A mulher já procurou o Ministério Público e denunciou o hospital e a médica por negligência; "Levaram tudo de mim"
A funcionária pública, Maria Jusinere (Nerinha), mãe da cajazeirense Maria Gabrielle, de 8 anos, que morreu durante o final de semana, em Patos, vítima de apendicite participou nesta sexta-feira (1), do programa Olho Vivo da TV Diário do Sertão e contou que a criança deu entrada no Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB), quatro vezes. A menina era filha única.
Com um brinquedo da criança nos braços, a mãe explicou que no dia 14 de março a pequena Gabrielle apresentava um quadro de febre, vômito e dores abdominais, mas a medicação foi dipirona e buscopan, e em seguida foi liberada. No dia seguinte, a mulher disse que a criança não apresentava melhora e retornou ao hospital, onde foi atendida por uma médica, realizou exames e foi constatada uma bactéria, mas a menina foi novamente encaminhada de volta para casa.
“A médica muito arrogante disse que quem sabia das coisas era ela. Dra. a senhora poderia ter salvado a minha filha naquele momento”. Declarou a mãe emocionada.
No dia 26, Sem acreditar mais no HUJB, a mulher disse que foi procurar o Hospital Regional de Cajazeiras, mas teve que retornar para o hospital infantil, desta vez com a ajuda dos profissionais do HRC. “Já era grave demais. Minha filha não tinha mais chance”, lamentou a mãe informando que o médico de posse do exame detectou apendicite.
Após o diagnóstico, a menina retornou ao HRC, mas não pode ser cirurgiada porque estava com alto grau de infecção e não tem UTI neonatal. Gabrielle foi transferida para a cidade de Patos, onde passaria por cirurgia, pois a apendicite estava estrangulada, mas demorou porque a criança ainda não tinha nenhum exame de imagem.
“Minha bebzinha. Só tinha ela. Eles me destruíram. Perguntei quanto eles queriam pra salvar a minha filha”. Revelou a mãe chorando.
Ela disse que somente no dia seguinte é que a criança foi chamada para a cirurgia, mas não resistiu e faleceu. A funcionária pública informou que desde a partida de Gabrielle que está sob efeito de medicamento e passa por acompanhamento do psicólogo.
Nerinha informou que deu entrada no Ministério Público questionando o hospital pelo atendimento e pela negligência da médica.”Quero Justiça. Não quero que nenhum pai ou uma mãe passe pelo que eu estou passando”.
Pedido
Antes de ser transferida para a cidade de Patos, Gabrielle teria pedido a mãe para chamar um padre para que ela fosse batizada. A menina recebeu o batismo no hospital de Cajazeiras, onde já apresentava um quadro debilitado.
A diretora do HUJB, Mônica Paulino disse que é de interesse do hospital averiguar o que ocorreu, mas disse que estava havendo uma difamação por parte da imprensa com o hospital.
Monica Paulino informou que a menina deu várias entradas no hospital, mas apresentava quadro de cansaço.
Segundo a diretora, a menina foi diagnosticada com um quadro de infecção e foi tratada. “Quando há suspeita de apendicite encaminhamos para a avaliação do cirurgião no HRC”, adiantando que nas primeiras entradas Gabriele não apresentava quadro de apendicite.
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