segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Outro caso: mãe acusa hospital Unimed de negligência médica

A vítima é uma criança de nove anos de idade. O caso aconteceu em março deste ano.

Foto: google maps

Outro caso envolvendo a morte de uma criança no Hospital Unimed de Teresina foi denunciado. A mãe de Walison Diego, que faleceu aos nove anos de idade em março deste ano, acusa a unidade hospitalar de negligência médica, pela falta de cuidados e demora no atendimento ao paciente.
Segundo Jacelia, o garoto tinha anemia falciforme, uma doença que não tem cura. Walison chegou ao hospital no dia 20 de março com uma dor na perna, ficou em observação mas sem nenhum acompanhamento médico.  
“Levei ele para o Unimed por volta de 10h. A médica consultou e colocou ele em observação tomando dipirona, e passou exames. Ele fez, ficou em uma UTI adulta em observação tomando soro, sem ter acompanhamento de médico ou enfermeira. O resultado do exame só saiu às 16h porque eu e o pai dele fomos atrás”, relatou.
A mãe disse que o exame detectou que o menino precisava urgente de sangue, mas houve demora na solicitação ao Hemopi. “O médico falou de imediato que ele precisava tomar sangue e ia internar ele.
Depois que ele deu o resultado do exame, o médico sumiu, disse que tinha que atender outra criança na urgência. De 16h ele veio aparecer mais 19h. Meu filho foi internado 20h:30 e deu uma parada respiratória, não estava mais enxergando e foi para a UTI. Nisso, ainda não tinham providenciado o sangue que ele precisava tomar urgentemente”, explicou.
“Quando ele chegou na UTI tiveram que testar três aparelhos para colocar nele, porque não estavam prestando, aí que foram pegar a amostra dele para mandar para o Hemopi. E o médico todo tempo dizendo que ele estava sem pulso. 00h:30 o sangue ainda não tinha chegado. Eu e meu esposo fomos no Hemopi gritar para poder liberar o sangue para ele, mas já estava tarde demais. Ele tomou o sangue 1h, mas quando foi 5:45 meu filho deu outra parada cardíaca e veio a óbito”, contou Jacelia.
A mãe reiterou que o hospital não procurou a família para explicar o motivo da demora no atendimento. "O que eles falaram para mim foi que eu já sabia que essa doença causava a morte. Mas eu fiquei indignada pelo modo que trataram ele, deixaram ele num quarto sem acompanhamento, sozinho e a demora em sair o resultado do exame, a demora na internação e o sangue que eles jogam culpa no Hemopi. Eles só foram pedir o sangue quando meu filho estava na UTI, que já tinha dado uma parada cardiorrespiratória. Já entrei na Justiça contra o hospital”, falou.
Outro lado
Procurada, a assessoria do hospital ainda não se manifestou sobre a denúncia. Estamos abertos pra esclarecimentos. 

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