Fabiana Bezerra, de 35 anos, deu entrada na clínica na segunda-feira (4) para fazer lipoaspiração e abdominoplastia.
Fabiana Bezerra deu entrada na clínica na segunda-feira (4) para fazer uma lipoaspiração |
Uma mulher sofreu parada cardíaca e morreu horas depois de se submeter a cirurgia estética em uma clínica da Asa Sul.
Segundo o boletim de ocorrência, Fabiana Bezerra, de 35 anos, deu entrada na clínica na segunda-feira (4) para fazer uma lipoaspiração e abdominoplastia, procedimento para retirar o excesso de pele e gordura na região abdominal, e morreu às 23h30 do mesmo dia. A ocorrência foi registrada na terça-feira (5).
O dono do hospital contou à polícia que "após o procedimento e a realização de curativos, a paciente foi encaminhada para a sala de recuperação. Mas depois de algum tempo, apresentou sinais de parada cardíaca.
Uma amiga que acompanhou Fabiana no hospital, contou uma versão diferente da prestada pelo dono: afirmou para a Polícia que viu enfermeiras fazendo massagem cardíaca e que a UTI móvel só chegou ao local quase meia hora depois da parada cardíaca.
O advogado que representa o hospital disse que o espaço é cedido para que os cirurgiões plásticos atendam seus próprios pacientes. E que a estrutura está de acordo com as normas técnicas para procedimentos como lipoaspiração.
Acompanhamento
O médico Eric Yin, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica desde 2012, foi o responsável pela cirurgia plástica. Por mensagem, o médico afirmou que seguiu todo o protocolo de segurança do pré ao pós-operatório, que tentou reverter o quadro durante 1 hora e que a UTI móvel chegou 25 minutos depois. Mas a paciente já estava sob protocolo de ressuscitação pela equipe de médicos e enfermeiros.
Ele informou que no momento da parada ela estava sendo cuidada pelo anestesista e o plantonista, e que a cirurgia já havia terminado. “Em nenhum momento [a paciente] ficou desassistida”.
A licença sanitária do hospital, apresentada pela defesa, está dentro da validade e mostra que o local mantém convênio com uma equipe de Uti Móvel e um hospital de apoio.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o estabelecimento recebe inspeções de rotina da Vigilância Sanitária, sendo a última realizada em outubro do ano passado. "O local é licenciado para cirurgia plástica tipo III e cirurgia ambulatorial, que são atividades médico-ambulatoriais, com recursos para realização de procedimentos cirúrgicos, e clínica com realização de procedimentos cirúrgicos em ambiente não hospitalar."
A Administração do Plano Piloto informou que o estabelecimento tem licença para funcionamento e que o local tem alvará de funcionamento válido.
Em nota, a Uti Vida disse ainda não foi notificada e afirma que levou apenas menos de 17 minutos entre o momento em que foi acionada, na Epia Norte, até a chegada à Asa Sul onde a paciente estava.
O caso está sendo investigado pela Delegacia da Asa Sul. A polícia vai analisar também as câmeras de segurança para saber como foi o atendimento à paciente.
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