Família acusa hospital de negligência e Secretaria de Saúde de Praia Grande, no litoral paulista, diz apurar o caso.
Gabrielly, de 5 anos, morreu após tomar medicação em unidade de saúde de Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal |
Uma menina de apenas cinco anos morreu após tomar uma medicação na
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Quietude em Praia Grande, no litoral
de São Paulo, na última sexta-feira (14). A família acusa os médicos de
negligência. A Secretaria de Saúde Pública da cidade informou que o
atendimento transcorreu 'dentro dos padrões e diretrizes determinados
pelos órgãos de Saúde'.
Jefferson Silvério de Lima tem 28 anos e é pai da menina Gabrielly. Ele
conta que a filha começou a ter febre na noite de quinta-feira (13) e
foi levada, pela mãe da criança, a UPA Quietude pela manhã.
"Ela estava com uma febre leve, mas minha esposa decidiu levar para a
UPA. Eles fizeram exame de sangue nela e o médico suspeitou de dengue.
Depois, ele aplicou uma injeção que, para a gente, eles falaram que foi
Dramin", relembra.
Gabrielly recebeu alta após a injeção e foi para casa. Poucas horas
depois, a menina voltou a passar mal. "Ela não quis comer, pediu só um
copo de água. Em seguida, a minha filha paralisou, ficou desacordada,
não ouvia a minha mulher. Foi um desespero."
Gabrielly, de 5 anos, morreu após tomar medicação em unidade de saúde de Praia Grande (SP) — Foto: Reprodução/Facebook |
A mãe de Gabrielly novamente levou a menina para a UPA Quietude. Na
unidade, a menina foi prontamente atendida, mas teve duas paradas
cardiorrespiratórias e não resistiu. "Recebi a notícia por telefone,
minha esposa me ligou. Fui correndo para UPA e, quando vimos o corpinho
dela, estava cheio de bolinhas vermelhas. Não sei o que pode ter
acontecido."
O pai explica que a menina nunca teve alergia a nenhum tipo de
medicamento e a família desconfia que a injeção que deram em Gabrielly
era algo incompatível com a doença da menina. "Se fosse dengue, por
exemplo, tem alguns remédios que não pode dar, né? Estamos tristes
demais, era uma menina sempre alegre, não era de ficar doente. Estava
sempre correndo, brincando. É muita tristeza", lamenta.
O corpo da menina foi levado para um hospital em Santos para que seja
feita a autópsia para descobrir a causa da morte. A previsão é que seja
liberado nos próximos dias.
Em nota, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande, que administra a UPA Quietude, informou ao G1
que o atendimento transcorreu normalmente dentro dos padrão e
diretrizes determinados pelos órgãos de Saúde. A Sesap explica ainda que
está analisando o caso e, se constatada alguma irregularidade nos
procedimentos desenvolvidos, a pasta tomará as devidas providências.
Pais disseram que Gabrielly era uma menina alegre e gostava de brincar — Foto: Reprodução/Facebook |
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