segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Filha faz denúncias sobre atendimento recebido pela mãe em hospital de Mogi, incluindo maca no chão e feridas na pele

Ela afirma que mãe recebeu diagnóstico de esquizofrenia, mas estava tendo um AVC. Hospital Luzia de Pinho Melo informou que a paciente está sendo acompanhada na UTI desde novembro e que utiliza todos os recursos disponíveis e empenho profissional para reverter o quadro grave.


Família reclama de tratamento inadequado em mãe internada no hospital Público de Mogi


A estudante Débora Fonseca acompanha a rotina da mãe internada no Hospital Luzia de Pinho Melo em Mogi das Cruzes. Ela reclama que a idosa de 63 anos não está recebendo o atendimento necessário e postou vídeos nas redes sociais mostrando várias situações, como a maca no chão e ferimentos na pele da paciente. A unidade afirma que não procede a informação de que que a paciente não está recebendo o atendimento adequado (veja nota completa abaixo).

A idosa precisou de atendimento depois ter caído e fraturado o ombro. Um dos vídeos mostra a idosa em uma maca no chão. "Eu parei de só ver o erro e eu passei a filmar o erro, porque eu sei que a devolutiva que o hospital vai mandar vai sobrepor, iria ser mais forte que o meu lado de familiar, que estou vendo. Então eu passei a filmar" , diz a estudante Débora Fonseca.

Em outro vídeo, a filha gravou o momento em que a idosa estava com dificuldade para respirar. "Se eu não chego à beira do leito e observo que a minha mãe está tendo um broncoespasmo por duas vezes, um broncoespasmo leva a pessoa à insuficiência respiratória. Você sabe a pessoa que está sendo afogada? Sem ar? É isso que acontece com a minha mãe e a equipe de enfermagem, a equipe médica, a multidisciplinar não estavam perto para ver. Quem aciona sou eu", afirma Débora.

Ela registrou também as assaduras na região íntima da paciente e em uma das imagens aparece o lençol molhado. "Essa demora da troca de fraldas, a minha mãe abriu feridas profundas na região sacral e entre as pernas. 'Ah, mas é só uma lesão?'. Não. A minha mãe está em um setor crítico. A partir do momento que a gente tem uma lesão aberta, a gente tem uma porta para bactéria, para infecção generalizada", diz a filha.

A filha contou para a equipe da TV Diário que a mãe está na semi UTI do hospital Luzia de Pinho Melo. A idosa chegou à unidade de saúde em novembro do ano passado. O laudo inicial apontou esquizofrenia. Depois veio o diagnóstico de AVC. "Diagnosticaram a minha mãe com esquizofrenia devido à fala confusa dela. Ela permaneceu na psiquiatria por três dias e, por insistência nossa, da família, eles resolveram bater uma tomografia onde foi constatado o AVC", lembra Débora.

Filha postou em rede social vídeo da mãe em maca no chão de hospital

A família também gravou um vídeo de um monitor que não está em funcionamento. "O monitor que deveria estar ligado, sinalizando que tem alguma intercorrência, ele vive desligado. Os dispositivos que eram para estar na minha mãe, monitorando, no chão, largados. Em um período de 24 horas bateram três raios-X da minha mãe porque ela puxa a sonda e isso deveria ser uma medida preventiva. Contém o braço dela, vamos amarrar para não ficar repassando a sonda no nariz e expor ela ao excesso de radiação", diz.

A filha falou para a equipe também sobre os retornos da direção do hospital. "Eu converso todos os dias com a diretoria de enfermagem, com o responsável, com o gerente responsável e, todas as vezes que eu vou conversar, eles prometem uma melhoria, que vão passar para o próximo turno, e não é isso que está acontecendo", afirma Débora.

A equipe de reportagem do Diário TV tentou acessar a unidade de saúde e conversar com a chefia da equipe médica sem sucesso.

O Diário TV solicitou uma entrevista para que alguém do Hospital Luzia de Pinho Melo, mas a unidade enviou uma nota. O hospital informou que a paciente está sendo acompanhada na unidade de terapia intensiva (UTI) desde novembro. E reforçou que não procede que a paciente não esteja recebendo a assistência adequada e que segue o compromisso de atender com eficiência e ética todos os pacientes.

O hospital destacou ainda que está utilizando todos os recursos disponíveis e empenho profissional para reverter o quadro grave, o que está sendo acompanhado de perto pela família da paciente. O hospital informou ainda que está à disposição para mais informações para os familiares.





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