No momento da prisão, um paciente tinha acabado de sair do consultório do impostor com pedido de exames assinados por um médico
terça-feira, 31 de agosto de 2021
Polícia prende falso médico em posto de saúde de São João de Meriti
Caso Rosemar: família reitera pedido de afastamento de médica e cobra explicações de hospital em Carazinho
No início desta semana a família de Rosemar Leal da Silva, voltou a encaminhar ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS), a denúncia que pede o afastamento da médica responsável pelo caso, bem como a sua suspensão do exercício profissional, junto da Sindicância 086/2021.
A denúncia já havia sido feita tanto ao conselho, quanto ao departamento de ouvidoria do Hospital de Caridade de Carazinho (HCC) em janeiro, no início da instauração do inquérito policial. Nas últimas semanas, o inquérito policial instaurado na Delegacia de Polícia de Carazinho teve andamento, com a realização de diversas oitivas de testemunhas do caso.
A advogada da família, Dra. Juliani Pinzon Pontes explica que neste momento, ainda se está na fase de oitivas de testemunhas dos fatos ocorridos durante todo o período de internação da paciente no Hospital de Caridade de Carazinho (HCC), para somente ao final ser ouvida a equipe médica que atendeu a Senhora Rosemar naquele período, na condição de interrogados. “A cada novo depoimento, mais detalhes vêm à tona, sobre a maneira desleixada e desumana com a qual a paciente fora tratada pela equipe médica que a atendeu, o que nos traz um imenso sentimento de indignação. Rosemar não apenas acabou falecendo, como isso ocorreu após horas, dias de sofrimento intenso. Algo que poderia ter sido evitado, caso as queixas da paciente tivessem sido validadas e avaliadas de maneira minimamente satisfatória pelos profissionais. Aguardamos a conclusão do inquérito e esperamos o indiciamento dos envolvidos.” diz Juliani.
O filho da vítima, Mateus Leal destaca a indignação da família com relação a forma de tratamento do Hospital de Caridade de Carazinho (HCC), e do próprio conselho. “Com o avanço das investigações na Delegacia de Polícia é inaceitável acreditar que a doutora ainda continue clinicando. Mais inadmissível ainda é ver a conduta adotada pelo Hospital de Caridade de Carazinho (HCC), que desde o início se omitiu, acredito que na esperança de que o caso fosse esquecido e não levado à diante. Em nenhum dos contatos feitos à direção do HCC, nossa equipe de advogadas foi bem respondida e esclarecida, pelo contrário com respostas curtas e vazias o hospital nunca se posicionou e mostrou que estava analisando a situação com seriedade, o que se espera de uma entidade que trabalha em prol da vida. É difícil de acreditar que mesmo com toda a situação, a direção do hospital, se quer afastou a médica para investigar devidamente o caso. Infelizmente o sentimento que carregamos hoje em nossa família é que o hospital é tão culpado quanto a médica por tirar nossa mãe de nosso convívio tão precocemente” desabafa.
Sobre a atuação da médica, Leal diz que é inaceitável que novas famílias voltem a se machucar e por isso defende que a médica seja devidamente afastada de suas funções. “A forma debochada, desumana, imperita, negligente, imprudente pela qual a médica tratou minha mãe e nossa família, não pode e não deve voltar acontecer com outras famílias. Não podemos deixar que brinquem com medicina e machuquem pessoas e famílias, assim como fizeram com nós. Por isso, voltamos a reiterar que a médica responsável seja devidamente afastada até que todas as questões sejam esclarecidas, isso que se espera de instituições sérias e com compromisso com a verdade e a vida das pessoas” finaliza Mateus.
Nas redes sociais, a hashtag #justiçaporrose segue movimentando, sendo meio empregado pela família e amigos para que o caso não caia de forma alguma no esquecimento. A cada publicação, inúmeros são os comentários de pessoas da família, amigas de Rose, ou até mesmo desconhecidas que clamam por respostas e principalmente por justiça, para que casos como este não continuem acontecendo.
segunda-feira, 30 de agosto de 2021
Plano de saúde deve indenizar mãe por erro médico no pré-natal
Cabe à operadora de plano de saúde a fiscalização da qualidade dos serviços fornecidos pela rede credenciada, de modo que tem responsabilidade solidária por eventuais defeitos na prestação, podendo ser também ser demandada pelo consumidor.
O entendimento é da 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo ao condenar uma operadora de plano de saúde a indenizar uma paciente por erro médico no acompanhamento pré-natal. A indenização por danos morais foi fixada em R$ 20 mil.
Segundo os autos, a autora fez o acompanhamento pré-natal na própria clínica do plano de saúde. Foram feitas, ao todo, nove consultas, em que se constatou a saúde do feto. Entretanto, após o nascimento, a mulher foi informada de que seu filho apresentava crescimento anormal.
O laudo pericial apontou uma série de erros no pré-natal, indicando que o médico obstetra não observou e correlacionou os dados clínicos com os do ultrassom, nem houve um diagnóstico que levasse a uma investigação complementar do quadro. Assim, a mãe entrou com a ação, que foi julgada improcedente em primeiro grau.
Ao dar provimento ao recurso da autora para reformar a sentença, a relatora, desembargadora Maria de Lourdes Lopez Gil, afirmou que a falha no serviço prestado pela rede credenciada da ré foi comprovada pelo laudo pericial, que deixou claro os erros do médico e dos técnicos do ultrassom que atenderam a gestante no pré-natal.
“Vale ainda destacar a ausência de conservação do prontuário médico. Portanto, demonstrado o nexo causal e o dano perpetrado à autora, exsurge o dever de indenizá-la, pois experimentou mais do que dissabores sendo surpreendida com a má formação de seu filho, apenas no momento de seu nascimento”, afirmou.
A magistrada citou precedentes do Superior Tribunal de Justiça de que há responsabilidade solidária da operadora de plano de saúde pela reparação dos prejuízos sofridos pelo consumidor decorrentes da má prestação dos serviços, como ocorreu no caso em questão. A decisão foi por unanimidade.
Médico só responde por erro se houver prova de culpa
FAMÍLIA ALEGA NEGLIGÊNCIA MÉDICA EM CASO DE MORTE DE BEBÊ PREMATURO EM PALMAS
A família ainda afirma ter tido dificuldades para enterrar a criança
domingo, 29 de agosto de 2021
Família denuncia maus-tratos em hospital de Diadema
Familiares do paciente Luis Fernando Batista, 51 anos, internado no Hospital Municipal de Diadema, denunciam possíveis maus-tratos que o homem estaria sofrendo dentro do equipamento de saúde.
Internado inicialmente para tratar da Covid, Batista está há quase 90 dias dentro do hospital. O homem se curou da doença, mas, por ficar muito tempo deitado na cama do equipamento, contraiu escaras – espécie de ferida em áreas do corpo –, sendo que uma delas acabou infeccionando.
Foi neste momento que o martírio de Batista e de sua família teve início. Parentes do paciente relatam que o homem reclama de que é esquecido dentro do quarto e de que as enfermeiras, por exemplo, não aparecem nem para dar banho nele.
Em um dos episódios relatados por integrantes da equipe médica aos familiares, um dos médicos que cuidava de Batista administrou remédios que não serviriam para tratar dos problemas apresentados pelo homem, que naquele momento estava convalescendo da Covid e também das feridas.
Os familiares chegaram a obter duas liminares para que Batista fosse transferido para outro hospital. A primeira decisão saiu dia 19 de agosto e foi acolhida pela Vara da Fazenda Pública de Diadema. “Defiro a liminar determinando que o impetrado providencie a transferência e a internação do impetrante em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de serviço especializado em cirurgia plástica”, diz o documento. Caso houvesse descumprimento, o Executivo teria que pagar multa de R$ 1.000 por dia.
Com a decisão, Batista foi encaminhado ao Hospital São Paulo, sob gerência da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), mas ao chegar lá e, depois de avaliação médica, o paciente foi reencaminhado ao Hospital Municipal de Diadema para seguir o tratamento clínico. A segunda decisão da Justiça saiu dia 25 de agosto e também foi acolhida pela Vara da Fazenda Pública de Diadema, mas seu nome foi incluído na lista da Cross, sistema gerido pelo governo do Estado, na espera de leito em outro hospital.
“Estamos aflitos, preocupados e tensos com a situação. Qualquer negligência pode custar uma vida”, declarou o filho de Batista, o promotor Luis Fernando Batista Junior, 24 anos. A Prefeitura de Diadema disse que a denúncia de maus-tratos não procede. “A Secretaria de Saúde informa que a liminar deferida pelo juízo foi cumprida no dia 21 de agosto, entretanto, o hospital receptor avaliou que não havia indicação cirúrgica, no momento, por especialidade de cirurgia plástica”, alegou a administração.
O Hospital São Paulo disse, em nota, que Batista “foi avaliado pela equipe de cirurgia plástica, realizado desbridamento (remoção de crostas) e orientado tratamento clínico e curativos. Não havia como realizar procedimentos cirúrgicos de fechamento ou enxerto de imediato, de modo que uma nova avaliação foi recomendada para o procedimento após o tratamento”.
Médico apontado como líder de esquema de desvio de verba da Saúde é condenado a 104 anos de prisão
Cleudson Garcia Montali foi preso durante a Operação Raio X, deflagrada em setembro do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Civil. Além da pena de 104 anos em regime fechado, Cleudson terá de pagar R$ 947 mil aos cofres da Prefeitura de Penápolis (SP).
Líder
Dois anos de investigação
sábado, 28 de agosto de 2021
VÍDEO: Com caixão em carro, filho protesta morte da mãe por negligência médica
Um protesto realizado por dois carros e um "caixão fake" chamou atenção de quem passava pela Avenida Afonso Pena na tarde desta sexta-feira (27), em Campo Grande.
Quem participava do ato era Evandro de Souza Oliveira, de 48 anos, e seus dois filhos. O auxiliar de enfermagem aposentado protestava a morte da mãe, Maria do Carmo de Souza, de 71 anos.
Segundo ele, a idosa morreu na UPA Leblon, em 9 de julho 2020, por negligência médica. Evandro relatou que dona Maria deu entrada na unidade às 8 horas e 20 minutos da manhã.
A mãe chegou passando mal e, por volta das 15 horas, morreu. "Ela ficou sete horas em uma maca, foi direto para a emergência, agonizando de dor, sem ar, sem oxigênio, roxa", lembra Evandro.
"Nem tiraram o chinelo do pé da minha mãe. Eu rasguei meu diploma e cancelei minha inscrição no Coren (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul)", declara.
Desde então, há um ano e três meses, o filho está em busca de justiça pelo falecimento da mãe. Ainda de acordo com ele, o médico que atendeu Dona Maria continua trabalhando no local.
Evandro ainda lembra que no dia, a regulação do sitema de saúde solicitou o envio do exame de sangue e eletrocardiograma da paciente, para uma avaliação mais profunda e possível transferência, mas que só foi respondida depois do falecimento da vítima.
O auxiliar de enfermagem aposentado alega que a Prefeitura apenas advertiu o profissional e o afastou do trabalho. Essas informações, conforme Evandro, saíram no Diário Oficial.
Levando o caso a público, Evandro diz que foi acusado de calúnia pelo médico, sendo que o advogado do mesmo ainda solicitou R$ 40 mil de indenização.
"Esse protesto é para pedir posição do CRM (Conselho Regional de Medicina) e da justiça, que não se manifestou", explica Evandro.
Após passar por 2 hospitais, bebê de 10 meses morre na Zona da Mata de Pernambuco; família denuncia negligência
A pequena Alana Cecília dos Santos da Silva morreu no domingo, após passar mal na sexta
sexta-feira, 27 de agosto de 2021
Polícia aponta negligência e indicia pai e médico de UBS por morte de menina de 2 anos em Macapá