sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Pai denuncia descaso na saúde de Itabela após filha morrer 72h após o parto.



Ele acusa o chefe do sistema de marcação de exames do município de Itabela de ter sido  irresponsável na regulação da vaga indisponível para a consulta da paciente que tinha um pedido de urgência.O pai  critica ainda, o fato do chefe da regulação ter  entregue  um pedaço de papel agendando a cesariana da esposa para dia 27 de dezembro no Hospital de Itabela, quando o médico já estaria de recesso.

Carleon  contou a reportagem que sua esposa Geovania de Araújo Santos, 19 anos, gravida de gêmeos, passou a ter uma gravidez de risco devido à falta de espaço para os bebes. O fato foi constatado pelo médico Dr. Orlando, que realizou a última Ultrassom na paciente no dia 13 de dezembro de 2018.

Após a ultrassom, a dona de casa Geovania de Araújo Santos, teria  necessidade com urgência de passar por um profissional obstetra. O casal procurou a policlínica municipal de Itabela no dia 13 de dezembro e relata não ter sido atendidos pelo médico obstetra, Dr Mário, pelo fato de o chefe da unidade do sistema de marcação de exames Sr. Gutemberg Pellegrini Nascimento, alegar que não teria vaga disponível e remarcou para dia 20 de dezembro.  



O pai de uma bebê  recém-nascida e que morreu 72horas após o parto Carleon Silva Soares, denuncia descaso na saúde pública de Itabela. Ele alega que a morte de uma das duas crianças que a esposa estava esperando, no ultimo dia 27 de dezembro, foi  ocasionada por descaso por parte da saúde pública.

No dia 20 de dezembro a gestante Geovania de Araújo retornou a policlínica para ser atendida pelo obstetra, porem, o médico não estava atendendo  naquele dia. Segundo  informações, o médico já estaria de recesso.

Segundo Carleon, neste mesmo dia o chefe de marcação Gutemberg Pellegrini entregou um pedaço de papel de oficio com  anotações escritas de caneta dizendo que a cesariana para a retirada dos bebês estaria  agendada  para dia 27 de dezembro de 2018, no Hospital Frei Ricardo, em Itabela. 

Na data  de 27 de dezembro  a gestante entrou em trabalho de parto em casa e foi levada para o Hospital Frei Ricardo.  Chegando naquela unidade de saúde por volta das 8h, a  funcionaria da recepção informou que não havia cirurgia marcada para aquela referida data, pois o médico cirurgião estava de recesso.   

A equipe do hospital tentou regular a paciente para os hospitais de Porto Seguro e Eunápolis, por  tratar-se de uma gestação de alto risco. As solicitações não obteve  respostas.

Diante da demora a gestante evoluiu para o trabalho de parto normal, onde foi atendida pelo médico Dr. Camilo que só consegui expulsar  um feto e o outro ficou retido.A gestante começou a apresentar sangramento intenso  e a mesma precisava ser transferida com urgência para o Hospital Regional de Eunápolis ou Hospital de Base, em Porto Seguro.

Foi solicitado o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192, porém, quando a equipe chegou não quiseram levar a gestante até Eunápolis alegando não ter suporte suficiente caso houvesse a necessidade do parto, algum tempo depois resolveram levar a mesma que chegando a Eunápolis aguardou na emergência por mais de uma hora  para ser avaliada pelo obstetra de plantão,Dr Alexander Negreti Reis. O que agravou e muito, o estado de saúde da recém-nascida e da mãe.

Após a demora a paciente foi avaliada  pelo médico que decidiu por realizar o parto normal da segunda gemelar. Não obtendo êxito a paciente foi submetia a uma cirurgia de cesariana para retirada da criança que veio a óbito três  dias depois. Durante este período a criança  permaneceu em uma UTI Neonatal, para procedimento de drenagem do sangue no cérebro, más não resitiu e veio a óbito.

O pai da criança Carleon Silva Soares conta com tristeza que foram muitas tentativas para realizar o parto, e que a mãe  sofreu muito com a demora nos atendimentos, dois partos em locais deferentes, com intervalos de três horas entre um e outro, “o atendimento não foi adequado, não foi humanizado, porque a equipe, de alguma forma, não acolheu o que estava descritos nos exames", destacou.

Já com relação à morte da filha  ele acredita que houve negligencia por parte do chefe de regulação da policlínica municipal e também por parte  de alguns profissionais da saúde dos hospitais de Itabela e de Eunápolis. “Tivemos  vários fatores de risco que envolveram essa situação desse desfecho negativo. Disse Carleon Silva Soares

"Não tenho dúvidas  que se fosse tudo feito de acordo como estava programado nada disso teria acontecido. Eu quero que seja  apurada a conduta de todos os envolvidos neste episódio que resultou com a morte da minha filha” concluiu.  

A redação do Giro de Noticias  tentou manter contado com o médico da unidade e não foi encontrado, a direção também não estava no hospital nesta segunda-feira (31/12) para comentar os fatos. A direção do Hospital de Eunápolis também não foi encontrada para que pudesse esclarecer sobre o caso.

Já com relação à mãe, Carleon disse que a esposa está muito traumatizada, sentido forte dores." Está debilitada, tendo insônia e chorando muito, ela precisa de acompanhamento de uma psicóloga", Finalizou.

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