domingo, 6 de janeiro de 2019

Enfermeiros registram boletim de ocorrência após hospital ficar sem médicos

Paciente que estava internado no Hospital Regional de Porto Nacional disse que uma placa avisava sobre a falta de médicos. Delegada encaminhou a denúncia ao Ministério Público.



Informação de que não havia médicos na unidade

Enfermeiros do Hospital Regional de Porto Nacional registraram boletim de ocorrência por falta de médicos na unidade.

As denúncias foram feitas nessa quarta-feira (2). As informações foram confirmadas pela delegada plantonista Danyelle Toigo.

Segundo a Polícia Civil, os profissionais disseram que a unidade estava com apenas um médico e que ele atendia somente pacientes em situações graves.

Ainda de acordo com a polícia, o hospital teria ficado sem os profissionais após as exonerações de funcionários anunciadas pelo governo Mauro Carlesse.

A delegada informou ainda que após as denuncias, foi até à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e ao hospital público infantil Tia Dedé.

"Os médicos que estavam atendendo nessas unidades não eram suficientes para a quantidade de paciente".

A polícia informou que encaminhou as denúncias ao Ministério Público e irá acompanhar o caso.

Edmar Furtado disse que nessa quarta-feira (2) acompanhava o pai que estava internado na unidade e por volta de meia noite todos foram informados de que não havia mais médicos.

"Os enfermeiros saíram informando que não tinha mais médicos. Saí de lá hoje e continuava do mesmo jeito e não deram nenhum prazo", disse.

Ele disse que um aviso com a frase 'estamos sem médicos' foi fixada na unidade. Na parte da tarde, o aviso tinha sido retirado do local.

Parte dos pacientes foi para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade, que registrou movimento acima do normal durante todo o dia.

O Ministério Público Estadual disse que requisitou informações ao secretário estadual de saúde sobre a situação das unidades hospitalares em Porto Nacional, a fim de tomar as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Também foi feita uma recomendação para que o atendimento no Hospital Regional e na Maternidade Tia Dedé seja regularizada em 24 horas.

 O que diz o governo


A Secretaria de Estado da Saúde disse que os serviços essenciais não serão prejudicados com as reduções de servidores.

Disse ainda que o redimensionamento se faz necessário para o enquadramento do Estado na legislação de responsabilidade fiscal, que vinha sendo descumprida.

Em nota, o governo disse que está trabalhando para que nas próximas horas todos os contratos necessários para a manutenção dos serviços essenciais sejam regularizados e que os atendimentos na saúde são realizados em rede, sendo disponibilizados atendimentos médicos de média e baixa complexidade nos municípios do Estado, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Os atendimentos hospitalares são realizados apenas para casos mais graves e complexos.






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