quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Mulher denuncia Laboratório Municipal por erro em resultado de exame

 



Uma moradora do bairro Vila Guaporé fez uma denúncia contra o Laboratório Municipal quanto ao resultado de um hemograma. O exame apontava que a paciente tinha uma doença grave.

A denunciante informou que teria procurado o laboratório para realizar alguns exames solicitados pelo médico que a atende no PSF do bairro em que ela mora. Quando buscou os resultados a mulher teve uma surpresa. O hemograma apontava que ela estava com leucemia.

Preocupada com a situação, ela resolveu fazer o mesmo exame em um laboratório particular e lá descobriu que não havia nenhum problema de saúde.

A Secretaria de Saúde se posicionou informando que não tinha conhecimento sobre o caso.


TV Centro Oeste


Jovem cearense morre por complicações pós-parto durante transferência de hospital; família aponta negligência

 

A agricultora de 25 anos morreu dentro de transporte médico para um hospital em Sobral. A criança se encontra bem e está na casa da avó materna


A família afirma que buscará justiça para a jovem agricultora, 
que morreu após parto em hospital em Camocim


Maria da Assunção Teles Teixeira, jovem de 25 anos, morreu dentro de um transporte médico a caminho do Hospital Regional de Sobral, depois de passar por complicações  de pós-parto, realizado no Hospital Murilo Aguiar, no município de Camocim. Ela deu à luz a um menino na manhã do sábado, 12, e faleceu cerca de 24 horas depois, no domingo, 13. Família da cearense denuncia negligência da unidade de saúde durante o procedimento e também nos cuidados após o parto.

De acordo com Maria da Saúde Teles, prima e advogada da família no caso, a jovem, a mãe e a sogra foram destratadas pela equipe do Hospital Murilo Aguiar, que inicialmente não queria receber Maria da Assunção, apesar do quadro grave de dores. "Ela ficou na recepção do hospital, que é minúscula, chegando até a ficar do lado de fora esperando, porque não queria deixar ela entrar por não estar no sistema. Ela chegou lá transferida de Granja com emergência, por isso não foi feita nenhuma documentação", conta.

Desde que foi transferida de Granja, município vizinho onde mora, Maria da Assunção já apresentava um quadro complicado, que, segundo a advogada, não foi devidamente observado pela equipe de Camocim. Após o parto normal no sábado, o hospital não deixou mais os familiares a visitarem alegando medidas de segurança contra a Covid-19. A família acabou sendo enviada para casa, onde ficou aguardando mais notícias.

Um parente, que estava com Maria da Assunção, relata o descaso e diz que se sentiu "enganada". "Não deixaram a gente olhar ela para ver se estava bem mesmo. Ficam direto dizendo que ela tava boa", comenta. A advogada e prima de Maria da Saúde conta que na manhã desse domingo, 13, o quadro piorou e os familiares retornaram ao hospital. Foi quando decidiram pela transferência para Sobral, onde há tratamento para casos mais complexos.

"A sogra dela foi com ela na ambulância de transporte e relatou que a enfermeira passou a viagem inteira sendo grossa com elas. A mãe dela disse que quando a filha foi ser levada já estava com a respiração muito fraca e achava que ela já estava morrendo". Cerca de 30 minutos na estrada, na cidade de Martinópole, Maria da Assunção veio a óbito e foi levada para um hospital do município.

A família afirma que buscará justiça para a jovem agricultora. A criança se encontra bem e está na casa da avó materna. A mãe de primeira viagem foi enterrada na manhã desta segunda-feira, em Granja, ainda com seus entes queridos sem saber o que causou sua morte. "Vou primeiro tentar pegar os documentos e prontuários e amanhã vou conversar com um promotor. Pretendo fazer uma denúncia para os direitos humanos e comissão de mulheres para ficar o alerta, para que mais mães não morram dessa maneira", diz.

Em nota encaminhada ao O POVO, o Hospital Deputado Murilo Aguiar alegou que a paciente teve que permanecer na recepção logo ao chegar porque foi preciso solicitar autorização da central de regulação para realizar o seu atendimento. Logo em seguida, a jovem foi encaminhada para a sala de parto e foi assistida, tendo um parto normal, "sem complicações obstétricas".

Ainda de acordo com a instituição, após o parto foi "constatado que a paciente apresentava quadro clínico de icterícia" e foram realizados exames, mas ela apresentou piora e precisou ser levada em caráter de urgência para o hospital de Sobral, vindo a falecer no caminho. Conforme nota, Maria veio a óbito em decorrência de "prováveis co-Morbidades" que ela tinha, não por complicações de trabalho de parto.

Confira nota na íntegra:

Associação de Proteção a Saúde, a Maternidade e a Infância de Camocim, mantedora do Hospital Deputado Murilo Aguiar, vem perante a presente nota esclarecer a população cearense que é uma entidade filantrópica, instituição privada sem fins lucrativos que presta serviços médico-hospitalares há muitas décadas, sempre proporcionando os serviços da melhor forma possível.

Ressaltando que todos os procedimentos realizados nos pacientes são feitos em consonância com os padrões técnico-éticos médicos, bem como apesar das dificuldades sempre procurou atender com responsabilidade, eficiência e qualidade aos seus pacientes.

Entende-se necessário esclarecer, em especial, que a Entidade mantenedora do Hospital Deputado Murilo Aguiar sempre utilizou os recursos com o objetivo de alcançar sua finalidade com a correta aplicação, procurando atender aos anseios da coletividade.

No entanto, o Hospital vem sofrendo críticas nas redes sociais, entusiasmados por pessoas maldosas e invejosas, sempre pelo mesmo blog representados por correligionários de políticos frustrados que não alcançam cargos que almejam por não terem respaldo da população e continuam tentando denegrir a imagem digna deste hospital.

No episódio que motivou as malfadadas críticas, o Hospital Deputado Murilo Aguiar utilizou todos os procedimentos necessários: recebeu a paciente as 3h28min de sábado que foi encaminhada do hospital de Granja pela enfermeira, não sendo avaliada por médicos daquela unidade nem regulada para o hospital polo.

Em decorrência dessa situação a paciente teve que permanecer na recepção da maternidade aguardando autorização da central de regulação, em seguida foi encaminhada para sala de parto onde foi assistida pela médica obstetra que teve parto normal sem complicações obstétricas ás 4h06min, ou seja 26min após sua chegada neste hospital. Portanto, a verdade não corresponde com o noticiado pelos blogs maldosos sensacionalistas.

Ressaltando que a médica após constatar que a paciente apresentava quadro clínico de icterícia solicitou exames laboratoriais para possível elucidação diagnóstica, cujo resultados encontravam-se alterados. Após tomadas providências cabíveis em decorrência da evolução do quadro clínico, a paciente foi transferida em caráter de urgência para Sobral, ocorrendo óbito no translado.

Esclarece-se que a paciente não faleceu em decorrência de complicações de trabalho de parto, mas, de prováveis co-Morbidades que a paciente portava e que não foram diagnosticadas durante as consultas regulares do pre-natal, uma vez que consta no cartão da gestante apenas 4 consultas realizadas somente por enfermeiros.

Esclarece-se, ainda, que ficará a inteira disposição da população e de qualquer parte interessada, para demonstrar que no caso que objetivou as inverídicas publicações, o Hospital de Camocim procedeu de forma correta.

O Povo


quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

PE: descaso do governo deixa hospital do CISAM sem profissionais

No dia 11 de dezembro, a direção Cisam anunciou a suspensão no atendimento de casos não emergenciais e cirurgias eletivas programadas


Unidade ambulatorial do Cisam, em Recife, referência brasileira em saúde reprodutiva da mulher


Na sexta-feira passada, dia 11 de dezembro, a direção do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) anunciou a suspensão no atendimento de casos não emergenciais e cirurgias eletivas programadas. Toda a equipe de trabalhadores das diversas categorias do Cisam lutam para evitar o colapso da entidade e manter a prestação de serviço à população, serviços esses reconhecidos nacionalmente pela qualidade.

A suspensão dos atendimentos de casos não emergenciais e cirurgias eletivas programadas é uma consequência do quadro de sucateamento que se encontrava o Cisam, que se aprofundou com a pandemia de covid-19. Hoje há 127 profissionais afastados por problemas de saúde, entre eles covid-19 e este quadro reduzido é insuficiente para fornecer o contingente mínimo de 38 enfermeiros e 39 técnicos para recompor as escalas.

A Central Única dos Trabalhadores Pernambuco (CUT-PE) divulgou uma nota de repúdio à política de descaso e falta de investimento do governo Paulo Câmara (PSB). A Seção Sindical dos Docentes da Universidade de Pernambuco (Adupe) emitiu nota de apoio ao Cisam.

“Na verdade, os problemas que acometem o Cisam não são recentes. Há muito tempo a unidade sofre com a insuficiência do quadro de pessoal, com a falta dos insumos e equipamentos e com os problemas de ordem estrutural. O colapso ao qual chegou infelizmente já era esperado. Ele é conseqüência da atual política de redução dos recursos para a saúde pública, agravada ainda mais após a edição da Emenda Constitucional nº 95/2016, que congelou os recursos da saúde e da educação por 20 anos” em nota da Adupe.

Esse cenário caótico no Cisam como na em todo o sistema estadual de saúde pernambucano é uma consequência direta da política do PSB. é o governo do PSB que não garanti o mínimo de segurança e proteção aos profissionais da área de saúde, deixando as unidades de saúde sucateadas, sem efetivo suficiente e com péssimas condições de trabalho.

O Cisam-UPE originou-se da Maternidade Professor Monteiro de Morais, inaugurada em 23 de janeiro de 1946, conhecida como a “Maternidade da Encruzilhada”, nos anos 70 a unidade foi o local onde eram ministradas disciplinas da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG) e da Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco (FESP). 

O Cisam tem uma série de ações junto a ONG ligadas à questão da mulher, recebendo por dois anos o certificado de melhor serviço público estadual na assistência à saúde da mulher. Chegou a recebe o título de “Hospital Amigo da Criança” UNICEF em 1995, em 1996  tornou-se uma referência na assistência à mulher e adolescente em situação de violência sexual e doméstica incluindo o aborto legal, ofertando atendimento no serviço Pró-Marias.

Em 2015, passou a integrar o Comitê de Operações de Emergências em Saúde (COES) do Estado de Pernambuco que discutia os casos de Microcefalia e planejava ações. Em 2016 implantou um atendimento especializado à população Trans – Masculino com equipe interdisciplinar. Em 2012, por força da Resolução Consun nº 18 passou a incorporar o Complexo Hospitalar da UPE. 

Todos os ataques ao Cisam por sua natureza são um ataque direto ao direito da população de atendimento médico, principalmente a um dos setores mais oprimidos da sociedade mulheres e jovens, gestantes e vítimas de violência sexual.


Causa Operária



Médico é indiciado por homicídio culposo ao atestar morte de paciente ainda viva no HGE, em Maceió

 

Vítima foi dada como morta e colocada em um saco funerário; funcionários perceberam que ela ainda estava viva e a levaram de volta para o hospital, mas ela não resistiu e faleceu horas depois.


Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, AL


Um médico de 42 anos que atestou a morte de uma paciente quando ela ainda estava viva, internada no Hospital Geral do Estado (HGE) após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), foi indiciado pela Polícia Civil de Alagoas por homicídio culposo. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30).

O nome do médico não foi divulgado pela polícia. A vítima era Audeci da Silva Ferreira, de 65 anos. A denúncia foi feita pela irmã dela.

Segundo a Polícia Civil, Audeci deu entrada no hospital no dia 4 de julho. Por volta das 17h, o médico atestou a morte da mulher, mas quando ela foi transportada em um saco funerário para o necrotério do HGE, funcionários perceberam que ela ainda estava viva e a levaram de volta para o hospital, onde veio a falecer às 21h10 do mesmo dia.

A irmã da vítima alegou que foi chamada pela assistente social para uma sala onde, em um computador, foi mostrado a ela o relatório do óbito e solicitado que ela fosse ao necrotério do hospital fazer o reconhecimento.

Chegando ao necrotério, com base no nome apresentado, disseram que o corpo da irmã dela não estava ali. A irmã da paciente contou que presenciou uma outra funcionária do hospital sair assustada da sala dizendo que "o corpo da mulher estava se debatendo", mas sem citar nomes.

Diante disso, a irmã da paciente foi retirada do local. Com a insistência por esclarecimentos, momentos depois, ela foi recebida por um médico que disse ter se enganado ao atestar o óbito da paciente, pediu desculpas pelo erro e disse que a irmã dela ainda estava internada, viva. Ela foi levada para um quarto onde viu a irmã em coma, respirando com ajuda de aparelhos.

À época, o HGE não confirmou que a paciente tinha sido levada viva para o necrotério, mas admitiu que o óbito foi comunicado à família antes do início do protocolo de morte encefálica.

Depois de ouvir testemunhas e funcionários, o delegado Robervaldo Davino, do 6º Distrito da Capital, concluiu que houve negligência por parte do médico. O inquérito já foi enviado à Justiça.


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Médicos de Joinville são suspeitos de fraudar registro do ponto no Hospital Regional

 Dois profissionais foram presos em flagrante na manhã desta terça-feira


Hospital Regional Hans Dieter Schmidt


Onze médicos de Joinville estão sendo investigados por suspeita de fraudar o registro do ponto de trabalho no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Segundo o inquérito policial, eles registravam as digitais e saíam da unidade sem cumprir a jornada integral, voltando apenas no fim do expediente para marcar a saída.

Nesta segunda-feira, a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagraram a Operação Ponto Fraudado para cumprir mandados de busca e apreensão na casa dos profissionais. Dois médicos foram presos em flagrante por falsidade ideológica.

Segundo o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Rafaello Ross, os dois registraram o ponto por volta das 9 horas da última segunda-feira (14), deixaram o hospital e foram encontrados dormindo em casa na manhã desta terça-feira.

Possivelmente, pelo que percebemos na investigação, eles iam retornar hoje como se tivessem em 24 horas de jornada de trabalho - explicou.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação começou em setembro após denúncia da direção do próprio hospital e os médicos foram monitorados por 45 dias. Eles são todos concursados, deveriam cumprir 80 horas mensais de trabalho presencial e atuam em especialidades diferentes.

Além de não ser cumprida a carga horária, percebemos que alguns profissionais de saúde ainda receberam fraudulentamente o adicional noturno e hora extra sem trabalhar a jornada integral.

Segundo o delegado, os 11 médicos investigados correspondem a apenas 5% do total de profissionais que trabalham no Hospital Regional. Ross afirma que é preciso valorizar os médicos que estão na linha de frente, principalmente, no combate à Covid-19, em um ambiente de UTI lotada e sobrecarga de trabalho.

Próximos passos da investigação

A Polícia Civil agora vai terminar os dois autos de prisão em flagrante e formalizar o cumprimento das diligências realizadas na manhã desta terça-feira. Segundo o delegado, os médicos investigados serão intimados para prestar depoimento, quando terão acesso ao contéudo apurado no decorrer da investigação.

Após esse processo, o delegado deve concluir o inquérito e apresentar ao Ministério Público. Segundo Ross, os suspeitos devem responder por falsidade ideológica.

Hospital colaborou com as investigações

Em nota, o Hospital Regional informou que, com apoio da Secretaria de Estado da Saúde, procurou os órgãos competentes para investigação após receber denúncias de que alguns servidores registravam entrada e saída do hospital, porém, não permaneciam trabalhando na instituição. Segundo o hospital, a ação organizada pelo Gaeco resultou no encaminhamento de profissionais para oitivas.

A nota também informa que o hospital e a secretaria estadual da saúde estavam cientes da operação e colaboraram durante toda a investigação, disponibilizando acesso ao ponto eletrônico de servidores e imagens das câmeras de segurança da instituição.


Prefeito prega aviso em hospital e incentiva cidadão a denunciar má conduta de funcionários

 



Família denuncia negligência médica após hospital forçar parto normal e bebê morrer em MT

 

A família diz que alertou o hospital que a gestante só poderia ter filho por meio de cesariana, mas ainda assim a equipe de plantão teria tentado induzir o parto normal.


Mayra Adrielle Santos de Menezes 


Familiares de um bebê que morreu na Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, denunciam suposta negligência médica após complicações durante o parto.

A família diz que alertou o hospital que a gestante só poderia ter filho por meio de cesariana, mas ainda assim a equipe de plantão teria tentado induzir o parto normal.

A Polícia Civil abriu um inquérito pra investigar a denúncia da família. O Conselho Regional de Medicina (CRM) ainda não se manifestou sobre o assunto.

Mayra Adrielle Santos de Menezes aparece em um vídeo horas antes do parto. Ela chegou na maternidade da Santa Casa de Rondonópolis por volta das 8h do último domingo (27).

O marido diz que Mayra foi induzida ao parto normal por volta das 18h e que somente depois disso decidiram fazer a cesariana. O bebê morreu antes mesmo de vir ao mundo.

O pai garante que a equipe médica foi alertada de que ela não poderia dar a luz em parto normal, porque já teve complicações no parto do primeiro filho do casal.

A Santa Casa reconheceu, por meio de nota, que a equipe médica esperou pelo parto normal porque o estado de saúde da mãe era bom. Durante o processo, os médicos identificaram a necessidade da cirurgia pra retirada do bebê e que durante a cesariana houve um descolamento da placenta, o que causou a morte do bebê.

A Santa Casa disse ainda que sempre avalia os casos que saem da normalidade, mas não confirmou se o caso vai ser encaminhado para a Comissão de Ética do Hospital. O bebê foi enterrado na manhã desta terça-feira (29). Mayra continua internada na Santa Casa, sem previsão de alta.



segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Família entra na Justiça para garantir UTI para idosa com covid

 

Paciente só conseguiu ser atendida no Hospital Regional de Betim (MG) após família conseguir liminar; cidade alega que Estado determina transferências




A família de uma idosa de 66 anos moradora de Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte, entrou na Justiça para conseguir um leito de terapia intensiva para a paciente, que está com suspeita de covid-19.

Maria José deu entrada em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade na última quinta-feira (10) com sintomas da covid-19 e, horas depois, precisou ser entubada.

Com o agravamento do quadro de saúde da idosa e com a falta de leitos de terapia intensiva em Mateus Leme, a equipe médica solicitou, com urgência, que a idosa fosse transferida para outro hospital da região, mas o pedido foi negado.


A cozinheira Gleicy Maria de Oliveira, filha da paciente, diz que a solicitação para internação da mãe foi feita no mesmo dia, mas o pedido foi negado pelo Hospital Regional de Betim.

Segundo ela, hospitais de Belo Horizonte também negaram a transferência.

— O Hospital Regional de Betim passava a demanda para Belo Horizonte, mas o pedido era negado e retornava a Betim.

Judicialização

Desesperada e sem saber o quê fazer, a família de Maria José decidiu entrar na Justiça e conseguiu, rapidamente, uma liminar determinando que a paciente fosse atendida no Hospital Regional de Betim. Na cidade, a ocupação dos leitos intensivos está em 55%.

O secretário adjunto de Saúde de Betim, Augusto Viana, alega que a transferência de pacientes é determinada por um órgão regulador estadual, responsável por aceitar ou negar as solicitações de leitos.

— A central de leitos do Estado que regula as transferências. Vale lembrar que Betim atende outros 12 municípios, cerca de 900 mil habitantes.

A filha da paciente, Gleicy de Oliveira, se sente melhor agora, ao saber que a mãe está tendo um atendimento melhor. Mesmo além, ela relembra os outros pacientes que estavam na mesma situação da mãe e que não acionaram a Justiça.

— Tinham mais 16 pessoas na mesma situação da minha mãe. Isso me revolta. Estão divulgando por aí que existe vaga livre. Se tem vaga, por que não esses pacientes não estão transferidos?




Hospital de campanha de Divinópolis é alvo de operação da PF

 

Polícia Federal combate desvio de recursos públicos em hospital de campanha em Divinópolis


A Polícia Federal deflagrou hoje (11), com apoio da CGU (Controladoria Geral da União), a operação Entre Amigos, com o objetivo de combater desvio de recursos por Organização Social (OS) responsável pela gestão de UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e do hospital de campanha de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, em contrato que ultrapassa R$ 100 milhões.

A investigação teve início após recebimento de denúncia sobre suposto sobrepreço na locação de ambulâncias para a Unidade de Pronto Atendimento. A PF procedeu à análise de diversos documentos apresentados pela Prefeitura de Divinópolis, e a CGU realizou a apreciação de contratos; ocasionando a ampliação do escopo apuratório.

Policiais federais realizam buscas em UPA


A apuração também abrangeu a contratação da OS pela Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis para gerenciamento da UPA Padre Roberto e do hospital de campanha. O valor total do contrato de gestão firmado entre a prefeitura e a organização, com vigência de 60 meses, somado aos dois termos aditivos, é de mais de R$ 103 milhões, com recursos provenientes de fontes municipais, estaduais e de repasses do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Fortes indícios

As análises realizadas pela CGU identificaram fortes indícios de desvio de recursos em contratações realizadas pela OS: favorecimento de empresas; ausência de divulgação de editais; sobrepreço em aquisições, entre outras atividades. Ainda foi observado que a entidade teria sido favorecida pela Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis em seu processo de qualificação como Organização Social.

A PF representou por quatro mandados de prisão temporária, 26 mandados de busca e apreensão, 50 afastamentos de sigilo fiscal e bancário, um afastamento de função pública, quatro afastamentos do exercício de atividade econômica, além de sequestro/arresto e indisponibilidade de bens, no valor de mais de R$ 2 milhões, de nove pessoas jurídicas investigadas no bojo do inquérito.

Contrato ultrapassa R$ 100 milhões


Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades mineiras de Divinópolis, Belo Horizonte, Oliveira, Betim, Contagem, Mateus Leme, Lagoa Santa e São Joaquim de Bicas e para tal foram mobilizados 112 policiais federais e 10 auditores da CGU. Todos os investigados responderão pelos crimes de fraude em licitação, desvio de recursos públicos e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 19 anos de prisão, se condenados.



Trabalhadores do Samu de Criciúma e Araranguá podem entrar em greve

 Profissionais estão trabalhando em condições precárias, afirma diretor do Sindisaúde




Os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da região de Criciúma e Araranguá podem deflagrar paralisação das atividades nos próximos dias. Eles estão sem pagamento do 13º salário e férias, além de estarem sem material para prestar os serviços, trabalhando em condições precárias. São cerca de 170 profissionais na região.


"A revolta é grande com esta situação, a falta de respeito e valorização da gestora do Samu, a empresa Ozz Saúde, com a essencial importância destes profissionais" explica o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido.


"Estamos organizando com os trabalhadores um ato. Eles não querem fazer greve, porque entendem que esse momento de pandemia iria trazer um prejuízo muito grande para a população, mas estamos organizando essa manifestação para os próximos dias caso o 13º não seja pago até sexta-feira", disse. Para poder trabalhar os funcionários estão pedindo material emprestado para os hospitais, informou.


O Portal Engeplus entrou em contato na noite desta terça-feira, dia 15, com a empresa Ozz Saúde. A gestora do Samu ficou de dar uma posição nesta quarta-feira, dia 16, se irá se manifestar sobre o assunto.


domingo, 27 de dezembro de 2020

Homem descobre que corpo do pai foi enterrado por outra família após troca em hospital no Piauí

 

Pedro Jorge Marciano, 83 anos, que morreu vítima da Covid-19. A assessoria do Hospital Regional Justino Luz informou que abriu uma sindicância para apurar o ocorrido e que os responsáveis devem ser punidos.


Filho de idoso que teve corpo trocado no Hospital Justino Luz 


O educador físico Arinaldo Marciano descobriu que corpo do pai, Pedro Jorge Marciano, 83 anos, foi enterrado por outra família após ser trocado, na terça-feira (22), no Hospital Regional Justino Luz, em Picos, Sul do Piauí. O corpo do idoso, que morreu vítima da Covid-19, foi levado para outra cidade e sepultado.

Procurada, a assessoria do hospital informou, por nota, que instaurou uma sindicância para apurar os fatos e, ao final da averiguação, caso seja comprovado erro e/ou dolo de funcionários do hospital, os mesmos serão penalizados. Leia a nota na íntegra ao fim da reportagem

O Hospital Justino Luz sempre prezou por uma logística rígida de seus protocolos de entrada e saída de pacientes, assim como, de liberação de corpos para os familiares, buscando humanizar a relação com seus usuários, e diante do fato ocorrido, pede desculpa às famílias.

Arinaldo disse ao G1 que o pai deu entrada no hospital no domingo (20), sentindo muita falta de ar. Na terça-feira (22), o idoso foi intubado e veio a óbito no mesmo dia após duas paradas cardíacas. Na hora de buscar o corpo, a família encontrou o de outro idoso.

“Não havia nenhuma identificação. Foi preciso abrir um pouco do saco para verificar. Foi nesse momento que percebemos que aquele corpo não era do meu pai. Depois de algum tempo recebemos a informação que o corpo do meu pai havia sido levado para a cidade de Simões”, relatou o filho do idoso.

Simões fica a 140 km de Picos. Na cidade, outra família já havia enterrado Pedro Jorge Marciano no lugar de Amadeu Carvalho, 98 anos, que também vítima da Covid-19.

Após a confusão ser desfeita, o corpo de Pedro Jorge Marciano foi sepultado pela família, na manhã desta quarta-feira (23).

Leia a nota do hospital na íntegra:

A direção-geral do Hospital Regional Justino Luz esclarece que após tomar conhecimento de denúncia envolvendo troca de corpos ocorrida na noite desta terça-feira (22), instaurou uma Sindicância (Nº 04/2020) para apurar os fatos e, ao final da averiguação, caso seja comprovado erro e/ou dolo de funcionários do hospital, os mesmos sejam imediatamente penalizados.

O Hospital Justino Luz sempre prezou por uma logística rígida de seus protocolos de entrada e saída de pacientes, assim como, de liberação de corpos para os familiares, buscando humanizar a relação com seus usuários, e diante do fato ocorrido, pede desculpa às famílias.