Ela contou que foi atendida por Adriano Antônio da Silva Pedrosa quando tinha 13 anos, em 2014, no Hospital Universitário.
Mais uma jovem diz ter sido abusada pelo médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa g1.globo.com/al/alagoas/altv-2edicao/videos/v/mais-uma-jovem-diz-ter-sido-abusada-pelo-medico-adriano-antonio-da-silva-pedrosa/7510915/ |
Aumentou o número de denúncias contra o médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa, que está preso acusado de violentar de pacientes durante atendimento em Passo do Camaragibe. Uma jovem de 18 anos disse, em entrevista ao AL TV 2ª edição desta quarta-feira (3), que também foi abusada pelo médico quando tinha 13 anos durante uma consulta no Hospital Universitário, na Cidade Universitária, em Maceió. Ela contou que a consulta foi realizada em 2014, mas só teve coragem de denunciar após as denúncias das outras mulheres.
A jovem, que não quis se identificar, contou que na época do abuso, o médico pediu para que a mãe dela saísse da sala de atendimento. Ela disse que a violência começou assim que a mãe deixou a sala.
"Quando a minha mãe saiu, ele foi para a mesa, colocou a luva, colocou um tipo de gel e pediu para eu deitar. Quando eu deitei, o meu vestido tinha uns botões, ele desabotoou o meu vestido e começou a apalpar os meus seios, pegar, acariciar. Depois pediu para eu colocar a perna na maca e tirou a minha calcinha. Ele não mandou eu tirar a calcinha. Ele tirou. Ele pegou um pano, botou nas minhas pernas e começou a passar a mão e tocar. Ele começou a fazer sexo oral, colocar lá e começou a doer e me incomodar muito, porque estava doendo muito", disse a jovem.
A jovem resolveu denunciar o médico depois de cinco anos do abuso depois que viu a reportagem na TV Gazeta sobre a prisão do médico na semana passada. Ela ainda guarda a ficha de atendimento do Hospital Universitário com o nome do médico, o carimbo e a assinatura dele.
"Que ele seja preso, que ele pague por tudo o que ele fez, porque o que eu não tive coragem de fazer na época, essas pessoas que denunciaram ele fizeram. E vendo a reportagem é que eu tive mais coragem de fazer, depois de muito tempo", contou a jovem.
Ela disse que pretende procurar o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) para também denunciar o médico, assim como as outras mulheres, que contaram que foram vítimas de Adriano Antônio da Silva Pedrosa, fizeram.
O médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa pertence ao quadro de professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e também faz parte do programa Mais Médicos em Alagoas. A Ufal disse que solicitou a substituição dele no programa e que só vai ser pronunciar sobre o caso quando for notificada oficialmente.
A assessoria de comunicação do Hospital Universitário não confirmou para a reportagem da TV Gazeta se o médico atendia no hospital no ano de 2014, que é a data que a jovem diz ter sido atendida por ele.
Segundo o Ministério Público, pelo menos três mulheres de Passo do Camaragibe denunciaram que foram violentadas pelo médico no posto de saúde do povoado Marceneiro em 2014, 2018 e 2019. A prisão preventiva do médico foi decretada depois que a promotoria ajuizou a acusação contra ele.
Ainda de acordo com o Ministério Público, o médico já responde pelo mesmo crime, que aconteceu em 2 de julho de 2015.
A advogada do médico Adriano Antônio, Sandra Gomes, falou que vai entrar com pedido de habeas corpus.
"O doutor Adriano em momento algum foi ouvido. Não houve inquérito policial. Em razão disso ele não foi ouvido. Então ele está há cinco dias detido sem sequer ter sido ouvido por autoridade policial ou judicial. E é em razão disso que a gente está trabalhando com ênfase no habeas corpus", disse a advogada Sandra Gomes.
O caso de Passo de Camaragibe também está sendo investigado pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), que informou que ouviu uma vítima e aguarda os depoimentos das outras. Não há prazo para que a sindicância interna seja concluída. Se for considerado culpado, o médico pode ter desde a suspensão do registro profissional até a cassação do diploma de médico.
Jovem contou que foi vítima do médico Adriano Antônio durante consulta no HU em Alagoas em 2014 |
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