Cassia Buarque tem 23
anos, é casada e mãe de Alice, de 3 anos. O noticiário recente, como o
caso da mãe que passou 11h no hospital com o filho, esperando por
internação em Goiânia, mexeu com ela. Cassia teve uma história bem
parecida em Alagoas, onde vive, quando a filha tinha 9 meses. A dela,
felizmente, teve um final menos trágico.
Atualmente desempregada, a operadora de call center conta a noite de
pesadelo que viveu na emergência do Hospital Geral do Estado (HGE), em
Maceió, em 2017. Lá, ela passou 20h com a menina febril, com uma
infecção grave, esperando posicionamento dos médicos.... - Veja mais em
https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2019/04/08/passei-20h-no-chao-do-hospital-com-minha-filha-desfalecendo-no-colo.htm?cmpid=copiaecola
Cassia Buarque tem 23
anos, é casada e mãe de Alice, de 3 anos. O noticiário recente, como o
caso da mãe que passou 11h no hospital com o filho, esperando por
internação em Goiânia, mexeu com ela. Cassia teve uma história bem
parecida em Alagoas, onde vive, quando a filha tinha 9 meses. A dela,
felizmente, teve um final menos trágico.
Atualmente desempregada, a operadora de call center conta a noite de
pesadelo que viveu na emergência do Hospital Geral do Estado (HGE), em
Maceió, em 2017. Lá, ela passou 20h com a menina febril, com uma
infecção grave, esperando posicionamento dos médicos.... - Veja mais em
https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2019/04/08/passei-20h-no-chao-do-hospital-com-minha-filha-desfalecendo-no-colo.htm?cmpid=copiaecola
Cassia Buarque tem 23
anos, é casada e mãe de Alice, de 3 anos. O noticiário recente, como o
caso da mãe que passou 11h no hospital com o filho, esperando por
internação em Goiânia, mexeu com ela. Cassia teve uma história bem
parecida em Alagoas, onde vive, quando a filha tinha 9 meses. A dela,
felizmente, teve um final menos trágico.
Atualmente desempregada, a operadora de call center conta a noite de
pesadelo que viveu na emergência do Hospital Geral do Estado (HGE), em
Maceió, em 2017. Lá, ela passou 20h com a menina febril, com uma
infecção grave, esperando posicionamento dos médicos.... - Veja mais em
https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2019/04/08/passei-20h-no-chao-do-hospital-com-minha-filha-desfalecendo-no-colo.htm?cmpid
O Sistema Único de Saúde recebe críticas de todos os lados, mas foi a maior revolução da história da medicina brasileira
Depois de onze horas numa cadeira na sala de espera do hospital, o
menino de 5 anos morreu. Os telejornais mostraram o desespero da mãe e
as imagens de outras crianças na mesma situação.
O Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, é o único da região
preparado para atender gestantes de alto risco e bebês prematuros.
Recebe pacientes da capital, das cidades vizinhas, de outros estados do
centro-oeste e até do norte do país.
A mãe e o menino haviam procurado um centro de saúde. Lá, ele recebeu
tratamento e voltou para casa. Quando piorou, ela achou melhor levá-lo
ao HMI, onde foi avaliado, recebeu medicamentos e aguardou vaga para
internação, ao lado da mãe na sala de espera.
Em entrevista, a diretora do hospital, doutora Rita de Cassia Leal,
disse que a superlotação a obrigava a atender as crianças naquelas
acomodações improvisadas. Preferia assim, do que recusar a admissão e
deixar os pais baterem cabeça à procura de atendimento pela cidade.
A justificativa é de uma médica que entendeu a razão de existir de
nossa profissão: aliviar o sofrimento humano. Quantos profissionais
anônimos, com esse nível de espírito público, estão espalhados pelo
país, cuidando de pessoas doentes em condições precárias.
"Sabe quantos ministros da Saúde nós tivemos nos últimos dez anos? Doze. Média de permanência no cargo: 10 meses."
Cerca de 80% a 90% dos problemas de saúde podem ser resolvidos em
consultas ambulatoriais nas Unidades Básicas. Quando a atenção primária
não funciona, as pessoas correm para o pronto atendimento nos hospitais
públicos. Os resultados são as imagens da TV: fila nas portas, salas de
espera lotadas, gente sentada no chão. Aí, todos dizem que o SUS é uma
vergonha. Ele apanha de todos os lados, é a Geni da música do Chico
Buarque.
Poucos reconhecem que a criação do SUS foi a maior revolução da
história da medicina brasileira. O que seria dos mais pobres, se ele não
existisse?
Nos 30 anos de vida, o Sistema Único de Saúde se transformou no maior
programa de distribuição de renda, do país. Comparado com ele o Bolsa
Família, é tímido.
Além de recursos financeiros insuficientes, ao SUS falta
gerenciamento. O Brasil não tem uma política pública de saúde digna
desse nome.
Sabe quantos ministros da Saúde nós tivemos nos últimos dez anos? Doze. Média de permanência no cargo: 10 meses.
Quando muda o ministro da Saúde da Alemanha ou da Inglaterra, saem
com ele meia dúzia de assessores próximos. O corpo técnico é mantido
para que os programas não sofram solução de continuidade. No Brasil, a
cada troca, mudam a equipe inteira, os diretores de hospitais e de
autarquias, programas são cancelados e os técnicos entram em compasso de
espera até entender as novas diretrizes, muitas vezes impostas por
superiores ignorantes, escolhidos por critérios políticos, sem noção dos
desafios da área.
Nos governos estaduais e nas prefeituras, as secretarias da Saúde
convivem com os mesmos desmandos, com a agravante de que as paixões
políticas estão mais próximas do cotidiano da administração.
Como organizar a Saúde Pública no meio dessa confusão?
Drauziovarella
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