quarta-feira, 30 de junho de 2021

Internauta denuncia suposta negligência médica no PSF do Denisson Amorim, em Marechal Deodoro

 



A jovem Erica Mayara, que é moradora do Loteamento Cidade Imperial, em Marechal Deodoro, procurou a redação do Portal MN na tarde desta terça-feira, dia 16, para denunciar o mal atendimento que supostamente teria ocorrido no PSF do Denisson Amorim.

Segunda a denunciante, que sofre de crises alérgicas, ela teria passado mal com falta de ar e procurado ajuda na UPA Irmã Dulce, no Francês. De lá recebeu um encaminhamento para se dirigir ao PSF do Denisson Amorim, onde não recebeu atendimento.

O caso foi denunciado a prefeitura, conforme o print abaixo, esperando a jovem que a secretaria de saúde investigue a situação ocorrida por suposta negligência médica.


Deixamos o espaço aberto para que a direção do PSF ou a prefeitura de Marechal Deodoro possa se pronunciar, acerca do ocorrido.



Hapvida: denúncias ao MP-Procon apontam mortes por negligência, ameaças a funcionários e outras irregularidades

 


Pacientes morrendo por falta de suporte médico, falta de controle no acesso às UTIs e de isolamento na sala de Raio-X, ameaças a funcionários e irregularidades no setor de fisioterapia e de nutrição do hospital da Hapvida em João Pessoa. Essas são algumas das denúncias contra a instituição que serão investigadas pelo MP-Procon.

O inquérito civil foi aberto nessa segunda-feira (28) e está sendo conduzido pelo promotor Francisco Bergson Gomes Formiga Barros, que é vice-diretor-geral do MP-Procon.

São três as denúncias que norteiam a investigação: a primeira, anônima e feita à Ouvidoria do Ministério Público da Paraíba (MPPB), relata a situação de pacientes morrendo por falta de suporte e outros problemas relacionados à estrutura e ao tratamento dos funcionários.

A segunda foi feita pelo Conselho Regional de Fisioterapia (Crefito), e aponta irregularidades no quantitativo de fisioterapeutas na UTI do Hospital, como a prestação do serviço não ocorrendo por 18h contínuas – o que seria obrigatório. Um paciente teria ficado das 22h às 7h da manhã com a assistência de um fisioterapeuta particular, de acordo com a denúncia do Crefito.

A terceira denúncia foi feita pelo Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região e dá conta de que, nos finais de semana e feriados, só há assistência nutricional acompanhada por um profissional da área pelo período da manhã e relata, no geral, um número deficitário de nutricionistas que não garantiria a cobertura ininterrupta dos profissionais – o que é indicado por Resolução do Conselho Federal de Nutrição.

A Hapvida tem o prazo improrrogável de dez dias para manifestar defesa acerca das denúncias. De acordo com o promotor, existem indícios materiais da “ocorrência de   infrações às normas consumeristas”.

Confira o documento:


terça-feira, 29 de junho de 2021

Médico da Petrobras recomenda ivermectina e azitromicina a funcionários com Covid.

Receita de médico da petroleira contém medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus; Petrobras nega orientação corporativa.


PETROBRAS É QUESTIONADA NO CREMERJ POR RECEITA MÉDICA CONTRA CORONAVÍRUS 

O caso ocorreu em Macaé, no interior do Rio de Janeiro. Em uma receita fornecida pelo serviço médico da estatal na cidade, aparecem listados os remédios azitromicina e ivermectina. A Federação Única dos Petroleiros e o Sindipetro dizem ter recebido outros relatos nesse sentido. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense levou o caso ao Cremerj.

A FUP contabilizou mais de 80 mortes por Covid-19 na Petrobras. Segundo a organização, em apenas 2 meses e 10 dias, mais que dobrou o número de trabalhadores efetivos mortos pela doença na empresa, com 45 óbitos registrados nesta semana iniciada em 14 de junho — a atualização representa alta de 125% em relação às mortes registradas na semana de 5 de abril. Em 4 de janeiro de 2021, a Petrobras registrava apenas 3 falecimentos.

A Federação aponta 7.205 contaminados na Petrobras, 15,5% do quadro de efetivos da companhia (46.416). De acordo com o Painel Dinâmico de Casos de Covid-19 da Agência Nacional de Petróleo, entre março de 2020 e 15 de junho de 2021, pelo menos 5.944 trabalhadores foram infectados, sendo que 4.242 tiveram acesso a plataformas de petróleo.

Apesar dos índices preocupantes, a Petrobras vem descumprindo medidas de redução dos riscos, avalizadas pelo Ministério Público do Trabalho e pela Fundação Oswaldo Cruz. Entre os procedimentos, estão a manutenção de embarque de, no máximo, 14 dias; a garantia de testagem na metade do período do embarque; e a adoção de máscaras de qualidade para todos os trabalhadores.

“Os números crescentes e assustadores de mortos e contaminados refletem o descaso da gestão da empresa com a saúde do trabalhador e a ineficiência da política de prevenção à Covid-19 nas instalações da Petrobras”, diz o coordenador-geral da FUP, Deyv.Bacelar, em nota.

RECEITA MÉDICA PUBLICADA É CITADA EM DENÚNCIA

Petrobras: prescrição é de responsabilidade do médico.

Em nota, a Petrobras afirmou que “não há qualquer orientação corporativa quanto aos medicamentos a serem prescritos em caso de Covid-19, ou qualquer outra doença”. Segundo a estatal, a prescrição de medicamentos para qualquer enfermidade é de escolha e responsabilidade do profissional médico.

A empresa também diz que “empenha os esforços necessários para preservar a segurança e a saúde de todos” que “tem adotado medidas robustas de prevenção à Covid-19”, como fornecimento de diferentes tipos de máscaras, testagem antes de cada embarque.

A companhia declara ainda que “os casos de contágio registrados seguem tendência semelhante às nacionais”.

Família alega negligência médica após idoso piorar e morrer depois de tomar medicamento forte: 'Mataram meu pai'

 

Filho do paciente acredita que hospital só ministrou medicação para que o idoso dormisse e não reclamasse de dores. Caso ocorreu em Praia grande, no litoral paulista.


Filho lamentou a morte do pai, mas acredita que ele ainda estaria vivo caso não tivesse sido 
medicado com Diazepam

Uma família acusa o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, no litoral paulista, de negligência médica, após um idoso internado falecer depois de reagir mal a uma medicação. Segundo o porteiro Robson Santos de Menezes, de 37 anos, filho do paciente, o pai havia apresentado uma melhora antes de receber o remédio, e até funcionários do próprio hospital estranharam a receita médica. A unidade afirma que o idoso recebeu todo o atendimento indicado ao seu quadro.

Carlos Corcino de Menezes, de 65 anos, possuía um problema no coração e fazia hemodiálise, por conta de um problema nos rins. Ele era acompanhado pela Unidade de Saúde da Família (Usafa) do bairro Guilhermina, e fazia hemodiálise três vezes por semana em uma clínica do município.

No dia 18 de junho, ao passar por uma consulta na Usafa, o médico observou sintomas que podiam ser de uma possível infecção nos rins, e orientou ao filho do idoso que o levasse a um hospital para ser internado.

A internação aconteceu no Hospital Irmã Dulce, no mesmo dia. O filho, no entanto, só teve notícias sobre o pai no dia seguinte, quando a médica informou que ele estava tomando dois antibióticos, por realmente estar com uma infecção, mas que estava estável.

Na última segunda-feira (21), Corcino precisava ser levado à clínica de hemodiálise para realizar o procedimento. Porém, segundo o porteiro, a clínica esclareceu a ele que a equipe do hospital não o levou ao local. Eles conseguiram abrir uma nova data na terça-feira (22) e atenderam o paciente, que nos últimos três dias estava melhorando.

“Fiquei contente, porque pensei: logo logo meu pai vai poder voltar para casa comigo, porque vi que ele estava muito melhor na terça-feira, conversando, brincando, respondendo bem”, conta.

Piora


Robson fotografou o estado em que encontrou o pai e outro paciente que, segundo 
ele, estavam 'jogados' em macas

Porém, na quarta-feira (23), ao voltar à clínica para uma nova sessão, o filho e os funcionários se assustaram ao ver que o homem estava muito pior. “Quando ele chegou, não parecia meu pai. Ele estava pior do que quando foi internado”, explica. O rapaz relata que a enfermeira da clínica de hemodiálise olhou o prontuário do paciente, por achar estranha a mudança brusca em seu estado de saúde de um dia para o outro.

Na ficha, ainda segundo o filho do paciente, ela viu que ele estava tomando 'Diazepam', e falou que era um absurdo darem essa medicação para uma pessoa que estava fazendo hemodiálise. O Diazepam é indicado para alívio da ansiedade, tensão e outras queixas associadas com síndrome da ansiedade, além de atuar como coadjuvante no tratamento de problemas neurológicos.

Corcino não teve condições de fazer o procedimento e voltou ao hospital, aguardando avaliação médica das 8h30 às 13h, quando foi atendido. Ao ser questionada pela família, a profissional esclareceu que a medicação não influenciava no quadro do paciente, que já era crítico, porém, Menezes não concordou com a afirmação, já que viu que o pai estava melhorando.

O rapaz ainda apresentou à médica uma carta escrita pela especialista da clínica de hemodiálise, relatando a mudança no quadro do paciente, que havia sido enviada ao hospital, porém, não era de conhecimento da médica de plantão. Ao ler a avaliação, a médica do hospital pediu para que o paciente fosse para a emergência.

Na última sexta-feira (25), o aposentado foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não conseguiu mais realizar a hemodiálise, por conta de seu estado de saúde. Ele chegou a ser intubado, mas teve mais duas paradas cardiorrespiratórias, não resistiu e faleceu na madrugada de domingo (27).

O porteiro explica que o médico que estava na emergência, assim como o que acompanhou o idoso na UTI, estranharam a presença do remédio Diazepam no prontuário do paciente, por se tratar de uma medicação muito forte.

Ele ainda conta que uma enfermeira da unidade explicou que não aplicariam Tramal, outra medicação, no paciente por ser forte. Por isso, ele não imagina por que deram outro remédio tão forte, como o Diazepam.

“Me sinto indignado, porque a gente vai para um hospital para melhorar, e do dia para a noite ele tem uma decadência de saúde dessa forma. É irresponsabilidade e negligência médica total. Quando ele foi mandado para o repouso, eu cheguei e ele estava jogado de qualquer jeito lá. Jogaram ele como um saco de roupa suja, todo bagunçado. Eu que cheguei e ajeitei ele. O descuido que eles têm ali com o paciente é absurdo. Foi tipo: está morrendo, deixa aí que logo logo vai embora”, desabafa.

Denúncia


Diante do ocorrido, a família acredita que o que levou o idoso a piorar e falecer foi o uso do remédio, que não seria necessário, já que o paciente apresentava uma evolução em seu quadro de saúde. Menezes conta que, quando chegou ao hospital na quarta-feira em que o pai piorou, outro paciente que estava no quarto contou a ele que todos no quarto haviam dormido sob efeito de uma medicação forte.

Por isso, ele acredita que o hospital tenha ministrado o remédio apenas para que os pacientes dormissem “sem incomodar”.

“Eu tenho certeza absoluta que foi isso. Quando a enfermeira da clínica viu ele, pegou no meu braço, triste, e falou que dificilmente quem tomava Diazepam no estado dele voltava. Ele não conseguia falar, só gemia de dor. Vou mover uma ação judicial, porque eles mataram meu pai”, alega.

“Eu sei que não vai trazer meu pai de volta, mas tem que denunciar, para que não haja um próximo. O jeito que eles tratam os pacientes não é certo. Não são todos, mas existem maus profissionais ali”, conclui.

G1 entrou em contato com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), gestora do Hospital Irmã Dulce, para obter informações sobre o uso do medicamento e o posicionamento da unidade. Confira a resposta na íntegra:

"A direção do Hospital Municipal Irmã Dulce esclarece que o paciente deu entrada na unidade no dia 18/06, recebendo toda a assistência necessária ao seu caso. Trata-se de um paciente que apresentava um quadro gravíssimo de saúde, com uma série de comorbidades que agravavam sua situação. Durante o período no qual foi atendido na unidade, recebeu todo o atendimento indicado ao seu quadro, porém, infelizmente, não respondeu aos tratamentos ofertados, evoluindo a óbito em 27/06. A equipe do hospital se solidariza com os familiares, permanecendo à sua disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários".





segunda-feira, 28 de junho de 2021

Como jovens médicos estão mudando a forma de entregar saúde em hospital de Ponte Serrada

 

Atitudes simples, quebra de paradigmas e filosofia inovadora começaram a transformar Hospital Santa Luzia há cerca de dois anos


Equipe com paciente recuperado da Covid-19

No Hospital Santa Luzia, em Ponte Serrada, todos os dias começam da mesma forma. Durante 15 minutos, todas as áreas se reúnem para apresentar os desafios das últimas 12 horas e as necessidades para a jornada seguinte, além das informações pertinentes para o dia de trabalho. É um momento voltado para a segurança do paciente e para todos os tipos de melhoria - neste espaço, por exemplo, a faxineira pode chamar a atenção do diretor médico sobre a rotina de limpeza e higienização do hospital.

Chamado de Safety Huddle, esse momento permite que todos tenham lugar de fala e compartilhem aquilo que julgam importante para o bom desempenho de suas funções. Uma ferramenta simples, mas ainda rara em hospitais de Santa Catarina e até do Brasil. Neste hospital de médio porte no interior do estado, isso ocorre porque o Santa Luzia, que desde 2019 é a associação sem fins lucrativos Santo Expedito (atual mantenedora), tem uma filosofia baseada em mudança de cultura e quebra de paradigmas que vem chamando a atenção de outros hospitais da região - a equipe vem sendo convidada a apresentar suas iniciativas em outras cidades de SC, como no infantil Seara do Bem, em Lages.

“Outra atitude ainda pouco comum é a troca de plantão da enfermagem e equipe médica, que aqui acontece ao mesmo tempo, com toda a equipe reunida. Discutimos os casos e esclarecemos dúvidas, o que evita erros de comunicação e, consequentemente, diminui a ocorrência de eventos adversos, popularmente conhecidos como erro médico”, explica o médico e diretor técnico Délcio Castagnaro.

Os números comprovam que essas ações simples resultam em mudanças significativas. Desde que a atual gestão assumiu, em fevereiro de 2019,  houve diminuição de 32% na taxa de transferência para outros hospitais, melhora sensível nos indicadores de média de permanência geral no hospital (diminuição média em cerca de 2,5 dias) e queda da mortalidade em aproximadamente 20%.

“Em dois anos, foi como abrir um hospital novo em uma estrutura já existente. Talvez teria sido mais fácil ter construído uma entidade nova do que ter assumido esse desafio de pegar uma instituição que não tinha a confiança da população e transformá-la. A mudança foi da água para o vinho”, conta Luana Dondé, que começou como enfermeira e hoje é gerente institucional.

Antes de se tornar uma associação e implementar diversas mudanças na cultura e na gestão, o hospital sofria com falta de médicos. Agora com corpo clínico completo, o número de plantões aumentou de 39 para 62 por mês, em média. Já a média de atendimentos na emergência evoluiu de 774 por mês para 1167. A média mensal de admissões na enfermaria (internações) passou de 164 para 218, enquanto o número de colaboradores aumentou de 24 para 47.

Outra mudança importante está relacionada ao fato de que, após três anos, voltaram a nascer crianças no hospital de Ponte Serrada. Apesar de não ter maternidade, o Santa Luzia agora consegue atender partos de emergência sem que seja necessário o transporte da gestante até a cidade de Xanxerê por falta de médicos.

Atuação no combate à Covid-19

Apesar de ser um hospital de médio porte e sem centro cirúrgico, durante a pandemia, atendendo a um pedido do Estado, foram abertos 30 leitos de enfermaria para receber pacientes de toda a região. Hospitais de cidades maiores e com mais estrutura, como Xanxerê e Chapecó, enviam pacientes para tratamento em Ponte Serrada. Mesmo sem ter uma infraestrutura condizente com grandes hospitais, a taxa de mortalidade ficou em menos de 2%. Dos 210 pacientes internados com Covid-19 desde o início da pandemia, quatro faleceram, 20% dos pacientes foram transferidos para outros hospitais e UTI e 164 tiveram alta e voltaram para casa (78%).

“A abertura desses leitos e o fato do hospital auxiliar os demais municípios da região consagra essas mudanças. Ponte Serrada, tradicionalmente, era uma cidade que referenciava os pacientes para outras cidades e possuía um perfil de baixa resolutividade e que agregava de forma limitada à rede hospitalar da região. A possibilidade de outros municípios virem buscar atendimento no município e do hospital desafogar as enfermarias de hospitais maiores, liberando-os para os casos mais complexos,  mexeu com a autoestima não só do hospital, mas do próprio município. Além disso, o feedback dado pelos pacientes e os bons indicadores reforçam essa percepção”, celebra Délcio.

“Nada se transforma tanto como a saúde, acompanhando todos os inúmeros movimentos da sociedade, da economia, da política e do próprio comportamento humano. A medicina precisa caminhar nessa mesma trajetória, para cumprir com sua missão, que também se renova e evolui ininterruptamente”, comenta Ademar José de Oliveira Paes Junior, Presidente da ACM (Associação Catarinense de Medicina).

“O médico é um empreendedor mesmo sem se dar conta, no seu dia a dia, nas decisões que toma na gestão de seu consultório, na clínica, no posto de saúde ou no hospital em que atende. O médico também pode e deve ser inovador, criando e concretizando soluções diante dos imensos desafios que enfrenta na profissão”, complementa.

Para o presidente da ACM, a ação desenvolvida no Hospital Santa Luzia é a tradução desse importante e novo olhar. “Por isso, a Associação Catarinense de Medicina (ACM) parabeniza os colegas pela forma como estão conquistando melhorias na assistência prestada aos pacientes. Certamente a união com o Hacking Health, parceiro de muitos anos da ACM, está ajudando a fazer a diferença”.

Coordenado por jovens médicos recém-formados, hospital tem como desafio atrair profissionais interessados na mesma filosofia

Quando se trata de inovação na saúde, muitas vezes a verdadeira transformação está relacionada à mudança de cultura e ao engajamento da equipe. As ações diárias e processos realizados no Hospital Santa Luzia podem ser simples, mas é preciso esforço de todos os colaboradores para garantir que a atual filosofia do não seja apenas mais um papel colado na parede. Nesse processo, o papel dos gestores é fundamental para motivar e garantir que todos estejam na mesma página.

“Cresci em Ponte Serrada. Depois de me formar na UFSC, retornei com colegas para assumir a parte clínica do hospital. Vim com uma ideia um pouco diferente, mais como experiência de vida do que qualquer outra coisa. Não fui direto para a residência, o que é considerado fora da curva. Quando chegamos, no início de 2019, o hospital não tinha nem médico de dia, e passou a ter. Várias coisas foram acontecendo e melhorando, e no final daquele ano veio a ideia de criar uma associação para assumir a instituição”, relembra Délcio.

O médico ficou em primeiro lugar geral no vestibular da UFSC no ano que passou na universidade. Durante a graduação, o médico Erick Takahashi e outros colegas que o acompanharam até Ponte Serrada tiveram contato com o movimento global Hacking Health, que os ajudaram a perceber que há outros caminhos no exercício da medicina.

Hacking Health é uma fundação canadense sem fins lucrativos que promove a inovação inclusiva, conectando pessoas para resolver problemas de saúde do mundo real. Voluntários em todo o mundo se unem com o objetivo de romper as barreiras à inovação na área de saúde: são pacientes, profissionais de saúde, médicos, tecnólogos, designers, empresários, tomadores de decisão, líderes empresariais, pesquisadores e gestores públicos, que trabalham de forma colaborativa para resolver problemas da linha de frente.

Em 2017, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, a ONG organizou o primeiro Hacking Health SC, evento que selecionou três ideias de tecnologia para solucionar desafios da saúde. Os participantes, entre eles os atuais médicos coordenadores do Santa Luzia, foram desafiados a pensar em soluções a partir dos dados da fila do SUS.

A equipe brasileira da fundação acompanha de perto a situação do Hospital Santa Luzia e comemora os resultados alcançados em tão pouco tempo.

"Nos dias atuais, muito se fala em inovação e transformação em saúde, em saúde 4.0. No Hospital Santa Luzia, mais do que falar de inovação, ela foi aplicada na prática e a tal inovação não foi nada além de fazer o feijão com arroz. Fazer o elementar é sempre o mais desafiador”, diz Ivan Moraes, coordenador nacional do movimento Hacking Health.

“Médico que trabalha em parceria com a enfermagem, área administrativa focada em melhorar as condições de trabalho da área assistencial, entre outros exemplos. A mudança de mindset sugerida pelo Hacking Health para o Hospital Santa Luzia tem resultados que falam por si. Esperamos que este primeiro caso de sucesso seja replicado para outros hospitais", deseja.

Agora, um dos desafios é perpetuar a filosofia aos profissionais da próxima geração. Para isso, começam a ser costuradas parcerias com universidades da região para estágios, campos de pesquisa e outras atividades em conjunto.






Mulher engravida após marido fazer vasectomia e casal acredita em erro médico

 

O homem chegou a terminar o casamento por desconfiar de traição da esposa



Um procedimento de vasectomia que deu errado transformou a vida de um casal e por pouco não acaba com um casamento. Após o nascimento do primeiro filho, Anderson e Adriana decidiram não ter mais filhos e o marido se submeteu a uma vasectomia. Porém, Adriana acabou engravidando novamente. Desconfiado, Anderson chegou a terminar o casamento por desconfiar de uma suposta traição da mulher e só depois ele descobriu que o bebê era mesmo dele. Agora, o casal decidiu processar o médico responsável pelo procedimento. Acompanhe!



domingo, 27 de junho de 2021

Família de Alberto Pazzini pede ajuda para custear cirurgia no olho do ícone do futebol cruzeirense

 


A família de Alberto Pazzini, de 64 anos de idade, está em buscar de arrecadar um valor em dinheiro para custear uma cirurgia nos olhos do idoso. Segundo informou Sr. Alberto, à cerca de dois anos atrás, ele fez uma cirurgia no olho esquerdo, mas por erro médico ficou cego do olho; agora, ele precisa fazer uma cirurgia no olho direito.

Alberto Pazzini que é um ícone do futebol de Cruzeiro do Sul, atuou por mais de 28 anos na área e agora necessita de ajuda para ir até a capital, Rio Branco, para realizar alguns exames e a cirurgia. Contudo, a família não tem dinheiro para custear nem as passagens, nem os exames necessários para a cirurgia; por isso, pedem ajudar de quem puder para que possam prosseguir no tratamento do Sr. Alberto Pazzini, e assim, o idoso possa conseguir fazer a cirurgia.
Os exames são específicos e não são realizados em Cruzeiro do Sul; por isso, é necessário que ele vá até a cidade de Rio Branco para fazer os exames.

Doações podem ser feitas através da Conta Poupança 12.293-9 – Agência 0234-8 Banco Brasil – em nome de Alberto Eduardo C. Pazzini, contato (68) 984181868.


Juruá em Tempo


PACIENTE DENUNCIA ERRO DE MÉDICO DO HOSPITAL MEMORIAL DE PETROLINA

 


Quatro meses após ter feito uma radiografia do tórax com o Dr. Alexandre de Paula Arraes Ramos, CRM 11.306, no Hospital Memorial Petrolina, o senhor Victor Ferreira Fonseca, 25 anos, repetiu o exame e foi surpreendido com o laudo, feito pelo mesmo médico. O diagnóstico foi exatamente o contrário do primeiro exame, invertendo do lado direito para o lado esquerdo as constatações ortopédicas. A chapa do raio-x não tem nenhum erro, tudo leva a crer que o médico, por negligência, fez as observações analisando pelo avesso.

Outro fato que chama atenção no caso são as assinaturas totalmente diferentes nos dois resultados, apesar de constar o carimbo do mesmo médico. O grave erro expôs a sério risco o paciente que, se fosse submetido a uma intervenção cirúrgica, sofreria danos à saúde pela orientação contraditória contida no documento.

O fato motivou uma ação judicial na Comarca de Juazeiro, na audiência de conciliação do dia 17/10 o médico e seu advogado se mantiveram calados. No mesmo dia foi registrado um Boletim de Ocorrência sobre o caso na Delegacia de Petrolina, e a denúncia também foi feita no Conselho Regional de Medicina e na administração do Hospital Memorial no dia 18/10, para que o caso seja devidamente investigado e apurado.


RedeGN


sábado, 26 de junho de 2021

Pai acredita em erro médico diante de incertezas após morte de bebê em Jaraguá do Sul

 Benjamim, de 1 ano e 2 meses, continua no hospital mesmo depois de ter morte cerebral confirmada, segundo o pai

O bebê tinha uma condição que exigia o uso de sonda para alimentação


“Minha família está despedaçada, acabou com a nossa vida”. Ainda sem aceitar a morte do filho, um bebê de apenas 1 ano e 2 meses, um pai de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, acusa um hospital de erro médico. Ele reclama da demora da instituição em liberar a criança, que já teve a morte cerebral constatada por dois médicos.

Pai afirma que houve erro em procedimento médico

Edemar Serenini conta que o filho, Benjamim, nasceu com laringomalácia, uma condição que impedia que a criança se alimentasse normalmente. Por causa disso, o bebê se alimentava apenas por sonda.

No dia 6 de junho, ao acompanhar o filho no procedimento de inserção da sonda no Hospital e Maternidade Jaraguá, Edemar notou que houve um sangramento. A enfermeira, então, levou a criança para fazer um exame de raio-x. Segundo o pai, o médico atestou que a sonda estava bem localizada e Benjamim foi liberado. Porém, Edemar conta que a enfermeira teve que usar força para retirar a guia, o que o deixou preocupado.


Já em casa, a família começou a notar que o bebê estava com dificuldades para respirar e, por isso, levou a criança ao hospital novamente no dia seguinte. “Chegando lá, bateram raio-x e constataram que a sonda perfurou o pulmão e o leite que ele havia consumido se espalhou pelo corpo. Ele foi direto para a UTI, ficou quatro horas em cirurgia e voltou para a Unidade de Terapia Intensiva”, lembra Edemar.

Benjamim ao lado do pai, Edemar

Família também reclama da demora para a liberação do bebê

Mesmo internado na UTI do hospital, o quadro de saúde de Benjamim não melhorou. Segundo Edemar, o filho teve morte cerebral há nove dias, o que já teria sido constatado por dois médicos.

No entanto, o pai afirma que o hospital aguarda o parecer de outro profissional, vindo de Florianópolis, para a realização de mais um laudo. Isso estaria previsto para sábado (26).

“Meu filho entrou bem no hospital para um procedimento simples. Furaram o pulmão, liberaram ele pra casa e hoje meu filho está morto”, desabafa o pai.

Segundo Edemar, houve uma reunião com o diretor do hospital, que disse sentir muito. No entanto, ele não ofereceu mais explicações nem informações sobre a apuração do erro médico ou a demora na liberação do bebê. “Ele está lá, com os olhos tampados, todo amarelinho”.

Pai abriu boletim de ocorrência sobre o caso

Polícia Civil investiga o caso

A família registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Jaraguá do Sul. De acordo com o delegado Caleu Gomes de Mello, da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso), um inquérito foi instaurado e um perito já esteve no hospital para a realização de um laudo preliminar.

Além disso, o hospital já foi oficiado e todas as informações serão apuradas pela polícia.

O que diz o Hospital e Maternidade Jaraguá

A reportagem do ND+ entrou em contato com a assessoria de comunicação do Hospital e Maternidade Jaraguá. No entanto, não houve retorno da instituição até o momento.




Mãe denuncia suposto erro médico na aplicação do medicamento Benzetacil na filha de 12 anos

 



sexta-feira, 25 de junho de 2021

Denúncia aponta homicídio e negligência no Hospital Estadual de Mirandópolis

 


Uma notícia-crime protocolada no Ministério Público contra a AHBB Gestão em Saúde, responsável pelo gerenciamento dos leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid do Hospital Estadual de Mirandópolis, pede a apuração de possíveis crimes de homicídio, lesão corporal grave, negligência, omissão de socorro e até exercício ilegal da profissão de médico que teriam sido cometidos por profissionais que atuam ou atuaram naquela unidade de saúde.

A denúncia, protocolada na quarta-feira (23), anexou gravações de dois ex-funcionários da AHBB que narraram fatos que teriam ocorrido no hospital, e é assinada pelos vereadores Emerson Carvalho de Souza e Magali Maziero Rodrigues, ambos do PSL, e pelo advogado Riberto Veronez, que é autor de outra denúncia protocolada contra o ex-diretor do hospital, o médico Nivaldo Francisco Alves Filho, por acúmulo ilegal de cargos, dentre outras irregularidades.

A reportagem ouviu as duas testemunhas que atuaram no corpo clínico do hospital com o compromisso de manter em sigilo suas identidades. Dentre as denúncias relatadas por elas está a falta de experiência de médicos para fazer intubação em pacientes com Covid-19. “A maioria que é intubada vai a óbito, além de não saberem intubar, os profissionais não têm conhecimento para aplicar sedativos. Sem contar que falta medicação para deixar os pacientes sedados”, afirmaram os ex-funcionários da AHBB.

Eles contam, inclusive, que houve um caso em que o paciente estava no leito à espera de intubação enquanto o médico falava ao celular, sobre a compra de uma caminhonete.

Uma das testemunhas também relata que um médico de nome Leonardo fez plantão no pronto-socorro respiratório mesmo ser ter registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e um paciente acabou perdendo a vida porque o profissional usou uma superdosagem de sedativos para induzi-lo ao coma, o que causou duas paradas cardíacas. E ao introduzir um catéter para aumentar a pressão do paciente, perfurou o seu pulmão.

“Este médico estava usando CRM de outro profissional, mas nunca mais se soube dele”, consta um dos trechos da gravação encaminhada ao Ministério Público.

Outra denúncia envolve os procedimentos de diálise, que segundo as testemunhas, são feitos por duas técnicas de enfermagem, sem a supervisão de um médico nefrologista. “Todos os pacientes submetidos à diálise no Hospital Estadual de Mirandópolis foram a óbito”, afirmam. A diálise é comum em doentes com Covid e faz o papel do rim, de filtrar todo o sangue do organismo.

Há, ainda, denúncia de uso de medicação do Estado pela AHBB e de “fura-fila” da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross).

“A empresa é responsável pela mão de obra e pelos medicamentos usados na UTI 1, mas pega remédios do SUS e não devolve depois”, afirmam as testemunhas.

Sobre o “fura-fila”, a denúncia aponta que os gestores do hospital eram coniventes e encaminhavam pacientes sem respeitar a Cross, que faz a regulação de vagas de acordo com a gravidade do paciente e oferta de leitos.

Outro ponto da denúncia relata que o nome de uma médica que se desligou da AHBB no dia sete de junho constou nos plantões dos dias 11 e 12 do mesmo mês, quando já não mais trabalhava no hospital. O caso foi levado ao Ministério Público pela profissional.

 As testemunhas contam, ainda, que os médicos omitiam dos familiares dos pacientes Covid o real estado clínico deles. “Os profissionais eram orientados a falar que o doente estava bem, mas hora depois, o paciente morria”, contaram.


Folha da Região