O Hospital Santa Rosa está sendo denunciando criminalmente pela morte da
idosa Orcelina Gomes da Silva, de 83 anos. De acordo com relatos de
familiares, a vítima teria morrido por conta de uma série de erros
médicos cometidos durante os 15 dias em que esteve internada na unidade
de saúde.
Em entrevista ao site ,
a neta da idosa, Júlia Milhomem, de 32 anos , explicou que a avó foi
internada no dia 27 de abril após um mal-estar, sendo submetida a uma
avaliação médica.
“Nós fomos atendidos por um
médico-residente, nós informamos que ela tinha alergia a benzetacil que é
a base de penicilina. Fizeram os exames e realmente deu que ela estava
com pneumonia e automaticamente já passaram uma medicação a base de
penicilina mesmo sabendo que ela era alérgica”, disse.
Ela relata que os erros começaram desde o
momento em que a vítima deu entrada no Pronto Atendimento. De acordo
Júlia, a avó passou a tomar o medicamento Clavulin (por 7 dias), que,
conforme a bula, não é recomendado para alérgicos à penicilina.
“Ela foi internada e começou tomar essa
medicação que era a base de penicilina e no outro dia o médico
permaneceu com clavulin e a ela começou a piorar o estado dela”,
complementou.
Ao perceber que o quadro de saúde da
idosa piorar cada vez mais, os familiares pediram que ela fosse atendida
por um pneumologista, mas, segundo os parentes, o hospital ignorou a
solicitação.
“Pedi também para encaminharem ela para a
UTI, porque o estado era muito grave, mas ignoraram. Disseram que ela
só poderia ir para a UTI se não estivesse com sinais vitais”.
A neta lembra que a avó já estava com os
dedos roxos e que na UTI os médicos avaliaram que a idosa tinha poucas
chances de sobreviver.
No quinto dia de internação, Júlia revela que a avó passou a ser medicada também com corticoide.
A medicação teria agravado a situação de
Orcelina. Somente oito dias após a internação, a idosa teria sido
atendida por um médico, que logo a encaminhou com urgência para a UTI.
“Ele examinou a minha avó, coisa que não
havia sido feita por nenhum residente nos dias anteriores. Esse médico
escutou o pulmão e o coração dela, avaliou e disse que o quadro de saúde
dela era gravíssimo”.
Ela completa dizendo que a família não
sabia que a idosa estava sendo medicada de forma errada. “Só descobrimos
quando ela já estava na UTI e uma prima viu o prontuário”, relata.
Durante o período, a idosa teria ainda desenvolvido diabetes e ainda teria sido medicada com glicose.
“Teve uma outra médica que passou e
ainda deu glicose para ela. Será que essa equipe medica não tinha a
consciência de ler o prontuário?”, questiona indignada.
Com o agravo do estado de saúde, a idosa veio a óbito no dia 19 de maio, 15 dias após dar entrada ao hospital. O site teve acesso ao laudo da morte que apontou “diabetes” como uma das causas.
Um boletim de ocorrência foi registrado
contra o hospital por negligência. Na última quarta (5), familiares
denunciaram o caso ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
Por fim, Júlia afirmou ainda que não
pretende acionar a justiça, mas ressalta que pretende criminalizar o
hospital pela ocorrência. “Quantas pessoas vão morrer ainda para ter uma
fiscalização? Nosso intuito é isso, abrir os olhos da população”,
concluiu.
Outro lado
O Hospital Santa Rosa se pronunciou através de nota informando que será realizada uma análise minuciosa sobre o caso.
NOTA
O
Hospital Santa Rosa manifesta seu apoio à família da paciente e informa
que realizará uma análise minuciosa do caso com o intuito de apurar o
ocorrido.
Ademais,
o Hospital Santa Rosa ressalta seu compromisso em atender seus
pacientes com todo o cuidado necessário e sempre buscando prestar
serviços de qualidade e referência.
Confira os laudos da vítima:
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