A morte de um bebê e de uma jovem por suspeita de H1N1 marcaram a semana no município; relembre os casos
Lorenzo morreu antes de completar 8 meses; as causas são investigadas |
Dois casos de repercussão envolvendo a Saúde pública de Ribeirão Preto marcaram a última semana e colocaram a qualidade do serviço em xeque. O primeiro deles resultou na morte de um bebê, de oito meses incompletos.
Lorenzo Manoel, que sofria de anemia falciforme (doença que causa alteração dos glóbulos vermelhos e é adquirida de forma genética e hereditária), foi levado passando mal pela família a UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) do Quintino Facci 2 no último dia 21.
Ele foi consultado e liberado horas depois, segundo relato do município. O mesmo ocorreu no sábado (23), quando a criança voltou a apresentar sinais de mal estar, recebeu soro e voltou para casa por orientação médica.
No período da noite, o caso ficou ainda mais grave. Depois de registrar o terceiro pedido de socorro em dois dias, dessa vez na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o pequeno não resistiu. O laudo com a causa da morte ainda não foi divulgado.
FAMÍLIA SE REVOLTA EM UNIDADE DE SAÚDE COM A MORTE DE LORENZO:
Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou as passagens do menino pelo SUS e disse que "a avaliação de toda a ocorrência se iniciou tanto nas unidades, quanto ao Serviço de Verificação de Óbito para concluir os fatos. Solidarizamos com a dor da família, nos colocando a disposição para o apoio necessário", escreveu, via assessoria de imprensa.
O Cremesp (Conselho Regional de Medicina) vai investigar se houve negligencia médica.
Exatamente uma semana depois, a notícia de que uma jovem, de 21 anos, morreu na Santa Casa de Ribeirãocom suspeita de H1N1 e pneumonia reacendeu o debate da precariedade da saúde.
Sara Tavares Ferreira também procurou atendimento três vezes, mas na unidade da Vila Virgínia, antes de descobrir que era diabética e ser regulada ao centro médico. Lá, foi admitida na sexta-feira (1°) em estado grave, já no CTI (Centro de Terapia Intensiva).
A morte dela foi constatada no sábado (2), apontando no laudo choque séptico proveniente de pneumonia lobar à direita. A possibilidade de a estudante ter contraído o vírus não foi descartada e, por isso, material foi colhido para exames posteriores. Os resultados devem demorar 30 dias para serem concluídos.
Neste caso, a UBDS da Vila Virgínia também confirmou as consultas e disse que "a paciente estava com quadro de glicemia muito alto devido à infecção. Porém, como progrediu para uma piora, ela retornou a unidade do bairro no dia seguinte. Na sexta-feira foi regulada e encaminhada a Santa Casa para tratamento. A UBDS comunicou a vigilância Epidemiológica sobre a suspeita de H1N1".
A Saúde havia informado que há algumas unidades da vacina contra o vírus mencionado acima no município, mas estas são reservadas a um público específico. A segunda dose em crianças e aplicação em gestantes são prioridades. Em abril começa a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe e os estoques devem ser renovados.
Sara morreu na Santa Casa de Ribeirão Preto |
A Cidade ON
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