sexta-feira, 21 de julho de 2017

“O que se vê é um caos em relação à saúde”, diz secretário do Conselho Federal de Medicina

De acordo com o primeiro secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM), Hermann von Tiesenhausen, não é necessário ser um gestor ou administrador para ver a situação caótica da saúde pública no Brasil
Agência Brasil/Marcello Casal Jr.
 
O ministro da saúde, Ricardo Barros, deu, no último dia 13 de julho, uma declaração polêmica que revoltou os profissionais da medicina de todo o País: “vamos parar de fingir que pagamos médico, e o médico vai parar de fingir que trabalha”, disse. Nesta quarta-feira (19), o Conselho Federal de Medicina indicou que um em cada quatro postos de saúde apresenta mais de 50 problemas de estrutura, dado que reforça a revolta da classe.
 
Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o primeiro secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM), Hermann von Tiesenhausen, disse que não é necessário ser um gestor ou administrador para ver a situação caótica da saúde pública no Brasil.
 
“O que se vê de norte a sul do país é um caos em relação à saúde. (…) É só chegar na porta de uma UPA ou com algum paciente no posto de saúde que não se consegue fazer o mínimo atendimento. É um paciente que tem um câncer, que precisa operar, e quando ele arruma uma vaga pra operar, esse câncer já se espalhou pelo corpo todo”, afirmou o secretário.
 
“Ou seja, não tem assistência básica, os postos de saúde não funcionam e as unidades de urgência chamadas UPAs e Pronto-Socorro estão superlotadas com pacientes transformando cadeiras em macas e colchões no chão abarrotando corredores. São crianças que não são atendidas e morrem nas filas aguardando vagas em UTI. E que transformam cadeiras em berços”, completou Hermann.
 
O secretário disse que a situação caótica na saúde pública se estende a todos os estados do País, com a falta de recursos e gestão.
 
 
 
 
 

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