quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Arcebispo recebe fundadoras da Associação de Vítimas de Erro Médico do Estado

 
 
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PASCOM AOR
A morte de Urbânia Possidônio foi transformada em força pelas irmãs Urbaneide Beltrão e Urbanira Carvalho. A engenheira elétrica perdeu a vida após ter o intestino perfurado durante uma cirurgia para a retirada de um mioma. O luto deu lugar à luta por justiça e por auxiliar pessoas com histórias semelhantes. Urbaneide e Urbanira criaram há dois anos a Associação de Vítimas de Erro Médico do Estado de Pernambuco (Asvem-PE). Nesta terça-feira, 24, elas foram recebidas pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, e pelo vigário geral da arquidiocese, dom Genival Saraiva.
 
As irmãs foram buscar o apoio do religioso na divulgação da organização sem fins lucrativos.”À medida que a população toma consciência dos cuidados que deve ter afim de evitar os erros médicos, ela poupa a vida de seus familiares. A Igreja preza pela vida e pela família. Dom Fernando como uma pessoa religiosa será de suma importância porque somos uma associação pequena e não conseguimos abranger um público maior. Através dos discursos nas paróquias e encontros, ele poderá orientar e esclarecer as pessoas sobre o problema”, contou a diretora da associação, Urbanira Carvalho.
 
A ideia de fundar a Asvem foi evitar que casos assim sejam esquecidos e fiquem impunes. Elas ministram ainda palestras e alertam a população para que não escondam dos médicos o que sentem para que não haja engano na identificação do problema. “Casos de diagnósticos equivocados e cirurgias mal sucedidas são mais comum do que se imagina. É difícil ter alguém que nunca passou por um erro no diagnóstico, por exemplo. Há uma série de causas que levam à inexatidão e um engano pode ser fatal”, comentou dom Saburido.
 
O erro médico pode ser causado por imprudência, imperícia ou negligência. Caso a falha seja comprovada, o profissional de saúde pode responder cível, penal ou eticamente. Do ponto de vista criminal, a morte do paciente é caracterizada como homicídio culposo. Em caso de dano à pessoa, é configurada lesão corporal variando de leve à gravíssima.
 
A presidente da Asvem, Urbaneide Beltrão, ressaltou a importância do paciente conversar com o médico e tirar todas as suas dúvidas sobre o que sente.”O profissional tem a obrigação de explicar para que serve os remédios receitados, como se dará o tratamento indicado. O esclarecimento é a melhor prevenção. Além de ser necessário um atendimento humanizado. O paciente e o médico devem ser aliados”, disse.
 
A associação funciona no Empresarial Centro da Moda no bairro de Peixinhos, em Olinda. O atendimento ao público é feito nas terças-feiras das 14h às 18h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 81 3107-4843 e nas Redes Sociais através do blog asvem-pe.blogspot.com.br ou da página no Facebook Asvem-PE. .
 

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