Corpo de Bombeiros alegou que o problema está ocorrendo com frequência desde o mês de setembro. Nos últimos 30 dias, foram 102 casos registrados da falta de macas.
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Jovem é internada e fica no chão por falta de macas em hospital de MS |
Meia hora deitada no asfalto, recebendo atendimento médico do Corpo de Bombeiros, após um acidente de trânsito que ocorreu há dois dias, em Campo Grande. A atendente de restaurante Yasmin Castilho Duarte, de 25 anos, achou que este seria o único entrave, até chegar no hospital. Sem macas, ela foi internada e ficou no chão aguardando exames a serem feitos, de acordo com a família.
"Me deixaram naquela prancha dura no chão, fiquei lá olhando pra cima com dor. Eu comecei no chão, até fazer raio-x e eles me colocarem numa maca alta, do Samu [Serviço de Atendimento Médico de Urgência], aquela que já estava retida lá. Primeiro, veio os bombeiros e depois o Samu, quando me pediram para esperar mais um pouco", afirmou Yasmin.
A jovem teve alta médica na terça-feira (20). Ela disse que está em casa se recuperando com medicamentos, por conta da luxação que sofreu no joelho e canela. "O mais revoltante realmente foi ficar no chão, naquela situação", lamentou Yasmim.
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Jovem ficou no chão após sofrer acidente e aguardar vaga e maca em hospital de MS |
A irmã dela, a comerciante Karynna Castilho Duarte, de 29 anos, concorda. "Eu fui chamada para ir até o local do acidente e acompanhei tudo. Ela ficou mais de duas horas naquela prancha amarela no chão. Primeiro, foi uma luta para conseguir vaga e até ouvi quando o médico falou: só se ela ficar no chão, porque não tem maca. Ela chegou por volta da meia-noite e o raio-x ocorreu somente por volta das 3 horas da manhã. E então eu fiz a foto, foi exatamente daquele jeito que ela ficou, é humilhante e revoltante demais", ressaltou ao G1.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o problema está ocorrendo com frequência desde o mês de setembro deste ano. De acordo com o comando metropolitano, em 30 dias, foram 102 casos registrados em que houve a falta de macas. Além do transtorno durante o atendimento, existe o sofrimento dos pacientes e outros que aguardam uma transferência, por exemplo.
Entenda o caso
Yasmin sofreu acidente na segunda-feira (19), na avenida Costa e Silva, em frente ao Terminal Morenão. Ela contou que estava de moto, a caminho de casa, após sair do serviço. Na ocasião, Yasmim disse que uma motorista fez uma conversão errada, sem dar seta e a atingiu.
Motoristas que presenciaram o acidente acionaram socorro e ela foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Leblon.
Em nota, o comando afirmou que determinou que as unidades dos bombeiros devem continuar atendendo aos pacientes usando pranchas rígidas. Neste caso, a vítima será transportada no banco da unidade e presa ao cinto de segurança. Se houver resistência, a coordenação de urgência do município deve ser acionada.
Conforme o comandante dos bombeiros, Marcelo Fraya, a decisão é para evitar a demora no atendimento das vítimas, no local do acidente. Conforme o Samu, durante a gravação da reportagem nesta manhã (21), seis macas ficaram retiradas e, por isto, duas unidades avançadas de atendimento, além de quatro unidades básicas, permaneceram paradas na cidade.
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Corpo de Bombeiros alegou que problema da falta de macas é recorrente em MS |
G1
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