Agora, os trabalhos serão voltados para identificar quais são os problemas nas áreas da saúde
Fotos: Alessandra Bagattini/Lance Notícias |
Desde maio deste ano, o Ministério Público, por meio da 2º Promotoria de Justiça está investigando a atuação do Pronto-Atendimento do município, antigo 24 horas. As investigações são coordenadas pelo Promotor de Justiça Marcos Augusto Brandalise.
Após analises e estudos, o Ministério Público concluiu que o Pronto-Atendimento, na verdade, é uma Unidade de Saúde que atua no centro do município e atende moradores de todos os bairros de Xanxerê.
“Nós fomos verificar os requisitos do Pronto-Atendimento e verificamos que não era um Pronto-Atendimento, porque não tinha a quantidade de leitos, que são sete; tinha que ter Raio x e, não tinha; precisava ser 24 horas, não era; teria que fazer exames laboratoriais e não fazia; além de não receber recursos do Governo Federal. Identificamos então que não é uma UPA, e sim é uma Unida Básica de Saúde. Depois disso, precisamos descobrir que bairro ela atendia, e se teve conhecimento que são todos. Então, se ela atende o município todo, e existem os postos de saúde, logo nós temos dois postos de saúde para a mesma pessoa. São duas instituições que prestam o mesmo serviço e que se paga duas vezes”.
Agora, os trabalhos serão voltados para identificar quais são os problemas nas áreas da saúde, por isso, uma comissão foi formada pelo Executivo e Legislativo, além da Promotoria. Reuniões já foram realizadas e o objetivo é buscar uma solução para a demora no atendimento nos postos de saúde do município, tendo em vista que muitas pessoas preferem enfrentar a fila do hospital, do que aguardar por uma consulta no posto de seu bairro.
“Nós não temos um Pronto-Atendimento. Hoje, vai ser apurado o porquê desta demanda. Hoje (1º) tivemos mais uma reunião, é a sexta que realizamos sobre o mesmo assunto, em menos de um mês. Então, para identificar o problema, constituímos um grupo de trabalho, com integrantes da área da saúde. Foi constituído esse grupo de trabalho para fazer a identificação dos problemas que se tem.
Nós vamos fazer uma primeira reunião para traçar o cronograma e identificação dos problemas e vamos fazer visitas em todos os postos de saúde. Precisamos resolver a questão de trocas de informação e outra: porque vale a pena a pessoa esperar quatro horas na fila do hospital, ao invés de esperar dois meses para consulta? Sabe-se que vale mais a pena esperar as quatro horas. Precisamos saber porque tem esses dois meses de atraso. Temos que achar um mecanismo para diminuir esse tempo de espera. Provavelmente vai demandar a contratação de mais médicos ou remanejamento destes que estão no ‘Pronto-Atendimento’. Vai precisar ser readequado para que se torne mais interessante fazer a consulta no posto do bairro do que ir ao hospital”, explica Marcos.
A reunião para definir como os trabalhos serão realizados deve ocorrer na próxima semana. “Na próxima semana, esse grupo vai estar se reunindo para traçar essa metodologia e cronograma. Eu preciso de dados, porque se depois for adotado alguma medida destas que serão propostas, vamos precisar monitorar para ver se houve diminuição ou aumentos dos índices. Tudo está em fase de levantamento de dados. Vamos fazer o levantamento, a proposta de melhorando e monitoramento e isso vai levar um tempo. A ideia do grupo é identificação de problemas e proposições de soluções. Depois, as medidas serão repassadas ao executivo já que eles deverão tomar as medidas”, conclui
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