Conselho de Enfermagem informou que promotores flagraram falta de profissionais e até mesmo de materiais básicos, como medicamentos e até fita para medir glicemia
Irregularidades no Hospital da Vida foram constatadas por promotores (Foto: A. Frota) |
Um dia após a 94FM tornar pública denúncia do Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) sobre irregularidades no Hospital da Vida, em Dourados, uma vistoria realizada por promotores de MPE (Ministério Público Estadual) e MPT (Ministério Público do Trabalho), acompanhados por integrantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), confirmou a situação crítica nessa unidade hospitalar.
Presidente do conselho, Sebastião Junior Henrique Duarte acompanhou a vistoria realizada na noite de quarta-feira (29). Junto do conselheiro Rodrigo Alexandre Teixeira e do assessor jurídico Celso Siqueira Filho, viu de perto a reação das autoridades competentes diante da falta de materiais básicos: medicamentos e insumos como fita para medir a glicemia.
De acordo com o presidente do Coren-MS, durante a vistoria “havia setor com 17 pacientes, com graus importantes de dependências, e somente três técnicos de enfermagem realizavam o atendimento. Na área amarela tinha cinco pacientes graves e somente dois técnicos e um enfermeiro”.
O relato feito no site oficial do conselho aponta ainda que “outros problemas apontados foram a falta de materiais, medicamentos e insumos como fita para medir a glicemia, excesso de pacientes em macas sem grades e nos corredores, aparelhos sem manutenção e infiltração de água”.
“Todos os problemas apontados pelo Conselho Regional de Enfermagem foram constatados pelos promotores”, assegura. “A superlotação de pacientes, a escassez de profissionais e a falta de alguns materiais e equipamentos levam além da precarização do atendimento, fere os preceitos da segurança tanto dos pacientes quanto dos profissionais”, criticou Duarte.
Na entrevista concedida à 94FM terça-feira (28), o presidente do Coren-MS apresentou documento com detalhamento das irregularidades encontradas no Hospital da Vida. Confira:
Número insuficiente de pessoal de enfermagem: atualmente, tem 34 enfermeiros e 169 técnicos de enfermagem e auxiliares.
Falta de materiais: esparadrapo, álcool para as mãos, papel toalha e oxímetro.
Falta de remédios: Clexane e Ciprofloxacino.
Inadequação da estrutura física e segurança do paciente e da equipe: falta local de preparo médico, risco de contaminação, pacientes expostos a poeira, interferência no repouso dos pacientes, condições insalubres de banheiros, condições precárias de alojamento para enfermagem e insuficiência de leito para isolamento.
Transporte interhospitalar: feito por técnico ou auxiliar, ambulância sem ar-condicionado e não há prioridade para pacientes internados.
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