Hospital da Restauração
Após quase cinco anos de um erro médico ter causado a morte de um agricultor no Hospital da Restauração, no Recife, o Estado de Pernambuco foi condenado a pagar R$ 50 mil em indenização por danos morais à esposa da vítima. A decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública inclui, ainda, o pagamento de pensão no valor de um salário mínimo, retroativa (da data da morte) até o dia em que o trabalhador completaria 74 anos e seis meses. As partes ainda podem recorrer.
De acordo com a viúva, ele estava em uma motocicleta quando colidiu em outra. Primeiro, foi encaminhado ao Hospital de Quipapá, na Zona da Mata, mas, devido à gravidade das lesões, foi transferido para o Hospital Regional do Agreste, em Caruaru. Ao chegar, foi informado que a instituição não possuía neurologista na emergência e foi transferido para o HR.
No Hospital da Restauração, a vítima foi submetida a uma cirurgia de craniotamia descompressiva com aspiração, evacuação e drenagem, em seguida, fez a reconstituição craniana. Cinco dias após o procedimento, em 20 de setembro de 2009, o agricultor recebeu alta hospitalar. Ele entrou em colapso e morreu oito horas depois da liberação.
A perícia médica apontou traumatismo cranioencefálico hemorrágico aberto como causa da morte e sinais de irregularidades, abusos, desrespeito, negligência, imprudência e imperícia. Ainda no laudo, foi indicado que o traumatismo teria sido causado durante a cirurgia, altamente delicada, e que a liberação do paciente foi precipitada e irresponsável.
Pensão
O tempo determinado para a pensão, estipulado pelo juiz José Viana, responsável pelo processo, foi baseado em dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pesquisas realizadas por órgãos de previdência social do país, que definem a idade média para fins beneficiários dos brasileiros como 74,6 anos. O Estado ainda foi condenado a pagar R$ 2 mil em honorários advocatícios.
Fonte: Diário de Pernambuco
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