terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Família da professora Viviane alega erro médico na cirurgia

 

Médico responsável foi afastado das funções para apuração do caso



A família da professora Viviane Jara Benitez, líder sindical de Foz do Iguaçu, registrou boletim de ocorrência alegando erro médico na cirurgia feita no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu.

O médico responsável foi afastado das funções temporariamente para que seja apurado o caso. Viviane passou por uma cirurgia eletiva (pré-agendada) no dia 16 de fevereiro, no Hospital Municipal, mas devido a complicações decorrentes foi necessário realizar uma segunda cirurgia de emergência, por isso ainda estava internada. No domingo (26) de manhã a família foi informada sobre o falecimento que teria sido provocado por uma parada cardíaca.

Velório de Viviane acontece no cemitério do Jardim São Paulo e o sepultamento está previsto para às 16h.

Confira a nota:

"A Fundação Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, na pessoa do diretor-presidente André Di Buriasco, face ao óbito da professora Viviane Jara Benitez, vem a público esclarecer que o profissional em questão foi afastado temporariamente e assim, instituída uma Sindicância Interna para elucidação dos fatos e apurar, caso haja a responsabilidade, as devidas providências administrativas, éticas e legais.

Esta instituição, ciente de sua responsabilidade social, ética e civil, solidariza-se com o luto da família e se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.

Em virtude do velório e sepultamento da professora Viviane Jara Benitez, presidente do Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação de Foz do Iguaçu (SINPREFI), a Secretaria Municipal da Educação suspendeu as aulas no período da tarde desta segunda-feira (27) para que os colegas possam fazer suas últimas homenagens à servidora, que dedicou parte de sua vida à educação pública, sempre engajada na defesa dos profissionais da educação da rede municipal. 

As unidades de ensino (escolas e Cmeis) foram orientadas a manter equipes de atendimento para eventuais casos de crianças que não puderem retornar para suas casas. Os alunos somente serão liberados com o consentimento e ciência da família."


Catve.com



Família denuncia que bebê foi morta após suposto erro médico em hospital de CG

 

Foto: Reprodução/TV Paraíba

Uma mãe denuncia que a filha dela de apenas três meses morreu nesta segunda-feira (27) após receber um medicamento no hospital da Clipsi, em Campina Grande.

A Polícia Militar e Polícia Civil estiveram no hospital. Segundo o delegado, a família informou que a bebê estava com problema de saúde e foi levada ao hospital no domingo (26) à noite. A família também informa que, no hospital, a criança teria recebido uma medicação errada.

A família, que vive em Alagoa Grande, foi até a Central de Polícia para registrar o caso.

Em nota, o hospital informou que a bebê chegou com um grande desconforto respiratório e foi atendida por uma equipe de médicos e enfermeiros do hospital.

A equipe percebeu a necessidade da transferência da criança para UTI após a permanência de dificuldade do quadro respiratório. O hospital informou que a bebê foi intubada para receber suporte de ventilação mecânica e de medicações apropriadas.

Durante a madrugada, a bebê sofreu uma parada cardíaca, mas foi reanimada pela equipe médica. O quadro da criança permaneceu grave e, na manhã desta segunda-feira (27), o hospital informou que a bebê voltou a ter uma nova parada cardíaca, onde veio a falecer mesmo após a tentativa de reanimação.


Paraíba Online



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

FAMILIARES DE PACIENTE DENUNCIAM NEGLIGÊNCIA NO HRCC

 


Imagens chocantes foram recebidas na manhã deste sábado (25), pela equipe de redação do site Ilhéus 24H, mostrando as condições de pacientes do Hospital Regional Costa do Cacau, na cidade de Ilhéus.

Segundo as imagens e a denúncia feita ao site, os pacientes estavam internados em cadeiras e ocupando a sala de medicação, em condições desumanas e sem assistência médica adequada. Também estavam supostamente sem acesso à alimentação adequada desde as 14h de ontem.

A redação do site Ilhéus 24H tentou entrar em contato com o Hospital para obter mais informações, mas a ligação foi encerrada abruptamente após constatado, de que se tratava, de um veículo de imprensa. Essa falta de transparência e de disposição para discutir a situação com a imprensa é preocupante e pode indicar uma postura defensiva e pouco colaborativa por parte do hospital.

É lamentável que o Hospital Regional Costa do Cacau esteja tratando seus pacientes de forma tão desumana, privando-os de condições básicas de conforto e de acesso a cuidados médicos adequados. A situação é um reflexo da falta de investimentos para garantir uma saúde pública de qualidade e acessível a todos.

Espera-se que as autoridades competentes possam investigar adequadamente a situação e responsabilizar os envolvidos pela negligência e pelas condições desumanas de tratamento aos pacientes.










domingo, 26 de fevereiro de 2023

Estado é condenado a indenizar homem que ficou sem voz após cirurgia

A vítima sofreu paralisia nas cordas vocais após procedimento na tireóide, 

realizado em 2020


O juiz Alexandre Paulichi Chiovitti, que condenou o Estado


O juiz Alexandre Paulichi Chiovitti, da Vara Única de Santo Antônio do Leverger, condenou o Estado de Mato Grosso a pagar indenização de R$ 60 mil a um paciente vítima de erro médico

Ele foi submetido a uma cirurgia de retirada de um nódulo da tireóide, em outubro de 2020, e logo após o procedimento perdeu a voz, por paralisia nas cordas vocais.

O juiz condenou o Estado em R$ 50 mil por danos morais e R$ 10 mil por danos estéticos.

Em sua defesa, o Estado de Mato Grosso afirmou que não houve erro médico e nem culpa do Estado, bem como levantou a tese de responsabilidade subjetiva do médico e inexistência de danos morais indenizáveis.





Mulher será indenizada por médico e hospital após erro em cirurgia em Santa Catarina

 


Uma mulher será indenizada em R$ 15 mil por médico e hospital do Meio-Oeste catarinense após erro em cirurgia. Ela teve o ovário saudável retirado por engano. Por conta do erro, a autora da ação teve de fazer nova cirurgia e ficou sem os dois ovários. A decisão é da 1ª Vara da comarca de Fraiburgo.

Conforme os documentos apresentados pela autora, havia cistos nos dois ovários. Durante o procedimento cirúrgico, o profissional removeu o direito, que tinha cisto simples e não precisava ser retirado. O complexo estava localizado no outro órgão, o esquerdo.

Conforme perícia judicial, a conduta dos réus não foi acertada. O perito afirma nos autos que não havia nenhuma doença que indicasse a remoção do ovário direito. O problema físico se encontrava no ovário esquerdo. Este foi retirado depois por outro profissional. Com isso, surgiram sintomas e demais problemas relacionados à menopausa precoce.

“Inquestionável o abalo moral experimentado pela parte autora, uma vez que procurou tratamento para dores e se submeteu a nova intervenção cirúrgica com o propósito de retirar o outro ovário e, assim, se viu na sequência sem ambos os ovários”, pontua o juiz Felipe Nóbrega da Silva na decisão, que é passível de recurso.





sábado, 25 de fevereiro de 2023

Menino desenvolve doença rara de pele após usar remédio e família denuncia negligência: 'Chorei muito por ver ele assim', diz mãe

 

Segundo a família, drama começou depois que médico de uma clínica particular receitou alta dosagem de um medicamento para controlar convulsões. O profissional afirmou que "todas as condutas tomadas estão de acordo com a literatura médica sobre as doenças acometidas pelo paciente".


Uma família de Ferraz de Vasconcelos tem vivido um drama desde que Murilo Batista dos Santos, de 9 anos, teve reação alérgica a um medicamento e desenvolveu uma doença rara na pele. A mãe Josimara Batista dos Santos diz que os sintomas começaram depois que o médico de uma clínica particular de Itaquaquecetuba prescreveu um antiepilético em dose maior do que a indicada para a idade do menino. O profissional que receitou o medicamento afirmou ao g1 que "todas as condutas tomadas estão de acordo com a literatura médica sobre as doenças acometidas pelo paciente" (veja nota completa abaixo).

A história começou em dezembro, mas o garoto ainda sofre diversas consequências. Ele foi diagnosticado com a Síndrome de Stevens-Johnson que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é caracterizada pelo descolamento da pele e pode ser fatal (conheça detalhes abaixo). A criança chegou a ficar internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e agora precisa de especialistas para tratar sequelas nos olhos.

Murilo Batista dos Santos, de 9 anos, teve reação alérgica a medicamento; menino ficou internado no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos e, depois, foi transferido ao Luzia de Pinho Melo

A revolta da família se tornou ainda maior quando descobriram que o profissional, que receitou o medicamento e assina como "neurologista", não tem a especialidade registrada junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e, portanto, não deveria atuar na área. Agora, Josimara move um processo contra o estabelecimento de saúde e o médico, enquanto tenta retomar uma vida normal ao lado do filho.

Questionado sobre o caso, o médico Carlos Roberto Reiser enviou uma nota lembrando o artigo 74 do Código de Ética Médica. O texto diz que "é vedado ao médico revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive aos seus pais ou representantes legais". Pontuou que "todas as condutas tomadas estão de acordo com a literatura médica sobre as doenças acometidas pelo paciente".

O médico não respondeu sobre a atuação sem especialidade, mas disse que não autoriza a divulgação de imagens ou informações pessoais. O g1 pediu posição ao centro médico, onde o medicamento foi receitado, e a aguarda retorno.

“Ele nunca teve alergia de nada. Nunca teve nada parecido. Sempre foi muito saudável. A pele está voltando ao normal, mas ele ainda fica um pouco nervoso, porque não pode ir pra escola ainda”, desabafa a mãe.

Dificuldade para conseguir atendimento


A mãe relata que Murilo iniciou um tratamento para epilepsia no Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, no segundo semestre de 2022. Depois de dois meses sem crises, ele voltou a convulsionar no início de dezembro. Josimara relata que decidiu ligar na unidade para pedir um encaixe com o médico que o acompanhava.

Embora o hospital seja de referência e só atenda pacientes que chegam por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou transferidos, ela afirma que sempre conseguiu marcar consultas de urgência, porque o garoto é paciente do setor de neurologia. Apesar disso, não conseguiu atendimento.

A alternativa foi procurar por uma clínica particular. “A gente pagou a consulta. Eu levei todo o histórico e o médico, que se apresentou como neuro, passou uma medicação de 50 miligramas, com dosagem de um comprimido a cada 12 horas. A gente deu e no dia seguinte a convulsão passou”, relembra a mãe.

Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes

Quando pensou que o caso estava controlado, viu Murilo enfrentar outro problema. A pele foi tomada por uma alergia intensa. “Achamos que fosse alimentar e levamos pro Hospital Regional de Ferraz. Ele foi internado no dia 5, mas receitaram um antialérgico e ele já saiu no dia seguinte”.

A família voltou para a clínica no dia 9 e questionou se o medicamento receitado não poderia ser o causador da reação. O médico que os atendeu descartou a possibilidade, mas diminuiu a dose, segundo a mãe. Porém, não adiantou e logo o menino voltou a passar mal.

“De noite a gente voltou ao Regional. Já era outro médico. Ele viu o Murilo e deu remédio pra convulsão, mas não internou. Na madrugada apareceu outra médica que, quando viu o Murilo, começou a chorar. Ele estava todo empipocado, com febre alta. Ela internou o meu filho na hora”.

O paciente precisou ser levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi intubado, enquanto a pele descamava e formava feridas por todo o corpo, inclusive em áreas de mucosa, como a boca.

Menino foi levado ao Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos durante crise alérgica

Como o garoto ainda precisava se consultar com um neurologista, a família insistiu que ele fosse transferido para o Hospital Luzia de Pinho Melo. Lá também recebeu atendimento dermatológico e foi informado de que os machucados na pele haviam sido causados pela dosagem errada do medicamento.

Preocupada e à espera de um suporte, a mãe tentou entrar em contato com a clínica Mais Saúde, em Itaquaquecetuba, onde foi feito o atendimento. “Eles falaram que não têm nada a ver com isso, que a culpa é do médico. A diretora da clínica mandou eu ler o salmo 30, num tom de deboche, sabe?”, afirma.

Josimara diz que o filho está melhor. A pele, que descamou quase que no corpo inteiro, está se recuperando. Porém, Murilo agora convive com dores de cabeça e na região dos olhos, que ficaram inflamados por causa da síndrome. "Agora só quero ver ele bem".

Menino desenvolveu doença de pele após tomar medicamento indicado por médico que disse ser neurologista, mas não tem registro no CRM na especialidade

Médico sem especialização


g1 apurou com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) que o médico Carlos Roberto Reiser, que atendeu Murilo em uma clínica particular e receitou o medicamento, não tem a especialização cadastrada, embora, segundo a família, se apresente como neurologista. De acordo com o órgão, médicos não podem se intitular como especialistas sem que seu título tenha sido devidamente registrado no conselho.

"O profissional até pode ter a formação especializada em determinada área, mas ele precisa registrar este título no CRM para que possa se promover como tal, conforme aponta a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) n° 1974/11. É por isso que o Conselho sempre reforça ao médico a importância e necessidade de registrar a sua especialização".

O Cremesp explicou ainda que, apesar de poder prestar atendimento sem especialidade, desde que se responsabilize pelos seus atos, o médico está impedido de se intitular e/ou divulgar títulos de especialidade que não tenham sido devidamente registrados. Dessa forma, cabe ao ele comunicar a especialidade que possui.

O que é a Síndrome de Stevens-Johnson


Segundo informações da dermatologista Laura Serpa, membro titular da SBD, a Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) é uma reação mucocutânea rara, grave e potencialmente fatal -- a taxa de mortalidade é elevada podendo chegar a 30%. É predominantemente causada por medicamentos, que se caracteriza por um descolamento epidérmico.

“A causa da doença não é completamente conhecida, mas envolve uma interação complexa entre a estrutura molecular de certos medicamentos associada a uma predisposição genética de cada paciente”. Os remédios mais associados são os anti-inflamatórios não esteróides, antibióticos e antiepilépticos. A síndrome ocorre de 7 a 28 dias após o início do medicamento responsável.

Sintomas

As manifestações clínicas clássicas consistem em sintomas iniciais, que se assemelham a uma gripe (febre, dor no corpo e anorexia) e, posteriormente, evoluem para vermelhidão, descolamento da pele e erosões das mucosas bucal, ocular e genital. Essas lesões são usualmente muito dolorosas.

Tratamento

O tratamento é multidisciplinar e abrange a suspensão imediata da droga suspeita, transferência do paciente para uma unidade de terapia intensiva e medidas de suporte. Algumas terapias medicamentosas também podem ser realizadas.

O que diz a Secretaria Saúde


Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que Murilo foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, no início de dezembro, sendo assistido com todos os cuidados necessários por equipe multidisciplinar.

Disse ainda que, após reavaliação médica e estabilização do quadro clínico, foi transferido ao Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, com indicação de tratamento ambulatorial e internação em leito de enfermaria infantil







Vídeo: Familiares de farmacêutica que morreu na Hapvida denunciam negligência médica; áudio confirma falta de UTI

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Família denuncia que bebê morreu por suposta negligência em hospital no Piauí

Ao A10+, unidade de saúde rebate versão apresentada pela família e dá detalhes sobre o caso



 Uma mulher, que preferiu não se identificar, denunciou que a sobrinha, uma jovem de 19 anos, foi vítima de suposta negligência no último sábado (18), após procurar o Hospital Nossa Senhora do Livramento no município de José de Freitas, no interior do Piauí. Segundo a família, o bebê nasceu morto. 

Segundo relatou a tia da vítima ao A10+, a sobrinha estava grávida de nove meses e sentiu contrações por volta das 6 horas da manhã e procurou a unidade hospitalar para atendimento informando que se tratava de uma gravidez de risco. A tia da jovem conta que a enfermeira do local passou apenas um medicamento informando que se tratava de dores normais e que a mesma poderia voltar para casa.

  

Família denuncia que bebê morreu por suposta negligência em hospital no Piauí
Foto ilustrativa

   

Ao chegar em casa, a jovem sentiu mais dores e retornou ao hospital. A tia então se dirigiu a unidade de atendimento e pediu que sobrinha fosse levada à maternidade de Teresina para receber o tratamento necessário.

“Eu perguntei a enfermeira por qual motivo minha sobrinha ainda se encontrava no hospital e por qual motivo ainda não teriam mandado ela pra maternidade em Teresina. A enfermeira não soube explicar. Eu persisti e disse que ela estava muito pálida e perguntei como estava o bebê. A enfermeira falou pra não se preocupar que era normal perder sangue e que em relação a criança ela não ouviu mais os batimentos. A regulação na senha demorou, o SAMU pra leva minha sobrinha demorou. Quando chegamos na maternidade os médicos foram muitos ágeis, levaram ela de imediato para sala de cirurgia para retirar a criança e salvar a vida da mãe”, afirma a tia da vítima.

Após o atendimento, a família tomou conhecimento que o bebê, um menino, estava em óbito no mínimo há duas horas, com aspecto roxo e rígido. A suspeita é que a placenta tenha se deslocado do útero e a criança ficou sem oxigênio.

“O médico disse que a criança morreu ainda no hospital de José de Freitas pelo trajeto. De José de Freitas pra Teresina de ambulância não vai 50 minutos. Eu fui do lado do motorista, ele estava indo muito rápido. Pela lógica a criança ainda faleceu aqui (em José de Freitas). Os médicos mesmo falaram que a criança morreu no hospital daqui. Se na primeira vez que minha sobrinha foi ao hospital a enfermeira tivessem examinado, deixado ela em observação, a criança não teria morrido. Os médicos mesmo falaram que os hospitais têm o costume de ficar segurando o paciente só manda pra Teresina quando já está morto ou nas últimas para morrer”, conta a tia da vítima.

Família pede justiça 

Segundo a tia, a sobrinha ainda está hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A jovem já tem uma filha de 4 anos de idade. Com a denúncia de negligência, a família pede agora uma melhor fiscalização no hospital.

“Nada vai trazer a vida do nenê e nem vai tirar o trauma que minha sobrinha vai leva pro resto da vida. Mas sim quero mostrar o que acontece no hospital Nossa Senhora do Livramento em José de Freitas. Peço fiscalização para o hospital e mais médicos, melhor atendimento para população para que não venha acontecer com outras famílias o que aconteceu com a minha”, finaliza.

Hospital rebate versão 

Ao A10+, a diretora do hospital Nossa Senhora do Livramento, Socorro Silva, relatou que a paciente chegou com dores por volta das 18h30, mas que inicialmente nenhum dos sintomas apresentados por ela indicava o descolamento da placenta e que por isso ela foi mandada para casa. Ela afirmou, por inúmeras vezes, que não houve negligência no atendimento. 

"Ela estava apenas com dores em baixo ventre e umas dorzinhas normais que sempre as gestantes apresentam, por exemplo, quando está chegando no terceiro período. Os sintomas de descolamento da placenta é hiperprolactinemia, é aumento de pressão, é sangramento, é aquela barriga dura. Nesse momento que a paciente chegou ela não apresentava nenhum desses sinais. Então ela foi orientada que não tinha nenhuma alteração no momento e que ela ficasse observando qualquer coisa ela retornava. Duas horas depois ela retorna, nesse primeiro momento ela estava só. Não tinha nenhum acompanhante. Inclusive esses acompanhantes dela foram na rádio, falaram absurdos que nenhum estavam com ela na hora pra contar o que de fato aconteceu", disse.

  

Hospital Nossa Senhora do Livramento, em José de Freitas
Saraiva Repórter

   

Ainda em entrevista, ela alegou que a paciente retornou horas depois e já apresentava os sintomas. Diante disso, eles iniciaram o atendimento para estabilizá-la e acionaram o protocolo de transferência para uma maternidade em Teresina por conta da gravidade do caso.

"A paciente foi prontamente atendida a gente fez os primeiros atendimentos... de forma rápida, porque é um caso que não tinha mais jeito, uma situação de risco tanto pra mãe como pro feto. Prontamente atenderam a paciente, foi colocada a medicação… na hora já falou 'a paciente ela está tendo um descolamento da placenta e é uma situação de emergência, então a gente vai transferir ela agora pra Teresina'. Para nós transferirmos para Teresina, a gente tem que pedir a senha de regulação, então a colocamos no sistema da regulação, mas logo a gente recebeu essa senha. A gente chamou o SAMU, ele chegou e estabilizou a paciente, colocamos na ambulância e ela só passou meia hora no hospital. Foi o tempo de estabilizar, a ambulância chegar e a gente foi para a Evangelina Rosa", declarou.

Na declaração da diretora, ela afirmou que o período entre a chegada da paciente e a saída dela, foi entre às 20h15 e 20h45, e a situação em que a mãe estava havia sido comunicada para os acompanhantes da paciente. 

"Descolamento de placenta é uma situação de emergência e foi explicada pra família na hora o que era aquilo. No segundo momento em que ela chegou, já identificamos. No primeiro, nós não identificamos nenhum sinal. No segundo momento que ela chegou ali na hora que a gente viu a gente já disse que ela está tendo um descolamento, porque foi visto todos os sinais que eram descolamento de placenta: hipertonia uterina, aumento de PA, sangramento intenso, a barriga dura e PCR inaudível. Então ali a gente estabilizou a paciente, claro que primeiro a gente ia estabilizar se não ela ia morrer também…. ela chegou às 20h15 no hospital, que a gente já identificou a emergência e às 20h45 ela estava dentro da ambulância sendo transportada", explanou. 

Diretora diz que risco era o mesmo para bebê e mãe 

Ao A10+, a diretora também retrucou a versão da família em que eles teriam tomado conhecimento que o feto estava em óbito por no mínimo duas horas. Ela explicou que o caso da paciente era de risco para ambos, o feto e a mãe, mas que todos os procedimentos necessários foram prestados para a paciente quando ela estava no hospital em José de Freitas.

"Já estava morto na barriga. O normal é o bebê nascer e depois vir a placenta, só que essa placenta deslocou antes e como sangra muito o bebê morre asfixiado. A mãe pelo fato de perder tanto sangue ela pode também entrar num choque hipovolêmico e evoluir para o óbito. Segundo ela, foi direto pro centro cirúrgico, mas não houve negligência médica. Disseram que deixamos, que estávamos com nojo da paciente, que nem os lençóis foram trocados, a situação é que a mãe tem que ficar restrita ao leito. A gente não pode fazer movimento, as coisas foram feitas tudo em cima do leito, mas ela teve todos os atendimentos necessários naquela emergência", finalizou.


A10 Mais