sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Mãe e bebê morrem após o parto na Maternidade Ana Braga e família acusa de negligência médica

 






Paciente morre por negligência médica no Rio de Janeiro

 

O homem de 41 anos morreu enquanto enfermeiros e o médico discutiam



Um paciente morreu enquanto esperava por atendimento no Rio de Janeiro. Segundo a equipe do SAMU, o médico Glauco Luciano Gomes da Silva teria discordado sobre a urgência do atendimento. O paciente Luciano Peçanha, de 41 anos, foi levado para um pronto de atendimento de Campo Grande com sintomas de infarto. Enquanto enfermeiros e o médico discutiam, o paciente morreu. Uma sindicância vai apurar o caso. 




quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Capixaba descobre DIU esquecido no útero e médicas terão que pagar quase R$ 30 mil

Mulher começou a sentir incômodos nas relações sexuais, ter hemorragias e infecções, mas jamais imaginou que a causa pudesse o contraceptivo



O que seria apenas mais um método contraceptivo se tornou uma experiência aterrorizante para uma mulher do Espírito Santo. Ao realizar a substituição do DIU, capixaba teve o antigo abandonado em seu corpo.

O DIU, é um dispositivo em formato de “T” inserido no útero da mulher para impedir uma gravidez indesejada. Ao ser colocado, ele libera hormônios, de forma a engrossar o muco no colo do útero para impedir que os espermatozoides alcancem ou fertilizem um óvulo.

Segundo os autos, a paciente, que já havia realizado o implante, no ano de 2008, procurou um médico no ano de 2013, para realizar a substituição do dispositivo. Mas, com o passar dos anos, começou a sentir incômodo nas relações sexuais, além de ter hemorragias e infecções.

Cinco anos depois, em 2018, ela trocou o objeto novamente, por conta do tempo de eficácia do DIU. Dessa vez, foi operada por outra ginecologista, filha da primeira. Mas, a médica teria encontrado dificuldades para realizar a cirurgia e encaminhou a paciente para um terceiro especialista na mesma clínica.

O outro especialista também encontrou dificuldades, não conseguiu finalizar o procedimento e liberou a paciente com um sangramento avançado. Ao tentar se consultar novamente coma  médica que realizou a substituição do implante, foi informado que ela não a trataria.

A mulher estava com passagem marcada para Portugal, mas, com as fortes dores e sangramento, não pôde realizar a viagem e, para conseguir o reembolso da passagem dependia de laudo médico que a médica negou-se a fornecer.

Após a ação, a mulher foi internada e foi diagnosticada com infecção e um abscesso provocados por um DIU, que estaria coberto de bactérias, presente em seu corpo desde 2008, demonstrando que, dessa forma, não teria sido trocado.

O juiz, após analisar o caso, observou que, apesar de não ter concretizado a substituição do DIU em 2008, a médica documentou a retirada de dois DIUs. Entendendo os danos, o magistrado condenou as médicas ao pagamento de indenização por danos morais fixada em R$ 20 mil.

Por fim, levando em consideração os gastos da autora com as passagens aéreas perdidas,  com os exames e medicações, o juiz sentenciou as rés a indenizarem a vítima em R$ 9.329,15, referente aos danos materiais.






Homem é indiciado por estupro de paciente sedado durante cirurgia

 Estagiário de medicina cometeu crime em hospital de Porto Alegre (RS)



Um homem de 25 anos foi indiciado por estupro de vulnerável após tocar nas partes íntimas de um paciente, sedado, durante uma cirurgia. O crime foi cometido por um estudante de medicina em um hospital de Porto Alegre (RS), em abril. 

Guilherme Fernandes Gonçalves era estagiário do Hospital Independência e estava no sexto semestre de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele foi flagrado tocando no paciente, de 23 anos. 

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Andréa Mattos, havia um técnico de enfermagem na sala, fazendo anotações em um computador. O profissional virou para trás e viu que o estagiário "estaria manipulando o órgão genital do paciente", cometendo um ato sexual sem o consentimento da vítima.  

Segundo o inquérito, o técnico procurou uma supervisora, que entrou na sala e viu o ocorrido. Retirado do bloco cirúrgico, o abusador admitiu que estava com a mão embaixo do lençol porque estaria com frio. O estágio foi suspenso no mesmo dia. 

As investigações começaram depois de três meses, em julho, após Guilherme procurar uma delegacia afirmando que sofreu homofobia. Para a polícia, porém, a atitude teria servido para o criminoso se precaver, passando-se por vítima antes de se tornar suspeito. O estagiário afirmou aos policiais que foi desligado do estágio por conta da orientação sexual. 

A polícia ouviu 20 pessoas, incluindo o paciente abusado. A vítima, segundo a delegada, afirmou que comentou com a própria mãe que "teve a impressão de que mexeram os testículos e depois passaram as mãos no órgão genital".





quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Prefeitura terá que indenizar pais de recém-nascida que morreu por erro médico no Pronto-Socorro

 

Médica não teria se atentando que criança apresentada quadro da doença coqueluche prescrevendo medicamento para gripe


Médica não teria se atentando que criança apresentada quadro da doença coqueluche prescrevendo medicamento para gripe

O juiz Pedro Toaiari de Mattos Esterce, da 2ª Vara Especializada da Fazenda Pública, condenou a Prefeitura de Várzea Grande a pagar indenização de R$ 200 mil para os pais de uma recém-nascida que morreu em decorrência de diagnóstico médico errôneo no Pronto-Socorro Municipal. A decisão foi divulgada nesse sábado (24.09).

Consta dos autos, que os pais da recém-nascida, I.D.O.A e G.K.D.C, entraram com Ação de Procedimento Comum narrando que em fevereiro de 2017 levaram a filha ao Pronto-Socorro Municipal, com quadro aparentemente gripal quinze dias após o nascimento, onde foram atendidos por uma pediatra, que prescreveu medicamentos para a síndrome liberando-os para voltar para casa.

Segundo eles, como houve regressão no quadro sanitário, voltaram a unidade de saúde oito dias depois, sendo feita nova prescrição, liberando-os para retorno ao lar. Nesta ocasião, relatam que havia suspeita de que a doença seria “coqueluche”.

Eles contaram que dois dias depois, com maior agravamento do quadro, outra medicação foi administrada. Relatam que, então, conseguiram a internação da criança. Contudo, ela continuou a piorar, vindo a ser levada para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), porém, ela não resistiu, vindo a óbito três dias depois em março de 2017. Ao final, os pais da criança requereram condenação da Prefeitura de Várzea Grande ao pagamento de indenização de R$ 200 mil por danos morais.

Em sua decisão, o juiz Pedro Toaiari, apontou que causa da morte da criança foi “insuficiência respiratória” e “hemorragia pulmonar”, sendo que os pulmões apresentavam extensa área de necrose, associada a infiltrado inflamatório supurativo, hemorragia interalveolar difusa – broncopneumonia bacteriana.

Já a causa básica da morte, segundo o magistrado, foi uma “broncopneumonia bacteriana”, e que o relatório preenchido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) demonstra que a criança sofreu com os sintomas e decorrências de “coqueluche”, vindo a óbito em razão das complicações dela inerentes.

Conforme ele, do relatório da SES-MT é possível confirmar a afirmação autoral e do relatório médico de que a criança apresentava os sintomas da doença, pelo menos, desde o dia 27 de fevereiro, salientando “que mais de uma profissional indicou que, nos casos de tosse seca, o diagnóstico mais provável é o da coqueluche, doença tratada por meio de antibióticos”.

“Ressalto que a própria médica plantonista relatou que pensou tratar-se de sangramento de via intestinal em razão do esforço, não requisitando imediatamente a Terapia Intensiva. Somente uma hora depois, quando a criança apresentou quadro de vômito mais significativo, com início de saturação, é que foi feito o requerimento para tanto. Por fim, a edilidade, não tendo trazido aos autos os relatórios de pré-natal da autora, não demonstrou que essa deixou de se imunizar por negligência própria, mas sim por acreditar na janela de imunoeficiência da dose recebida quando do nascimento de seu filho anterior, dois anos antes. Este período de garantia vacinal é atestado pelo próprio Ministério da Saúde, conforme informação supra consignada. Em conclusão, em que pese a dificuldade do tema e do próprio caso concreto, estou convencido de que houve negligência do atendimento da criança pelos profissionais do Pronto-socorro do Município de Várzea Grande, que deverá ser responsabilizado civilmente pela falha”, diz trecho da decisão.

Ao final, o juiz condenou a Prefeitura de Várzea Grande ao pagamento de R$ 200 mil de indenização por danos morais, que deverá ser atualizado monetariamente pela Taxa SELIC.




Nove homens já denunciaram médico preso suspeito de abuso sexual no interior do ES

 

Vítimas têm entre 30 e 40 anos e teriam sido abusadas nas cidades de São Mateus e Jaguaré



Três novos pacientes denunciaram o médico de 53 anos, preso em Colatina, Noroeste do Espírito Santo, por suspeita de abusar de pacientes homens. No total, até esta terça-feira (20), nove homens entre 30 e 40 anos, denunciaram que teriam sido abusados durante consultas realizadas com o profissional. 

Segundo a Polícia Civil, não foram divulgadas novas informações sobre o caso, já que as investigações estão em andamento. 

O médico, que não teve a identidade divulgada, atendia em um hospital de Jaguaré e também em um posto de saúde do bairro São Miguel, em Colatina.

O suspeito pedia para que os homens tirassem a roupa para que ele verificasse uma suposta alergia, momento este em que ele abusava dos pacientes, sob o pretexto de estar passando pomada nas partes íntimas das vítimas.

Relembre o caso 

Em entrevista coletiva, a delegada Gabriella Zaché informou que, as investigações começaram após duas vítimas procurarem a Delegacia de Jaguaré, depois de estranharem a conduta do médico.

Segundo a delegada, o médico, sem especialidade comprovada, nem mesmo em clínica médica, atuava na unidade de internação mista do Hospital Municipal de Jaguaré, de 15 em 15 dias, entre sextas e domingos. 

Nos demais dias, atendia em um posto de saúde de Colatina, município onde reside e onde foi encontrado. As vítimas até agora identificadas são de Jaguaré e têm entre 30 e 40 anos.

“Recebemos três denúncias de vítimas que foram pacientes dele. Eles disseram que durante as consultas - um o procurou com dor de garganta, outro foi fazer uma sutura no braço, outro com febre -, o médico pedia que tirassem a roupa para ver se havia alguma alergia, e a partir de então pegava uma pomada na bolsa dele, dizendo que essas pessoas estavam com algo na parte íntima. A partir daí, passava um medicamento nas partes íntimas dos pacientes”, disse.

As investigações apontaram que o médico agia sempre do mesmo modo e que os abusos aconteciam há pelo menos dois meses.

No momento da prisão o homem não reagiu e não deu nenhum tipo de explicação para os motivos dos abusos. Durante o interrogatório, também não foi dado nenhum motivo para os abusos.

Ele está preso de forma preventiva e se condenado pode responder por violação sexual mediante fraude. A polícia ressalta a importância de outras vítimas procurarem a delegacia.

A prefeitura de Colatina informou, por meio de nota, que o médico prestava serviços no município pelo Programa Mais Médicos do governo Federal. A administração municipal não repassou mais nenhuma informação e reforçou que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. 

A produção da TV Vitória/RecordTV também procurou a prefeitura de Jaguaré, mas ainda não enviou uma resposta. Assim que recebermos, o texto será atualizado. 


Folha Vitória 



terça-feira, 27 de setembro de 2022

Pai denuncia negligência médica na morte do filho, em Maringá

 


Fabio Macena de Lima, tinha 35 anos, e morreu, no último dia 08 de setembro, de insuficiência respiratório na UPA Zona Sul de Maringá. Ele era acompanhado pelo pai, Antônio Macena Lima, que procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência, denunciando suposta negligência no atendimento médico.


Antônio contou que o filho se recuperava de uma cirurgia de cateterismo que tinha sido submetido, em agosto, e passou mal em casa. O rapaz apresentava dificuldade para respirar e foi levado pelo SAMU a Unidade de Pronto Atendimento Zona Sul de Maringá.


"O enfermeiro chefe disse que a situação do meu filho não era de emergência e deixou a gente no corredor", explicou Antônio.


Ainda segundo o relato do pai, a situação de Fábio se agravou e, mesmo assim, ele foi mantido na fila de espera: "Ele reclamava que 'tava' morrendo. Eu pingava água na boca dele e abanava com um pano, para aliviar a falta de ar".


No boletim de ocorrência, o pai descreveu que o tempo de espera foi de 4 horas e que a equipe só o encaminhou para atendimento quando Fábio perdeu a consciência. A notícia da morte veio depois.


O pai também denuncia que procurou a secretaria de saúde para pegar o prontuário médico do filho, mas foi informado que nao havia nenhum atendimento registrado. Segundo ele, todas as consultas e encaminhamentos para o procedimento cirúrgico foram feitos pelo SUS.


Em nota, a prefeitura de Maringá lamentou a morte. Disse que Fabio sofria de uma condição cardíaca congênita e muito grave. Que, segundo o histórico médico, ele já não estava respondendo bem aos médicos e solidarizou com família se colocando a disposição.


Nota da prefeitura na íntegra.


"A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, lamenta o falecimento do paciente Fábio Macena de Lima, de 35 anos, ocorrido no dia 9 deste mês, e se solidariza com familiares e amigos. Segundo o histórico médico, o paciente sofria de uma condição cardíaca congênita e muito grave, fazia uso de medicamentos e já se mostrava refratário (que reage pouco ou não reage à medicação). Por conta dessa doença, ele passou por uma cirurgia vascular em agosto e foi atendido em outras oportunidades na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul. Em sua última internação, o paciente chegou à UPA trazido pelo Samu e foi imediatamente levado à emergência, onde foi atendido prontamente pela equipe de saúde de plantão. Todas as medidas possíveis para reverter o quadro apresentado pelo paciente foram tomadas, durante todo o período em que ele esteve na unidade, mas infelizmente sem sucesso. O prontuário médico, solicitado na última semana, está à disposição da família".



CBN Maringá




Mulher morre após cirurgia e família denuncia Hapvida

 De acordo com a família, ela teve o intestino perfurado e uma gaze foi deixada dentro da paciente



Um áudio compartilhado nas redes sociais denuncia que uma paciente, de 46 anos, foi vítima de negligência médica na unidade Ilha do Leite da Hapvida Recife. Ela morreu neste mês com o intestino perfurado, 15 dias após passar por cirurgia na unidade. A Hapvida lamentou o caso. 

A paciente identificada apenas como Débora deixou o marido Roberto e dois filhos, uma menina de seis anos e um menino de 14. "Foi um choque geral [...] a negligência continuada que foi feita na Hapvida Recife foi muito danosa para a nossa família", relata Marluce Oliveira, cunhada da vítima. 

No dia 2 de setembro, Débora passou por uma cirurgia de histerectomia parcial para retirada de miomas no útero, que lhe causavam sangramento intenso. No dia seguinte, ela apresentou um quadro diverso e informou que não estava bem. Mesmo assim, recebeu alta da cirurgiã. "[...] muitas dores, não estava conseguindo se alimentar e vomitando. Não havia feito cocô, nem conseguido andar", teria relatado à médica.  

Três dias depois, ela foi socorrida com muitas dores e ainda sem conseguir se alimentar. "Tudo que botava na boca, vomitava. O detalhe é que o vômito era podre, com cheiro de podre", descreveu a cunhada. Essa foi a primeira das seis vezes que foi socorrida para a urgência. A recomendação dos médicos era que ela tomasse remédios para enjoo e para dor, sem prescrever nenhum exame. 

Com mesmo quadro de dores fortes e mal-estar, a paciente voltou a ser socorrida no dia 15. Dessa vez, o marido exigiu que fosse realizado um exame de imagem. Débora passou por uma tomografia computadorizada e identificou um pedaço de gaze dentro da mulher. 

"O resultado dessa tomografia deu que ela esqueceu uma compressa de gaze dentro dela, medindo 7 por 4,5 cm, e a pessoa que fez o laudo deixou bem em destaque para que fosse tomado logo uma providência", afirmou Marluce. 

Uma nova cirurgia foi marcada para o dia seguinte e, dessa vez, o marido reivindicou que uma sobrinha da esposa, que é médica no IMIP, acompanhasse o procedimento. Ele teria sido informado que a presença da sobrinha seria respeitada, pois se tratava de um direito da família. Contudo, a nova cirurgia foi realizada sem que o direito fosse atendido. "Quando ela chegou lá, já estavam limpando e fechando. Não esperaram por ela para fazer a cirurgia", disse a cunhada. 

Débora morreu na madrugada do dia 17 e a necropsia teria constatado que seu intestino foi perfurado no hospital. A família acusa a Hapvida Recife de negligência continuada e pede que a cirurgiã responsável seja removida do quadro de atendimento. 


 

Em nota, a Hapvida disse que o caso comoveu a todos que fazem parte da empresa e se solidarizou com os amigos e familiares da paciente. A companhia não citou o afastamento da cirurgiã e informou que vai apurar os fatos. 

Confira o comunicado na íntegra: 

A perda de uma vida sempre traz uma enorme comoção para a família e em todos que fazem parte do dia a dia da empresa. Lamentamos profundamente, e nos solidarizamos com familiares e amigos, pelo acontecido, no último dia 18 de setembro. Por isso mesmo, a companhia antecipa que vai apurar, com todo empenho, o relato dos familiares e está totalmente à disposição da família para prestar todo o apoio necessário”. 


Leia Já


segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Estado de SP deve indenizar casal por falta de atendimento em hospital

 


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve condenação à Fazenda Estadual de indenizar casal por falta de atendimento em hospital. A decisão foi da 13ª Câmara de Direito Público que fixou em R$ 30 mil o valor da indenização por danos morais a ser pago ao casal, por falta de profissionais obstetras e ambulância em hospital da rede pública estadual.

O casal relata nos autos (1022144-59.2018.8.26.0053) ter ido ao hospital estadual por que a mulher, grávida de 33 semanas, sentia fortes dores pélvicas. Como o local não contava com médicos obstetras no momento, nem com ambulâncias, os dois seguiram para outro hospital no próprio carro. No caminho, no entanto, a autora da ação passou por um parto prematuro espontâneo dentro do veículo dirigido pelo marido.

Médico de hospital paulista é indenizado em R$ 10.000,00 após agressão
créditos: Nito/Shutterstock

O casal acionou o estado judicialmente e em 1ª instância o juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara de Fazenda Pública, que condenou Fazenda Estadual por falta de profissionais e do serviço de ambulância. O poder público recorreu.

Segundo o relator do recurso, desembargador Djalma Lofrano Filho, “a inexistência do serviço público saúde no ramo de obstetrícia (clínica e cirúrgica) e também de disponibilização de ambulância no âmbito do nosocômio inicialmente procurado demandante, não somente são incontroversos, como também concorreram para o dano moral”. “O infortúnio atrela-se à franca violação ao princípio da eficiência a que se obriga a Administração Pública (art. 37, caput) em contraponto ao óbice ao gozo do direito fundamental de assistência integral à vida e à saúde constitucionalmente assegurado aos demandantes.”

Justiça concede indenização por erro médico que levou criança a morte em hospital
Créditos: Andrey_Popov / Shutterstock.com

O magistrado ressaltou que o casal não sofreu mero aborrecimento, mas angústia, sofrimento e abalo psicológicos. “No caso concreto, repita-se, comporta reparação para atenuação do sofrimento impingido aos autores a recusa de atendimento a parturiente fundada no flagrante descumprimento do dever constitucionalmente imposto ao Poder Público de prestação de atenção à saúde, não se cogitando, portanto, de mero aborrecimento, mas de dano inarredavelmente in re ipsa, presumido em decorrência dos próprios fatos”, afirmou.


Em votação unânime, o colegiado manteve a decisão da 1ª instância.

Com informações do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).


Juristas



Jovem morre após grave acidente e família denuncia negligência de hospital

 

Beatriz foi liberada duas vezes mesmo sentindo fortes dores



A jovem Beatriz foi levada para um hospital após sofrer um grave acidente de moto em Campinas (SP). Ela foi liberada duas vezes apesar de sentir fortes dores e morreu após procurar a unidade de saúde pela terceira vez. A família denuncia negligência e quer Justiça.





domingo, 25 de setembro de 2022

PF prende médico de 73 anos suspeito de compartilhar pornografia envolvendo crianças e adolescentes

 

A prisão aconteceu no bairro de Copacabana



Agentes da Polícia Federal (PFprenderam em flagrante, na manhã desta sexta-feira (23), um médico de 73 anos suspeito de divulgar na internet cenas de sexo explícito e pornografia envolvendo crianças e adolescentes. Um mandado de busca e apreensão contra ele foi expedido pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

O médico, que não teve o nome divulgado, foi preso durante uma operação denominada Sharing (que traduzida do inglês significa compartilhar).

De acordo com a PF, as investigações duraram cerca de dois meses. A prisão aconteceu no bairro de Copacabana, Zona Sul da cidade. O médico foi encaminhado à Superintendência da PF no Rio para os procedimentos de polícia judiciária e, logo após, será encaminhado ao sistema prisional.

Ele responderá criminalmente por disponibilizar vídeos e fotografias contendo cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente, cuja pena pode chegar a seis anos de prisão.




Família denuncia médico por abuso sexual de criança em Campos, no RJ

 

Menina de 4 anos precisou de atendimento nesta sexta-feira (23) após febre e dor na garganta. Parentes registraram o caso na DEAM.



A mãe de uma criança de 4 anos denunciou um médico por abuso sexual da filha nesta sexta-feira (23) em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

Ao g1, a mãe informou que levou a filha para emergência pediátrica, no Hospital Plantadores de Cana, após ela ter febre e sentir dor na garganta nesta sexta.

O médico, segundo ela, atendeu a criança e foi olhar a garganta, para dar espaço, a mãe se afastou e ele puxou a criança pelas nádegas. A mãe disse que o médico aproximou a menina das partes intimas dele, como se fosse deitar em cima dela.

A mãe contou que se assustou com a cena e pediu para a consulta parar. Ela, então, abriu a porta e gritou pedindo ajuda.

Ainda de acordo com a mãe da menina, o medico fugiu.

Ela pediu ajuda no hospital e ligou para os avós da criança. A família foi até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) onde registraram o caso.

Os familiares seguem na delegacia prestando depoimento.

Em nota, a assessoria da unidade hospitalar informou que o médico acusado pediu afastamento do quadro de funcionários e do serviço, o que foi prontamente atendido pelo hospital.

Essa reportagem segue em atualização.




sábado, 24 de setembro de 2022

GDF é condenado a indenizar mãe que descobriu gravidez quando bebê nasceu e caiu no chão, em UPA

 

Por causa da queda, criança sofreu traumatismo craniano; mulher afirma que esteve na unidade duas vezes, mas, em nenhuma das visitas, foi constatada gestação. Indenização foi fixada em R$ 100 mil; governo não se manifestou.


Fachada da UPA do Recanto das Emas, no DF

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) condenou o governo do DF a pagar indenização de R$ 100 mil, por danos morais, a uma mulher que descobriu que estava grávida quando o bebê nasceu e caiu no chão, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas, em 2020. Por causa da queda, a criança sofreu traumatismo craniano.

No processo, a mãe afirma que foi à unidade de saúde duas vezes, por causa de dores abdominais. No entanto, em nenhuma das visitas, foi constatada a gravidez (veja detalhes abaixo). Ela diz ter voltado uma terceira vez, momento em que, durante o atendimento médico, o bebê nasceu.

Ao g1, a Procuradoria-Geral do DF afirmou que não irá se manifestar sobre o caso. No processo, o governo alegou que o atendimento médico prestado "foi adequado diante das condições em que ela [a paciente] se apresentou".

Porém, na decisão da última quarta-feira (14), a juíza Mara Silda Nunes de Almeida apontou que houve falha no atendimento e que não houve investigação adequada das queixas apresentadas pela mulher.

Atendimento


Na ação, a paciente conta que procurou atendimento na UPA do Recanto das Emas após sentir fortes dores abdominais. Ela afirma que foi diagnosticada, "sem a realização de exames mais precisos", com cálculos na vesícula biliar. A mulher foi medicada e liberada.

Dois dias depois, ela disse ter voltado à unidade de saúde, já que não havia melhorado. A paciente foi medicada novamente e teve uma ecografia agendada para quatro dias depois. No entanto, a mulher afirma que as dores abdominais retornaram em maior intensidade e, por isso, precisou voltar à UPA.

Segundo o depoimento, durante atendimento com o médico, ela disse que sentia que estava expelindo "alguma coisa", mas negou saber que estava grávida. O profissional teria, então, pedido que ela deitasse na maca.

"Em razão das fortes dores, ela respondeu que não conseguia subir sem amparo, pois não havia escada para auxiliar; que o médico de maneira descuidada, negligente e grosseira empurrou com o pé uma cadeira e exigiu que ela subisse na maca", aponta relato feito na ação.

Antes que pudesse se deitar, o bebê nasceu e caiu no chão, batendo a cabeça, segundo a mulher. Em seguida, o médico teria abandonado a sala e, ao retornar, teria se recusado a pegar a criança do chão. Apenas após a chegada de uma enfermeira, a filha da mulher teria sido amparada.

Ainda de acordo com a ação, o bebê apresentou morte aparente e foi encaminhado à UTI do Hospital de Base. A criança teve ainda hemorragia.

Segundo relato, hoje a menina apresenta quadro estável, mas passa por rigoroso acompanhamento médico, fazendo uso de medicamento e correndo risco de sofrer convulsões e deficiências futuras.

O que diz o GDF?


Em defesa, o GDF afirmou que o atendimento médico prestado "foi adequado diante das condições em que ela se apresentou, pois a paciente é obesa e possui diversas comorbidades e negou estar gravida". O governo alega também que a mulher fugiu da UPA antes de realizar o exame pedido.

Ainda segundo a defesa, é necessário tempo para realizar a preparação de um parto, já que a unidade de saúde não possui estrutura hospitalar. No entanto, como a mulher já estava dando a luz, não houve como organizar o espaço físico e separar os materiais necessários.

Além disso, o Executivo afirma que o atendimento pós-parto foi "célere e adequado, inclusive com internação em UTI pediátrica e consolidação do quadro clinico".

Decisão da Justiça


No entanto, a juíza Mara Silda Nunes de Almeida apontou que "não há duvidas que houve falha na prestação do serviço", tanto pela ausência de exames investigativos para realizar o diagnóstico quanto pela "demora injustificada do médico para iniciar o socorro necessário", após o nascimento da criança.

Em depoimento, o médico afirmou que saiu da sala para chamar uma equipe, pois, por estar sem equipamentos de proteção, queria evitar possível contaminação do recém-nascido. Porém, para a magistrada, deixar a criança no chão "representa risco muito maior".

Almeida também ressalta que a mulher não fugiu da UPA, já que o exame solicitado não poderia ser feito no local por falta do equipamento necessário, "cabendo a autora procurar o posto de saúde ou unidade privada para agendamento".