Filho de Cássia Cristina nasceu morto no último dia 28 de abril na capital.
Procedimento preparatório foi publicado nesta segunda (9) no Diário Oficial.
Procedimento preparatório foi publicado nesta segunda (9) no Diário Oficial.
Filho de Cássia morreu no dia 28 de abril em maternidade de Rio Branco (Foto: Arquivo pessoal) |
Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou procedimento preparatório para investigar a morte do filho de Cássia Cristina e Leomar Oliveira, ocorrida no dia 28 de abril deste ano, na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. O casal acusa a unidade de negligência médica, uma vez que, segundo o pai, o parto foi feito quase 48 horas depois do rompimento da bolsa.
A portaria, assinada pelo promotor Rogério Voltolini Muñoz, foi publicada nesta segunda-feira (9) no Diário Oficial do Estado (DOE). Conforme o documento, para iniciar a investigação, o órgão considerou reportagens publicadas sobre o caso e ainda as "recorrentes" notícias sobre "fatos dessa natureza" ocorridos no local, o que tem causado repercussão e comoção social".
Ao G1, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou, por meio da assessoria, que a maternidade já foi notificado sobre a investigação e já existem reuniões marcadas para tratar sobre o assunto. Além disso, o órgão afirmou que um procedimento interno também foi aberto para apurar o atendimento da paciente.
De acordo com a portaria, o promotor solicitou que a maternidade seja notificada para prestar informações sobre as mortes ocorridas nos últimos seis meses, devendo a unidade encaminhar "relação de nomes e a causa mortis, bem como cópia do procedimento administrativo de apuração, caso exista ou existiu". O promotor solicita ainda a causa da morte do bebê de Cássia e Leomar.
Munõz também solicitou que seja emitido ofício também à Secretaria de Polícia Civil solicitando a instauração de inquérito policial referente à morte do bebê para apurar se "foi acarretada por alguma conduta culposa por parte dos profissionais daquele hospital".
Cássia diz que ainda não tinha conhecimento da apuração feita pelo Ministério Público, mas afirma que alguns deputados estaduais têm acompanhado a situação. Ela reclama que ainda não recebeu nenhum esclarecimento por parte da Sesacre sobre a morte do filho.
"Não estamos recebendo nenhum apoio da secretaria. Ainda não fui depor na delegacia, porque ainda não estou andando bem. Eu não queria perder meu filho, mas acredito que tudo tem um propósito, porque nenhuma folha cai de uma árvore sem que Deus permita. Um dia vou entender o motivo. Tem horas que estou bem, outros ainda choro bastante", conta.
Entenda o caso
O filho da estudante Cássia Cristina, de 22 anos, e do motorista Leomar Oliveira, de 32 anos, nasceu morto, no dia 28 de fevereiro, na maternidade pública da capital acreana e o casal acusa a unidade de negligência médica. Oliveira disse que a esposa chegou na instituição com a bolsa estourada no dia 26 de fevereiro.
O marido de Cássia, na época, diz que registrou um boletim de ocorrência para denunciar o caso. No dia 2 de maio, um grupo de pessoas fez uma manifestação em frente à maternidade e oraram pela morte do recém-nascido.
Caio Fulgêncio Do G1 AC
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