Caso foi tema de requerimento na Câmara e deve ser apenas mais um na triste estatística
Equipes reduzidas, profissionais inexperientes e sobrecarregados,
falta de organização e descaso. Esses e outros fatores continuam a
produzir casos de flagrantes riscos de morte aos que buscam assistência e
amparo na UPA Central de Santos.
A situação é tão grave que até mesmo vereadores pertencentes ao
partido do prefeito se vêem obrigados a pedir respostas. Um requerimento
do vereador Augusto Duarte (PSDB) – que, sabemos, não servirá para nada
– mostra que uma criança teve seu atendimento marcado por erros que
poderiam ter culminado em desdobramentos mais sérios.
Em resumo por conta de falta de organização não foi colhido resultado
do exame de urina pedido pelo médico. Por que? Porque quando o pai da
criança chegou, no horário estabelecido pela UPA (quatro horas depois de
passar pelo médico), para pegar o papel, ninguém sabia onde estava.
Depois de um reboliço foram descobrir que a amostra nem havia sido
enviada para a análise. Resultado, a médica ficou sem saber os
respectivos indicadores. Já com relação ao exame de sangue, o que foi
dito é que estava normal. Os pais foram tranquilizados e informados que
nada de errado havia. Foram para casa.
Como a criança só piorou, os pais resolveram levá-la na UBS, munidos
do exame de sangue. A nova profissional disse que havia algo de errado
com o resultado. E falou mais: a medicação estava com a dosagem errada, o
que poderia ter trazido sérios riscos.
Veja abaixo o requerimento:
A UPA é administrada pela organização social Fundação do ABC. O
atendimento prestado pela OS foi duramente criticado na última audiência
pública de prestação de contas, realizada no dia 31 de maio. Ainda
assim, o secretário municipal de Saúde, o advogado Fábio Ferraz, disse
que o modelo de gestão compartilhada com OSs é uma maravilha.
Maravilha pra quem? Só se for para os executivos e donos das
organizações, que recebem super salários e lucram alto com a
terceirização e a precarização do SUS.
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