domingo, 31 de julho de 2022
Hospital da Mulher em Bangu é alvo de mais uma denúncia sobre morte de bebê durante o parto
Polícia Civil investiga denúncia de documentos falsos de médica na Bahia; mulher atuava no Samu de Ilhéus e em outras unidades
Caso é investigado há dois meses e acompanhado pelo Ministério Público do estado.
sábado, 30 de julho de 2022
Família denuncia negligência da UPA de Bebedouro após morte de mulher
Famílias de pacientes que morreram em hospital no RN denunciam erros médicos; Prefeitura abre investigação
Familiares de mulher de 27 anos dizem que ela recebeu remédio mesmo após avisar que era alérgica. Outra família diz que idoso teve ventilação de oxigênio retirada na tentativa de salvar a primeira paciente.
Pacientes
- Hanna Letícia da Silva Venâncio, 27 anos, era casada, mãe de dois filhos - um menino de 7 anos e uma de menina de 1 ano e sete meses. Trabalhava em uma empresa de costura.
- Manoel Ferreira da Silva, 86 anos, aposentado, casado há 50 anos com a mesma mulher e pai de oito filhos, dois já falecidos.
Medicação para paciente alérgica
Idoso sem oxigênio
Secretaria abre investigação
sexta-feira, 29 de julho de 2022
O médico, o monstro e a impunidade!
Na nossa sociedade é raro presenciarmos julgamentos, condenações e prisões em regime fechado por mais de dez anos de políticos. Nesse rol, podemos incluir a categoria dos médicos, que raramente passam por este processo em nossa justiça. Podem cometer qualquer crime, estupro em consultório, erro médico seguido da morte do paciente, que são raríssimos os casos em que terminam condenados e cumprem penas em regime fechado. O médico Roger Abdelmassih é uma exceção à regra, um caso raro.
Na semana passada um caso chamou a atenção da nossa sociedade. A divulgação das imagens na denúncia do monstro que estuprava pacientes após o parto dentro das salas de cirurgias ou de pós cirurgia. A indignação das enfermeiras levou o caso ao conhecimento público através de denúncia formal a polícia civil do RJ com imagens irrefutáveis como provas.
Não fosse por essa iniciativa corajosa das enfermeiras e o caso seria mais um daqueles em que a vítima não teria como provar o ato criminoso e ficaria a palavra dela contra o monstro. O caso ganhou evidência, páginas de jornais, espaço nas televisões em seus telejornais, redes sociais, porém, em pouco tempo cairá no esquecimento. Quando e se for julgado por júri popular o efeito do crime terá sido abrandado pelo tempo.
A nossa Justiça, infelizmente, possui inúmeros atalhos, recursos, que ajudam os réus a escaparem da condenação. E mesmo assim, se condenados, as penas são ínfimas, risíveis, diante dos crimes hediondos cometidos muitas vezes. Fazendo com que as vítimas sofram duas vezes, no ato criminosos e no resultado aquém do que o condenado mereceria.
Não à toa, constantemente ficamos sabendo de condenados por estupro que estão nas ruas, após breve período cumprindo penas ridículas com atenuantes de bom comportamento, regressão penal e outras benesses que os fazem voltar as ruas para na maioria das vezes cometer o mesmo crime.
Há muito tempo o Brasil precisa de uma revisão completa no seu sistema penitenciário e na revisão das leis e suas penas. É inaceitável penas máximas de 30 anos, regressão penal, visitas íntimas e outras barbaridades.
Os presos precisam produzir na prisão, tem de trabalhar e ou estudar enquanto cumprem pena. Somente assim, talvez tenhamos redução do número de crimes no país. A impunidade aliada as penas brandas recheadas de benesses incentivam a criminalidade.
‘Conselho Federal de Medicina sucumbiu ao fascismo e ao charlatanismo’
O ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, publica texto de médico indignado com a submissão do Conselho Federal de Medicina ao charlatanismo e fascismo do governo Bolsonaro. “Mas aquela plateia entusiasmada de doutores assistiu o sangue do povo escorrer solenemente pelo granito imponente da casa da medicina, ora apelidada de palácio da morte”, diz o texto. Veja abaixo:
Do Facebook de José Gomes Temporão
Hoje a medicina brasileira foi golpeada pela instituição que tem a responsabilidade de zelar pela ética do exercício profissional. Abaixo texto do médico Renan Araújo que expressa nossa indignação :
“*27 de julho de 2022: o dia em que a medicina foi estuprada em sua própria casa (com o consentimento de quem deveria protegê-la)*
É estarrecedor que o Conselho Federal de Medicina, que deveria proteger a sociedade brasileira contra o erro médico e as más práticas médicas, tenha sucumbido vergonhosamente ao fascismo e à necropolitica de Bolsonaro.
A casa dos médicos recebeu o genocida, sem se importar que ele há quatro anos leva o nosso povo à fome, ao desespero, ao empobrecimento, ao adoecimento e à morte.
O despresidente corrupto e perverso foi recebido como herói, com pompas e honrarias.
O mesmo ser seboso que permitiu que o Brasil fosse recordista de mortes por COVID, neglicenciando a compra de vacinas, prescrevendo tratamentos inúteis e zombando dos pacientes que morriam aos milhares por falta de oxigênio, entrou no CFM pela porta da frente e se vangloriou de ter sido protagonista de um dos períodos mais tristes de nossa história, com apoio de parte da categoria médica e de suas entidades.
O charlatão-presidente (que prescreveu cloroquina até para as emas do palácio), nos proporcionou assim mais um espetáculo dantesco.
Ele até “poderia” adotar as posições bizarras que chama de autonomia médica, pois não prestou juramento nem tem sua atuação regida pelo Código de Ética Médica. Mas aquela plateia entusiasmada de doutores assistiu o sangue do povo escorrer solenemente pelo granito imponente da casa da medicina, ora apelidada de palácio da morte.
Renan Araujo – médico”
Família acusa hospital municipal do Rio de erro médico na morte de recém-nascido
O bebê sofreu um ferimento na cabeça logo após o parto
quinta-feira, 28 de julho de 2022
ACUSAÇÃO DE NEGLIGÊNCIA Mulher cobra cirurgia para retirar bebê morto da barriga da irmã
Jeicilene Oliveira vê negligência no atendimento à jovem. Sesau rebateu a fala e informou que paciente segue recebendo toda a assistência
A cuidadora infantil Jeicilene Oliveira da Silva, de 22 anos, procurou a Folha para cobrar que o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré realize cirurgia cesariana para retirar o bebê morto da barriga da irmã, a auxiliar de limpeza Jaquelane Sousa da Silva, 21 anos, que estava grávida de nove meses.
Segundo Jeicilene, Jaquelane está desde as 15h de terça-feira (26) com a criança morta e corre o risco de vida. O trabalho para retirá-la está sendo feito por meio de parto induzido. Até o momento, a auxiliar de limpeza tem sentido apenas contrações leves.
Jeicilene acredita que houve negligência durante o atendimento à jovem, desde o Hospital Epitácio de Andrade Lucena, em Alto Alegre, o qual critica por não encaminhar a irmã à Maternidade em uma ambulância, em vez de a família levá-la em transporte próprio. Na unidade hospitalar, o bebê apresentava 80 batimentos por minuto. A Sesau disse em nota (que pode ser conferida ao final da reportagem) que o primeiro atendimento, na verdade, foi em uma Unidade Básica de Saúde do município.
“Foi nesse percurso [de Alto Alegre a Boa Vista] que os batimentos foram diminuindo. Quando ela deu entrada na Maternidade, os batimentos estavam cada vez mais fracos e os movimentos estavam diminuindo também. Foi quando ela deu entrada e simplesmente pediram para ela aguardar o período”, relatou.
Jaquelane chegou ao Hospital Materno por volta de 12h de terça-feira e não foi imediatamente atendida. O bebê foi declarado morto por volta das 15h, segundo Jeicilene. “Os médicos poderiam ter visto a situação dela, o fato de ela ter falado que a criança não estava com os batimentos normais e que estavam diminuindo cada vez mais. Poderiam ter encaminhado com urgência, no meu ponto de vista, para sala de cesárea e ter feito uma cesariana e não ter esperar a vez de bater ultrassom, como estava a situação dela. Quem é mãe sabe como é”, disse.
Sesau rebate falas
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), por meio da direção geral da Maternidade, disse que a paciente segue recebendo toda a assistência da equipe médica do serviço de obstetrícia.
"Oriunda do município de Alto Alegre, a paciente deu entrada na unidade por volta das 12 horas do último dia 26 de julho, com óbito fetal. Foi realizada a rotina de exames complementares, sempre obedecendo a protocolos do Ministério da Saúde, com acompanhamento de psicóloga".
Na nota, a Sesau disse que a suposta negligência relatada em relação ao Hospital Epitácio de Andrade não procede. "De acordo com a Direção Geral da unidade, a paciente buscou atendimento inicial em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) do município de Alto Alegre, sendo orientada pelo profissional médico a procurar a Maternidade de Boa Vista para fazer exame de ultrassom".
Por fim, a nota da Sesau diz que "mesmo com a indicação imediata de atendimento na maternidade, a paciente ainda procurou o hospital do município, que novamente avaliou a paciente e também orientou a mesma a procurar a Maternidade de Boa Vista. Não houve necessidade de acionamento de ambulância, uma vez que a paciente apresentava quadro clínico estável, sem nenhuma complicação de saúde".
Bebê de 2 meses morre à espera de atendimento
Mãe denunciou caso ao Ministério Público e pede Justiça: "Vi meu filho agonizando até a morte"