Foto: Arquivo reprodução |
Conforme apurou a equipe de reportagem da Rádio Clube 98, oficialmente, há poucos casos de erro médico em Patos de Minas. Embora não haja um número oficial, dados do Conselho Regional de Medicina (CRM) e da Promotoria de Saúde dão conta de poucas denúncias envolvendo atos falhos dos profissionais médicos. Em entrevista ao jornalismo da 98, o promotor Jaques Ferreira Souto comentou o caso e disse que as denúncias são poucas. “Aqui na nossa promotoria, pegando também a região, são pouquíssimos registros. Não é algo que preocupe”, disse em entrevista. Além disso, Jaques também ressaltou a dificuldade de se comprovar esses casos. “Esses casos são encaminhados para Conselho Federal de Medicina e nós, aqui da Promotoria, não temos arcabouço técnico pra comprovar essas situações”, contou. O depoimento do Promotor reforça uma realidade verificada em um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os pesquisadores constataram que o erro médico não aparece, por exemplo, no atestado de óbito de pacientes que morreram devido a erros no atendimento médico.
Para o delegado do Conselho Regional Medicina de Patos de Minas, Doutor Martius Adélio Gomes, os casos na cidade são poucos. Ele atribuiu o baixo indicie a boa formação dos profissionais. “São poucas as denúncias encaminhadas para o conselho aqui da cidade e acreditamos que nosso profissional é bem formado e bem preparado”, disse em entrevista. No entanto, o médico ressalta que, em casos de denúncia, a investigação é por conta dos profissionais do conselho em Belo Horizonte. “Aqui nós apenas recebemos a denúncia. A investigação, o julgamento e a punição ficam a cargo do Conselho em Belo Horizonte. O primeiro passo é dado aqui, apenas isso”, explicou.
No entanto, após a discussão do tema na Rádio Clube 98, diversos ouvintes entraram em contato com a redação relatado casos de supostos erros médicos. Mesmo tendo absoluta certeza do erro, os pacientes – ou pessoas próximas das vítimas – informaram não terem denunciado os casos; a maioria alega desconhecer o processo de denúncia.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) aceita apenas denúncias manuscritas/digitadas enviadas para o conselho da região. No processo deve conter: identificação do denunciante e seu endereço; narrativa dos fatos que, na visão do denunciante, possam conter ilícitos; nome da instituição ou instituições em que a vítima foi atendida; nome dos profissionais médicos (e não médicos, se for o caso) envolvidos no atendimento. Também é importante anexar cópias dos laudos e diagnósticos expedidos pelo médico. Mais informações podem ser obtidas no próprio site do CFM.
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