O carnaval em Guaratuba ficou por conta do médico Rogério Augusto Perillo, que armou o maior escarcéu no Pronto Socorro Municipal da cidade. Só não obteve sucesso total na sua intenção de chamar a atenção da sociedade e da mídia, ao protestar diante de pacientes à espera de atendimento por estar c om salários atrasados há mais de 60 dias, porque a polícia interveio e o levou em cana. Foi esperneando, pedindo socorro, numa cena dantesca, para não dizer bizarra.
O médico é contratado de uma empresa terceirizada da prefeitura e, segundo fonte da coluna, sequer está em situação regular no Estado. A cena protagonizada já faz parte de seu repertório de tentativa de chamar a atenção do público. Em 2013, foi o autor de postagem nas redes sociais ao denunciar o prefeito da cidade goiana de Trindade por dizer que havia sido demitido por causa da chegada dos médicos cubanos. Ele, que se dizia parente do ex-governador Marconi Perillo, chegou a ser candidato a deputado federal em 2014 pelo seu estado de origem.
No Paraná, pelo jeito, não se deu bem e acabou em cana. Seu problema com a falta de pagamento de seu salário deve ser resolvido com a empresa que o contratou e não com pacientes que acabou recusando atendimento, o que levou à intervenção policial. Em nota, a Prefeitura de Guaratuba afirmou que o médico não é funcionário do município e que é contratado por uma empresa terceirizada, contratada especialmente para os atendimentos durante a Operação Verão.
O médico de Guaratuba, que teve seus minutos de fama, tem rastilho de problemas nos estados por onde passou.
A administração municipal também ressaltou que os pagamentos foram repassados para a empresa e que o pagamento seria de responsabilidade da mesma. Por fim, a prefeitura garantiu que já fez a substituição do médico e que o atendimento no Pronto Socorro já está normalizado.
Como o assunto está na área médica, também recebi informações de um médico amigo, sobre o “Doutor faz Tudo” que considero prudente o registro. O tal “Doutor faz Tudo” é um médico que assumiu função no hospital de Guaíra, no Paraná, e se notabilizou por sucessivas denúncias de insucessos no atendimento a pacientes.
O médico Paulo Marcelino Andreolli Gonçalves, que já tinha sido prefeito e dono de hospital em Campina da Lagoa, foi afastado das funções depois de virem à tona denúncias de pacientes ou familiares no Mato Grosso do Sul, por imperícia ou negligência.
Com vários editais de apenações publicadas no Paraná e no Mato Grosso do Sul pelos Conselhos de Medicina, agora o “Doutor faz tudo” teve a cassação de seu registro para o exercício de medicina cassado pelo CFM. O processo teve origem no MS e o edital confirmando a decisão deverá ser publicada naquele estado e no Paraná.
No Paraná, o edital do médico deve estar ladeado de outro médico cassado e com pena confirmada pelo Conselho Federal. É, finalmente, a do Dr. Fernando Avelar, que se anunciava profissional de medicina e estética avançada no Paraná e em outros estados, constituindo uma verdadeira “ficha corrida” de condenações éticas, cíveis e criminais por denúncias de negligência, imperícia e imprudência, além de assédio sexual.
Entendemos que diante desses fatos, o Conselho Regional de Medicina, que preza pelo rigor nas apurações de denúncias contra médicos que não tem responsabilidade com a profissão e com o ser humano, também adotará as devidas medidas processuais que certamente resultarão na cassação do diploma e do exercício da profissão.
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