Foto: Divulgação/Polícia Civil |
Uma famosa clínica médica do bairro Batel, em Curitiba, foi alvo de uma ação da Polícia Civil. O objetivo é apurar denúncia de exercício ilegal da medicina pelo profissional conhecido como “Médico das Celebridades”, Eduardo Gomes De Azevedo. Ele é procurado pela polícia.
Segundo informações do delegado-titular da Decrisa, Vilson Alves de Toledo, a operação inciou-se após denúncia feita pelo Conselho Regional de Medicina (CRM/PR). A partir das diligências realizadas pelos investigadores, foi constatado que o médico, que já atendeu diversas celebridades como Pelé, Xuxa, Ratinho e outros famosos, possuía seu registro profissional cassado perante o Conselho Federal de Medicina (CFM), não podendo exercer a medicina no Paraná, assim como em qualquer outro Estado da Federação.
“Durante a fiscalização na clínica, a investigação apontou que o Eduardo Gomes de Azevedo e seu irmão, também médico, Alexander Luiz Gomes de Azevedo atendiam na clínica, inclusive tinham consultas marcadas no dia da fiscalização, mas não compareceram no local”, conta Toledo.
A clínica foi autuada por não apresentar a licença sanitária para funcionamento bem como não possuir responsável técnico para as atividades desempenhadas. Várias outras irregularidades foram observadas, como: kit multivitamínicos injetáveis vencidos, bolsas de soluções fisiológicas e equipes de acesso de nutrição parenteral de uso restrito ao ambiente hospitalar, produtos mal acondicionados, entre outras. “Desta forma, a clínica medica estava colocando em risco a saúde da população”, apontou Toledo.
“Destaca-se, sob o viés criminal, o armazenamento do medicamento injetável GEROVITAL (cloridrato de procaína) na clínica. Este produto não tem registro na ANVISA e ainda estava acondicionada nas embalagens de “Pudrã de Argilas” (origem romena) no armário da copa. Ambos os médicos serão indiciados indiretamente pela prática do crime pelos crimes de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins Terapêuticos ou Medicinais, com pena de detenção de seis meses a dois anos de reclusão”, esclarece Toledo.”
Parceria
A ação conjunta ocorreu pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra Saúde (Decrisa) pertencente a Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Curitiba, com a Vigilância Sanitária Municipal de Curitiba (VISA) e Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM/PR).
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