quinta-feira, 31 de outubro de 2019

VÍDEO: mulher perde bebê e acusa médico de negligência em Sousa: “Quero justiça pela morte do meu filho”

Um dos profissionais que atendeu a paciente foi o médico conhecido como “Chico de Clota”, ele falou que realizou todos os exames necessários na paciente



A reportagem do Diário do Sertão conversou nesta quinta-feira (31) com a dona de casa Maria Nubelia Juvencio, que fez denúncias graves contra o Hospital Regional de Sousa. No dia 10 de outubro do corrente ano, Maria que estava grávida de noves meses, perdeu o bebê e acusa a equipe médica de negligência.

O primeiro atendimento
Maria Nubelia revelou que dia 06 de outubro sofreu uma queda e passou a sentir dores, momento este em que procurou assistência médica no Hospital Regional de Sousa.


Voltou para casa¹
A dona de casa disse que ao chegar no hospital, foi atendida pelo médico de plantão que a medicou com buscopan e disse para voltar no dia seguinte para realizar ultrassonografia.


Voltou para casa²
Maria Nubelia disse que na segunda-feira (07), retornou novamente ao Hospital e foi atendida pelo mesmo médico de plantão do dia anterior que fez ultrassom e constatou que o bebê estava bem. Fez exame de urina e detectou infecção urinária leve, mas nada que afetasse ao bebê. Foi medicada e retornou para sua residência.


Dona de casa acusa médico de negligência

Voltou para casa³
Na noite do dia 09 de outubro de 2019, quarta-feira pela noite, Maria Nubelia acorda assustada sentindo muita dor e perdendo sangue e liquido, retorna imediatamente ao Hospital Regional de Sousa. O médico chegou a fazer exame de toque, constatou o sangramento e ainda assim mandou a paciente ir para casa e retornar se as dores aumentassem.


Morte do bebê
No dia 10 de outubro de 2019, quinta-feira, Maria Nubelia retornou pela terceira vez ao Hospital Regional de Sousa, agora com uma perca ainda maior de sangue e sem sentir o seu filho mexer e ao fazer uma ultrassonografia foi constatado que seu filho estaria morto.


O médico Chico de Clota prestou esclarecimentos sobre o caso

Outro lado
Um dos profissionais que atendeu Maria Juvêncio foi o médico Francisco Queiroga Gadelha, mais conhecido como “Chico de Clota”, ele prestou entrevista ao Diário do Sertão e disse que realizou todos os exames necessários na paciente:

“Examinei o abdômen, fiz o toque vaginal, não tinha perca sanguínea, a ausculta fetal positiva e minha conduta foi pedir uma ultrassonografia. A paciente estava sendo tratada de uma infecção urinária que é uma das grandes causas de aborto e de óbito fetal. Não é cabível essa denúncia, pois, eu tomei todas as condutas para o caso”, disse Chico de Clota.

Polícia investiga nova denúncia de maus-tratos em clínica

Família alega que paciente que morreu há duas semanas foi vitima de negligência

Enquanto a 5ª Vara Criminal de Londrina se prepara para dar início à fase de instrução do processo que julga denúncias de suposto crimes contra dois diretores e seis funcionários de duas clínicas psiquiátricas de Londrina, outra suspeita de maus-tratos e morte nas instituições é investigada.

Direção da Clínica Psiquiátrica de Londrina informou que fez "todo o possível" para o
tratamento da paciente

De acordo com Lilian Guimarães Mello, a irmã dela, Tatilaine Brizola Guimarães, 36, deu entrada na Clínica Psiquiátrica de Londrina fisicamente bem, "falando e andando", mas morreu no dia 12 de outubro por suposta negligência no atendimento. A internação ocorreu em 27 de setembro após encaminhamento do Hospital Carolina Lupion, em Jaguariaíva, cidade em que família mora, a 270 quilômetros de Londrina.

Diagnosticada com transtorno bipolar, Tatilaine teve febre alta e precisou ser transferida para o HU (Hospital Universitário) no dia 11 de outubro, já com os rins paralisados e após ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico, trombose e choque séptico pulmonar. No HU, ainda passou por procedimento para poder respirar, mas morreu durante a madrugada.

Tatilaine havia passado a apresentar sintomas de ansiedade e distúrbio do sono aos 19 anos e já havia sido internada na mesma clínica, em 2016, período em que eram permitidas visitas pelos familiares. "Pedimos para um casal de amigos para ir visitar no domingo (29) e eles disseram que ela continuava agitada, mas estava com febre. No dia 8, quando meus pais foram para visitá-la, foram proibidos. Minha mãe começou a passar mal e a levaram para uma visita monitorada, com psicólogo, médico e assistente social. Ela já estava entubada com o lado esquerdo paralisado", descreveu a irmã.

A paciente fazia uso contínuo de antidepressivo e hormônio para o funcionamento da glândula tireoide e nunca foi agressiva, apenas inquieta. Ela deixa uma filha de seis anos.

Lilian afirma que a irmã não foi alimentada e hidratada corretamente durante a internação e teria sofrido uma overdose medicamentosa. Após a constatação da morte, o pai foi à Clínica solicitar cópia do prontuário médico, o que não foi concedido. Em seguida, um boletim de ocorrência foi registrado.

Em nota, a diretoria da Clínica, a médica Carolina Alves de Moraes Nicolau, disse que a instituição fez "todo o possível" para o tratamento da paciente Tatilaine Brizola Guimarães por 11 dias e lamentou com "pesar e tristeza" a morte dela no Hospital de Londrina. "A paciente teve choque séptico com AVC tronco encefálico antes de ser transferida para HU prontamente pelo Samu. A Clínica enviou uma enfermeira para acompanhar a paciente, mas, infelizmente, ela tinha trombofilia, uma doença de alteração sanguínea com trombos que foram para o coração e cérebro, ainda desconhecida da família", disse Nicolau.

A diretora da clínica também esclareceu que um AVC tronco encefálico não é compatível com a vida e as medicações administradas durante a internação não alteraram o quadro nem foram a causa da morte.

O advogado Marcos Dauber, que defende a Clínica Psiquiátrica de Londrina e Vila Normanda, rechaçou as acusações de maus-tratos e disse que os diretores ainda não foram intimados  formalmente a prestar esclarecimentos. E que, caso sejam, colaborarão com as investigações assim como têm feito em todos os outros casos.

Segundo o Ministério Público, uma série de irregularidades contra pacientes foi constatada, como alimentação inadequada, leitos sem enxoval,utilização de medicamentos sem justificativa, ausência de registro de agressões e tentativas de fugas e até utilização de carimbos de médicos que não trabalhavam mais nas clínicas para suposta extensão do tratamento.

Em fevereiro, a Clínica Psiquiátrica de Londrina  e a Vila Normanda foram alvo de operação do Ministério Público que apurou, também, a possível prática de falsidade ideológica em prontuários médicos contra o Sistema Único de Saúde, o que resultou na acusação de organização criminosa contra diretores.


quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Pedreiro alvo de negligência médica no Norte de Minas será indenizado em mais de R$ 12 mil


A cidade de Várzea da Palma, no Norte de Minas, deverá indenizar um pedreiro que não recebeu o tratamento adequado para fratura no punho esquerdo.  Ele receberá R$ 8 mil por danos morais e R$ 4 mil por danos estéticos, além de quatro salários mínimos a título de lucros cessantes, pelo período em que ficou sem trabalhar.

Conforme relatado nos autos, o pedreiro sofreu um acidente, fraturou o punho, compareceu ao hospital municipal de Várzea da Palma por diversas vezes e, apesar das radiografias e de ser atendido por diferentes médicos, teve o braço apenas engessado, quando o correto seria uma cirurgia.

Em primeira instância, o município foi condenado a pagar ao autor da ação quatro salários por lucros cessantes, indenização de R$ 6 mil por danos morais e de R$ 1 mil por danos estéticos.

Recursos

Ambas as partes recorreram. O pedreiro alegou que o valor fixado para reparar os danos morais e estéticos estava abaixo do devido. Afirmou ter sido tratado de forma desumana, exposto a situação humilhante, tendo que conviver com uma deficiência física permanente. Requereu ainda pensionamento vitalício.

Já o município de Várzea de Palma alegou que os profissionais adotaram todas as medidas necessárias ao caso, sendo o procedimento realizado o que mais se adequava ao quadro clínico do paciente, naquele momento.

Destacou que, uma vez constatado que o tratamento conservador não produziria o resultado esperado, a cirurgia somente não foi feita por culpa exclusiva do paciente, que preferiu recorrer a Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Ainda de acordo com o município, o pedreiro não comprovou os danos morais e estéticos de forma efetiva, pois o laudo pericial nada menciona a respeito da existência de traumas psicológicos sofridos por ele.

Falha na prestação do serviço

Para o relator da ação, desembargador Maurício Soares, a falha na prestação de serviço foi atestada pelo laudo pericial, que constatou a existência de negligência médica. A perícia concluiu também pela incapacidade laboral em caráter parcial e permanente do pedreiro, com dano estético em grau mínimo.

Ressaltou não haver dúvidas de que há prejuízo estético a ser indenizado, pois, ao contrário do que defende o município, o dano em grau mínimo não se confunde com a ausência de dano.

O magistrado majorou as indenizações por danos estéticos e morais, respectivamente, para R$ 4 mil e R$ 8 mil, considerando os valores mais condizentes com o contexto dos fatos. Em relação aos lucros cessantes, manteve o determinado pela sentença.


Conselho de Enfermagem investiga caso da bebê que caiu de incubadora em maternidade de Belém

Uma técnica de enfermagem cuidava da bebê na UTI neonatal do hospital. O caso também é investigado pela Polícia Civil do Pará. Os pais da criança entraram com processo pedindo indenização.


Conselho de Enfermagem inicia investigações sobre queda de bebê em maternidade de Belém

O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) do Pará abriu um procedimento para investigar as responsabilidades da profissional técnica que cuidava da bebê que caiu de uma incubadora, na UTI neonatal de uma maternidade particular em Belém. A cena foi mostrada no último domingo (27) no Fantástico, e está sendo investigado pela Polícia Civil do Pará como lesão corporal, omissão de socorro e abandono de incapaz. Os pais da criança também entraram com um processo cível pedindo indenização ao hospital.

Segundo a presidente do Coren, Danielle Cruz, as imagens não deixam dúvidas de que houve negligência no procedimento adotado pela equipe médica antes e depois do acidente. "O profissional deixou de realizar uma atividade que deveria ter realizado, pois o procedimento correto deveria já começar os exames para saber qual o estado da criança, mas a reportagem mostra que teve uma certa demora", afirmou. Após as investigações, a profissional pode sofrer uma censura ou até a cassação do exercício profissional, segundo Cruz.

Nas imagens, a técnica de enfermagem carrega uma bebê de três meses no colo, coloca a criança na incubadora e tranca só um dos lados. A menina se mexe e cai de uma altura de 1,40 metro no chão. A médica resgata a bebê e entrega para a técnica de enfermagem, até que a mãe chega e ninguém explica o que aconteceu.

Quando viu a filha machucada, a mãe Jéssica Machado entrou em pânico. "Eu só quero saber o que aconteceu. A técnica disse que não tinha acontecido nada, que a minha filha simplesmente estava deitada na incubadora e encostou na portinha, o que teria formado aquele ferimento", disse.

O caso aconteceu em maio deste ano. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que a bebê fraturou o crânio e teve um hematoma no couro cabeludo.

Segundo a Polícia, a médica negou que mentiu para a mãe sobre a queda. Já a técnica de enfermagem disse, em depoimento, que trancou a incubadora e que, de acordo com o protocolo, quem deveria contar à mãe seria a médica.

"A verdade deve ser dita por todos ali, mas no momento o profissional que deveria fazer o repasse das informações deveria ser o profissional de nível superior, no caso a médica", disse Cruz, presidente do Coren-PA.

O Hospital Saúde da Criança não informou se alguém da equipe médica foi afastado, mas disse que os profissionais estão treinados e atualizados nas mais modernas técnicas de atendimento médico. O hospital disse ainda que a maternidade agiu com total transparência prestando assistência médica e psicológica necessária, com o devido acompanhamento da família, até a alta médica da paciente.

O pai Roberto Machado disse que o acidente causou revolta. "O que nos causou realmente muita tristeza e revolta é a omissão, queríamos saber o que aconteceu, afinal de contas somos os pais", comentou.

A criança que nasceu prematura, com problema de refluxo, tem oito meses e está bem. Para o pai, a sobrevivência é um milagre. "Nós a consideramos uma verdadeira vitoriosa, a prova viva de um milagre", afirmou.


Bebê de 10 meses morre após ser medicado em hospital de São Paulo


Foi enterrado nesta terça-feira (29), o bebê de 10 meses que morreu após ser medicado em um pronto socorro em São Paulo. A família acredita em erro médico.

O bebê Feliphe Gabriel deu entrada no hospital no último domingo (27) por volta das três horas da tarde. Segundo a ficha de atendimento, o bebê apresentava febre, vômito e diarreia.

A família suspeita de que houve um erro e que esse erro levou à morte o menino Felipe Gabriel. Por isso registrou um boletim de ocorrência e decidiu que vai entrar na Justiça contra o hospital e os profissionais mais diretamente envolvidos no caso.


terça-feira, 29 de outubro de 2019

Corpo de bebê que teria sido incinerado por engano é encontrado, diz Secretaria de Saúde

Segundo comunicado da SMS, 'corpo do recém-nascido Rogério Cardoso de Almeida Filho foi localizado nas dependências da empresa Resíduo Zero e será entregue à família'


Corpo de bebê que teria sido incinerado por engano é encontrado, diz Secretaria de Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) informou, na manhã desta segunda-feira (28), que o corpo do bebê que ela deu como incinerado, foi encontrado nas dependências da empresa responsável pela coleta de resíduos biológicos (veja comunicado completo no fim da reportagem).

O corpo do recém-nascido, que nasceu prematuro, sumiu na Maternidade Marlene Teixeira após ter sido recolhido, segundo a SMS por engano, junto com o resíduo biológico. A secretaria culpa a empresa que faz a coleta do resíduo pelo problema, que, por sua vez, aponta que a falha foi do hospital.

O corpo do recém-nascido, que nasceu prematuro, sumiu na Maternidade Marlene Teixeira após ter sido recolhido, segundo a SMS por engano, junto com o resíduo biológico. A secretaria culpa a empresa que faz a coleta do resíduo pelo problema, que, por sua vez, aponta que a falha foi do hospital.

Ainda de acordo com a nota, "o corpo do recém-nascido estava devidamente identificado, acondicionado em refrigeração, quando foi recolhido de forma equivocada pela empresa, que informou erroneamente à Administração da Secretaria que já havia incinerado o material".

Sobre a localização do corpo, a Resíduo Zero Ambiental disse que “em nenhum momento a empresa informou que o resíduo coletado havia sido incinerado. A Maternidade e a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia se precipitaram erroneamente ao afirmarem isso” (veja posicionamento completo no fim da reportagem).

Menino que recebeu o mesmo nome do pai chegou a ser registrado, em Aparecida de Goiânia

A empresa informou também que a coleta “dos resíduos hospitalares foi realizada conforme o procedimento, com atestação de servidor da maternidade, que assinou o documento”.

Rogério Cardoso de Almeida Filho nasceu na tarde de quinta-feira (24). O bebê, que nasceu de sete meses, viveu por cerca de 12 horas e morreu ainda no hospital.

De acordo com a família, depois que conseguiram todos os trâmites necessários para enterrar o recém-nascido, chegaram à maternidade com o serviço funerário para buscar o corpo dele havia sumido.

Após mais de um dia sem saber onde o corpo do filho estava, os pais receberam a notícia de que ele havia sido incinerado por engano.

No entanto, nesta segunda-feira, a SMS disse que achou o corpo ainda nas dependências da empresa responsável pela coleta de resíduos biológicos.

Delegacia especializada Aparecida de Goiânia Polícia Civil Goiás 

Investigação


O delegado Henrique Berocan disse que o corpo foi achado durante uma busca da Polícia Técnico Científica no local onde ficam os rejeitos biológicos recolhidos pela empresa Resíduo Zero Ambiental.

“Não tem outro corpo para estar lá. Os fetos não são rejeitados naquele local. [...]A gente vai apurar tudo, ouvir todos os lados. A gente não pode descartar nada. Vamos investigar do atendimento ao descarte”, garantiu.

Rogério diz que a esposa só chora e está à base de medicamento, Goiás

Ainda de acordo com o delegado, o dono da empresa foi ouvido nesta manhã e reforçou o que dizia a nota divulgada no final de semana: que eles não têm autorização para abrir os sacos de resíduos, por isso não sabiam o que estava dentro.

De acordo com Berocan, ainda há dúvida sobre o tipo de crime cometido, mas houve um erro e ele será identificado.

“É o mínimo que a gente pode fazer por esse casal, nem imagino a dor que eles estão sentindo. O tipo do crime vai depender muito da motivação. Um ilícito civil e administrativo com certeza ocorreu. A família pode solicitar uma indenização por danos morais, por exemplo”, explicou.

Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, Goiás 

Família


Advogado que representa a família, Rubens Barbosa disse que estão todos muito abalados com toda a situação e estão preferindo não falar. De acordo com ele, o corpo está no Instituto Médico Legal (IML) onde deve passar por exames.

“Vou pedir que eles façam também uma perícia, se possível, para apurar se houve algum erro médico que possa ter contribuído para a morte dele, por exemplo. Eles vão lá mais tarde para reconhecer o corpo e vamos tomar as providências para o enterro”, disse.

O defensor disse que também quer contribuir com as investigações da Polícia Civil para esclarecer o que aconteceu exatamente nesse trâmite, e que vai avaliar com os clientes a possibilidade e entrar com uma ação cível contra os responsáveis.

“Primeiro vamos ver a investigação, que é o mais importante. Quero depois conversar com o delegado para ver a possibilidade de juntar uma procuração”, completou.

Comunicado da SMS de 28 de outubro de 2019


A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia informa que o corpo do recém-nascido Rogério Cardoso de Almeida Filho foi localizado nas dependências da empresa Resíduo Zero e será entregue à família para sepultamento.

A Secretaria esclarece que aguarda as conclusões das investigações policiais e que irá aplicar todas as sanções cabíveis aos responsáveis. A pasta também implementou sindicância administrativa e estabeleceu um Grupo de Intervenção Hospitalar para fiscalização da Maternidade quanto ao cumprimento de todos os protocolos estabelecidos pela Secretaria.

Conforme explicado anteriormente, o corpo do recém-nascido estava devidamente identificado, acondicionado em refrigeração, quando foi recolhido de forma equivocada pela empresa, que informou erroneamente à Administração da Secretaria que já havia incinerado o material.

A Secretaria lamenta profundamente todo o ocorrido e afirma que está oferecendo assistência aos familiares.

Comunicado da Resíduo Zero Ambiental em 28 de outubro de 2019


A Resíduo Zero Ambiental esclarece que é responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos e perfurocortantes das unidades de saúde municipal de Aparecida de Goiânia.

Os resíduos são coletados conforme procedimento operacional específico, que, entre outros, veda expressamente a violação dos resíduos por parte de seus funcionários, para evitar qualquer tipo de contaminação.

A coleta dos resíduos hospitalares na Maternidade Marlene Teixeira foi realizada na sexta-feira, 25. Como de praxe, no local de sempre, indicado pela maternidade, sem que os colaboradores da Resíduo Zero Ambiental tivessem acesso às demais dependências internas da maternidade (apenas ao local determinado para descarte de resíduos).

A coleta dos resíduos hospitalares foi realizada conforme o procedimento, com atestação de servidor da maternidade, que assinou o documento (Ticket de Pesagem) às 14h40.

Em seguida, os resíduos foram encaminhados para a empresa seguindo o rito para o processo de tratamento.

Embora parte dos resíduos coletados na última sexta-feira tenham recebido tratamento térmico no mesmo dia, o corpo estava em outro container, que ainda não havia passado pelo processo de tratamento.

Em nenhum momento a empresa informou que o resíduo coletado havia sido incinerado. A Maternidade e a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia se precipitaram erroneamente ao afirmarem isso.

Após tomar conhecimento da possibilidade de existir um corpo dentro de suas instalações, a empresa determinou que o resíduo armazenado não fosse tratado até que as buscas ou perícias fossem realizadas adequadamente pela Polícia Civil e peritos.

A Resíduo Zero Ambiental lamenta o ocorrido. A empresa contribuiu para os esclarecimentos dos fatos, fornecendo as devidas informações e permanecendo à disposição da Polícia Civil e demais autoridades.

Por fim, novamente presta sua solidariedade à família e permanece à disposição para informações adicionais acerca de suas atividades.

Comunicado da SMS de 26 de outubro de 2019


A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia esclarece que nesta sexta-feira, 25, um recém-nascido, em estado de prematuridade extrema, veio à óbito na Maternidade Marlene Teixeira. Como a causa da morte já havia sido verificada, a equipe da Maternidade procedeu conforme protocolo e acondicionou o corpo, devidamente identificado, em local adequado até a vinda da empresa funerária.

Porém, quando a empresa chegou ao local para recolher o corpo, este não foi localizado. A SMS informa que imediatamente acionou as autoridades policiais e que contribuiu com as investigações.

Por meio do que foi apurado, administrativamente e também pelas autoridades policiais, chegou-se ao indicativo de que a empresa responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos cometeu um equívoco e levou o corpo do recém-nascido para incineração, o que é procedimento de praxe no caso dos resíduos biológicos.

A Secretaria de Saúde de Aparecida destaca que irá aplicar junto aos responsáveis pelo erro todas as sanções cabíveis.

A Secretaria lamenta profundamente o ocorrido, se solidariza com os familiares e informa que prestará toda assistência e reparos que estiverem ao alcance da gestão municipal.

Comunicado da Resíduo Zero Ambiental em 26 de outubro de 2019


A Resíduo Zero Ambiental externa sua consternação e solidariedade à família enlutada.

A empresa esclarece que não viola o resíduo hospitalar recolhido de seus clientes, que é armazenado em depósito específico de responsabilidade de cada hospital. A separação e acondicionamento do resíduo hospitalar é feito pela unidade de saúde. A empresa apenas recolhe e imediatamente encaminha para o processo de tratamento térmico, conforme regulamentações e normas vigentes. A empresa não é responsável pelo resíduo que é colocado para ser coletado e tratado.

A Resíduo Zero Ambiental reforça que prima por procedimentos técnicos operacionais do mais alto padrão de qualidade e que nada de anormal foi identificado em suas operações no dia do ocorrido.

Por fim, manifesta sentimento de profunda tristeza e se coloca à disposição para informações e esclarecimentos acerca dos seus serviços.


ESPAÇO ABERTO: Descaso da Sesau compromete saúde em Guajará-Mirim


VERGONHA

O que acontece na saúde em Guajará-Mirim é um exemplo de incompetência, descaso e desleixo com o dinheiro público. Gestores inoperantes ignoram a dor de quem precisa do atendimento na saúde e parecem pouco se importar com a possibilidade de que alguém realmente venha a ser responsabilizado por mais uma obra inacabada. Estou falando do Hospital Regional iniciado em 2013 e que deveria ser concluído em 02 anos.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Caso Kiara: Médica é sentenciada a dois anos de prisão por negligência


Após cinco anos, a 3° Vara Criminal da Justiça Estadual em Foz do Iguaçu, sentenciou a médica denunciada pelo Ministério Público Estadual, de negligência no atendimento da menina Kiara dos Santos Aleixo, de três anos.

A criança morreu no Hospital Municipal Germano Lauck, em 2014, vítima de um quadro agravado de catapora (varicela).

A médica Marelby Jacqueline Calvo Echeverria, foi sentenciada a dois anos de prisão pelo crime de homicídio simples. A pena é em regime aberto, porém, como a ré não é reincidente o juiz substituiu a restrição de liberdade por prestação de serviços gratuitos à comunidade durante sete horas por semana, em local a ser definido. A sentença ainda proíbe a médica de sair de casa aos finais de semana.

A Rádio Cultura entrou em contato com a defesa da médica nesta sexta-feira (25), mas o advogado de Curitiba não foi encontrado. Porém, em entrevista à RPC na noite de quinta-feira (25), o advogado de defesa Walter Bino, informou que irá recorrer da sentença. “Devemos recorrer dessa decisão. Antes, porém, provocar o juízo sobre elementos que foram trazidos pela defesa, porém não foram referidos na sentença e em sendo mantido essa tese, devemos recorrer ao Tribunal de Justiça através de uma apelação”, disse.

O atual secretário municipal de Saúde, Nilton Bobato, informou que a médica não trabalha mais para a rede pública de saúde de Foz do Iguaçu. “Era uma médica contratada, que não tem mais contrato com o município. A gente lamenta que casos como esse ocorram, mas bom que a justiça vem sendo feita”, disse.

Caso

Kiara foi internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Jardins das Palmeiras no dia 5 de dezembro de 2014, com suspeita de catapora. A criança foi transferida para o Hospital Municipal Germano Lauck, após o quadro de saúde se agravar.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o primeiro contato da paciente com a médica aconteceu após 13 horas de internação, “mesmo reiteradamente acionada pela equipe de enfermagem sobre o progressivo agravamento do estado de saúde da criança”, diz a denúncia.

A criança morreu no domingo, dia 7 de dezembro de 2014. O exame de necrópsia constatou “choque séptico e varicela hemorrágica”.

Relembre matérias sobre o caso:


Mãe de menina conta que situação se complicou durante a madrugada


Diana dos Santos, mãe da menina Kiara dos Santos Aleixo (3), que morreu no Hospital Municipal apresentando varicela, participou nesta terça-feira (9) do programa Contraponto, na Rádio Cultura. Acompanha do avô da criança, Valter Santos, a mãe contou que tanto Kiara, quanto o outro filho apresentavam quadro de varicela. O garoto se curou da doença, mas a menina continuava com os sintomas e no sábado (6) foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento 24h, onde foi isolada para não contaminar outras crianças e em seguida levada para o Hospital Municipal.
Ainda na UPA, a mãe contou que a criança recebeu medicação e a febre baixou. “Falaram que ela estava com suspeita de dengue”, disse. Já no hospital, a mãe relatou que a doença começou a se agravar durante a madrugada. “Ela se agravou a noite e pela manhã amanheceu inchada. Ela parou de fazer xixi e eu chamei as enfermeiras, que disseram que não poderiam fazer nada até a médica chegar”, disse Diana.
Ainda segundo a mãe, no quarto do hospital a janela não abria e fazia calor. As enfermeiras permitiram que a família trouxesse um ventilador. “De madruga ela viram que ela estava inchando e ligaram para a médica, que mandou refazer os exames. Colocaram uma sonda que não deu para fazer o exame de urina dela. Falaram que o exame sairia em duas horas e que a médica viria para dizer o que ela tinha”, relatou.
Diana contou ainda, que após as 2 horas da madrugada começou a cair a temperatura do corpo da menina e que as enfermeiras trouxeram aquecedores e cobertores. “A médica veio e já na porta viu que ela não estava bem e já mandou para a UTI”.