Paciente afirmou que esteve na UPA da Imbiribeira, na Policlínica de Afogados e no Posto de Saúde da Ilha de Deus, mas nenhum profissional de saúde diagnosticou o problema
Margarete Correia está há 20 dias tentando tratar um ferimento no pé |
Uma moradora do bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, está há 20 dias em busca de atendimento médico para tratar um ferimento no pé que a impede de andar. Margarete Correia, de 51 anos, afirmou que esteve na UPA da Imbiribeira, na Policlínica de Afogados e no Posto de Saúde da Ilha de Deus, todos na Zona Sul da capital, mas nenhum profissional de saúde diagnosticou o problema nem recomendou um tratamento.
"Fui ao posto de saúde da Ilha de Deus antes do Natal, e a enfermeira disse que não ia mexer porque estava inflamado, mas não informou o que era. Na UPA, fui no último sábado e nem passei por médico ou enfermeira, foi um pré-atendimento e uma assistente social me disse para procurar o ambulatório da policlínica", contou.
Nesta quarta (2), Margarete esteve no ambulatório da Policlínica de Afogados e, segundo ela, não tinha enfermeiro para atender. Na emergência, nenhuma das três enfermeiras que estavam lá disseram saber resolver o caso, ainda de acordo com a paciente. "Sinto muita dor, está feito uma verruga no meu pé, não consigo pisar. Estou me automedicando porque procuro quem entende de saúde e não sabem me dizer o que é. Não sei mais o que tomar pra passar a dor", lamentou.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclareceu que os pacientes que chegam às UPAs passam por uma triagem de classificação de risco, e que "situações de alto risco são encaminhadas aos médicos de imediato". "Já os casos ambulatoriais, que não são caracterizados como urgência e emergência, devem ser atendidos pelos serviços de atenção primária, de responsabilidade dos municípios, oferecido pelos postos de saúde, ambulatórios, policlínicas e programas de saúde da família", informou a secretaria.
Já a Secretaria de Saúde do Recife informou, por meio da assessoria de imprensa, que ela deve procurar o posto de saúde mais próximo à casa dela para pegar encaminhamento para um especialista. Ainda segundo a secretaria, a gerência do Distrito 6, onde a paciente reside, já entrou em contato com ela para orientá-la.
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