terça-feira, 5 de abril de 2016

A MÁFIA DE BRANCO


imagem internet

 
 
Apesar de não parecer, devido ao título, não tenho por objetivo falar mal dos médicos, mas ao contrário, defende-los! Defender os bons profissionais e tornar evidente a má prática da medicina é um objetivo que venho perseguindo desde que formei em medicina, no ano 2000! Hoje em dia, determinadas verdades sobra a medicina acabam passando despercebidas ante ao turbilhão de informações em que vivemos no mundo moderno.
 
Desde a revolução industrial no início do século passado, o mundo passou por uma transformação ideológica, baseada exclusivamente na valorização do capital. Essa atitude, nas mais variadas áreas de atuação, trouxe avanços que melhoraram significativamente a qualidade de vida das pessoas!
 
 Na medicina porém, essa excessiva mercantilização infelizmente produziu efeito contrário e ao invés de melhorar o atendimento médico, vem condenando às pessoas a adoecerem e sofrerem mais, num processo contínuo que vem se acentuando a cada dia.
O problema é que no caso da medicina, o produto que é vendido é a doença. O médico hoje virou um homem de negócios que lucra com as doenças, e nenhum homem de negócios que se preze quer ver seu negócio ir mal ou falir, ou seja, quer ver pessoas saudáveis! 
 
Em sendo assim, a máquina que movimenta a medicina atual: planos de saúde, hospitais, clínicas, laboratórios, indústrias farmacêuticas  e principalmente os médicos, trabalham exclusivamente em prol de aumentar a quantidade de doenças e doentes, aumentando assim o consumo de remédios, os gastos com exames e procedimentos desnecessários e os gastos hospitalares, o que movimenta uma gigantesca "máfia" de lucro fácil e garantido!
 
A população por sua vez, que julga estar recebendo o "melhor" tratamento,  é vítima de uma medicina que engana e adoece.
 
Combater essa verdadeira "máfia" não é tarefa fácil, até porque os maiores interessados no assunto (os pacientes) não têm muita noção do que realmente acontece nos bastidores, e para falar a verdade, muitas vezes não parecem muito interessados em saber. Porém, acredito que esse verdadeiro "sono profundo" em que se encontram os pacientes não irá durar eternamente, e basta uma pequena fagulha para detonar o estopim de uma verdadeira revolução na medicina moderna, no intuito de prestarmos uma assistência realmente de qualidade, onde as pessoas precisem muito menos de médicos do que precisam hoje e vivam com muito mais saúde, por muitos e muitos anos.
 
 

Dr.Renato Paula da Silva - médico especialista / membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e preceptor do HospitalUniversitário de Brasília (H.U.B.)


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