Documento da CGE foi produzido para confirmar a denúncia inicial do SUS de que os pacientes eram submetidos a tratamentos de câncer sem necessidade.
CGE aponta que houve falha nos registros dos pacientes do Hospital Regional de Cáceres.
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Após auditoria no Hospital Regional de Cáceres, devido a denúncia
feita pela Auditoria Geral do Sistema Único de Saúde (AGSUS), a
Controladoria Geral do Estado (CGE) descartou em relatório que pacientes
tenham sido submetidos à quimioterapia e a cirurgias de oncologia sem
terem câncer. A constatação é de que houve "falha" no lançamento dos
procedimentos, ocasionada por desorganização.
O documento de auditoria 0018/2019, ao qual o
teve acesso, indica também que não foi constatado que a empresa M.M.S
Serviços Médicos Ltda. EPP, que realizou os procedimentos, tenha
recebido pagamentos indevidos pelas cirurgias, "tendo em vista que não
foram encontrados indicativos de superfaturamento".
O relatório da CGE detalha que houve equívoco no código de lançamento da AIH e "não que a cirurgia foi indevida".
Os técnicos da CGE acrescentaram que as cirurgias foram cadastradas
como oncológicas, com base em suspeita inicial e que não houve uma
correção no sistema informatizado do hospital, depois dos resultados dos
novos exames que comprovaram a inexistência de sinais de malignidade.
"O setor de faturamento do Hospital deveria ter corrigido o código para
o correspondente ao mesmo tipo de cirurgia, só que não oncológica".
"Destaca-se que foi identificado que a desorganização dos prontuários dos pacientes e ausência de informações consolidadas em um arquivo único e a documentação incompleta prejudicam a avaliação da situação individual de cada paciente".
O relatório da CGE também concluiu que a desorganização dos
prontuários do hospital prejudicou a avaliação individual de cada
paciente.
"Destaca-se que foi identificado que a desorganização dos
prontuários dos pacientes e ausência de informações consolidadas em um
arquivo único e a documentação incompleta prejudicam a avaliação da
situação individual de cada paciente".
"Com base, nos exames acima expostos conclui-se que não há
evidências de que, nos exercício de 2012 a 2017, no Hospital Regional de
Cáceres, setor de oncologia, pacientes tenham sido submetidos
indevidamente a cirurgias oncológicas e/ou a tratamento de quimioterapia
/ hormonioterapia, bem como de que tenha havido pagamentos indevidos à
empresa M.M.S Serviços Médicos Ltda. EPP, tendo em vista que não foram
encontrados indicativos de superfaturamento", reitera a CGE em trecho do documento.
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