quinta-feira, 27 de julho de 2017

Servidores denunciam infiltrações e equipamentos de péssimas qualidades no Hospital Infantil

Segundo a denúncia, a estrutura e equipamentos comprometem o atendimento na unidade. Diretor do hospital afirma que há necessidade de melhorias.
 
  Servidores denunciam más condições no Hospital Infantil Lucídio Portela
 
Servidores do Hospital Infantil Lucídio Portela, no Centro de Teresina, mostraram sua indignação através de denúncias que apontam más condições para tratar os pacientes na entidade. Segundo eles, infiltrações incomodam quem trabalha na enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e é preciso improvisar para conseguir manter o atendimento em meio a equipamentos de péssimas qualidades.

A advogada dos servidores do hospital, Aurilene Barbosa, contou existir uma ação na justiça por causa de uma falha que causou danos irreversíveis a uma paciente. Ela afirmou ainda que as perspectivas da UTI relatadas por quem trabalha na unidade são estarrecedoras.
 
"Uma criança do interior do Maranhão deu entrada no Hospital Infantil para fazer uma cirurgia da fístula e, no entanto, perdeu dedos da mão. O que não tinha relação com a cirurgia da qual ela foi lá fazer", disse a advogada.
 
O Ministério Público Estadual tem conhecimento do que ocorre no hospital, em relação à estrutura e aos equipamentos. De acordo com a promotora Carla Furtado, o prédio é antigo e precisaria de uma reforma geral.
 
"O Ministério Público entrou com uma ação civil pública em março de 2017, fez visitas em maio e junho, e pediu providências para sanar as irregularidades mais pontuais. Foi cobrado o recurso de R$ 1 milhão e 180 mil para a reforma da UTI e o início imediato da obra", destacou a promotora.
 
Para o diretor do Hospital Infantil, Vinícius Nascimento, os problemas estruturais não são o grande problema da unidade, pois já houve vistorias e não foram identificadas as realidades descritas pelas denúncias. Sobre os equipamentos, ele defendeu que não há materiais de baixa qualidade.
 
"O Hospital Infantil tem uma licitação própria, que segue as normas e parâmetros que o TCE [Tribunal de Contas do Estado] exige, e de forma alguma é prestado e dado à população materiais de baixa qualidade", declarou o diretor.
 
 

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