A decisão consta no andamento processual, mas os argumentos utilizados pela ministra para rejeitar o pedido ainda não foram disponibilizados na íntegra
A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, negou
habeas corpus que pretendia soltar o médico e sócio da Próclin
(Sociedade Mato-grossense de Assistência Médica Interna Ltda), Fábio
Liberali Weissheimer, acusado de participar de um suposto esquema de
fraudes e desvios na saúde pública.
A decisão consta no andamento processual, mas os argumentos
utilizados pela ministra para rejeitar o pedido ainda não foram
disponibilizados na íntegra.
Fábio voltou a ser preso no último dia 30, em decorrência de mais uma
ação da Operação Sangria, que também levou à cadeia o ex-secretário de
Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia e o médico Luciano Correia
Ribeiro.
Além deles, também foram novamente detidos Flávio Taques, Kedna
Iracema Servo, Fábio Taques e Celita Liberali, mas estes já se encontram
soltos, usam tornozeleira eletrônica e cumprem outras medidas
cautelares.
Entenda mais o caso
A investigação da Operação Sangria apura fraudes em licitação,
organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas
criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários
públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público,
vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de
Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela
organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
Segundo a apuração, a organização mantinha influência dentro da
administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para
que ao final apenas empresas pertencentes a eles (Proclin/Qualycare)
pudessem atuar livremente no mercado.
No dia 18 de dezembro do ano passado, houve a segunda fase da
Sangria, quando todos os acusados chegaram a ser presos, mas acabaram
sendo soltos sob condição de cumprirem medidas cautelares.
No último mês de janeiro, a juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara
Criminal de Cuiabá, recebeu denúncia e tornou os acusados réus.
Todos voltaram a ser presos no dia 30 de março após a decisão do
desembargador Alberto Ferreira de Souza, do Tribunal de Justiça de Mato
Grosso (TJMT), que revogou a liminar concedida anteriormente. Logo
depois, cinco foram colocados novamente em liberdade.
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