quinta-feira, 31 de março de 2022

MP de Pinda denuncia falso médico que atendeu na Dutra; ele já é investigado por crime similar

 

Órgão também vai apurar conduta da CCR RioSP, da Enseg, que contratou o fraudador e responsável que teria conferido documentos do investigado



O MPSP (Ministério Público de São Paulo) denunciou no domingo (27), por exercício ilegal da medicina, Gerson Lavísio, o homem que se apresentou falsamente como médico e prestou serviços à concessionária. O órgão também instaurou Notícia de Fato para investigar a conduta da CRR RioSP, da Enseg, empresa responsável pela contratação, e do coordenador regional que teria conferido a documentação do falso médico.

De acordo com o promotor de Justiça de Pindamonhangaba, Jaime Meira do Nascimento Júnior, o acusado se apresentou para atender uma vítima durante ocorrência de acidente de trânsito em 15 de março, na Rodovia Presidente Dutra. Após serem informados de que o homem não era médico, policiais rodoviários federais foram ao local e constataram que o CRM do envolvido estava inativo e pertencia a um médico já morto.

Reincidência 

O denunciado já é alvo de investigação pelo mesmo tipo de crime, que foi cometido em Parelheiros (SP) em dezembro de 2021. Naqueles autos, o MPSP propôs audiência preliminar com proposta de pagamento de multa de R$2 mil ou 30 dias de prestação de serviços à comunidade. Como a situação se repetiu, a promotoria entendeu que não cabe nova proposta e optou por denunciar e sugerir a suspensão condicional do processo por dois anos, mediante cumprimento de condições legais e de pagamento de dez salários mínimos.

Segundo a promotoria, audiência será designada para que, após o recebimento da denúncia, o acusado diga se aceita ou não a suspensão do processo nos termos ofertados. Caso não aceite, será designada data posterior para a audiência de instrução, debates e julgamento. Se aceitar a proposta de suspensão, o acusado não pode ser processado por nenhuma outra infração penal durante esse período de dois anos.

Documentação falsa

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) informou que, em fevereiro deste ano, Gerson Lavisio protocolou pedido de inscrição junto ao Conselho. "No entanto, após checagem da documentação junto aos órgãos competentes, o Cremesp identificou que o diploma apresentado é falso". O órgão enviou e protocolou denúncia ao Ministério Público Federal, informando sobre a apresentação do diploma falso.

Ainda conforme o Cremesp, o falso médico apresentou o protocolo de solicitação de inscrição no órgão, "o que foi considerado suficiente para sua contratação pela Enseg. Vale ressaltar que Gerson não possuía número de CRM e, portanto, não estava habilitado para atuar", disse a nota.

O conselho também esclarece que vai investigar a contratação do falso médico por parte da Enseg e de outras instituições nas quais ele atuou, e que adotará as providências cabíveis.

Outro lado

A  CCR informou que, "até o presente momento, não recebeu nenhuma intimação sobre qualquer procedimento instaurado pelo Ministério Público e que colaborará com o que lhe couber para que os fatos sejam elucidados".



Meon



'Quando abri a porta, ele estava no chão', afirma esposa de homem que morreu em clínica de implante capilar na Bahia

 

Segundo família, clínica não tinha equipamento para reanimar pacientes. Unidade de saúde diz que homem passou mal após procedimento.


Homem morre em Feira de Santana após fazer implante capilar

A esposa do homem que morreu após passar mal em uma clínica de implante capilar em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, acusa a instituição de negligência médica. Cláudio Marcelo de Almeida, de 50 anos, morreu no domingo (27), após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

"Quando abri a porta [da clínica], meu esposo estava no chão, com duas técnicas de enfermagem fazendo reanimação cardíaca nele com a mão. Não tinha aparelho nenhum", afirma Liliane Adorno.

De acordo com Liliane, Cláudio saiu de casa na manhã do sábado (26) para fazer um procedimento de implante capilar. Segundo ela, o médico que atenderia Cládio havia informado que a operação duraria entre quatro a cinco horas.

Durante a tarde, Liliane ficou preocupada com a demora e falta de comunicação do marido e foi até o local, onde foi recebida pela secretária da clínica.

"Fui até lá e a secretária disse que ele estava ótimo, que tinha feito a primeira parte do procedimento", conta.

Homem morre após passar mal em clínica de implante capilar na Bahia

Liliane foi informada que ainda havia uma segunda etapa da aplicação do implante, que ela desconhecia. Segundo ela, a funcionária informou que o procedimento terminaria por volta das 21h, e por isso decidiu voltar para casa.

Às 23h, Liliane foi até a clínica novamente. Ela diz que foi informada que o marido passava bem e que um médico conversaria com ela na recepção. Neste momento, Liliane afirma que ouviu um barulho de oxigênio e decidiu abrir a porta do consultório médico, onde encontrou o marido sendo reanimado por enfermeiras. Ela diz ainda que não havia desfibrilador no local.

"Eu enlouqueci, comecei a gritar. Eu que chamei a polícia, que acionei a Samu", conta.

"O médico não fez nada, nem durante e nem depois. Ele não deixou ninguém filmar, saiu e foi acompanhando a Samu 'a pulso'. Ele chegou no hospital e saiu fugido, não deu nenhuma satisfação", afirma.

Até a ida ao hospital, Liliane acreditava que o marido estava vivo e que tudo ficaria bem. Porém, segundo ela, Cláudio teve uma parada cardíaca às 14h, horário próximo ao que ela esteve na clínica pela primeira vez. O cunhado de Cláudio, Júlio César Silva, também afirma que, segundo o laudo médico, ele teve uma complicação durante a tarde.

A família ainda afirma que apenas um exame de sangue foi solicitado pela clínica e que Cláudio não foi orientado a fazer exames de coração antes do procedimento.

Em nota, a clínica responsável pelo procedimento afirmou que o implante aconteceu normalmente e que, após concluído, Cláudio foi até o banheiro, onde foi encontrado caído no chão momentos depois.

A nota diz ainda que o paciente foi informado sobre o tempo de duração do procedimento, que é de 12h, e que assinou todos os termos de consentimento.

A clínica afirma ainda que o médico responsável pelo implante capilar acompanhou o paciente até o Hospital Geral Clériston Andrade e que a clinica se coloca a disposição da família.

O corpo de Cláudio foi velado e enterrado em feira de Santana. A família da vítima afirma que prestará queixa na polícia contra a clínica.

Cláudio Marcelo de Almeida, de 50 anos, foi enterrado em Feira de Santana








quarta-feira, 30 de março de 2022

Ipiaú: Família de Anatália Paixão anuncia que deverá buscar reparação judicial por suposto erro médico

 



O vereador Cristiano Santos, concedeu entrevista ao Jornal da Nova ao lado de familiares da saudosa voluntária social e agente comunitária de saúde Anatália Paixão, falecida em 23 de fevereiro deste ano aos 38 anos de idade.

Na oportunidade, os familiares manifestaram desejo de justiça pelo que consideram ter sido um “erro médico” que culminou na morte da jovem.

“A partida repentina a gente tenta aceitar mas compreender é difícil. A nossa indignação com relação a essa profissional foi porque durante o nosso sofrimento nem sequer fez uma ligação para nossa familia e não teve um pingo de empatia. Até hoje não nos procurou para dizer que errou e isso dói mais ainda”, comentou Renilda Santos, irmã de Anatália.

Bastante emocionado, o companheiro de  Anatália, Cristiano Santos, também externou o sofrimento pelo qual tem passado desde a morte da sua parceira.



‘Ela sempre foi uma pessoa determinada e muito forte. Tinha muita coragem pra enfrentar tudo que viesse pela frente. Hoje todo mundo que fala de Anatália se emociona e nos consola em saber que ela partiu mas deixou um legado. Planejamos muitas coisas. Pensávamos em vôos mais altos mas a vida nos surpreendeu. Uma mulher como ela é uma em um milhão. Foi como ganhar mais de dez vezes na loteria. A gente quer justiça e a gente vai buscar.  Como cristão eu perdôo, mas não posso deixar esse caso cair no esquecimento”, comentou.



Em um laudo emitido pelo Centro de Estudos em Anatomia Patológica (CEAP) consta que o quadro que levou à morte de Anatália teria sido provocado por “resto de implante hormonal subcutâneo”, causador de um “processo inflamatório crônico com fibrose”.

A filha, Ana Gabriele, de 19 anos, que já atua em movimentos de assistência aos mais carentes na cidade, falou em dar continuidade ao trabalho voluntário social da mãe. ” Penso nela todos os dias. O que de melhor que eu lembro dela é que ela pensava no próximo como ela mesma e eu aprendi isso com ela”, disse.



Ipiaú Online



Mulher compra enxoval para 'Mariana' em SP, mas descobre que, na verdade, espera 'Júlio' após confusão de médico

 

Moradora de São Vicente, Glaucia Priscila do Nascimento, de 37 anos, afirmou ao g1 que descobrir que seria um menino foi assustador.


Balconista de São Vicente descobre que será mãe de menino após erro em ultrassom

Faltando dois meses para dar à luz, uma balconista, de 37 anos, levou um susto ao fazer um ultrassom no começo deste mês e descobrir que não está grávida de uma menina. Moradora de São Vicente, no litoral de São Paulo, Glaucia Priscila do Nascimento disse ao g1 que já estava com o enxoval pronto à espera da Mariana após o médico afirmar que ela estava grávida de uma menina em novembro do ano passado.

O exame em que o médico disse que Glaucia estava grávida de uma menina foi realizado quando ela estava com 20 semanas de gravidez. "Vimos somente um risco. Como eu queria muito uma menina, já tinha escolhido o nome desde quando eu soube que estava grávida. Seria Mariana", relembra a futura mamãe.

Ela conta que não tem nenhum documento que comprove que o bebê era uma menina, já que o médico apenas disse isso e, por este motivo, ela optou em não divulgar o nome do profissional e a empresa onde o exame foi realizado. "Ao saber que era uma menina, comecei a comprar coisas [do enxoval] e ganhei muito coisa de menina".

Em 11 de março deste ano, a médica pediu um novo ultrassom e foi aí que a Glaucia foi surpreendida com a notícia. "Deu que era menino. Fiquei sem acreditar e, mesmo com pouco dinheiro, fizemos outro ultrassom particular e veio a confirmação de que era um menino mesmo".

Ela detalha como foi o momento em que contou ao marido que a Mariana, na verdade, era um menino. "Eu chorava tanto que ele demorou para acreditar. Só acreditou quando fizemos o ultrassom e ele pode ver que era menino".

"Descobrir que seria um menino foi assustador, não vou negar, porque eu esperava uma menina e ele não tinha nem nome. Tadinho do meu Júlio", conta a mãe que agora já escolheu um nome para o filho.

Com todo enxoval de menina especial para a Mariana, Glaucia conta que está conseguindo doações de um novo enxoval para o Júlio. "Graças a Deus estamos conseguindo doações de pessoas boas que souberam o que aconteceu e me ajudaram".

A balconista, que já é mãe de um menino de dois anos, explica que ainda não tem muita coisa para o enxoval do Júlio. "Parece que coisas de menino é mais difícil e, pelo fato de não conseguir comprar, estou à base de trocas e doações de pessoas conhecidas".

A previsão é que Júlio nasça no fim de maio. "Não julgo o médico [que passou a informação errada], mas lamento muito porque podia ter feito todo o enxoval do Júlio e agora estou muito apertada para comprar, mas já me acostumei com a realidade de ter outro menino", finaliza.

Exame realizado neste mês, apontou que Glaucia está grávida de um menino e não de menina, conforme médico anterior havia dito







terça-feira, 29 de março de 2022

Falta de remédio gera fila de espera para pacientes de quimioterapia do Pérola Byington

 

Medicamento utilizado nos casos de câncer de mama chegou pela última vez em novembro, e há 2 meses há espera por tratamento



Fachada do hospital Peróla Byington, no centro de São Paulo

Fachada do hospital Peróla Byington, no centro de São Paulo

REPRODUÇÃO GOOGLE STREET VIEW

Pacientes que fazem tratamento de quimioterapia no Hospital Peróla Byington, no centro de São Paulo (SP), estão há dois meses sem tratamento devido à falta do medicamento Pertuzumabe, segundo relatos de funcionários da instituição ao R7.

Uma funcionária disse, sob anonimato, que a medicação chegou à unidade pela última vez em novembro e, desde então, as dosagens foram administradas conforme os médicos pediam para os pacientes.

Sem novas remessas, recentemente, o medicamento ficou escasso, gerando uma fila entre pacientes que fazem o tratamento, chegando a dois meses de espera.

“Eles não estão mandando e a gente está mantendo essas pacientes para tomar conforme as dosagens que estão aqui”, relatou a funcionária.

O medicamento é utilizado no tratamento nos casos de câncer de mama e o uso foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em novembro de 2013.

R7 entrou em contato com a SES-SP (Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo) e o Ministério de Saúde, responsável pela distribuição dos medicamentos, sobre a falta do remédio no Peróla Byington.

Em resposta, a SES informou que a aquisição e distribuição são de responsabilidade do Ministério da Saúde, e disse também que o item será regularizado no hospital até o final desta semana.

Já o Ministério da Saúde afirmou que o govenro do estado de São Paulo havia solicitado um quantitativo do medicamento na apresentação de 420 miligramas para o primeiro trimestre deste ano. Segundo a pasta, a demanda feita pela SES-SP já foi 100% atendida. 

Na apresentação de 840 miligramas, o fármaco não faz parte do rol de medicamentos do ministério.

Notícias R7


Pacientes reclamam de falta de atendimento e de remédios em pronto socorro em Belém

 

Moradores relataram problemas no Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti neste sábado. Sesma disse que há alta demanda e que alguns casos foram direcionados para pronto socorro no Guamá.


Moradores reclamam de lotação e falta de atendiment6o no PSM 14

Pacientes e familiares reclamam da falta de atendimento, de médicos e de medicamentos no Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti em Belém.

Imagens que circulam em redes sociais mostram a unidade com corredores cheios neste sábado (26).

Moradores da região metropolitana disseram que foram informados também sobre falta de insumos para curativos. Alguns foram orientados a procurar outras unidades de saúde.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou que o local "segue atendendo normalmente casos de urgência e emergência".

A Sesma disse ainda que há alta demanda, " muitos oriundos do interior do Estado" e que há sendo direcionados para o Pronto Socorro do Guamá.

"Os problemas de abastecimento de insumos e medicamentos, que eventualmente ocorrem, estão sendo tratados para a mais breve resolução"', disse a Sesma, sem especificar prazos.




segunda-feira, 28 de março de 2022

Dos 16 hospitais públicos do DF, 7 estão superlotados

 

Unidades de Sobradinho, Ceilândia, Santa Maria, Paranoá, Gama, Taguatinga e Asa Norte operam com 'bandeira vermelha', ou seja, apenas pacientes graves são atendidos. Secretaria de Saúde diz que pacientes 'sem gravidade' devem procurar UPAs.


Fachada do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no DF

Dos 16 hospitais públicos do Distrito Federal, sete estavam com "bandeira vermelha", ou seja, superlotados, nesta quarta-feira (23). As informações são da Secretaria de Saúde do DF.

A situação, conforme a pasta, começou a se agravar na terça (22), e o atendimento passou a ser "apenas para pacientes graves". Os demais doentes são encaminhados para outras unidades de saúde, diz a secretaria.

"As bandeiras decretadas nos hospitais não afetam o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e nem nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A orientação é para que pacientes sem gravidade busquem atendimento nesses locais, que são os mais adequados para quadros clínicos que não requerem urgência", diz a Secretaria de Saúde.

Os hospitais com bandeira vermelha são:


  1. Hospital Regional de Sobradinho: restrições na pediatria
  2. Hospital Regional de Ceilândia: restrições na clínica médica e na pediatria
  3. Hospital Regional de Santa Maria : restrições na clínica médica, na ortopedia e para cirurgias
  4. Hospital Regional do Paranoá: restrições na clínica médica
  5. Hospital Regional do Gama: restrições na clínica médica
  6. Hospital Regional de Taguatinga (HRT): restrições na clínica médica
  7. Hospital Regional da Asa Norte (HRan): restrições na clínica médica

  8. A SES-DF garante que "cirurgias eletivas e de urgência não são afetadas pela decretação de bandeiras nas unidades de saúde".

Fachada da ala de ortopedia do Hospital Regional de Sobradinho, no DF

Pacientes irritados



Irritada com atendimento, mulher joga pedra e quebra vidro da recepção do Hmib, no DF

No mesmo dia, no Hospital do Guará, um homem que carregava um bebê de colo se irritou e xingou uma recepcionista por causa da demora.

Homem com bebê de colo se irrita com demora no atendimento no Hospital do Guará, no DF 

Nesta quarta, o funcionário público Alcimar dos Santos disse à TV Globo que ficou dois dias procurando atendimento para a filha, de 12 anos. Ele conta tentou, primeiro, o Hospital de Ceilândia (HRC) e, depois, foi para o Hospital de Brazlândia.

Por volta das 22h, de terça-feira, após passar muito tempo esperando, ele diz que resolveu voltar para casa e retornar nesta quarta (23). No entanto, a filha também não foi atendida.

"Ao chegar lá, falaram que não poderiam me atender pela ficha de ontem [terça], e que o atendimento da minha filha, de 12 anos, não era prioridade", diz Alcimar.

Sem cirurgia ortopédica


O motoboy Anderson Fernandes está desde quinta-feira (17) internado no Hospital de Base. Ele sofreu um acidente de moto e quebrou o fêmur.

Sem cirurgia, Anderson reclama que não conseguiu nem uma tala para imobilizar a perna.

"Tem tempo que eu peço pra botar essa tala aqui e o médico fala 'já fiz a solicitação'. Quando chega no sistema, não tem nenhuma solicitação", conta o motoboy.