A família da bebê Agatha Rayssa Sartori Pereira, de um ano e oito
meses, acusa de negligência um médico da rede municipal. O profissional
atendeu a criança na UPA (Unidade Pronto Atendimento) da Vila Rezende e
teria ignorado o encaminhamento para internação e exames dado por uma
médica, da mesma unidade. A garota morreu no dia seguinte ao
atendimento.
Ontem, familiares e amigos fizeram um manifesto em frente à prefeitura cobrando providências da Secretaria de Saúde.
De
acordo com a avó da bebê, Andrea Sartori, a criança começou a
apresentar irritação na quinta-feira (30), e foi levada à UPA da Vila
Rezende. Lá, uma médica pediu exames de sangue, receitou medicamento e
soro e encaminhou a criança para internação.
Andrea contou que no
mesmo dia, o médico examinou a criança, mandou a enfermeira tirar o
soro, rasgou a guia de internação e disse que a criança estava bem e não
precisava de soro, nem internação. “Eu cheguei a discutir com ele, mas
não podia fazer nada e fomos embora”, contou. Andrea disse que no dia
seguinte voltou à unidade médica com a criança para saber o resultado do
exame. “O médico disse que o exame não apontou nada e fomos
dispensados”, lembrou. Quando a criança chegou em casa, conta a avó,
começou a apresentar incômodo, preocupada a família procurou a UPA da
Vila Sônia onde a criança deu entrada direto para a emergência. Minutos
depois, a família foi informada da morte de Aghata.
“Se o médico
tivesse internado e feito os exames que a médica pediu ela estaria aqui
conosco”, lamentou a avó. A família registrou boletim de ocorrência e
quer que seja feita justiça. O pedido por justiça estava estampado junto
à foto da bebê, na camiseta que o grupo usou na manifestação de ontem.
A
Secretaria de Saúde informou ontem, em nota, que tomou todas as
providências para a abertura de procedimento administrativo interno
visando apurar os fatos e verificar se houve algum erro de conduta médica que possa ter contribuído para o óbito.
Segundo
a pasta, análises de corpo de delito do IML (Instituto Médico Legal)
declaram que a paciente pode ter tido morte natural. “A Secretaria de
Saúde lamenta a fatalidade e se solidariza com seus familiares. Por
isso, não poupará esforços a fim de esclarecer a verdade sobre o triste
episódio e está à disposição da família de Agatha para quaisquer
esclarecimentos.”, informou em nota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário