quarta-feira, 31 de julho de 2019

ALERTA: O que é violência obstétrica e como se defender na justiça

"Há gestantes que, infelizmente, são obrigadas a passar por procedimentos sem sua autorização ou contra sua vontade"


Depois da mulher esperar nove meses, vem o tão aguardado momento de ter o bebê. Porém, o sonho pode se tornar pesadelo, principalmente, por conta de maus tratos físicos, verbais, psicológicos, ou até mesmo a negligência, vindos dos profissionais da saúde que seriam, em tese, responsáveis pelos bons cuidados durante a gestação, parto ou o pós-parto. Essas práticas são chamadas de violência obstétricas. 

Rondoniaovivo

Família de grávida acusa Imip de negligência

De acordo com denúncia da mãe da paciente, o Imip se recusou a transferir a paciente; hospital diz que prestou toda assistência necessária


A mulher deu entrada no Imip na semana passada

Grávida de 34 semanas, uma auxiliar administrativa passou por momentos traumáticos nos últimos dias. O que deveria ser felicidade, se transformou em tragédia. Após uma série de complicações na gestação, infelizmente, ela perdeu o bebê. De acordo com a mãe da jovem, a filha foi vítima de negligência no Imip, o hospital onde estava internada.

A mulher deu entrada no Imip na semana passada. Durante o período de internação ela sentia fortes dores. De acordo com a denúncia da mãe, o hospital se recusou a transferir a paciente; os médicos também não recorreram a cesárea. Ainda enquanto solicitava auxílio para evitar a morte da filha ou do bebê, a mãe da jovem entrou em contato com o Ministério Público, mas foi solicitado que ela aguardasse cinco dias para tentar alguma solução.

Resposta do Imip


Em nota, o Imip informou que a paciente de 27 anos deu entrada na emergência obstétrica do hospital, no dia 23 de julho, com 34 semanas de gestação, e apresentando uma gravidez de alto risco. A equipe do hospital informou também que prestou toda a assistência necessária à gestante e ao bebê, mas diante da gravidade do quadro do recém-nascido, ele faleceu logo após o nascimento.

Confira a nota completa:

O IMIP informa que a paciente P.C.M.S., de 27 anos, deu entrada, na emergência obstétrica do IMIP, no dia 23.07, com 34 semanas, apresentando uma gravidez de alto risco. A equipe prestou toda a assistência necessária à gestante e ao bebê, mas, infelizmente, diante da gravidade do quadro do recém-nascido (prematuridade, hidropsia fetal /edema, tumor abdominal e cardíaco ), o mesmo veio a óbito ontem (29) logo após o nascimento. A mãe encontra-se em observação na UTI Obstétrica, com quadro estável.


Indenização de R$ 50 mil por erro médico faz justiça e 'derruba' corporativismo médico

Bebê de oito meses foi operada sem necessidade e morreu após procedimento



Decisão judicial que condenou o Hospital Regional em Campo Grande a indenizar a mãe de um bebê, em R$ 50 mil, morto após erro médico, quebra paradigma e afronta o corporativismo médico que impera por aqui. O Conselho Regional de Medicina, no entanto, se cala e nada comenta sobre os profissionais que atuaram no caso, ocorrido em 2012. 

Conforme decisão da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, em março de 2012, uma bebê de oito meses recebeu vários diagnósticos e foi operada sem necessidade, até ser descoberto que era acometida de leishmaniose visceral. 

A publicação diz que a criança chegou à unidade de saúde em bom estado, apesar de febril. Ela estava com dificuldade em evacuar. Dos vários diagnósticos errados, um era de "nó na tripa que entrou no anel do estômago". 

Depois da cirurgia, segue o TJ, a mãe da bebê foi informada que não se tratava daquilo que havia sido inicialmente diagnosticado, mas sim de infecção. Também houve indicação que ela teria hepatite e anemia. Porém, após a cirurgia, a pequena sofreu uma parada cardíaca e veio à óbito. 

A condenação do hospital em primeira instância foi de R$ 20 mil. Segundo a advogada que defendeu a mãe da criança, Natália Vilela Borges, a defesa recorreu do valor, que chegou a R$ 50 mil. 

A defesa do HR alega ausência de nexo causal entre o procedimento adotado e os danos mencionados, ou seja, a morte da criança. 

O que diz o CRM 

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul, responsável por apurar condutas dos profissionais informou, por meio da assessoria, que o órgão não pode informar se há apuração contra os médicos do caso. 

O silêncio, apesar do interesse público, se mantém mesmo após condenação em segunda instância, já que, segundo a entidade, as apurações do CRM são distintas da Justiça.  

A reportagem informou ao CRM o nome de dois profissionais pediatras, cujos nomes constam no processo, mas ainda não tivemos resposta.  

terça-feira, 30 de julho de 2019

Caos na saúde pública: morrem mãe e bebê em maternidade de Rio Verde


O descaso na saúde pública de Rio Verde continua fazendo vítimas fatais.
Nesta terça-feira (23), a Polícia Civil de Rio Verde instaurou inquérito para apurar a causa da morte de uma gestante e seu bebê.
O fato ocorreu  o dia 22 de julho, tendo como vitima Tatiana Oliveira Silva Cunha que faleceu após ir para a uma maternidade dar a luz. O bebê também morreu.
Há suspeita de negligência médica.
O G24H está apurando fato e vai voltar a este assunto.


Mãe reclama de falta de médico em hospital de Senador Guiomard

Hospital de Senador Guiomard atende com um médico por plantão, diz direção. Mãe buscou atendimento para filha, de 4 anos, que tinha machucado o braço.

Uma microempresária de Senador Guiomard, interior do Acre, buscou atendimento para a filha de 4 anos no hospital da cidade e saiu de lá revoltada. A mãe afirma que a unidade tem apenas uma médica e tinham várias pessoas doentes no local, nesta quarta-feira (24).


A mãe, que pediu para não ter o nome divulgado, afirmou que um dos pacientes que esperava atendimento chegou a deitar no chão do hospital com dor. Segundo ela, o homem ficou gemendo no chão e ninguém o ajudou.


“Tinha um senhor lá passando mal, estava sentido tanta dor que deitou no chão do hospital. Ninguém atendeu, ficou deitado gemendo, perguntei onde estava a médica e a atendente falou que não sabia e não tinha como informar nada para gente”, afirmou.

Um médico por plantão

O diretor administrativa do hospital, Igor da Silva, confirmou que a unidade recebeu uma grande demanda de pacientes nesta quarta. Ainda segundo ele, geralmente é apenas um médico por plantão, mas que a direção tenta melhorar o atendimento.


“Já aconteceu de ter dois médicos no plantão e não dar nenhum paciente. São casos isolados. Hoje, infelizmente, foi um dia que deu muita gente no hospital para uma médica só. Teve acidente de carro, picada de cobra, mulher grávida e um médico só para atender tudo isso”, acrescentou.

Espera

A moradora contou que buscou atendimento para filha que tinha machucado o braço durante uma brincadeira com outras crianças. Ela chegou por volta das 7h30 desta quarta na unidade, fez a pré-consulta e foi informada que a única médica que atende no local estava para Rio Branco acompanhando um paciente.


“Por volta das 9h ela chegou, entrou e falou que ia atender uma grávida e ia atender a gente. Atendeu essa grávida, encaminhou pra Rio Branco e deixou a gente lá plantada, não atendeu ninguém, reclamou.


Ainda segundo a mulher, os pacientes que procuravam atendimento faziam a pré-consulta e só depois eram informados que a médica não estava na unidade.


“Falei para avisarem antes, que as pessoas ficavam com expectativa esperando. Uma médica para atender vários pacientes, pessoal passando mal, doente, crianças tossindo e não atenderam”, frisou.

Revolta

A mãe afirma que passou a manhã toda na unidade esperando o atendimento e só conseguiu após às 14h, quando a médica passou a atender os pacientes.


“Depois do almoço ela começou a atender porque viu que o povo estava revoltado. Se a médica estava para Rio Branco atendendo, porque não ligaram para outro profissional? Fiquei chateada porque tinha muita gente passando mal, vomitando”, lamentou.

Paciente no chão

O diretor administrativo da unidade lamentou que um paciente tenha ficado no chão do hospital. Segundo ele, a unidade procura evitar esse tipo de situação.


“Infelizmente, pelo fluxo de gente que deu hoje, foi um caso isolado. Não é todo que acontece”, falou. Do G1 Acre



Justiça condena médico do DF por homicídio culposo em razão de negligência

O caso ocorreu em 2012. A vítima, de 17 anos, morreu um dia depois de ter sido atendida pelo profissional



Um médico da rede pública de saúde do DF foi condenado a um ano de prisão em regime aberto e a pagamento de indenização de R$ 70 mil por homicídio culposo devido a negligência.

O caso ocorreu em 11 de agosto de 2012, quando um jovem de 17 anos deu entrada no Hospital Regional do Paranoá (HRP) com súbita e intensa dor torácica, taquicardia e falta de ar.

O adolescente voltou para casa se sentindo muito mal e, no dia seguinte começou a chorar de dor, então, foi levado novamente ao HRP por familiares. Enquanto aguardava atendimento, desmaiou e foi levado para a sala de emergência, onde morreu. A certidão de óbito atestou como causa da morte choque cardiogênico, tamponamento cardíaco e rotura de aorta. 

Na decisão, de 2 abril deste ano, a juíza responsável pelo caso, Ana Letícia Santini, avaliou que o médico fez uma análise superficial dos resultados dos exames do adolescente, o que resultou num diagnóstico errado. 

Além disso, responsabilizou o médico por não registrar no prontuário a interpretação dos exames realizados, considerando essa omissão relevante para o desfecho.

A 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-vida) apresentou a denúncia contra o médico.

Com informações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)


TV Record mostra médicos “cabulando” atendimento no Ambulatório da Criança


Reportagem do Jornal da Record exibida na noite desta sexta-feira, 26, mostra quatro médicos do Ambulatório da Criança e do Adolescente de Guarulhos, situado na rua Oswaldo Cruz, no Centro, ausentando-se do local de trabalho em pleno expediente.

Eles começam o atendimento e cerca de duas horas depois saem para atuar em clínicas particulares ou outros hospitais. Os salários recebidos por eles, segundo o Portal da Transparência, vão de R$ 3 mil a quase R$ 12 mil mensais.

Apesar das imagens bem evidentes que os mostram saindo e só retornando para marcar o ponto no final do expediente, todos negaram as irregularidades. A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Guarulhos informou que irá apurar as denúncias da reportagem.


segunda-feira, 29 de julho de 2019

Pais descobrem que bebê foi trocado no Hutrin; DNA comprova erro

Descoberta foi feita na sexta-feira (26/7), 18 dias após a alta médica. O Hospital de Urgências de Trindade instaurou uma comissão sindicante para apurar o caso e os servidores envolvidos já foram afastados.

Hospital de Urgência de Trindade (Hutrin), onde os bebê foram trocados 

Um casal descobriu que o bebê, nascido no Hospital de Urgências de Trindade (HUTRIN), foi trocado logo após o parto. A suspeita veio ao menos 18 dias depois da alta médica, ao observarem que as características físicas do recém-nascido não eram semelhantes nem as do pai e nem as da mãe. A descoberta foi feita na última sexta-feira (26/7) e um exame de DNA comprovou a troca.

Conforme apurado pelo jornal Goiás Record, da Record TV Goiás, o pai do menino ainda teria ameaçado se separar da mulher por acreditar que o filho não era dele. Depois de desconfiarem que o filho havia sido trocado na maternidade, os pais procuraram a unidade de saúde e foram orientados a fazer o exame de comprovação da paternidade e maternidade.

O resultado no exame de DNA foi liberado na última sexta-feira (26/7), quando a suspeita da família foi confirmada. O recém-nascido criado por eles a mais de 15 dias era filho de outro casal. Ainda não há informações sobre a outra família que também teve o bebê trocado.

Hutrin confirma e apura troca de bebês


Por meio de nota, o Hutrin confirmou a troca dos bebês e informou que instaurou uma comissão sindicante para apurar o caso. Os funcionários que estavam de serviço no berçário nos dias dos nascimentos e alta de mães e crianças já foram afastados.

Leia abaixo o posicionamento na íntegra:

NOTA OFICIAL

O Hospital Estadual de Urgências de Trindade Walda Ferreira dos Santos (HUTRIN) esclarece de forma preliminar o seguinte:

– A direção do hospital tão logo foi notificada da suspeita de troca de bebês instaurou uma comissão sindicante para apurar o caso e afastou as pessoas que estavam de serviço no berçário nos dias dos nascimentos e alta de mães e crianças;- Instaurou um processo ético-disciplinar para apurar responsabilidades no ocorrido;

– Manteve contato com a mãe e com o pai do bebê afim de elucidar o fato em todas as suas possibilidades;- Notificou a mãe e o pai sobre a realização de exames de DNA para comprovar a paternidade e maternidade sobre a criança e estabeleceu como parâmetro a realização de outros exames visando contraprova do fato;

– Está realizando um completo levantamento de todos os nascimentos na data para eliminar todas as dúvidas;- Está selecionando todas as imagens de circuito interno de TV para instruir a investigação e documentar as saídas de pais, acompanhantes e crianças nascidas nesse período;

– O Instituto CEM, Organização Social gestora do HUTRIN e a direção do hospital estão acompanhando com integral cuidado e respeito aos princípios éticos e de responsabilidade para com a saúde humanizada e tratamento aos pacientes atendidos na unidade.


Mãe de criança em estado vegetativo por suspeita de erro médico perde o marido


A criança de quatro anos vive em estado vegetativo após passar por um hospital na zona noroeste de São Paulo. A família afirma que ele ficou assim por um erro médico. O pai de Heitor, que arcava com todas as despesas do filho, foi assassinado essa semana depois de cobrar uma dívida. A repórter Merie Gervásio acompanhou de perto o drama dessa família.


Incêndio atinge hospital e provoca suspensão parcial de atendimento em Igarassu

Segundo a prefeitura, fogo começou na madrugada deste domingo (28) e foi causado por um curto-circuito na sala de esterilização. Não houve feridos.


Curto-circuito causou incêndio no Hospital de Igarassu, no Grande Recife

Um incêndio atingiu o Hospital de Igarassu, no Grande Recife, e provocou a suspensão parcial de serviços, neste domingo (28). De acordo com a prefeitura, houve um curto-circuito na sala de esterilização. O problema ocorreu por causa de uma infiltração, em virtude das chuvas na cidade. Ninguém ficou ferido.

Segundo a secretária de Saúde da cidade, Patrícia Amélia, o incêndio teve pequenas proporções, ocorreu por volta das 2h e o Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas.

Ainda segundo Patrícia Amélia, apenas a sala de esterilização foi atingida pelo fogo, mas o atendimento foi suspenso nas áreas de emergência pediátrica, internamento clínico, bloco cirúrgico e fisioterapia.

Sala de esterilização foi atingida por incêndio no Hospital de Igarassu, no Grande Recife

"Foi uma medida imediata, de prevenção. Na segunda-feira (29), faremos uma revisão total na rede elétrica e, assim, poderemos anunciar uma data para retorno dos serviços. O fogo foi rapidamente controlado e a [Companhia Energética de Pernambuco] suspendeu o fornecimento de energia para o local", afirma Patrícia Amélia.

Continuam funcionando normalmente a emergência adulto, ambulatório, laboratório e setor de imagem. Enquanto os outros serviços estiverem suspensos, os casos de emergência pediátrica serão encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Igarassu.

Os casos de fisioterapia serão atendidos, a partir da quarta-feira (31), na Policlínica São Lucas, em Cruz de Rebouças, e os de internamento clínico seguirão para a rede estadual, bem como os pacientes que já estavam internados no local.

Hospital de Igarassu fica no Grande Recife

G1

Hospital de Canguaretama, RN, é interditado após inspeção da Vigilância Sanitária

Técnicos da Suvisa concluíram que a unidade não tem condições de funcionamento.


Hospital Regional de Canguaretama, no interior potiguar, foi interditado nesta quinta-feira (25), após uma fiscalização da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado (Suvisa)

O Hospital Regional de Canguaretama, no interior potiguar, foi interditado nesta quinta-feira (25), após uma fiscalização da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado (Suvisa). Após a inspeção, os técnicos da Suvisa concluíram que a unidade não tem condições de funcionamento.

De acordo com Leila Matos, subcoordenadora do órgão fiscalizador, o hospital foi notificado outras duas vezes, por inconformidades estruturais. Entretanto, após a terceira visita, nesta quinta, a Suvisa constatou que os problemas não foram resolvidos.

Hospital Regional de Canguaretama foi interditado nesta quinta-feira (25)

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), disse, através de nota, que, por causa do Decreto de Calamidade Financeira, não foi possível executar em tempo hábil as ações para correção das irregularidades encontradas. “O Governo do Estado vai intensificar esforços na tentativa de cumprir as exigências impostas pela Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária, para normalizar o serviço o quanto antes”, diz o comunicado.

Ainda segundo Leila Matos, foram encontradas irregularidades em diferentes setores da unidade de saúde. No centro cirúrgico, conta a subcoordenadora, havia mofo, infiltrações e faltava alguns equipamentos. Os procedimentos de esterilização eram feitos em outros hospitais e, em seguida, o material esterilizado transportado para o Hospital de Canguaretama de maneira inadequada.

leila Matos, subcoordenadora da Suvisa

“Encontramos fluxos inadequados no laboratório, lixo hospitalar descartado de maneira incorreta, problemas na farmácia, no setor de alimentação. Foi inevitável a interdição”, alega Leila Matos.

Funcionários e pacientes


Ao todo, 108 funcionários estão lotados no hospital. Segundo eles informaram, a direção os orientou que fossem para casa e aguardassem o remanejamento para outras unidades de saúde do Estado.

Os servidores disseram também que havia dois pacientes, ambos idosos, internados no Hospital de Canguaretama, no momento da interdição. A Central de Regulação da unidade conseguiu, no fim da tarde, as vagas para os dois no hospital da cidade de Santo Antônio.

Entretanto, de acordo com a Central, os pacientes se recusaram a ser transferidos para o outro município. Desta forma, receberam alta médica e vão continuar os tratamentos em casa. Um está com pneumonia e o outro com infecção urinária.

Hospital Regional de Canguaretama, no interior potiguar, foi interditado nesta quinta-feira (25), após uma fiscalização da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado (Suvisa)

G1

sábado, 27 de julho de 2019

Médico e hospital indenizarão paciente que sofreu queimaduras durante cirurgia

Médico e hospital terão de indenizar paciente por erro durante cirurgia

Chefe de equipe médica tem o dever de zelar pela qualidade dos materiais usados em procedimentos cirúrgicos. Em caso de erro, a responsabilidade do médico e do hospital é solidária, pois ambos concorreram para o ato lesivo ao paciente, conforme previsto no artigo 25, parágrafo 1º, do Código de Defesa do Consumidor.

Com base nesse entendimento, a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou um médico, chefe da equipe de cirurgia, e um hospital do interior do estado a indenizarem uma paciente que sofreu queimaduras na perna causadas por uma placa de bisturi elétrico usada em um procedimento estético.

Com relação ao hospital, o relator do caso, desembargador José Joaquim dos Santos, afirmou que “não há que se falar em afastamento de sua responsabilidade, que é objetiva, seja pela falha no equipamento utilizado na cirurgia, seja pela negligência dos profissionais que o manusearam durante o procedimento cirúrgico”.

Sobre o médico, o desembargador disse que, “na qualidade de cirurgião chefe, era o profissional responsável pelo bom andamento de todo o procedimento cirúrgico, incluindo a correta acomodação da paciente”. O TJ-SP entende que o médico responde por ato próprio, mas também por quem age sob suas ordens durante a cirurgia, sejam enfermeiros, auxiliares ou outros médicos.

Em primeira instância, a ação foi julgada procedente. O hospital e o médico recorreram e houve divergência na 2ª Câmara com relação à diminuição do valor da indenização. Em julgamento estendido, por maioria, os valores foram fixados em R$ 20 mil a título de danos morais e mais R$ 20 mil por danos estéticos.

1000464-52.2017.8.26.0344

Família será indenizada em R$ 408 mil por erro médico

Menina de 2 anos morreu após cirurgia equivocada, segundo a decisão judicial



A família de uma menina de 2 anos, que morreu na hospital Padre Albino depois de sofrer uma hemorragia causada por uma cirurgia "equivocada", será indenizada em R$ 408 mil. A condenação é contra o hospital, o médico Silvio Antonio Coelho e o Estado, e foi imposta pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Rio Preto, Adilson Araki Ribeiro.

O caso é de 2011. Segundo a sentença, os problemas começaram quando a criança foi levada pelos pais ao Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Votuporanga com sintomas de ressacamento de fezes. Depois de ser atendida, a menina começou a evacuar com sangue, desmaiou e foi levada para a Santa Casa.

No hospital, um raio-X do tórax apontou que a criança tinha bolhas no pulmão esquerdo, "sendo que ela deveria ser transferida para a UTI", afirma trecho da decisão de Araki. Os médicos encontraram a vaga pelo SUS em Catanduva, no hospital Padre Albino. Em vez da UTI, porém, a menina foi colocada no quarto.

Com novos exames, de acordo com a Justiça, a equipe médica do Padre Albino afirmou que a criança tinha uma doença congênita, a qual precisava ser corrigida com uma cirurgia. A mãe chegou a mostrar um ultrassom da gravidez para provar que a criança era saudável. "Além disso, soube que o médico (...) não era especialista em pulmão", aponta Araki.

O juiz ainda cita que a família pediu transferência para Rio Preto, o que não foi concedido a tempo. O médico fez uma drenagem do tórax esquerdo na criança, a menina sofreu sangramento intenso no tórax, teve uma parada cardiorrespiratória e morreu. Segundo os laudos, a cirurgia foi equivocada. Enquanto a tomografia diagnosticou "hérnia diafragmática", no prontuário o médico atestou "adenomatose cística do pulmão esquerdo". "Erro diagnóstico e consequentemente na indicação da drenagem do tórax esquerdo", afirma a perícia. O laudo também apontou que a falta da UTI prejudicou o quadro.

Durante o processo, o médico negou erro. A Fundação Padre Albino e o Estado também negaram responsabilidades. Para o juiz, o hospital deveria ter providenciado o leito de UTI. Já o médico foi condenado por negligência e o Estado por ser o responsável pelo SUS. O pagamento da indenização deve ser dividido entre os três.

O advogado de defesa da família, Anderson Gasparine, considera que houve Justiça. Os réus ainda não foram intimados. Procurados pela reportagem, as defesas do hospital, do médico e a Procuradoria Geral do Estado informaram que, assim que forem notificados, vão analisar a chance de recursos.

O caso

  • Os pais levaram a criança até o AME de Votuporanga porque a filha estava com sintomas de ressecamento de fezes
  • Após a consulta, a menina desmaiou e foi levada à Santa Casa de Votuporanga - um raio-X constatou bolhas no pulmão e os médicos recomendaram transferência para a UTI
  • O sistema SUS apontou o hospital Padre Albino, em Catanduva, como local com vaga. Porém, a internação foi no quarto
  • Após exames, médico recomenda cirurgia - mesmo sem ser especialista. Pais pedem transferência para Rio Preto, mas pedido não é atendido
  • Três dias depois da internação, após procedimento cirúrgico, menina tem infarto e morre
  • Segundo perícia, o diagnóstico do médico foi errado e o procedimento contribuiu para causar a morte - a menina tinha hérnia diafragmática, em vez de adenomatose cística do pulmão
O juiz condenou o hospital Padre Albino, o médico e o Estado



Bebê morre durante parto na BA e família acusa hospital de negligência médica

Caso ocorreu na Santa Casa de Misericórdia de Valença, no baixo sul do estado. Segundo família, médico demorou para fazer o parto.


Segundo família, mulher entrou em trabalho de parto mas não recebeu atendimento do médico, apenas de uma enfermeiras e de estagiárias. Eles dizem que o profissional demorou para fazer o parto

Um bebê morreu durante o parto na Santa Casa de Misericórdia de Valença, no baixo sul da Bahia, na terça-feira (24), e a família do bebê acusa o hospital de negligência médica.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, o caso foi registrado na 5ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Valença, no mesmo dia da morte, quando uma guia para exame pericial foi expedida.

Conforme Elenice dos Santos, mãe da grávida e avó da criança, a família foi até a Santa Casa depois que a filha dela, de 16 anos, sentiu as contrações. Ela estava com nove meses de gestação.

“Minha filha estava com 41 semanas. Por volta das 6h, a minha filha sentiu muitas contrações, e a gente foi correndo para Santa Casa. Chegando lá, ela foi atendida pela enfermeira. Então ficamos aguardando o médico chegar. Ele chegou por volta das 8h, viu todos os documentos e disse que estava tudo certo. Depois que ela foi atendida, ele pediu para levar para a sala que faz o parto. Ficamos aguardando ele no quarto e nada dele voltar”, contou a mulher.

Apesar de receber o atendimento médico logo no início da manhã, Elenice diz que, ao longo do dia, a filha passou a receber atendimento apenas de uma enfermeira e de estagiárias.

“Quando foi umas 11h, a bolsa estourou, e a enfermeira mandou chamar o médico, mas ele não compareceu. Então entrou a enfermeira junto com três estagiárias. Elas me falaram que são estagiárias. O médico nada de comparecer para fazer o parto. Elas pedindo para minha filha colocar força. Como o médico não chegou, ela pediu ajuda das estagiárias”, contou.

“Umas 11h40, a enfermeira mandou eu descer para almoçar, porque depois não ia conseguir mais. Ela disse que era para eu ir. Eu fui com medo, e deixei elas tentando fazer o parto. Até esse momento, o médico não foi até a sala onde ocorria o parto, apesar de estar no hospital. Quando voltei, as 11h50, ele estava fazendo o parto", afirmou a avó da criança.

A mulher disse que por várias vezes, mesmo vendo que a criança não saía, os profissionais não agiram.

“Eles ficaram pedindo para minha filha colocar força e nada da criança sair. O bebê estava preso. Não poderia ser um parto normal. Teve uma hora que ele deu um corte, já que a criança não saía. Quando o bebê saiu, não estava mais com vida. Não estava mais respirando”, afirmou.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, a família registrou o caso na 5ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Valença, no mesmo dia do caso, quando uma guia para exame pericial foi expedida

Em nota, a Santa Casa de Valença informou que realizou todos os procedimentos regulares necessários em relação ao parto. A unidade ainda informou que a gestante tinha realizado o pré-Natal adequadamente e apresentava o feto em boas condições.

"Todo o trabalho de parto transcorreu normalmente e sem eventualidades. Foi feita a ausculta do feto, que apresentava os sinais normais. A bolsa se rompeu por volta das 11 horas da manhã, quando foi observado que o líquido amniótico apresentava-se espesso em decorrência de grande quantidade de mecônio. O parto normal foi realizado por volta das 11h40, avaliado que tecnicamente não havia nenhuma indicação de cesariana. A criança já nasceu sem vida. Foram realizadas as manobras de reanimação, porém não houve sucesso", diz a nota.

O hospital afirma que o parto não foi realizado por estagiários. É um hospital de ensino, que possibilita estudantes de faculdades da região acompanharem procedimentos realizados na unidade, mas o parto foi acompanhado por uma enfermeira obstétrica, com um médico obstetra presente no Centro de Parto Normal à disposição para possíveis eventualidades, bem como a presença de um médico pediatra - procedimento padrão em um Centro de Parto Normal.

O hospital ainda destacou que realiza uma média de 100 partos mensais, com excelente taxa de êxito no que diz respeito à saúde do binômio mãe/filho. A Santa casa também informou que a unidade conta com enfermeira obstetra, médico obstetra e pediatra no setor diariamente, 24 horas por dia.