quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Médica vira ré por morte de menina de três anos em hospital de Foz do Iguaçu

Segundo denúncia, pediatra foi negligente no atendimento de Kiara dos Santos. Médica responde ao crime de homicídio culposo e nega responsabilidade pela morte da criança.

Kiara morreu aos três anos, após ser diagnosticada com dengue e catapora, em hospital de Foz do Iguaçu
 (Foto: Reprodução/RPC)

A Justiça aceitou denúncia nesta terça-feira (21) contra a pediatra Marelby Jacqueline Calvo Echeverria pela morte de Kiara dos Santos Aleixo, de 3 anos, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

A médica atendeu a criança no Hospital Municipal, com diagnóstico de catapora e dengue, pouco antes de sua morte, em dezembro do ano passado. De acordo com os promotores, Marelby foi negligente.

A médica foi denunciada por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

O advogado da médica afirma que e ela não era responsável pelo atendimento inicial, o chamado pronto-atendimento, do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, e por isso, segundo ele, não teria responsabilidade pela morte de Kiara.

A pena, em caso de condenação é de um a três anos de prisão. Neste caso, a pena ainda pode aumentar porque, segundo o MP-PR, a pediatra não seguiu as regras estabelecidas da profissão.

Relembre o caso


A família levou Kiara até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) João Samek por causa de bolinhas vermelhas na pele, que poderiam ser catapora. Ela foi atendida por volta das 11h do dia 4 de dezembro de 2014 e fez exames que indicaram dengue e varicela, mais conhecida como catapora.

No começo da madrugada do dia seguinte, Kiara foi transferida para o Hospital Municipal de Foz, onde ficou no setor pediátrico.

A mãe da menina conta que, ao chegar ao quarto, não viu nenhuma médica. “As enfermeiras estavam lá. A gente via que elas estavam preocupadas e ligavam atrás da médica. Mas a médica mesmo só foi à tarde, a hora que ela já estava inchada”, relata.

O MP-PR afirma que, na manhã em que Kiara chegou ao hospital, a médica pediatra Marelby Jacqueline Calvo Echeverria foi avisada pela enfermagem do estado de saúde da criança e pediu novos exames, sem sequer ver a paciente.

Só à tarde, depois que Kiara não apresentou melhora no quadro de pressão baixa e taquicardia, a médica a avaliou pessoalmente e a encaminhou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo a denúncia, quando foi transferida para UTI, a paciente já apresentava estado grave. Kiara morreu às 10h55 do dia 7 de dezembro de 2014.

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