sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Jovem agoniza e morre a espera de atendimento em Tarauacá

 


Vídeos que mostram um jovem agonizando no chão do Hospital Sansão Gomes, em Tarauacá, se espalharam pela internet na manhã desta quarta-feira, 29. Nas imagens é possível observar o garoto agonizando no chão da unidade hospitalar com uma tosse que não cessa. Hora após a gravação, ele faleceu na Unidade Hospitalar.

De acordo com denúncia na internet, o jovem teria esperado das 7 às 11 da manhã por atendimento, o que agravou seu quadro de saúde, o levando a morte.

A denúncia de negligência foi negada pelo diretor geral do Hospital Sansão Gomes, Francisco Sampaio. Durante ligação telefônica, o gestor negou que a espera por atendimento tenha sido das 7 até às 11 horas. Francisco Assis Sampaio explicou que todo o procedimento da chegada até o atendimento durou pouco mais de uma hora.

A gestão também enviou uma nota de esclarecimento onde diz que o menor deu entrada ao hospital apresentando sintomas de gripe e histórico ativo de tabagismo. Diz ainda que oo jovem recebeu atendimento médico, realizou vários exames, entre eles um raio-x do tórax, bem como foi medicado e encaminhado para o setor da observação onde ficou em um leito fazendo uso de oxigênio.

Explicou ainda que por volta das 14h10, prestes a ser encaminhado ao setor de internação, o paciente apresentou piora do quadro clínico e foi levado ao atendimento de urgência, necessitando de entubação. O paciente foi a óbito em virtude de insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão e broncopneumonia.

A direção garante que desde o ingresso na unidade, o paciente recebeu todo o tratamento, medicação e exames necessários.





Familiares da fotógrafa independente Beca denunciam erro médico e pedem ajuda nas redes sociais após jovem ser entubada na UTI

 

Fotografa independente do Rap Nacional e do Funk, Beca está entubada em Hospital.


A família da fotógrafa paulistana Beca, está pedindo ajuda nas redes sociais dias após a jovem ser entubada na UTI do Hospital Municipal de Urgência em Guarulhos. Beca estava com um quadro de pedra na vesícula e teve que fazer uma cirurgia. Após voltar para casa, ela apresentou dores abdominais e teve que voltar ao hospital e desde então se encontra em uma situação de risco após ir para UTI, ser entubada e passar por mais cirurgias.

Os familiares de Beca denunciam erro médico nas redes sociais e estão pedindo ajuda para salvar a jovem. “Cada médico fala uma coisa sobre o estado da minha irmã, a gente já tem o não, agora vamos atrás do sim. A gente se calou até aqui por segurança da vida dela, não tem mais o por que ficarmos de braços cruzados esperando cada dia a situação dela piorar por conta de um erro médico. Uma cirurgia simples virou um terror. Estamos atrás de um advogado, atrás da descrição médica que nenhum deles quer nos dar, chamar a reportagem… o que for preciso!’, falou a irmã de Beca.

Também segundo os familiares, após o erro na primeira cirurgia, os médicos tentaram consertar com outra, porém o quadro clínico se agravou. Agora Beca está indo para sua quarta cirurgia. Os médicos informaram que uma veia que liga a vesícula ao fígado se rompeu, fazendo que a bile contaminasse todo o abdômen da jovem. Ela relata que foi colocado um dreno para limpar, mas cada dia os médicos dão uma diagnóstico diferente, deixando todos aflitos.

“Os médicos nunca têm uma posição, só falam em abrir ela e para fazer cirurgia e nada resolve. Por um acaso descobri que ela fez somente um exame de sangue desde o dia que ela está na UTI, e quem está lá, precisa fazer exames todos os dias!”, afirmou a irmã da jovem.

Em conversa com o RapMais, ela faz um pedido para todos que puderem ajudar. “Minha mãe está desesperada, estamos precisando que chegue em alguém que sabe, não sabemos nem por onde começar. Minha irmã está largada naquele lugar, morrendo aos poucos por conta deles, está lutando para viver”, desabafou.

Em conversa com o RapMais, ela faz um pedido para todos que puderem ajudar. “Minha mãe está desesperada, estamos precisando que chegue em alguém que sabe, não sabemos nem por onde começar. Minha irmã está largada naquele lugar, morrendo aos poucos por conta deles, está lutando para viver”, desabafou.

Ajude Beca e seus familiares entrando em contato pelo perfil abaixo.






quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

BEBÊ MORRE EM P.A. DE ALTO LAJE E MÃE APONTA NEGLIGÊNCIA MÉDICA

 



Menina de 3 anos recebe Rivotril no lugar de Dipirona em São João da Barra; polícia investiga

Prefeitura informou que servidora que cometeu o erro foi afastada imediatamente e que o caso está sendo apurado

Delegacia de São João da Barra investiga troca de medicação. (Foto: Arquivo/ Divulgação)

O delegado Rodolfo Maravilha, da 145ª Delegacia de Polícia Civil de São João da Barra, confirmou nesta terça-feira (28), que está apurando denúncia feita pelo pai de uma menina de três anos, que alega falha de uma enfermeira da Unidade Mista de Saúde de Mato Escuro, quinto distrito do município. Segundo ele, a enfermeira teria dado medicação errada à criança. Em vez de Dipirona, remédio para febre, a menina teria recebido Rivotril, ansiolítico usado também para espasmos e epilepsia. A Prefeitura confirmou, por nota, o erro da servidora, que foi afastada.

Após constatado o erro, criança foi levada para a Santa Casa de Misericórdia de São João da Barra, onde ficou em observação até o fim do efeito da medicação.

De acordo com o delegado, Leonardo Paz levou a filha, que estava com febre, à Unidade Mista de Saúde de Mato Escuro no sábado (25). Lá, a criança recebeu a medicação errada, segundo a Prefeitura. Após os pais serem informados do engano pela enfermeira, a menina foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia de São João da Barra, onde ficou em observação até que o efeito do remédio passasse. Ela foi liberada após avaliação da equipe médica e passa bem.

Delegado Rodolfo Maravilha afirma que polícia tem 30 dias para concluir investigações. (Foto: Reprodução)

Até o momento, apenas o pai da menina foi ouvido na Delegacia. A Polícia Civil apura se houve negligência dos profissionais envolvidos no atendimento à criança no dia de Natal.

“Temos um prazo de 30 dias para concluir as investigações, e, se necessário, poderemos prorrogar. Já temos previstos ouvir depoimentos do médico que prescreveu a medicação, e da enfermeira que aplicou a injeção. Também, nesse período, vamos acompanhar o estado de saúde da criança por meio de seus pais”, disse.

NOTA DA PREFEITURA

A Prefeitura de São João da Barra informou por meio de nota, que a servidora foi afastada imediatamente para apuração do caso. “A Secretaria Municipal de Saúde informou que o fato ocorreu no dia 25 de dezembro. A técnica de enfermagem, que é servidora concursada desde 2002, informou o ocorrido aos responsáveis da criança, que ficou em observação na Pediatria da Santa Casa de Misericórdia de São João da Barra até passar o efeito da medicação, sendo liberada após parecer da equipe médica. Ela está em casa e encontra-se bem. Os pais foram orientados sobre a comunicação da ocorrência à Ouvidoria e também sobre o Boletim de Atendimento Médico. Eles também foram atendidos pela secretária municipal de Saúde, Arleny Valdés. A servidora foi afastada imediatamente, sendo substituída por outra profissional no plantão. Um processo administrativo foi aberto desde o dia do ocorrido para apurar o caso“, diz a nota.


Jornal Terceira Via


quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Ariquemes: bebê é dado como morto por hospital, mas funerária constata que criança estava viva; caso é investigado

 Não se tem notícias do estado de saúde do bebê.


A mãe do bebê teria dado entrada no Hospital Municipal de Ariquemes com fortes dores na região abdominal. Em um primeiro instante, a mulher chegou a ser avaliada pelo médico plantonista e mandada de volta para casa.

Porém, algumas horas mais tarde, ela, que segundo informações desconhecia a gravidez retorna com complicações, as cólicas apontadas durante a avaliação resultaram no nascimento de um bebê.

Diante dos fatos, a jovem foi levada de volta ao hospital por familiares, desta vez com o recém-nascido junto. Mas na unidade, a criança foi dada como morta. 


A funerária de plantão chegou a recolher o que seria um cadáver, mas em seguida retornou para o hospital depois que os funcionários funerários constarem que o bebê estava vivo. 

Na reportagem do site Ariquemes 190 explica que “na manhã da terça-feira, (28), por volta das 8 h, o agente funerário se assustou, ao manipular a criança e constatar que a mesma estava viva”.

Com o possível erro médico, a criança já no HMA teria sido desta vez avaliada pela equipe médica sendo encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Monte Sinai. Ainda segundo apurou o site local, a Secretaria Municipal de Saúde de Ariquemes estaria acompanhando o episódio. Não se tem notícias do estado de saúde do bebê.





Médico colombiano é investigado após denúncia de erro e morte de paciente

 

Brad Alberto Castrillón Sanmigue é responsável pelo procedimento estético que terminou com a morte da diarista Maria Jandimar Rodrigues



Mais uma jovem diz ser vítima de erros por parte do médico colombiano Brad Alberto Castrillón Sanmigue durante a realização de uma hidrolipo. Além das queimaduras visíveis pelo corpo, ela ficou com marcas ainda mais profundas no emocional. Sanmigue também é responsável pelo procedimento estético que terminou com a morte da diarista Maria Jandimar Rodrigues.




terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Mulher descobre bisturi dentro do útero após um ano do parto

 

Daiana fez exames após sentir incômodo abdominal e descobriu o objeto metálico



Uma mulher descobriu um bisturi esquecido no útero um ano após o parto da filha. Ao sentir incômodo abdominal, a moça fez exames e descobriu o objeto metálico alojado dentro do corpo. Apesar do erro médico, Daiana ainda não tem data para fazer a cirurgia.






Garotinha de 5 anos vai parar na UTI depois de receber injeção de Benzetacil no PS Infantil

 


A pequena Maria Eduarda, de apenas 5 anos, está internada na UTI da Santa Casa desde a madrugada desse domingo, depois de receber uma injeção de Benzetacil, na noite de ontem, no PS Infantil.

“Ontem, sábado, ela sentiu-se mal, estava febril, com tosse, peitinho cheio, saturação baixa. Parecia uma gripe forte”, disse a tia de Maria Eduarda, Tatiane Carolina Silva, 33, que procurou a Folha de Franca para fazer a denúncia do que a família considera “negligência no atendimento”.  “A mãe – (Thais) levou ela ao PS Infantil por volta de meio-dia”, disse a tia, que é irmã de Thais. “Ela fez exame de sangue e foi liberada. O médico não disse o que ela tinha e mandou eles irem pra casa e voltar à noite, para ver o resultado do exame e passar medicação”, continua a tia.

Por volta de 20h, eles voltaram ao PS com a pequena Maria Eduarda. “O médico que os atendeu foi o dr. Mário Cândido Batista”, disse a tia. “Ele receitou uma injeção de Benzetacil para tomar na hora, no PS. A Thaís disse para o médico que sua filha é cardiopata e perguntou pra ele se não haveria problema ela tomar a injeção, se realmente ela podia tomar. O médico disse que se ela não tomasse a Benzetacil, não haveria mais nada que ele poderia fazer por ela. E então ela tomou a injeção”, conta a tia, que continua: “a Maria Eduarda ficou em observação por alguns minutos e foi liberada para casa. Pouco tempo depois, ela começou a passar muito mal. Ela começou a ter alucinação, gritava pedindo ajuda, ficou roxa, com falta de ar. E os pais voltaram correndo com ela para o PS. Chegando lá, eles fizeram os primeiros atendimentos e a encaminharam direto de ambulância para a Santa Casa, onde está internada desde então”, disse a tia, chorando.

Tatiane disse que a família não sabe sequer o que a pequena Maria Eduarda tinha antes de tomar o medicamento. “Em nenhum momento explicaram o que ela tinha no PS. Apenas receitou remédio (veja o print da receita abaixo) e a Benzetacil, que ela tomou na hora. Da Benzetacil não temos a receita, porque foi aplicada no próprio PS, mas consta do prontuário”, disse a tia.

No começo da tarde de hoje, os médicos da Santa Casa informaram que Maria Eduarda está com amigdalite. “Por questões éticas, o médico que a atendeu na Santa Casa não criticou o procedimento do médico do PS, mas disse que há remédios mais indicados para cardiopatas do que a Benzetacil”, disse a tia. “Só sei dizer que foi horrível! A Maria Eduarda só sobreviveu porque dormiu na minha casa, que é próximo ao PS infantil. Foi desesperador escutar minha sobrinha aos berros pedindo ajuda, ela chegou no PS roxa e praticamente desmaiada”, desabafa a tia.

A prefeitura foi procurada para dar informações sobre o ocorrido no PS Infantil e sobre o atendimento da pequena Maria Eduarda, em nota a prefeitura de Franca respondeu:

A Secretaria de Saúde comunica que não houve ocorrência de choque anafilático na paciente Maria Eduarda Silva. Comunica também que não há contra indicação de Benzetacil para pacientes cardiopatas, devendo o médico assistente, dentro da literatura médica escolher a melhor conduta a ser tomada.

O uso da Benzetacil

A vantagem do uso da benzilpenicilina é o seu rápido efeito, com início de 15 a 30 minutos após a aplicação, e ação prolongada, que pode durar até 21 dias. Por conter penicilina, a injeção precisa ser aplicada sob a supervisão de um médico. Essa regra foi criada por causa da possibilidade de o medicamento causar reações alérgicas graves logo após a aplicação. “A pessoa deve ficar em observação em ambiente que disponha de equipamentos para o atendimento médico de emergência. O choque anafilático pode ocorrer alguns minutos após o uso da injeção. Esse tipo de reação ocorre em 0,01% a 0,05% dos pacientes tratados”, descreve a médica.

Entre os possíveis efeitos colaterais estão: erupção cutânea, urticária, coceira e inchaço e reações como febre, falta de ar, dor de cabeça, diarreia e vômitos

As pessoas alérgicas a todos os tipos de penicilina não devem tomar a Benzetacil. O medicamento também deve ser usado com cautela por grávidas e por pessoas com asma, epilepsia, doenças renais ou cardíacas. (Fonte: Tua Saúde e Saúde Abril).


Folha de Franca


segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Médico é indiciado por morte de bebê em Jaraguá do Sul

 Um médico foi indiciado por homicídio culposo (sem a intenção de matar) no caso envolvendo a morte de Benjamin Serenini, de um ano e dois meses, em Jaraguá do Sul. A família do bebê havia denunciado o profissional por erro médico em junho deste ano, quando foi aberto inquérito pela Polícia Civil.



Um médico foi indiciado por homicídio culposo (sem a intenção de matar) no caso envolvendo a morte de Benjamin Serenini, de um ano e dois meses, em Jaraguá do Sul. A família do bebê havia denunciado o profissional por erro médico em junho deste ano, quando foi aberto inquérito pela Polícia Civil.

O inquérito foi entregue ao Ministério Público de SC, que se manifestou sobre o caso nesta sexta-feira (17). A Promotoria de Justiça propôs ao médico um acordo de não persecução penal (ANPP) pelo crime de homicídio culposo - com aumento de pena em um terço pela inobservância de regra técnica da profissão.

O acordo foi proposto nesta sexta-feira, mas o médico ainda não foi intimado pela Justiça. O ANPP é um instrumento em que o acusado pode reconhecer o erro e o Ministério Público entende que existem meios mais eficientes de reparação do crime do que a prisão.

Ele cabe apenas para delitos com pena mínima de até quatro anos, sem violência ou grave ameaça. O investigado também não pode ser reincidente ou demonstrar conduta voltada à atividade criminosa, segundo o MP.

Benjamin estava internado em um hospital de Jaraguá do Sul, onde costumava ser atendido para procedimentos de substituição da sonda utilizada para alimentação. O menino nasceu com uma série de malformações congênitas que afetavam a capacidade dele se alimentar e respirar.

A família de Jaraguá do Sul ia frequentemente para Florianópolis onde o pequeno fazia tratamento no Hospital Infantil Joana de Gusmão, porém a troca rotineira da sonda era feita em Jaraguá.

Conforme a denúncia dos familiares à polícia, Benjamin teria sofrido uma perfuração pulmonar na troca da sonda, algo que teria passado despercebido e permitido a liberação do menino. Em casa, o quadro de saúde dele piorou e a família voltou ao hospital, onde o garoto precisou ficar internado por cerca de 20 dias.

Os médicos atestaram a morte cerebral de Benjamin, que ainda ficou ligado aos aparelhos por alguns dias até a confirmação final do óbito.


Jornal Razão



Polícia investiga morte de mulher após procedimento estético no Rio de Janeiro

 

Maria Jandimar Rodrigues morreu após se sentir mal durante um procedimento estético realizado em uma clínica que fica em um prédio comercial na zona norte da capital fluminense



A polícia investiga a morte de uma mulher depois de um procedimento estético no Rio de Janeiro. A família diz que o médico foi negligente. Ele nega.

Maria Jandimar Rodrigues morreu após se sentir mal durante um procedimento estético realizado em uma clínica que fica em um prédio comercial na zona norte da capital fluminense. 


Band UOL



Família acusa médico de erro no PS Infantil; criança está na UTI da Santa Casa

 

Tatiane Silva, tia de Maria Eduarda Silva, de 5 anos, disse que a garota é cardiopata e teria recebido uma medicação não recomendada para essa condição de saúde. Horas depois Maria passou mal e foi internada em uma UTI. A prefeitura nega falha no atendimento ou erro na prescrição do medicamento.

Maria Eduarda Silva: garota de 5 anos está internada na Santa Casa

Tatiane Silva, tia de Maria Eduarda Silva, de 5 anos, acusa um médico que atendia no Pronto-Socorro Infantil “Doutor Magid Bachur Filho” de receitar um medicamento inadequado para cardiopatas mesmo sabendo que sua sobrinha possuía essa condição. Após horas de aplicada a medicação e de receber alta do Pronto-Socorro, Maria Eduarda passou mal e foi levada de volta à unidade de saúde e, logo depois, internada em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

De acordo com Tatiane, por volta das 13h do último sábado, 25, ela e a mãe de Maria Eduarda, Tais Pereira Silva, foram até o Pronto-Socorro Infantil após a garota apresentar tosse, febre, saturação baixa e “peito cheio”. “Nessa primeira vez que fomos ao médico, ela foi atendida com prioridade porque estava com a saturação baixa. A médica a atendeu, pediu um exame de sangue e que retornássemos às 20h para o resultado”, explica a tia de Maria Eduarda.

Passado o tempo de espera, a garota foi levada de volta à unidade de saúde. Desta vez, um outro médico prestou atendimento. Foi neste momento em que Tatiane e Tais apontam o que seria um erro por parte do médico. “Benzetacil não é indicado para cardiopatas. No prontuário estava escrito que era ela cardiopata. Mesmo assim, receitou para ela. A mãe de Maria Eduarda questionou e perguntou se ele tinha certeza que poderia ser feito o uso dessa medicação. Então ele foi grosso, e disse que se não fosse isso ele não poderia fazer mais nada pela garota”, explica Tatiane.

Neste momento foi aplicada a medicação em Maria Eduarda, que ficou sob observação por 40 minutos. A garota então recebeu alta e voltou para casa com sua mãe e tia. Por volta da 1h, Maria Eduarda passou mal em casa. “Ela começou a gritar. Fomos ao quarto dela e estava toda branca e com a boca preta e inchada. Então corremos e levamos ela de volta ao Pronto-Socorro. Antes, ela gritava e não dizia nada com nada, mas quando chegamos ao médico ela estava praticamente sem vida, sem sinal vital”, relembra a tia.

Ao chegar à unidade de saúde, Tatiane conta que os enfermeiros e médicos diziam que Maria Eduarda estava sofrendo um choque anafilático, causado possivelmente pela utilização do benzetacil. No Pronto-Socorro Infantil a garota recebeu atendimento e teve uma melhora em seu quadro, mas ainda teve que ser encaminhada para a UTI da Santa Casa de Franca.

De acordo com Tais e Tatiane, na noite deste domingo, 26, Maria Eduarda seguia internada na Santa Casa. Foi diagnosticada com amigdalite pelos médicos do hospital por volta do meio-dia.

A Prefeitura de Franca nega quaisquer problemas no atendimento da paciente, diz que não houve choque anafilático e afirma que benzetacil não é incompatível com cardiopatas. “A Secretaria de Saúde comunica que não houve ocorrência de choque anafilático na paciente Maria Eduarda Silva. Comunica também que não há contra-indicação de Benzetacil para pacientes cardiopatas, devendo o médico assistente, dentro da literatura médica, escolher a melhor conduta a ser tomada”, afirma, em nota.




domingo, 26 de dezembro de 2021

TJ-SP mantém condenação pela morte de parturiente com gaze esquecida no corpo

 A 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo negou provimento às apelações de um hospital e uma operadora de plano de saúde. Assim, os recorrentes tiveram mantida sentença que os condenou por dano moral porque uma compressa de gaze foi esquecida dentro do corpo de uma paciente submetida a cesariana, em Santos. A parturiente morreu e os réus deverão indenizar os seus pais e quatro irmãos, no total de R$ 300 mil (R$ 50 mil para cada autor).

Decisão é da 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo 
Divulgação

"Cuida-se, bem assim, de responsabilidade objetiva (ou seja, independe da demonstração da culpa do nosocômio/plano de saúde, bastando a demonstração do dano), conforme preleciona o artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor", destacou o desembargador Salles Rossi, relator das apelações. Os recursos foram julgados no último dia 15 e dele também participaram os desembargadores Silvério da Silva e Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho, que seguiram o relator.

O plano de saúde Notre Dame Intermédica e o hospital Casa de Saúde de Santos alegaram que não houve erro médico e, consequentemente, dano moral a ser indenizado. Porém, a 8ª Câmara de Direito Privado destacou que "não restam dúvidas de que houve falha no atendimento prestado à paciente por ocasião do parto cirúrgico (cesárea)". Conforme perícia médica, houve nexo causal entre a operação, o esquecimento da gaze no abdômen da paciente e o processo infeccioso que resultou em sua morte.

"A dor moral é evidente e presumida em relação aos pais. No que tange aos demais, irmãos da vítima, cuida-se do chamado 'dano por ricochete', em vista do qual caberia a estes últimos a demonstração de laços afetivos profundos e proximidade com a vítima. Tais requisitos restaram, aqui, atendidos também com relação aos irmãos da vítima que com ela residiam sob o mesmo teto. Notória a existência de fortes laços afetivos", acrescentou Salles Rossi.

Além de manter a sentença quanto ao mérito, o colegiado também não fez ressalva em relação ao valor da indenização. "Atende à finalidade almejada, em atenção à capacidade financeira das partes (notadamente porque se cuida de condenação solidária), além da notória gravidade do episódio". Os autores da ação haviam pleiteado R$ 900 mil (R$ 500 mil para os pais e R$ 400 mil para os quatro irmãos), mas não recorreram da sentença prolatada pelo juiz José Wilson Gonçalves, da 5ª Vara Cível de Santos.

Médica inocentada
Uma médica que participou do parto também figurou no polo passivo da ação e foi absolvida. O juiz acolheu a tese do advogado Alexandre Henriques Correia, no sentido de que a cliente não teve responsabilidade pelo esquecimento da gaze, conforme protocolo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), adotado pela Casa de Saúde de Santos. A decisão em relação à profissional transitou em julgado, não sendo levada à apreciação do TJ-SP.

O advogado da médica sustentou inicialmente que a responsabilidade do hospital é objetiva, cabendo eventual direito de regresso no caso de comprovação de dolo ou culpa de seus prepostos. O defensor acrescentou que a cliente atuou como "auxiliar" no procedimento e, nessa qualidade, não tinha o controle da cirurgia e, especialmente, do manejo do material utilizado. Por fim, informou que mais cinco profissionais participaram da cesariana, mas sequer figuraram no polo passivo da ação.

"As contagens de compressas e gazes devem ser feitas ao final do procedimento cirúrgico, ao iniciar revisão e fechamento da cavidade, sendo verificadas pelo circulante (enfermagem) e instrumentador. Este protocolo consta de nota técnica da Anvisa, adotado pelo hospital, que juntamos aos autos. Por isso, ficou evidente para o juiz que a minha cliente, na condição de médica auxiliar naquele procedimento, não poderia ser responsabilizada por tarefa atribuída a outros profissionais", disse Alexandre Correia.

A paciente tinha 28 anos quando deu à luz um menino, no dia 23 de janeiro de 2012. Segundo os seus pais e irmãos, com o passar dos dias, ela apresentou piora progressiva, mas a assistência médica da Notre Dame Intermédica justificou que o inchaço e as dores eram naturais da cesariana. Socorrida às pressas em 20 de julho, ela foi internada em outro hospital e operada. A cirurgia relevou a presença da gaze utilizada por ocasião do parto. Com septicemia (infecção generalizada), a mulher faleceu no dia 16 de agosto.

1019722-44.2015.8.26.0562


Conjur



Quase 11 horas para ter atendimento', relata paciente que procurou UPA de Belo Horizonte

 

Na UPA Norte, mulher que acompanhava irmão reclamou que não viu médico no local.


Quem passou pela UPA Norte reclamou da demora no atendimento 

Pacientes que deslocam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Belo Horizonte seguem relatando demora no atendimento médico. Na madrugada desta sexta-feira (24), a reportagem da TV Globo percorreu as nove unidades e recebeu reclamações de quem precisa ser atendido.

A técnica de saúde bucal Míriam Soares da Silva procurou atendimento na UPA Odilon Behrens durante o dia e só conseguiu ser atendida no fim da noite.

"Quase 11 horas para ter atendimento, fui fazer exame, esperei ficar pronto e estou indo embora pra casa passando mal ainda. Está muito cheio lá dentro. Eles colocam as pessoas todas juntas, não estão preocupando com nada, está uma bagunça. Pessoal brigando, um por cima do outro, não tem lugar para deitar", desabafou.

Míriam procurou UPA na região Noroeste de Belo Horizonte

A dona de casa Leci Maria Gomes chegou à UPA Norte acompanhando o irmão que foi agredido na rua. Ela afirmou que não viu médico no local.

"Não tem atendimento, não tem médico. Está tudo parado, as crianças estão ali vomitando, tudo passando mal, tem que ver o que está acontecendo. Não vi um médico até agora", afirmou.

Leci foi acompanhar o irmão na UPA Norte

Na UPA Oeste, pacientes relataram que algumas pessoas aguardavam atendimento desde as 16h. Já na UPA Barreiro, o relato era que apenas um médico estava de plantão na urgência.

Transtornos desde o início da semana


Desde o início da semana, a TV Globo acompanha a situação das UPAs, onde quem precisa de atendimento médico reclama do tempo de espera e de lotação.

Na última terça-feira (21), o secretário de Saúde da capital, Jackson Machado, informou durante coletiva que a grande movimentação nas UPAs se deve à procura por pacientes com sintomas respiratórios.

Ainda segundo ele, cerca de de 75% das pessoas que procuram as unidades poderiam ter atendimento nos Centros de Saúde.

Na noite dessa quarta-feira (22), um tumulto foi registrado na UPA Leste, e três pessoas foram conduzidas à delegacia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, um jovem de 18 anos chutou e danificou uma lixeira e a porta da recepção do local.

A reportagem do g1 Minas aguarda um posicionamento da Prefeitura de Belo Horizonte em relação aos problemas relatados por pacientes nesta madrugada.