A mulher teria levado a adolescente para exames no IPC, no Cristo, e,
depois que o resultado confirmou conjunção carnal, a mãe foi até a
delegacia de Conde para denunciar o caso.
Em nota, Complexo Juliano Moreira mostra surpresa com a denúncia e diz que as enfermarias feminina e masculina ficam em ambientes separados (Foto: Divulgação) |
Uma mãe denunciou à Polícia Civil que a filha de 15 anos teria sido
estuprada dentro do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, em João
Pessoa. Ela relatou que o estupro aconteceu em novembro de 2018. A
mulher teria levado a adolescente para exames no Instituto de Polícia
Científica (IPC), no bairro do Cristo, e, depois que o resultado
confirmou conjunção carnal, a mãe foi até a delegacia de Conde para
denunciar o caso, em 3 de dezembro do ano passado.
A mãe relata que a menina foi estuprada por um rapaz que também era
paciente do Juliano Moreira, em novembro de 2018. A Delegacia de
Infância e Juventude de João Pessoa investiga o caso. O delegado Gustavo
Carletto se negou a falar sobre o caso em contato feito pelo ClickPB.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) enviou ao ClickPB nota do
Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira sobre o caso. No documento, a
instituição se mostra surpresa com a denúncia e diz que as enfermarias
feminina e masculina ficam em ambientes separados.
Na mesma nota, o Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira revela que já
tinha conhecimento do caso, pois recebeu a mãe da menina em novembro do
ano passado, a qual relatou que "sua filha estaria se envolvendo
sexualmente com um outro adolescente interno, no período da noite, nas
dependências da enfermaria dos adolescentes".
Veja a nota na íntegra.
A Direção Geral do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira recebe
com surpresa, nesta data, a denúncia do suposto estupro sofrido por
adolescente internada, neste hospital, em novembro de 2018. Sendo assim,
comprometida com a excelência nos serviços de saúde prestados, a
direção esclarece que:
1) Recebera em novembro de 2018 a mãe da adolescente, relatando
que sua filha estaria se envolvendo sexualmente com um outro adolescente
interno, no período da noite, nas dependências da enfermaria dos
adolescentes;
2) Desde aquele mês, este hospital não fora procurado pela
denunciante ou por qualquer órgão policial ou judicial quanto à
investigação de cometimento de crime ou ato infracional semelhante à
estupro, frisando que sempre esteve e continua à inteira disposição da
sociedade e autoridades para auxiliar nas possíveis investigações
decorrentes;
3) Destacamos, igualmente, que, não obstante o teor da denúncia, é
importante reforçar que a Enfermaria dos Adolescentes possui
assistência durante 24 horas, bem como, os usuários permanecem separados
por gênero, estando em enfermarias distintas, sob constante apoio dos
profissionais do setor; e
4) Diante da manifestação da mãe, perante a imprensa, nos
colocamos, mais uma vez, à inteira disposição, reforçando, desde já, o
incremento na assistência daquele setor, determinando, sem prejuízo de
outras deliberações, a abertura imediata de sindicância investigativa no
âmbito deste hospital, para que sejam esclarecidos os fatos e
apurando-se a responsabilidade de funcionários, a tomada de medidas
punitivas pertinentes.
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