Mãe alegou na Justiça que procurou a unidade de saúde diversas vezes e foi informada que ainda não era a hora de realizar o parto.
O hospital não se manifestou sobre o caso |
O Hospital Geral Universitário (HGU) foi condenado a pagar
indenização R$ 91, 7 mil, em valores corrigidos, aos pais de um
recém-nascido que morreu por erro médico.
A decisão é do juiz Yale Sabo Mendes, da Sétima Vara Cível de Cuiabá, e foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) desta segunda-feira (24).
A mãe teve o bebê de forma tardia, após procurar três vezes
o HGU e ser informada de que ainda não era hora do parto, já na última
vez disseram que havia passado da hora.
Segundo o processo, com 40 semanas de gestão, a mãe procurou a
unidade de saúde, porém, foi dito que não estava apta para o
procedimento. Em menos de uma semana retornou e recebeu a mesma notícia,
de que ainda não estava na hora de realizar o parto.
Na terceira e última tentativa, disseram que havia “passado da hora”
de fazer o parto, pois, contava com 41 semanas e cinco dias.
A mãe da criança realizou o acompanhamento pré-natal na unidade de
saúde, passou por três exames de ultrassonografias, que atestaram
a saúde e boa formação do feto.
A criança nasceu com paralisia cerebral, devido à demora do parto, e foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Entretanto, após meses internado bebe morreu.
Nos autos, o Hospital contestou requerendo improcedência da ação,
argumentando que não houve erro médico ou erro na prestação de serviço.
Para o magistrado “o fato é que o erro médico ocorreu e as
consequências foram gravíssimas, culminando posterior na morte da
criança".
Conforme a decisão, o HGU tem 15 dias para efetuar o pagamento.
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