sexta-feira, 21 de julho de 2017

Vistoria aponta mofo, goteiras e falta de leitos em hospitais da Grande Vitória

Foto: Divulgação / OAB
 
A Comissão de Direitos Humanos da OAB-ES realizou vistorias no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG) e no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Antigo São Lucas), em Vitória, nos meses de junho e julho, a partir de denúncias feitas à Ordem, e constatou diversas irregularidades.
 
De acordo com a Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Flavia Murad, os maiores problemas foram encontrados no Hospital Infantil. “A estrutura física é crítica. Há sérias avarias, mofo, infiltrações e goteiras por todo o hospital. Existe ainda superlotação com necessidade de vagas nas UTI’s pediátrica e neonatal”, frisou a advogada.
 
Segundo o relatório, também foi constatado que não há espaço físico suficiente no ambiente hospitalar, “dificultando o trabalho da equipe profissional e causando estresse em todos os envolvidos no processo como pacientes, acompanhantes e nos próprios profissionais da saúde”. A acessibilidade também é precária, segundo a Comissão, pois a rampa que dá acesso ao andar superior está interditada e o acesso está sendo realizado por uma escada estreita, sem qualquer condição de manobras de urgências.
 
Apesar de todos os problemas encontrados, Flavia Murad enfatizou que é nítido o engajamento do corpo de profissionais da saúde para que o hospital funcione e que todas as crianças sejam bem atendidas, mas “é calamitosa a situação do HINSG para todos os envolvidos”.
 
Ainda segundo a Comissão, no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (antigo São Lucas), o problema também é sério, uma vez que  ainda há falta de leitos de retaguarda na enfermaria para acomodar toda a demanda recebida. Segundo a OAB, a rede básica, conhecida como Pronto Atendimento (PA), não funciona de maneira eficiente.
 
A expectativa é de que o pronto-socorro do Hospital Infantil seja transferido para o Hospital da Polícia Militar (HPM) ainda em julho. Com a mudança, a unidade terá quase 300 leitos pediátricos disponíveis. Já no São Lucas, de acordo com nota divulgada na imprensa, o Estado disse que o número de  leitos de retaguarda é significativo e que o hospital recebe alta demanda em certos períodos, o que pode gerar uma espera maior até que os pacientes sejam transferidos para outros setores.
 
Com todas as informações reunidas durante a vistoria, a Comissão da OAB vai produzir um relatório que será encaminhado ao Conselho Seccional da Ordem para as devidas providências.
 
 

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