Auxiliar de serviços gerais teve a perna errada operada pelo médico.
Caso aconteceu em 2011, mas julgamento aconteceu no início de janeiro.
Caso aconteceu em 2011, mas julgamento aconteceu no início de janeiro.
Tatiane teve o joelho operado em 2011 (Foto: Reprodução/Tv Tribuna) |
O médico responsável por operar a auxiliar de serviços gerais Tatiane Andrade da Silva, de 29 anos, foi condenado pela 1ª Vara Civil de Guarujá, no litoral de São Paulo. O ortopedista Celso Dias Fernandes realizou uma cirurgia no joelho esquerdo da jovem, mas deveria ter operado a perna direita, lesionada após cair de uma escada em 2011. A operação da jovem foi feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A lesão de Tatiane era acompanhada pelo médico desde março de 2010. Em março de 2011, ela deu entrada no Hospital Santo Amaro para colocar um pino no joelho direito. Ao sair do centro cirúrgico, porém, a jovem se deu conta que o médico havia operado seu joelho esquerdo, onde não havia problema algum.
Desde então, ninguém do hospital entrou em contato com Tatiane para dar uma explicação. Ela, então, resolveu abrir um processo na Justiça contra o médico. No início de janeiro, a 1ª Vara Civil de Guarujá julgou o caso. O laudo feito pelo Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo concluiu que houve negligência e imperícia do médico.
Tatiane exibe marcas da cirurgia feita no joelho errado (Foto: Reprodução/Tv Tribuna) |
A defesa de Tatiane, porém, não ficou satisfeita com o julgamento. Segundo o advogado de Tatiane, Carlos Dalmar, a sentença não equiparou os prejuízos que Tatiane teve. "Houve a constatação de erro médico. Como não teve uma equiparação do prejuízo que ela teve, nós vamos apelar", disse.
Apesar do processo e do erro constatado no início de janeiro, o médico continua atuando no Hospital Santo Amaro. Na época, o Conselho Regional de Medicina entendeu que ele não poderia ser considerado culpado pelo que aconteceu e arquivou o caso por julgar que não houve erro médico.
Em nota, o Hospital Santo Amaro disse que não foi notificado e que o departamento jurídico só dará algum parecer após a notificação. A assessoria de imprensa do hospital ainda afirmou que não intervém na conduta dos médicos e que oferece todas as condições de trabalho aos profissionais.
Também em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo disse que o caso do médico foi arquivado porque não foram constatados indícios de infração ética. O CREMESP destacou que, independente do andamento de processo na Justiça comum, todo médico denunciado também está sujeito à apuração da denúncia nos Conselhos Regionais de Medicina, que são tribunais de ética e investigam a conduta no exercício da profissão.
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