sexta-feira, 31 de julho de 2020

Médicos sem fronteiras denuncia abuso em preço de teste para Covid-19

Levantamento mostra que valor poderia ser de US$ 5 em vez dos quase US$ 20 cobrados pela empresa Cepheid



Homem morre de câncer e hospital atesta covid; filha prova que não

Aléxia Cardoso disse que o pai, Cesar Alves de Lara, 64 anos, tinha câncer 

no fígado. Ele foi internado após uma queda e morreu após 5 dias.


Jovem relatou briga para conseguir provar que pai não tinha covid
e poder dar um velório.

A esteticista Aléxia Cardoso de Lara acusa de negligência o Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, por erro em declaração de óbito do pai dela, o empresário Cesar Alves de Lara, 64, que morreu no dia 23 de junho diagnosticado com covid-19. A jovem gravou um vídeo e postou em sua página do Facebook relatando toda a luta que enfrentou para fazer a unidade de saúde corrigir o documento e, assim, poder realizar o velório e sepultamento, já que o pai sofria de um câncer no fígado. Ele foi levado para o hospital após sofrer uma queda em casa e teve quadro agravado durante a internação, que durou apenas cinco dias.

O erro foi observado logo que se dirigiu ao Instituto Médico Legal (IML) para dar entrada na cerimônia fúnebre e não pôde fazê-lo, contou Aléxia. Porque, segundo o IML, a declaração trazia que o empresário morrera por decorrência do coronavírus e, nesse caso, o próprio hospital fica responsável pelo procedimento, mas ela não podia aceitar o que tinha certeza que estava errado.


“Com muito custo, insistência, provas e mais provas de que meu pai não estava com covid o hospital enxergou que eles estavam errados. E magicamente o resultado do PCR saiu, deu negativo. Aí eles pediram para devolver a guia que eles dariam outra declarando os motivos que levou a falecer, que é outro mistério. É negligência, negligência mesmo”, traz trecho do desabafo na rede social.

Aléxia revelou que ouviu de funcionários da funerária e cemitério que casos do tipo parecem estar se tornando comuns, onde os hospitais põem na declaração covid como a causa da morte e o familiar relatar não acreditar ser verdade, porém poucos vão atrás de corrigir o erro como ela fez. Agora, a esteticista faz esse alerta as outras pessoas e também está em contato com o advogado da família a fim de entrar com uma ação contra o hospital.

“Não é pelo dinheiro, mas por todo esse transtorno e desgaste que passamos nesses dias”, finalizou a jovem que levou o pai apenas para tratar de uma queda que não é raro na situação dele, mais de 60 anos e curado de um câncer.

Outro lado:

A reportagem entrou em contato com a assessoria do hospital e aguarda o posicionamento da unidade de saúde.

Vigilância Sanitária de Curitiba confisca medicamentos, denuncia médico



Aroldo Murá, jornalista e professor, publica em seu blog desta terça-feira, denúncia feita pelo médico e pré-candidato a prefeito de Curitiba, João Guilherme de Moraes (Novo), onde aponta que a Vigilância Sanitária de Curitiba está confiscando medicamentos anestésicos em clínicas de cirurgia plástica da cidade, “sem argumentos ou diálogo”.

Diretores técnicos e médicos de clínicas procuraram João Guilherme dizendo, inclusive, que doariam os medicamentos se fosse pedido, mas ficaram indignados com a falta de planejamento da Prefeitura e com a forma do confisco. “O prefeito não se preparou para o aumento da pandemia, não comprou medicamentos e agora retira de clínicas, que investiram na compra desses medicamentos.

De acordo com um dos relatos ouvidos por João Guilherme, três servidores chegaram no meio da tarde recolhendo Propofol, adrenalina e outros medicamentos para anestesia geral. “Fiquei estarrecido com a maneira que foi feito. Fizeram apreensão, simplesmente. Disseram que iriam levar tudo que tivesse e pronto, que tínhamos de respeitar o decreto. Fuçaram tudo e levaram o que tínhamos dessas três medicações”. Contou o diretor técnico de uma das clínicas, declarando que se sentiu muito humilhado com a situação.

De acordo com o médico, não haveria falta destes medicamentos para compra. “A Prefeitura editou um decreto dando poder de confiscar dos hospitais a medicação. Preferem confiscar porque não querem pagar o preço do distribuidor. E isso dá o direito de retirar de empresas privadas e desta maneira? Não me parece uma gestão democrática, muito menos organizada.”

Prefeitura explica

A realização de cirurgias eletivas no Paraná está suspensa, temporariamente, conforme determina a Resolução 926/2020, do governo estadual. A Vigilância Sanitária, em Curitiba, fiscaliza os estabelecimentos, mediante denúncias feitas à Central 156. Quando constatado o descumprimento, é lavrado o auto de infração e é feita a interdição da atividade de cirurgia eletiva.

Paralelamente, devido à escassez no mercado de medicamentos usados para sedação, o município também tem feito a requisição desses produtos. A ação está amparada pelo Decreto Municipal 421/2020, que declarou Situação de Emergência em Saúde Pública em Curitiba e elencou as medidas que podem ser tomadas para o enfrentamento da pandemia.

Sobre os insumos requisitados está sendo avaliada a qualidade, bem como quantidade para definir a destinação.

Paraná Portal

Médicos do Isea denunciam falta de profissionais e de ala cirúrgica para gestantes com Covid-19


Profissionais também relatam superlotação na UTI Neonatal, e alto risco de contágio pelo novo coronavírus na unidade.

Morre bebê de mãe que pode ter sido vítima de negligência médica no Isea

Jornal da Paraíba

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Acompanhante de paciente com coronavírus, internado em hospital particular de BH, denuncia falta de proteção

Denunciante diz está em ala de pacientes com Covid-19 e usa apenas máscara caseira.


Acompanhantes de pacientes internados com coronavírus estão com medo de se infectarem.

O acompanhante de um paciente internado com coronavírus no Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, denunciou ao MG1 desta terça-feira (21) a falta de proteção na unidade de saúde.

Segundo o homem, que não quis se identificar, não há nenhuma orientação sobre os cuidados que devem ser tomados.

“Simplesmente, colocou a gente pra acompanhar e pronto. E falou que oferecia, se caso necessário, máscara”, conta.

O local da internação do paciente é uma ala de Covid, onde há outros infectados pelo vírus. O acompanhante afirma que apesar da ala ser considerada como Zona Vermelha, onde é obrigatório estar devidamente paramentado, ele usa apenas máscara caseira.

“Se eles, se os médicos entram aqui, completamente 'parafernados' com óculos, máscara, protetor facial, touca e mais outros protetores aí, porque que eles precisam e eu que fico dentro do quarto o tempo inteiro não tenho que usar?”, questiona.

O denunciante explica que ele está na enfermaria, onde existem três pacientes internados e três acompanhantes, e que para os seis há apenas um banheiro disponível.

O hospital oferece, segundo ele, apenas itens de higienização como sabonete e álcool. E apesar de estar tomando todos os cuidados, ele afirma estar preocupado. “Eu tô tomando todos os cuidados, mas também não nego que o risco é iminente. Eu tô numa ala de Covid”.

O Instituto Mário Penna, responsável pela gestão do Hospital Luxemburgo, disse que a presença de acompanhantes é permitida em caso de pacientes em cuidados paliativos ou idosos, que demandam cuidados especiais.

O hospital informou que caso eles desenvolvam sintomas, são avaliados pela equipe médica. O Instituto ainda reforçou que o setor de ouvidoria continua funcionando para acolher as reclamações de pacientes e acompanhantes, mas que até o momento, nenhum tipo de reclamação deste tipo foi recebida.

Município denuncia médico por ação que propõe a distribuição de hidroxicloroquina

O caso foi denunciado ao Ministério Público e ao Conselho Federal de Medicina



A prefeitura de Patos de Minas denunciou o psiquiatra Ricardo Pião, ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e ao Ministério Público para a apuração da possível infração relacionada a distribuição de medicamentos que poderiam ser usados no tratamento do novo coronavírus.

O médico juntamente com outros profissionais da saúde defende a utilização dos medicamentos para o tratamento precoce da doença. A proposta que deu início a uma campanha, prevê a administração da azitromicina e hidroxicloroquina. Em entrevista a NTV, na semana passada, quando divulgou a ação, Ricardo Pião destacou que, " se você sentir algum sintoma do tipo, de dor abdominal ou dor no corpo, diarreia e mal estar, neste momento ante a suspeita nós já medicamos muito rapidamente e depois a gente solicita exames, para confirmar ser era mesmo Covid ou não. Ou seja, você elimina o agente agressor, para depois confirmar qual era ele", declarou Pião.

Ricardo Piao chegou a disponibilizar sua clinica, voluntariamente, para ajudar pacientes com suspeita de Covid-19, em Patos de Minas e pediu a colaboração com doações. “Nós contamos com a ajuda de toda a população. Nós temos uma conta e quem quiser nos ajudar, por favor faça um depósito, para que a gente possa fazer um trabalho cada vez melhor", solicitou o médico. No entanto, a advocacia do município entrou com denuncia pedindo apuração do caso, indicando que teriam sido cometidas irregularidades na iniciativa do psiquiatra, como a divulgação dos medicamentos e por supostamente receitá-los sem consulta.

Nós tentamos contato com Ricardo Pião, mas não conseguimos retorno até o momento.

Patos Já


MP instaura procedimento para apurar denúncia de falta de médicos para tratar Covid-19 no Hospital de Americana

Promotor requisita informações da Secretaria de Saúde a respeito dos fatos; diretoria da unidade diz que 'vem apurando internamente as denúncias'.


Hospital Municipal de Americana

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou um procedimento para apurar as denúncias de falta de médicos e estrutura precária para tratamento de pacientes com Covid-19 no Hospital Municipal Waldemar Tebaldi, em Americana (SP). Uma técnica de enfermagem chegou a registrar um boletim de ocorrência por conta da ausência de médicos e enfermeiros no setor semi-intensivo e da demora na liberação de corpos.

De acordo com o MP, o promotor Clóvis Cardoso de Siqueira determinou a abertura do procedimento, e expediu ofício à Delegacia de Polícia da cidade requisitando cópia do boletim de ocorrência para identificar a autora da denúncia e para que ela possa prestar declarações à promotoria.

Paralelamente a isso, o promotor expediu ofício à Secretaria de Saúde de Americana requisitando informações sobre os problemas mencionados pelos profissionais e retratados em reportagem que foi ao ar no EPTV 1 de segunda-feira (20) - o vídeo com a reportagem foi anexado ao procedimento. [veja abaixo]

Em nota, a diretoria do Hospital Municipal (HM) informa que a instituição ainda não foi notificada formalmente pelo Ministério Público, "mas que já vem apurando internamente os apontamentos das denúncias."

"O HM ressalta que o atendimento aos pacientes acometidos de Covid-19 vem sendo realizado normalmente, e a contento, quer seja na ala destinada aos casos graves como no ambiente específico para os casos moderados", diz o texto.

O caso


De acordo com a denúncia, o plantão no último final de semana não tinha enfermeira e nem médico especialista para realizar os procedimentos necessários em uma unidade semi-intensiva. Ainda segundo a técnica de enfermagem, a solução do hospital foi tirar um médico do ambulatório e colocar para atender pacientes com Covid-19, o que é considerado um risco.

A mulher enviou um vídeo à EPTV, afiliada da TV Globo, para relatar o que acontece de errado no hospital. De acordo com a profissional, oito pacientes estavam entubados na unidade em estado crítico e ficaram sob responsabilidade de apenas três técnicos de enfermagem. Na sexta-feira (17), 23 dos 35 leitos estavam ocupados.

"Não adianta ter respirador, não adianta ter monitor, se não tem o fator humano que vai prestar os cuidados 24 horas por dia. Os médicos e enfermeiros daqui pedem socorro", disse a técnica.

O Sindicato dos Servidores Municipais confirmou as denúncias e informou que a falta de profissionais pode piorar o quadro dos pacientes que procuram o local, que é a única única alternativa publica para tratamento do novo coronavírus na cidade. De acordo com a entidade, o problema acontece há pelo menos duas semanas.

"O risco é muito grande contrair e transmitir a Covid. Em relação a retirada dos corpos, o procedimento não é para demorar. Porque quando o paciente vem a óbito, o médico é comunicado, se ele não estiver junto, aí ele atesta o óbito e a enfermagem já prepara o corpo para mandar ao necrotério. Esse trâmite tem de ser rápido", afirmou a diretora do sindicato, Isabel Santos.


quarta-feira, 29 de julho de 2020

Filhos de mulher que morreu após queda no Hospital Roberto Santos alegam negligência no atendimento


Maria Tânia Santos Gomes, de 58 anos, tinha feito uma cirurgia e acabou tomando uma queda na unidade, que, segundo filhos, agravou estado de saúde dela. Filhos de mulher que morreu internada no Hospital Roberto Santos alegam negligência
Os filhos de uma mulher que morreu após tomar uma queda enquanto se recuperava de uma cirurgia no Hospital Roberto Santos, em Salvador, alegam que houve negligência da unidade de saúde nos cuidados com a mãe.
Segundo familiares, Maria Tânia Santos Gomes, de 58 anos, morreu no último sábado (25). Ela tratava um problema nos rins e fazia hemodiálise desde 2019, no Instituto de Nefrologia e Diálise (Ined), em Brotas. No dia 18 de julho, Maria foi para o Hospital Roberto Santos para fazer uma cirurgia de troca de cateter.
No dia seguinte, os filhos de Maria argumentaram sobre a necessidade de acompanharem a mãe para outra sala, mas, segundo eles, o hospital negou o acompanhamento. Dona Maria acabou tomando uma queda e ficou internada na unidade durante a semana.
“Ela fez a troca e nisso eu avisei que ela tinha uns problemas. Ela teve um AVC em dezembro, que deixou ela perambulando, se ela tivesse andando sozinha, podia cair. Eu deixei a enfermeira e o restante de assistentes sociais que estavam lá cientes disso”, disse o filho Eurico Santos.
Hospital Geral Roberto Santos
Ruan Melo/G1 Bahia
“De madrugada, ela caiu e bateu a cabeça, ficou com um galo e, dois dias depois disso, teve uma crise convulsiva, uma dor de cabeça forte. Levaram para UTI 2, no primeiro andar, onde ela ficou de terça-feira até sábado. Não deixaram a gente entrar lá, porque alegaram ter um decreto, não me disseram qual era”, completou.
Os filhos também alegaram que o laudo médico da morte de Maria, constava que ela tinha suspeita de Covid-19. No entanto, a família contou que ela tinha saído da Ined com a temperatura estável, de 35,8ºC.
“Primeiro, eles [funcionários] disseram que não deixavam subir por conta da Covid mas, quando ela veio a óbito, eles permitiram que nós todos [filhos] subíssemos. Ela teve um AVC hemorrágico na cabeça, a insuficiência renal que a gente já sabia e, lavrou no laudo, para a gente pegar o corpo depois como suspeita de Covid. Ela não tinha Covid-19, saiu da clínica com a temperatura de 35,8º C”, explicou o outro filho Rui Santos.
O G1 entrou em contato com o Hospital Roberto Santos para comentar o caso e aguarda um posicionamento.
Veja mais notícias do estado no G1 Bahia.




Filha acusa hospital Santa Rosa de negligência e contesta que pai tenha morrido de Covid-19


A esteticista, Aléxia Cardoso de Lara, filha do empresário Cesar Alves de Lara, de 64 anos, que morreu no final do último mês no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, contesta que a morte tenha sido causada pela Covid-19. Com o laudo em mãos, ela afirma que o pai realizou os testes que deram negativo para coronavírus.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Aléxia explica que o pai teve câncer no fígado, e que nos últimos dois anos fez tratamento em Curitiba e em São Paulo.
No dia 19 de junho, o empresário sofreu uma queda em casa, e por conta da dor foi encaminhado ao hospital. No primeiro momento, César foi atendido e medicado.
A esteticista, afirma que o pai chegou consciente, apenas alegando que sentia muita dor. Ela também conta que levou todos os exames que ele já havia feito anteriormente.
Em determinado momento, o empresário foi medicado, dormiu por um longo período e ficou em observação por cerca de 4 horas. Na sequência, ele foi entubado e após fazer uma tomografia, seria encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em uma ala onde não haviam pacientes diagnosticados com Covid-19.
Aléxia conta que o paciente foi medicado com grande quantidade de soro e ao passar pela tomografia, foram constatados alguns nódulos no pulmão. Mas, ela explica que eram nódulos benignos que já haviam sido examinados e os resultados anteriores comprovam que não se tratava de nenhuma doença.
Mas, ao analisarem os resultados da tomografia os médicos alegaram que o paciente estava com pneumonia e o encaminharam para a UTI junto aos pacientes com suspeita de Covid-19. “Não coloquem meu pai nessa ala, ele não está com Covid”, suplicou a esteticista.
Após insistência dos médicos, o empresário foi encaminhado para a ala dos pacientes com Covid-19. Mas, a filha afirma que o pai havia testado negativo para a doença. No decorrer da internação, ela disse que não obteve nenhuma notícia precisa sobre o estado de saúde do pai.
No dia 22 de junho, o paciente realizou mais um teste para o coronavírus. No dia 23, o empresário faleceu. O hospital não informou a família sobre o óbito e, segundo Aléxia, ela foi informada por uma amiga, que solicitou ajuda de terceiros que estava no hospital na hora e avisou do óbito.
No hospital disseram que ela deveria ir até o Instituto Médico Legal (IML), para dar procedência. Porém, o coordenador do IML informou que o óbito deveria ser registrado pelo hospital.
Aléxia afirma que o Hospital Santa Rosa dificultou o acesso a declaração de óbito, insistindo em encaminhar o corpo ao IML. Após esclarecimentos, o hospital emitiu a declaração de óbito que informava a causa da morte como suspeita de coronavírus, apesar de que os últimos testes haviam dado negativo para a doença. Com isso, a filha ficou impedida de realizar o funeral do pai.
Após muito transtorno, Aléxia conseguiu comprovar que o pai não havia morrido de coronavírus e fez com que o hospital revertesse o resultado emitido na declaração de óbito. E só assim, pôde realizar a cerimônia fúnebre do pai. “Eu chorei de felicidade quando me entregaram a guia certa, porque eu poderia dar um enterro para o meu pai. Eu sabia que ele não estava com coronavírus. Depois de muita briga que eles viram que estavam errado e consertaram” explicou.
Ela ainda completa “Isso fica de alerta para outras pessoas que sabem que seu familiar não tem covid e o hospital insiste em colocar como suspeita de Covid. Eu não sei o que eles ganham e nem me interessa, mas é muito ruim não poder encerrar o ciclo, não poder se despedir da pessoa que você ama e tratar a gente com tanto descaso”, disse a esteticista.

Família acusa negligência médica em UPAs e agressão de guarda

Servidor alegou que foi agredido com socos e chutes

Um servidor municipal de 34 anos, que trabalha em outra cidade alega que sua mãe sofreu negligência médica nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do Piracicamirim e Vila Cristina. O primeiro atendimento de sua mãe, de 56 anos, foi no último dia 11 e depois de idas e vindas às unidades de saúde com diagnósticos diversos, desde suspeita de covid-19, dengue, trombose e problemas de vesícula, finalmente ela foi encaminhada na noite deste domingo (26) à Santa Casa de Piracicaba, onde passou por cirurgia devido à uma colecistite. 

Ela chegou a sofrer uma parada cardíaca, precisou ser entubada, mas o fim da tarde de ontem  foi extubada e seu estado de saúde é estável. O filho da paciente, também denuncia que foi agredido por um guarda civil  dentro da UPA da Vila Cristina, antes da transferência de sua mãe ao hospital. De acordo com o servidor, sua mãe deu entrada à UPA do Piracicamirim, com febre alta e dores no corpo. Ela foi diagnosticada com suspeita de covid-19, fez teste, ficou em isolamento, mas os sintomas persistiam. “Levamos minha mãe à UPA Vila Cristina, onde fez exame de sangue e urina. Foi identificado que estava com infecções no rim e fígado e mesmo assim voltou para casa sem medicação. 

Dias depois retornamos e minha mãe passou a receber medicação em casa. No último domingo (26), por volta das 11h, voltamos à UPA Vila Cristina, porque ela ficou muito ruim, não conseguia mais ir ao banheiro sozinha. Fiquei espantado com a afirmação de uma enfermeira, que alegou que minha mãe estava com quadro de abstinência de álcool, ou droga. Minha mãe não usa isso. Respondi que ela deveria fazer seu trabalho. Ela saiu e retornou com um guarda”, afirmou o servidor. AGRESSÃO Ele alegou que estava sentado ao lado de sua mãe, quando recebeu o primeiro soco. “Fui retirado de lá com um mata-leão e depois recebi vários chutes. 

Me levaram até a delegacia e afirmaram que tinha resistido à prisão, além de falarem várias ofensas no caminho”, afirmou. 

OUTRO LADO 

A prefeitura informou, em nota, que a paciente deu entrada na UPA Vila Cristina às 11h13 de domingo (26), com dor abdominal. Assim que chegaram os resultados dos exames, foi solicitada vaga hospitalar. A vaga hospitalar foi liberada às 19h52 e a paciente foi transportada pelo Samu à Santa Casa às 20h55, com diagnóstico de colecistite aguda. 

Sobre a atuação do guarda, o comando da Guarda Civil informou que está sendo apurada. No boletim de ocorrência registrado no plantão policial, uma enfermeira da UPA alegou que o filho da paciente ficou alterado após ser informado que não poderia ficar como acompanhante da mãe e por isso chamou o guarda. O rapaz resistiu, caiu ao chão, machucou a testa e foi atendido na unidade.

Justiça mantém condenação de médica que trabalhava, ao mesmo tempo, em Limeira e Martinópolis


O Tribunal de Justiça (TJ) manteve a condenação contra a médica C.F.D.B. que, pelo período de um ano, atuou como servidora pública em Limeira (SP) e em Martinópolis, inclusive com cartão-ponto assinado nos mesmos horários nas duas cidades. A médica recorreu da decisão inicial, mas não conseguiu reverter a condenação.

Ela foi processada duas vezes, uma delas pela Prefeitura Municipal de Martinópolis e a outra, pelo Ministério Público (MP). O Executivo foi à Justiça com uma ação civil pública de ressarcimento ao erário. A médica foi aprovada em concurso público daquela cidade para atuar como neuropediatra e exerceu o cargo no período de 25 de maio de 2010 a 20 de junho de 2011.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou o erro e julgou ilegal a admissão da médica porque descobriu que ela exercia, cumulativamente, cargo público também de médica em Limeira, onde cumpria jornada de quatro diárias, ou seja, a mesma prevista para ser exercida em Martinópolis. Na denúncia, o Município informou que era “impossível o exercício conjunto de ambas as funções, dada a distância de 450 km que separa as mencionadas cidades” e pediu o ressarcimento de R$ 21.778,81, atualizado até outubro de 2016, referentes aos valores pagos pelo serviço. Já o MP, também acusou a médica por ato de improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e lesão ao erário.

Na decisão de primeira instância, a médica foi condenada a ressarcir integralmente os danos causados ao erário, acrescido de juros de mora de 1% ao mês a contar da notificação prévia e de atualização monetária a partir da data do recebimento dos valores; pagar multa civil na quantia equivalente a três vezes o valor do dano causado e ficou com impossibilidade de ser contratada, receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios do Poder Público pelo prazo de dez anos.


DEFESA RECORREU DA DECISÃO

A defesa recorreu e, na apelação, justificou ter havido a prescrição das pretensões contra ela ajuizadas, pois citou que a exoneração dela ocorreu em 20 de junho de 2011, data na qual se iniciou o prazo prescricional quinquenal. Alegou, também, que houve cerceamento de defesa.


Quanto aos cargos simultâneos, afirmou que os fatos careciam de maior esclarecimento, pois apontou que não recebeu qualquer remuneração sem trabalho, não havendo ilegalidade no acúmulo dos cargos públicos. Alegou ainda que cumpriu as jornadas de trabalho de 20h semanais nos dois municípios e que em momento algum agiu com dolo ou má-fé.

Conforme a defesa da médica houve acordo com a administração municipal para que fossem flexibilizados os horários em que poderia cumprir as 20h semanais, não existindo escala fixa de serviço. Justificou ainda que, assim que soube da suposta acumulação ilegal de cargos apontada pelo Tribunal de Contas do Estado, pediu exoneração. Requereu, com base nesses apontamentos, que os dois processos fossem julgados improcedentes ou que houvesse redução das penalidades.

DECISÃO RECENTE

A defesa foi analisada pela m 1ª Câmara de Direito Público do TJ e teve a participação dos desembargadores Aliende Ribeiro, Danilo Panizza, Luís Francisco Aguilar Cortez e Marcos Pimentel Tamassia (relator).


O relator, em seu voto, afastou a alegação de prescrição do caso, como solicitado pela defesa. Quanto a alegação de cerceamento de defesa, apontado pela médica pelo fato de que não houve a produção da prova testemunhal por ela requisitada, o relator apontou que “ao juiz, destinatário final das provas, é permitido julgar antecipadamente a demanda quando convencido de que o conjunto probatório é suficiente para formar a sua livre, mas racional, convicção”.

Por último, analisou a situação sobre acumulação de cargos em cidades distantes. Conforme o relator, ao iniciar suas atividades no cargo público em Martinópolis, a médica teve de preencher uma declaração para indicar eventual cargo ou emprego que já estivesse exercendo naquele momento. Porém, não citou Limeira, onde atuava desde o ano 2000. Ela declarou o exercício em outro cargo de médica neuropediatra na Apae de Martinópolis, onde cumpria carga horária semanal de duas horas. “Em que pese o esforço argumentativo da apelante, os recursos interpostos em ambas as ações não comportam provimento”, apontou o magistrado.


Em outro trecho de seu voto, o desembargador citou que ela não conseguiria atuar nas duas cidades. “É de lógica formal à conclusão de que ela não poderia trabalhar 20 horas semanais no município de Martinópolis e, igualmente, 20 horas semanais em Limeira, cidade distante, aproximadamente, 450 quilômetros de Martinópolis. De acordo com rápida pesquisa no sítio eletrônico Google Maps, o trajeto entre os municípios demora, em geral, 5 horas e 47 minutos para ser percorrido, com trânsito normal, tornando patente a inviabilidade do exercício conjunto dos cargos em questão isso sem considerar, ainda, o eventual trabalho como médica na Apae de Martinópolis. Torna-se pouco crível, portanto, que a apelante tenha comparecido ao trabalho em Martinópolis em todos os dias em que assinou as fichas ponto reforçando, nesse sentido, o que já havia sido afirmado pela Diretora do Departamento de Saúde do Município, no sentido de a ré somente trabalhar dois dias na semana. Paralelamente a isso, na esteira do que apontam documentos, entre 25 de maio de 2010 e 15 de dezembro 2010, a ré teria trabalhado todos os dias no município de Limeira, à exceção dos dias 04.06.2010, 05.07.2010 a 24.07.2010 e 1º.11.2010. Nota-se, nessa medida, que a ré assinou o ponto como se tivesse trabalhado em dois municípios, nos mesmos dias e horários, por um longo período de tempo”.

O voto do relator foi para o não provimento dos recursos e foi aceito pelo demais desembargadores. O acórdão foi publicado neste mês no Diário de Justiça com trânsito em julgado, ou seja, não cabe mais recurso.


Falso médico acusado de matar idoso é preso no Santa Emília

Ele estava foragido da justiça de Sete Quedas e foi encontrado nesta manhã por policiais do DEH 

Marx Honorato será submetido ao tribunal do júri 

Policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) prenderam nesta segunda-feira (27) Marx Honorato Ortiz, o falso médico responsável pela morte de um idoso em dezembro de 2014, em Paranhos – cidade a 469 quilômetros de Campo Grande. Ele estava escondido em uma casa do Bairro Santa Emília, na Capital. 

Conforme divulgado pela polícia, o falso médico estava com mandado de prisão expedido pelo poder judiciário de Sete Quedas. Nesta manhã, foi encontrado por policiais da delegacia especializada no Santa Emília, detido e levado para a celas da Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada). 

Marx Honorato responde na justiça pela morte de um paciente do Hospital Municipal de Paranhos. Consta na denúncia que no dia 14 de dezembro de 2014, a vítima deu entrada na unidade no começo da tarde. O preso era o médico de plantão e na época usava nome falso, que pertencia a um médico do Estado.

A vítima reclamou de dores de cabeça e disse que estava vomitando sangue. Segundo o depoimento da filha do idoso, o falso médico realizou um eletrocardiograma, medicou e liberou o paciente. Horas depois, o idoso retornou ao hospital e mais uma vez foi medicado e liberado.

No início da noite, a filha retornou ao hospital com o pai e exigiu que ele fosse internado e transferido para Dourados ou Campo Grande. Neste momento, o médico afirmou que sabia o que estava fazendo e chegou a questionar se ela havia feito medicina. A vítima foi deixada em observação e após algumas horas, morreu.

Quando o caso chegou a polícia, não foi Marx quem recebeu a denúncia e sim o médico que ele usava o nome para atender. Em depoimento, afirmou que nunca havia atendido em Paranhos, mas a situação só foi esclarecida quando a filha do paciente confirmou que ele não era o médico que atendeu seu pai.

Ao apresentarem Marx, a mulher o reconheceu na hora. Na justiça, a defesa do acusado afirma que o fato de usar um falso CRM e nome não serve de prova para afirmar que ele tinha intenção de matar o paciente. Alega também que o cliente é formado em Medicina, mas em outro país. Por conta disso, tentou desclassificar os crimes em que foi acusado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, mas no ano passado, teve o pedido negado. 

Em maio, o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, alegou que há nos autos a versão de que o acusado assumiu o risco de matar a vítima no momento em que optou por atendê-la na condição de médico sem possuir habilitação necessária. Por isso determinou que Marx fosse levado a júri popular por homicídio. 


terça-feira, 28 de julho de 2020

Casal perde bebê recém-nascido e denuncia negligência médica em Jaboatão


O quarto do bebê já estava pronto e todo decorado

Uma família denuncia negligência médica durante atendimento de grávida. A criança teria morrido 24 horas depois de nascer em um hospital no município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. De acordo com o pai do bebê, a esposa esperou quase um dia para poder fazer a cesariana. De acordo com os parentes, a criança chegou a ser levada para a emergência do próprio hospital mas não resistiu. 

O marida da grávida ainda afirma que a gestação chegou aos nove meses sem qualquer intercorrência e que a demora do parto custou a vida da filha. Acompanhe a reportagem exibida, nesta terça-feira (28), do programa O Povo na TV. 



Após perder o filho, a esposa ainda se recupera na cirurgia e está na casa da mãe. Enquanto isso, o marido também tenta juntar forças para seguir a vida. As mensagens espalhadas pela casa demonstram a ansiedade do casal pela chegada do primeiro bebê. 

Nota de resposta dos hospitais que atenderam a grávida

A direção da maternidade Padre Geraldo Leite Bastos, primeiro local procurado pela paciente, informa que nas duas vezes em que a mulher foi a unidade de saúde, nos dias 13 e 14 de julho, a equipe médica não observou quadro para o internamento e a orientou para que em caso de perda de líquido, aumento de dor ou sangramento, voltasse ao hospital, mas ela não retornou.

O Hospital Guararapes disse que a paciente e o recém-nascido receberam toda assistência desde a admissão até a alta. Além disso, também informaram que todas as condutas adotadas, inclusive para salvar a vida do bebê, estão balizadas nos mais atuais protocolos em saúde, tanto em obstetrícia quanto em neonatologia. O hospital diz ainda que se solidariza à família pela morte do recém-nascido e se coloca à disposição para esclarecimentos tanto à família quanto aos órgãos competentes.


TV Jornal NE10


Bebê morre no parto em MT e pais descobrem corte no pescoço



Caso aconteceu no fim de semana em Pontes e Lacerda

O pastor evangélico Kennedy Conceição da Costa Evangelista acusa o Hospital Santa Casa Vale do Guaporé, em Pontes e Lacerda (a 445 km de Cuiabá), de negligência, após a morte do filho recém-nascido.

No domingo (19) ele registrou um boletim de ocorrência contra a unidade médica.

O corpo do bebê foi entregue aos pais com um curativo no pescoço. Quando retiraram a bandagem, eles descobriram um corte extenso e já suturado, fato que não havia sido comunicado pelo hospital até então, segundo os pais.

Ainda conforme o pastor, o filho nasceu com vida no sábado (18), por volta de 23h30, e morreu horas depois. No entanto, o hospital alega que o bebê já estava sem vida na hora do parto.

Segundo apurou a reportagem, a mãe entrou em trabalho de parto no sábado e foi atendida por três médicos na unidade de saúde: a obstetra, o pediatra e o anestesista. E que após o parto, os profissionais comunicaram que a criança havia nascido morta.

Um vídeo mostra a criança sendo foi entregue para os pais, já vestido com um macacão azul, sem que seja possível ver o ferimento.

Os parentes então abrem a roupa e identificam que há um curativo no pescoço da criança. Ao remover a gaze, encontraram um corte longo, já costurado.

Ao MidiaNews, o pastor afirmou que está muito abalado ainda, e somente explicou que o corpo do filho passará por exames necropsiais, que dirão a real causa da morte.

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Cáceres, onde está sendo submetido à autópsia.

Um inquérito policial foi instaurado na Delegacia de Pontes e Lacerda para apurar o caso. As investigações estão em fase inicial e as testemunhas ainda serão ouvidas no decorrer da semana.

Outro lado

O diretor-presidente do hospital, José Paulo Araujo Adriano, afirmou ao MidiaNews que não poderia falar pelos médicos, mas disse que entraria em contato com a equipe para saber se haveria um posicionamento.

“A paciente, até o levantamento que fiz, foi assistida por três profissionais médicos, a obstetra, o pediatra e o anestesista quando entrou m trabalho de parto. Eu não posso falar sobre os médicos, então acho que a melhor coisa que tem a fazer neste momento é alinhar com os profissionais e eles falarem o que aconteceu. Uma história sempre tem duas versões, então é legal a gente ouvir e não agir no calor da emoção, agir em cima da razão e dos fatos”, explicou.

Até o final da reportagem, ninguém da unidade de saúde se pronunciou sobre o caso.


Após morte de paciente, família afirma negligência no atendimento em hospital de Barbalha




A pandemia do novo coronavírus vem atingindo não só os pacientes que contraem a Covid-19, mas todos que precisam do sistema de saúde. Além do risco de alguém já doente contrair o novo vírus, há também a superlotação nos hospitais e o medo da contaminação dentro do próprio ambiente de tratamento.

No Cariri, uma família afirma ter perdido uma ente queria pela suposta recusa de atendimento, com justificativa de que a paciente em questão estaria com a Covid.
Sarah Teles Damaceno faleceu apenas dez minutos antes de completar 45 anos, após dar entrada no Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo (HSV), em Barbalha. A irmã da vítima, Érica Teles, que acompanhou todo o percurso que durou aproximadamente dez dias entre internação, diagnóstico e falecimento, explica ao Portal Badalo que Sarah foi diagnosticada com leucemia, e havia testado negativo para Covid. Segundo ela, mesmo com o teste, a irmã demorou até conseguir dar entrada no Hospital.
“No dia 30 de junho, ela começou com um cansaço. Levamos à urgência do São Francisco (o são Camilo), em Crato. Foi dada medicação e o alerta de suspeita de Covid”, conta a irmã. Nos dois dias seguintes, Sarah foi à Unidade de Pronto Atendimento, pois havia passado mal. Na UPA, segundo a irmã, foi medicada e notificada com a suspeita novamente de coronavírus.
No dia 4, Sarah foi internada no Hospital São Francisco, onde permaneceu até o dia 8. “Ela me mandou mensagem dizendo que tava mal, que tava morrendo”, afirmou a irmã. Até então, Sarah esperava um parecer de um médico hematologista, já que havia testado negativo para Covid-19. “Não queriam tirar ela do setor suspeito de Covid mesmo com teste negativo”, afirma a irmã, que recorreu a uma consulta particular para o diagnóstico da irmã, que foi de leucemia, câncer dos tecidos formadores de sangue. Sarah já havia tratado anteriormente um câncer de mama.
No próprio dia 8, após o parecer hematológico, Sarah foi levada à Barbalha, onde e ficou em observação e teve alta médica para aguardar uma vaga no setor de oncologia do Hospital São Vicente. “Como o médico falou que ela não podia pegar nenhuma infecção se não ela ia morrer, paguei uma internação particular no Hospital São Miguel em Crato até aparecer a vaga na oncologia”, afirma a irmã.
“No dia 9 (dia seguinte) o hospital entra em contato comigo dizendo que a vaga tinha sido liberada”, conta a irmã da vítima. Uma ambulância do Samu foi solicitada para fazer a transferência, que ocorreu por volta das 23h do mesmo dia, segundo a denunciante.
Ao chegar no Hospital São Vicente, a irmã de Sarah afirma que “o enfermeiro disse que não ia receber ela porque era suspeita de Covid, só que ela já estava na central [de oncologia] e tinha sido descartado Covid e confirmado leucemia”, explica.
A familiar conta que a recusa da entrada e a permanência foçada de Sarah na ambulância do Samu começou a causar a piora da paciente. “A médica do Samu falando que o oxigênio da ambulância estava acabando, e o enfermeiro sem aceitar. Quando o oxigênio estava finalizando, o enfermeiro autorizou a entrada e colocou ela num ‘quartinho à toa’. Minha irmã começou a descompensar e parou [veio à óbito]. Ela não recebeu nenhuma assistência médica nem de enfermagem”, afirma a familiar.
Em nota, o Hospital São Vicente de Paulo, afirma que a vaga que havia era na enfermaria “para diagnóstico (ainda) e tratamento de ‘possível’ leucemia” necessitando de coleta para exame da doença e que, às 20h do mesmo dia, logo antes do falecimento, a paciente havia apresentado piora no próprio Hospital São Miguel, onde estava antes de ser encaminhada à Barbalha. Antes da transferência, segundo a nota, Sarah teria baixado a saturação de oxigênio para 88% (número preocupante), sendo encaminhada para a UTI e instalada máscara de ar, havendo melhora.
Ainda segundo o São Vicente, a paciente estava em estado grave e inconsciente, e foi encaminhada sem estar cadastrada pelo Hospital São Miguel, já que havia trocado de hospital no dia anterior, e sem vaga liberada de UTI, apenas em enfermaria.
Segundo o hospital denunciado pelos familiares, como uma tomografia feita na paciente apontava danos nos pulmões, e já havia internação prévia nesta ala em outro hospital, foi sugerido internamento na Ala Covid, “não aceita pelos familiares”, segundo o São Vicente. “A paciente foi para um leito de isolamento em apartamento com ar condicionado e banheiro individual. Evoluiu com piora clínica, sendo prontamente avaliada pelo plantonista, sendo entubada e reanimada por 30 minutos, sem sucesso”, afirma o HSV.
O Hospital ainda afirma que os familiares não aceitaram a declaração de óbito “agredindo verbalmente a equipe que prestou assistência médica à paciente”. A nota ainda diz que não houve negligência no atendimento e sim “falha na transferência da paciente do Hospital São Miguel para o São Vicente”, pois a vaga que havia sido liberada era em enfermaria, e Sarah já necessitava de UTI, que não havia disponível no HSV no momento. O hospital denunciado ainda afirma que a médica do Samu “descumpriu o protocolo de transferência, visto que não fez contato com o médico plantonista do Hospital São Vicente para entregar a paciente e apresentar todo seu quadro e necessidade”.
Ao Portal Badalo, a filha da vítima, no entanto, afirma o mesmo que Érica. “Levaram ela para Barbalha e chegando lá o médico de plantão não quis atender dizendo que poderia ser Covid e que precisava preencher uma ficha. Nisso minha mãe lá na porta do hospital com oxigênio do Samu”, afirma. “O médico e o enfermeiro lá dentro negligenciando minha mãe”, completa a filha.
“Quando eu cheguei lá… só vi eles passando com ela pra tentar reanimar. Eu mal cheguei a ver minha mãe. Ela chegou super estável com 97 [de saturação]”, diz a filha em relato. “Ela faleceu 23h50, dez minutos antes de ela fazer aniversário de 45 anos”, completa. Segundo a filha, Sarah já tinha se curado de um câncer de mama
e ia todo mês ao Hospital buscar remédio pra impedir a volta da doença.
Veja a nota do Hospital na íntegra: