segunda-feira, 17 de julho de 2017

GHC demite trabalhadora negra que foi vítima de assédio sexual na instituição

Raquel ao lado de Ana Capra em evento sobre a Consciência Negra, realizado pelo Sindisaúde-RS.

Para o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) as mulheres devem se calar diante da violência, pois não são donas do seu próprio corpo. Foi exatamente isso que demonstrou a administração do Grupo na tarde de ontem, quando demitiu a trabalhadora da higienização Raquel Furtado. Raquel relata que foi vítima de assédio sexual em seu ambiente de trabalho por um médico da instituição e, após denunciar o caso, recebeu uma demissão por justa causa do GHC. Confira o relato feito por Raquel em sua página do Facebook clicando aqui.
 
Diante dessa perseguição contra a trabalhadora, o Sindisaúde-RS foi até o GHC na manhã desta terça-feira (11). A diretora de Assuntos de Gênero, Raça e Diversidade Sexual do sindicato, Ana Paula Capra, acompanha o caso: "Não vamos nos calar, é uma situação grave de assédio, discriminação de gênero e racismo", afirmou. Ana Paula aguarda com o presidente Arlindo Ritter e o diretor Valmor Guedes para que sejam recebidos pela administração do hospital.
 
O Sindisaúde-RS repudia veemente a posição do Grupo Hospitalar Conceição e dará o apoio necessário para a trabalhadora.
 
Nota de repúdio
 
O Sindisaúde-RS vem, através desta, manifestar repúdio às demissões arbitrárias e por justa causa dirigidas aos trabalhadores técnicos de higienização hospitalar. Neste momento, a principal motivação é a demissão por justa causa da higienizadora Raquel Furtado que, após denúncia de assédio sofrido em seu local de trabalho, recebeu a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e, em seguida, foi desligada da instituição.
 
A referida demissão, em nosso entender, está implicitamente caracterizada como discriminação de gênero e raça, já que a trabalhadora é mulher negra e, ao procurar a instituição, sequer recebeu apoio, sendo punida severamente com sua demissão. Além disso, fica evidente também o preconceito de classe, uma vez que a denúncia é contra um médico do hospital. 
 
NOSSO REPÚDIO À PERSEGUIÇÃO DE TRABALHADORAS!
NENHUM DIREITO A MENOS!
 

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