Após operação com Fernando Lamy, seis outros tiveram sequelas que vão de paraplegia a falta de ereção
30/07/2014
Rio - O DIA descobriu pelo menos mais dois casos de mortes após cirurgias feitas pelo médico Fernando Cesar Lamy Monteiro da Silva: Tatiana Langer, 29 anos, e Ana Márcia de Freitas Pimentel, 49. Com isso, subiu para sete o número de óbitos atribuídos por parentes ao ortopedista cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) e que continuou a exercer ilegalmente a profissão.
Steffano Bulhões saiu da mesa de cirurgia do Hospital Espanhol, em 2007, com rompimento dos nervos fibulares com total imobilidade do pé, após operação que deveria ter reparado ruptura dos ligamentos do joelho. Suely da Silva Gomes também acusa o médico. Submetida a um procedimento por sofrer de artrose de coluna em abril de 2012, no Hospital do Amparo, ficou inválida e passou a fazer uso de fraldas.
O advogado Romário Gonçalves Coelho Neto saiu do centro cirúrgico sem os movimentos de parte do corpo. Alessandro Fabiano de Araújo ficou paraplégico depois de Lamy operá-lo da coluna. A instrumentadora Maraisa dos Santos disse ao Cremerj que um paciente, após sair do centro cirúrgico, ficou com problemas de ereção e sem andar — elevando para seis os pacientes com lesões após cirurgias com Lamy.
Entre o material apreendido pela polícia no consultório de Lamy tem o carimbo de um outro médico. O advogado João Carlos Ferreira, que defende o médico, disse ontem que o ortopedista está em casa, deprimido e que buscará tratamento psicológico. Disse ainda que terá acesso aos autos na delegacia.
Morte antes da segunda cirurgia e na mesa de operação
A jornalista Fernanda Pimentel, de 31 anos, perdeu a mãe, a bancária Ana Márcia de Freitas Pimentel, 49 anos, em 13 de junho de 2008. De acordo com ela, Ana Márcia foi operada por Fernando Lamy no fim de abril do mesmo ano, no Hospital Quinta D’Or. O médico operou duas partes da coluna dela no mesmo dia — cervical e lombar. Segundo especialistas ouvidos pelo DIA , as duas operacões não poderiam ser feitas no mesmo dia. O prazo recomendado é de três a quatro meses, em média.
“Um mês depois da cirurgia, minha mãe mal levantava os braços e sentia dores horríveis. Lamy encheu minha mãe de morfina e marcou uma segunda cirurgia, de reparação, para 13 de junho. Mas ela não resistiu e morreu horas antes, de parada cardíaca”, lamenta Fernanda, que decidiu agora registrar o caso na delegacia.
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A polícia ainda está apurando se uma mulher que morreu durante a internação, no pós-operatório, citada em depoimento pelo anestesista Alexandre Baroni , é uma das identificadas ou se trata da oitava vítima. No depoimento ao Cremerj, Baroni não identificou a pessoa morta, nem disse a data da cirurgia.
Cinco casos de pacientes que ficaram com sequelas físicas depois de ser operados por Lamy também estão no inquérito da 26ª DP (Todos os Santos). A primeira delas é Mariza Terra Nunes Ribeiro Pinho. Ela passou por cirurgia de hérnia de disco em 2007 e ficou com paralisação da perna esquerda devido à queima do nervo ciático, com laser. Steffano Bulhões saiu da mesa de cirurgia do Hospital Espanhol, em 2007, com rompimento dos nervos fibulares com total imobilidade do pé, após operação que deveria ter reparado ruptura dos ligamentos do joelho. Suely da Silva Gomes também acusa o médico. Submetida a um procedimento por sofrer de artrose de coluna em abril de 2012, no Hospital do Amparo, ficou inválida e passou a fazer uso de fraldas.
O advogado Romário Gonçalves Coelho Neto saiu do centro cirúrgico sem os movimentos de parte do corpo. Alessandro Fabiano de Araújo ficou paraplégico depois de Lamy operá-lo da coluna. A instrumentadora Maraisa dos Santos disse ao Cremerj que um paciente, após sair do centro cirúrgico, ficou com problemas de ereção e sem andar — elevando para seis os pacientes com lesões após cirurgias com Lamy.
Entre o material apreendido pela polícia no consultório de Lamy tem o carimbo de um outro médico. O advogado João Carlos Ferreira, que defende o médico, disse ontem que o ortopedista está em casa, deprimido e que buscará tratamento psicológico. Disse ainda que terá acesso aos autos na delegacia.
Morte antes da segunda cirurgia e na mesa de operação
A jornalista Fernanda Pimentel, de 31 anos, perdeu a mãe, a bancária Ana Márcia de Freitas Pimentel, 49 anos, em 13 de junho de 2008. De acordo com ela, Ana Márcia foi operada por Fernando Lamy no fim de abril do mesmo ano, no Hospital Quinta D’Or. O médico operou duas partes da coluna dela no mesmo dia — cervical e lombar. Segundo especialistas ouvidos pelo DIA , as duas operacões não poderiam ser feitas no mesmo dia. O prazo recomendado é de três a quatro meses, em média.
“Um mês depois da cirurgia, minha mãe mal levantava os braços e sentia dores horríveis. Lamy encheu minha mãe de morfina e marcou uma segunda cirurgia, de reparação, para 13 de junho. Mas ela não resistiu e morreu horas antes, de parada cardíaca”, lamenta Fernanda, que decidiu agora registrar o caso na delegacia.
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