Após complicações no parto, Valentina passou por duas cirurgias, mas não resistiu e morreu / Foto: reprodução |
O prefeito de Osasco, Rogério Lins, determinou o afastamento do médico neonatologista e da enfermeira obstetra envolvidos na morte de uma bebê poucos dias após complicações no parto, na Maternidade Municipal “Amador Aguiar”. Eles são acusados de negligência pela família da recém-nascida, que recebeu o nome de Valentina.
“O prefeito de Osasco, Rogério Lins, determinou o afastamento do neonatologista e da enfermeira obstetra que estavam de plantão quando da morte de um bebê recém-nascido na Maternidade Amador Aguiar. O afastamento dos profissionais será mantido até o término da sindicância instaurada na Secretaria de Saúde”, afirma, em nota, a Prefeitura de Osasco (leia a íntegra abaixo).
No dia 28 de agosto, a enfermeira teria iniciado o parto, normal, sozinha, segundo a mãe, Gabriela Carneiro. Durante o procedimento, surgiram complicações e a enfermeira passou a pedir ajuda e gritar pelo médico. Três enfermeiros chegaram para ajudá-la.
Mesmo após o problema no parto, a recém-nascida não encaminhada para avaliação pediátrica, segundo a família.
A mãe conta que a bebê, que não chorou ao nascer, gemia de dor e não conseguia mamar. Quando a família questionava os profissionais da maternidade sobre possíveis problemas, teriam alegado que a recém-nascida estava “com preguiça de mamar”.
Quando enfim foi levada ao pediatra, “muito tempo depois do parto”, segundo a família, Valentina foi encaminhada para cirurgia, quase 48 horas após o nascimento. A recém-nascida estava com hemorragia interna após supostamente ter tido o baço perfurado durante o parto.
A bebê ficou sete dias internada e passou por duas cirurgias, até que não resistiu e morreu, na manhã desta segunda-feira (3), em decorrência de uma infecção generalizada. Valentina foi enterrada no cemitério do Bela Vista.
Além da Secretaria de Saúde, a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura Osasco vai abrir uma sindicância para apurar as responsabilidades pelo ocorrido.
“A sindicância interna na Secretaria de Saúde é conduzida pela Comissão de Ética Médica, que analisa os fatos e cujos resultados serão informados aos órgãos que regula as profissões, portanto o CRM (Conselho Regional de Medicina) e o COREN (Conselho Regional de Enfermagem). Já a sindicância a ser instaurada na Secretaria de Assuntos Jurídicos apurará as responsabilidades civis e administrativas dos envolvidos, aplicando as punições cabíveis”, explica a Prefeitura.
Ambas as sindicâncias serão concluídas em menos de um mês
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA OFICIAL DA PREFEITURA DE OSASCO SOBRE O CASO:
"O prefeito de Osasco, Rogério Lins, determinou o afastamento do neonatologista e da enfermeira obstetra que estavam de plantão quando da morte de um bebê recém-nascido na Maternidade ‘Amador Aguiar’. O afastamento dos profissionais será mantido até o término da sindicância instaurada na Secretaria de Saúde.
Além disso, a Secretaria de Saúde instaurou procedimento que está encaminhando para que outra sindicância seja instaurada na Secretaria de Assuntos Jurídicos, também a pedido do prefeito, e que apurará as responsabilidades pelo ocorrido.
A sindicância interna na Secretaria de Saúde é conduzida pela Comissão de Ética Médica, que analisa os fatos e cujos resultados serão informados aos órgãos que regula as profissões, portanto o CRM (Conselho Regional de Medicina) e o COREN (Conselho Regional de Enfermagem). Já a sindicância a ser instaurada na Secretaria de Assuntos Jurídicos apurará as responsabilidades civis e administrativas dos envolvidos, aplicando as punições cabíveis.
Ambas as sindicâncias serão concluídas em menos de um mês”.
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