quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Jovem dá a luz a bebê natimorto e família alega negligência do HU em Londrina

 Família aponta que hospital não realizou o procedimento na data marcada e induziu parto normal, que não era recomendado para a pacidente


Família reclama de negligência



A jovem Heloisy Ingrid Ferreira Souza, de 23 anos, deu à luz a um bebê natimorto no domingo (15) em Londrina, no Norte do Paraná. A família alega que houve negligência do Hospital Universitário (HU), que teria induzido parto normal do bebê, mesmo com carta de recomendação do próprio hospital de que ela não poderia realizar este procedimento, e sim cesárea.

Em entrevista para a RICtv, a tia de Heloisy conta que a sobrinha foi internada no sábado (14), dia em que a cesárea estava marcada. “Ela passou o sábado todo internada, não fizeram nada, ela estava sentindo muitas dores e por volta de 4h da manhã ela falou para as enfermeiras que não estava sentindo o bebê mexer”, contou.

Um ultrassom revelou às 6h que o bebê estava morto. Ainda segundo a tia, os médicos indicaram o trabalho de parto normal, que durou 14 horas. “Não temos para quem recorrer, estamos nos sentindo humilhados”, disse a tia.

Segundo a família, o HU não informou por qual motivo não realizou a cesária na jovem no sábado (14). No atestado de óbito, a morte do bebê consta como “indefinida”, afirma a familiar. “Agora eles estão alegando que a criança nasceu com uma doença e minha sobrinha podia ter um anticorpo que pode ter matado a criança”.

Um boletim de ocorrência será registrado após o sepultamento do bebê, marcado para às 17h desta segunda-feira (16).

Lado do Hospital Universitário


O HU emitiu uma nota nesta segunda-feira (16), sobre o caso. De acordo com o hospital, a jovem era “constantemente monitorada pela equipe médica e com realização de exames que demonstravam gestação normal a termo”. Após dar entrada no sábado (14) no local com dores no ventre “foi programado a internação e a resolução da gestação conforme disponibilidade de vagas e fila de prioridade, estando sob vigilância materno-fetal contínua no período”.

Eles afirmam que foi confirmado um “óbito fetal súbito” e que em seguida, conversaram com os familiares para explicar sobre o “procedimento de indução do trabalho de parto após a constatação do óbito fetal, como procedimento de menor risco de complicações intra operatória (hemorragia, lesões de órgãos adjacentes) e pós-operatória (endometrite, infecção de ferida operatória, trombose venosa profunda)”.

O HU reforçou a importância da autópsia do feto, mas a autorização foi negada pelos familiares.




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