos profissionais que se dedicaram às necessidades da população  serra-talhadense e realizaram importante serviço humanizado na saúde pública municipal. A proposta será subscrita por todos os 17 vereadores.
 
Durante seu discurso na Tribuna da Câmara, Sinézio Rodrigues (PT) lamentou a saída dos médicos como uma perda para a saúde pública no Nordeste, além de alfinetar os posicionamentos dos médicos brasileiros.
 
“A maior parte da população brasileira aprova o trabalho dos médicos cubanos, as pessoas atendidas por eles se sentem valorizadas, acolhidas. Os serviços que eles prestaram a essa cidade, ao sertão de Pernambuco, ao Nordeste e ao país devem, sim, ser reconhecidos. Perde muito a saúde, perde muito os mais pobres, os que precisam de um SUS forte”, declarou, continuando:
 
“Boa parte dos médicos brasileiros é mercenária, para esses não importa se a pessoa vai morrer ou não com a falta de atendimento, para eles importa ter dinheiro no bolso. Temos bons médicos brasileiros, éticos, profissionais. Mas temos, também, os não estão nem aí para população. A verdade tem que ser dita, doa a quem doer”.
 

Gestante de 19 anos morre em hospital após complicações no parto e família alega negligência

Na primeira ida ao hospital, médicos disseram que ainda não era hora de o bebê nascer

Uma jovem de 19 anos morreu na manhã da última quarta-feira (21), após complicações no parto, ocorrido no Hospital Regional Doutor José Simone, em Ponta Porã – cidade a 346 quilômetros de Campo Grande.

Segundo a família, Cintia Carolina Soares deu entrada no hospital na segunda-feira (19), um dia após completar 19 anos, e com 40 semanas de gestação. Ela sentia muitas dores, mas, a equipe médica, segundo os familiares, teria “dispensado” a jovem, mandando que ela retornasse para casa. Com isso, eles suspeitam que a morte dela tenha acontecido por negligência médica.

De acordo com o cunhado de Cíntia, Daniel Augusto Nofal Benitez, na segunda-feira, a jovem foi ao hospital com muitas dores, mas os médicos teriam informado que ainda não estava na hora do bebê nascer. No dia seguinte, ela voltou em pior estado e entrou em trabalho de parto.

” A criança estava sentada, e mesmo tendo em conta que seria mais difícil, eles prosseguiram o trabalho de parto normal. Realizaram um longo trabalho de parto com a menina tendo dois desmaios e uma consequente hemorragia”, relata o cunhado.

Depois do parto, a jovem passou por uma cirurgia de retirada do útero. “Até aqui já seria uma tragédia, uma menina de apenas 19 anos cheia de vida não poder mais ter filhos, porém, o estado clínico dela não apresentou melhoras, ocasionando o óbito no dia seguinte”, prossegue Daniel Augusto.

Os familiares ainda se queixam do tempo em que o hospital comunicou sobre a morte. “A negligência continua no momento que óbito aconteceu às 05h30 da manhã e, mesmo havendo familiares no hospital, só foi repassado à família às 10 horas”, afirma o cunhado.

De acordo com a família, o bebê passa bem e o enterro da jovem ocorre nesta manhã. Um boletim de ocorrência sobre o caso deve ser registrado na Polícia Civil.

O Hospital Regional Doutor José Simone Neto é gerido, desde 2016, por uma OS (Organização Social), o Instituto Gerir. A transferência da gestão do hospital da SES (Secretaria Estadual de Saúde) para à OS fez parte de uma reestruturação dos serviços de saúde do Estado.

Jornal Midiamax entrou em contato com a administração do hospital que informou, por meio de nota, ter prestado todo o acompanhamento necessário e que está reavaliando o prontuário da paciente.

A diretoria do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto lamenta o falecimento da paciente e se solidariza com seus familiares. A paciente foi até o Hospital dias antes do nascimento do bebê, mas ainda não havia sinais de trabalho de parto. Nestes casos, as pacientes são encaminhadas para suas casas e orientadas a retornar quando o trabalho de parto tiver início.

Todo o acompanhamento de médicos e profissionais de enfermagem foi prestado, o parto normal ocorreu sem intercorrências e o bebê está bem e já teve alta. No entanto, a paciente teve complicações no pós-parto, o que infelizmente resultou em óbito. A todo o momento a paciente e os familiares foram assistidos pelos profissionais.

Para que não haja nenhuma dúvida com relação aos procedimentos adotados no caso desta paciente, equipe técnica do Hospital está revisando e reavaliação o prontuário“.


Mãe denuncia negligência médica que ocasionou a morte de criança no Hospital Regional Dr. Pontes Neto


A reportagem da SerTão TV esteve na manhã desta sexta-feira, 23, averiguando a denúncia da ocorrência de um erro médico no Hospital Regional Dr. Pontes Neto, em Quixeramobim, que teria ocasionado a morte de um bebê.

Patrícia Jessica Pinheiro Barbosa, mãe da criança, afirmou à nossa equipe, que o médico de plantão a examinou duas vezes e mesmo constatando que a bolsa da paciente havia rompido e tinha líquido amniótico com coloração, além dos batimentos da criança chegarem até 71, o profissional demorou cerca de uma hora para iniciar o parto.

Na hora do processo, o mesmo ainda precisou da ajuda de um outro médico para conseguir realizar o parto da criança que já estava sem vida.

Os pais informaram que em nenhum momento os funcionários da unidade hospitalar lhe contaram sobre a situação do bebê após seu nascimento.

Samuel Pereira, pai da criança, encaminhou o corpo da mesma para realização de necrópsia em Fortaleza, onde constataram que a criança não tinha nenhum problema de saúde, porém, não foi possível precisar a causa da morte, pois a placenta, vital para esclarecer a questão, foi descartada.

A família relatou não receber nenhum tipo de apoio emocional e que já acionou a Justiça para abertura de processo contra a unidade.

Repórter Ceara

Pacientes reclamam de erro em cirurgias de catarata

Foram realizados mais de 1000 procedimentos durante o mutirão


Foram muitos meses de espera pela cirurgia, dona Antonieta, de 67 anos, já estava enxergando mal por causa da catarata em um dos olhos. Foi quando decidiu passar pelo procedimento, mas a situação ficou pior.

O mutirão de cirurgias de catarata em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza, era a esperança que muitos idosos tinham de voltar a enxergar. Para o seu José Mota, nada saiu como o previsto, até hoje, um dos olhos apresenta irritação.

As cirurgias foram realizadas no Hospital Geral do Município. Segundo a Secretaria de Saúde, que não designou ninguém para falar com a equipe de reportagem da TV Cidade, foram mais de 1000 procedimentos durante o mutirão e poucos pacientes apresentaram problemas. Mas os relatos são de sucessivos erros médicos que deixaram muitas pessoas com a visão bastante comprometida.
No caso do seu Adalberto, a situação foi pior, ele passou por dois procedimentos e, acredite, um deles sem anestesia. O médico responsável pelas cirurgias enviou um vídeo para a produção da TV Cidade dando a versão dele.
As sequelas permanecem e os idosos estão sem saber o que fazer. O seu Francisco acabou perdendo a visão do olho direito após cirurgia. Esperam quem sabe, fazer um novo procedimento, mas deixa claro: só com outro profissional.
O médico responsável pelo mutirão, Marcelo Osório, por telefone, negou possíveis erros e disse que está a disposição, diariamente, no Hospital Geral de Aquiraz, para atender os pacientes.


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

CRM cassa registro de médico responsável por 100 cirurgias plásticas malsucedidas


Ele é acusado da morte de uma jovem durante procedimento de abdominoplastia.

Após oito anos, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), cassou o agora ex-médico, Alexsandro de Souza, responsável por pelo menos 100 cirurgias plásticas malsucedidas em pacientes de cidades do sul do Estado.

Contra ele há inclusive a acusação da morte de Cristiane Medina Dantas, 23 anos, em Fátima do Sul no ano de 2008, depois de uma abdominoplastia (cirurgia estética realizada para remover gordura e pele em excesso do abdômen).

O caso veio à tona em agosto de 2010, após Souza continuar trabalhando e ignorar decisão do CRM que o suspendeu de exercer a medicina por seis meses. Devido a desobediência, o Conselho tornou público na época, a interdição cautelar do então profissional, que tinha sido aplicada em maio daquele ano, para mostrar à sociedade que o profissional estava suspenso das atividades e não deveria atender nenhum paciente no prazo determinado. 

Souza tinha registro no CRM em cirurgia-geral, mas atuava como cirurgião plástico há pelo menos 4 anos antes de ser investigado, de acordo com denúncias de pacientes. Ele teve uma clínica de estética em Fátima do Sul, fechada após a morte de Cristiane. Há relatos de que ele ainda atuou como cirurgião plástico em Naviraí, Glória de Dourados e Juti, onde inclusive foi vice-prefeito eleito na chapa de Neri Compagnoni (PDT), em 2004. 

No total, o ex-médico foi punido em quatro investigações que tramitavam no CRM, publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) na sexta-feira (23). Em todos ele foi julgado pelo Pleno do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM) e recebeu a mesma pena, de cassação do exercício profissional. Em nenhum dos casos é possível saber o teor dos processos, que tramitaram em segredo.

Em março de 2013, Souza foi casado pelo CFM pela segunda vez. Isso porque em 2012 ele já havia sido punido, mas por conta de uma liminar estava exercendo a medicina. Com a decisão de cinco anos atrás ele já não podia mais atuar como médico, situação confirmada novamente agora.

A reportagem tentou entrar em contato com o profissional cassado em três números disponíveis na internet como sendo do consultório dele em Fátima do Sul, porém no local a informação é de que funciona um escrtiório de contabilidade. O CRM não comentou a decisão.

VÍTIMAS

Na Associação de Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul, existem denúncias de sete pessoas contra Alexsandro de Souza - destas três mulheres são de Naviraí e duas são de Fátima do Sul. Porém desde a época das denúncias, o presidente da entidade Valdemar Moraes de Souza já tinha informado que o número de mulheres mutiladas pelo médico passa de 100. 

“Fui às cidades onde tivemos denúncias e também percorri a região sul do Estado. Seguramente esse número passa de 100 mulheres. São muitas as denúncias, a maior parte delas é de cirurgias plásticas na região do abdômen (lipoaspiração e abdominoplastia) e dos seios (redução)”, justificando o pequeno número de denúncias formais, por conta das pacientes não quererem se expor. 

No entanto, depois da morte de Cristiane Medina Dantas, alguns casos começaram a aparecer. A jovem que estava prestes a concluir a faculdade de Educação Física, queria perder a gordura localizada na região abdominal depois de ter realizado um regime – passou de 112 quilos para 96. Ela foi operada, liberada no dia seguinte, mas passou mal uma semana depois.

“Procuramos o doutor Alex, ele disse que não tinha equipamentos para atender emergência e que iria transferí-la para Dourados, mas nem deu tempo pois ela morreu na clínica mesmo”, relatou a irmã da vítima, Letícia Medina. 

Outro caso é de M.A.G., que também foi submetida a uma abdominoplastia com o médico em Naviraí, que denunciou o erro na Associação de Vítimas de Erros Médicos. “Minha barriga está cheia de cicatrizes e um dos pontos até hoje inflama. Outro problema é o meu umbigo que praticamente não existe mais, ficou fechado depois da cirurgia”, declarou.

A paciente diz que os resultados afetaram a estética e também sua saúde. “Ele esticou tanto a minha pele em determinados lugares que até hoje sinto dores, parece que a pele falta”.


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Mulher denuncia hospital de Parnaíba após morte de bebê durante parto


O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, está sendo acusado de negligência médica por uma mulher que perdeu o filho durante o trabalho de parto. Em entrevista ao repórter Carlos Mesquita, da Rede Meio Norte, Francilene afirmou ter pedido para realizar um parto cesariano, mas os médicos teriam se negado a fazer.

“Eu cheguei segunda à noite para ter neném e eles falaram que eu não estava em trabalho de parto, que eu estava com a pressão muito alta e me colocaram no soro e eu passei o dia todo sentindo dor, esperando a cesariana e eles não fizeram. Fiquei a terça com dor e a noite me induziram ao parto normal e meu filho não resistiu e morreu”, disse.

A mulher afirmou que os médicos disseram que ela estava em pré-eclâmpsia, mas começou a perder líquido e sentir fortes dores. “Houve bastante negligência, porque eu pedia muito para fazer a cesariana e eles não queriam, falavam que era pra eu ter paciência e nesse tempo eu fui perdendo líquido e meu filho foi morrendo dentro da minha barriga porque quando ele nasceu já foi sem vida”, acrescentou.

A reportagem da Rede Meio Norte procurou a direção do Hospital para se pronunciar sobre o caso. A diretora da unidade está em Teresina e afirmou que abrirá uma sindicância com os médicos para apurar o que aconteceu.


MPMG denuncia médico acusado de separar cabeça de dois recém-nascidos durante partos


O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Araguari, ofereceu duas denúncias contra um médico obstetra do município de Araguari, por ter causado a morte de dois recém-nascido durante partos realizados em um hospital da cidade. O primeiro caso ocorreu em outubro do ano passado e o outro, em março deste ano. O MPMG ajuizou também Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa cumulada com pedido de dano moral coletivo contra o profissional, solicitando seu afastamento do atendimento pelo SUS no município.

Conforme a denúncia, os homicídios culposos foram causados por imprudência, consistente na realização de procedimento médico com inobservância de regra técnica de profissão pelo plantonista pelo SUS.

No primeiro caso, registrado em 2017, embora ciente de se tratar de feto de grande porte, que se encontrava em apresentação pélvica, o profissional deliberou pela realização de parto normal, determinando o encaminhamento da paciente para a sala de parto, “em absoluta contrariedade ao recomendado pelo Relatório de Recomendação do Ministério da Saúde, editado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec) em abril de 2015”, que é a realização de cesariana, destaca, na denúncia, o promotor de Justiça Fernando Zorzi Zordan.

Na sala de parto, o próprio denunciado procedeu a exame na paciente, durante o qual a bolsa gestacional foi rompida artificialmente. Neste momento, segundo a parturiente, além de lhe ser ordenado que fizesse intensa força para expulsão do feto, a enfermeira do hospital passou a empurrar sua barriga para baixo, na tentativa de expulsão do feto. Contudo, durante o parto, após a saída de membros inferiores e de parte do tronco do nascituro, por se tratar de feto de grande porte estando em apresentação pélvica, sobreveio episódio conhecido na literatura médica como “cabeça derradeira”, consistente no aprisionamento da cabeça fetal no colo uterino após a saída do corpo fetal.

Diante da ocorrência, o denunciado, mais uma vez com imprudência, consistente em inobservância de regra técnica da profissão, manobrou o corpo fetal equivocadamente, culminando na decapitação do bebê. A parturiente teve que ser levada às pressas ao centro cirúrgico para realização de intervenção cirúrgica para retirada da cabeça fetal, a qual havia permanecido no interior de seu corpo.

Segundo caso



No segundo caso, registrado em março deste ano, conforme narra a denúncia, embora se tratasse de feto prematuro e em posição pélvica, o denunciado, ainda tendo tempo suficiente para a realização de parto por cesariana, decidiu pela realização de parto normal, determinando o encaminhamento da paciente para a sala de parto, contrariando novamente as normas do SUS. A bolsa gestacional da mãe da criança somente foi rompida, após razoável período da admissão da parturiente no hospital, artificialmente pelo próprio médico, sendo que a expulsão dos membros inferiores do feto veio a ocorrer mais de uma hora após a entrada da paciente no hospital, “o que deixa claro a existência de tempo razoável para ministração de medicamento antenatal para retardamento do parto, bem como, no momento adequado, a opção pela intervenção pela cesariana”, afirma o promotor de Justiça.


Durante o parto, em razão da desproporção entre a cabeça e o corpo do feto, ainda prematuro, sobreveio o episódio da “cabeça derradeira”, culminando na decapitação do bebê e no encaminhamento da mãe às pressas ao centro cirúrgico, para a retirada da cabeça fetal do útero.

Improbidade administrativa



A Ação Civil Pública visa à condenação do réu pelas práticas de ato de improbidade administrativa e dano moral coletivo, segundo Fernando Zordan, em face do sistema público de saúde e por violar o princípio da eficiência administrativa ao dar causa à morte dos recém-nascidos.


Na ação, o promotor de Justiça sustenta que cumpre ao Poder Judiciário inibir novos comportamentos atentatórios à vida de gestantes e de seus bebês mediante a concessão de medida liminar de impedimento do requerido de exercer a medicina na rede pública de saúde até o julgamento final do processo.

O MPMG pede, ainda, a suspensão dos direitos políticos do réu por cinco anos, o pagamento de multa civil a ser fixada em 100 vezes o valor da remuneração recebida pelo requerido por ocasião dos dois partos que resultaram na morte dos recém-nascidos e também de indenização ao Fundo Municipal de Saúde no valor sugerido de R$ 200 mil ou outro a ser arbitrado pela Justiça.